Agora, aposentadoria de servidores das autarquias é com a SPPrev

Medida integra conjunto de ações previstas na Lei Complementar nº 1.010/2007, de criação da São Paulo Previdência

Desde o início de 2015, a São Paulo Previdência (SPPrev) responde pela gestão e pagamento das aposentadorias dos servidores estatutários das autarquias estaduais. Antes da mudança, a gestão das aposentadorias era de responsabilidade das próprias instituições. A medida integra o conjunto de ações previstas na Lei Complementar nº 1.010/2007, de criação da SPPrev.

Em fevereiro, a São Paulo Previdência depositará o benefício no dia 6, quinto dia útil do mês. Esse pagamento é referente ao período de janeiro de 2015. No início do ano, a instituição remeteu pelo correio carta de boas-vindas e um exemplar do Guia do Beneficiário para todos os servidores inativos das autarquias.

A publicação detalha o funcionamento da SPPrev e esclarece as dúvidas mais frequentes a respeito do recebimento e da manutenção das aposentadorias. Se algum servidor precisar de informações adicionais deve ir pessoalmente a qualquer uma das 16 unidades de atendimento da SPPrev, ou ligar para o telefone gratuito (ver serviço).

Dez autarquias

A São Paulo Previdência passa a responder pelas aposentadorias do Centro Paula Souza (Ceeteps), do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do Departamento Aeroviário do Estado (Daesp), do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFM-USP), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc), da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) e da Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco).

400 mil beneficiários

Sediada na capital, a SPPrev tem 410 mil beneficiários e é responsável pela gestão das aposentadorias da administração direta e indireta, assim como pelas pensões de todos os poderes e órgãos paulistas. Futuramente, ainda sem data definida, irá assumir, também, a administração da folha de pagamento dos inativos da Assembleia Legislativa (Alesp), do Tribunal de Contas do Estado (TCESP), das universidades públicas estaduais (USP, Unesp e Unicamp), do Poder Judiciário e do Ministério Público.


Atendimento presencial

Araçatuba – Rua Floriano Peixoto, 120 – centro
Araraquara – Rua São Bento, 1.500 – centro
Bauru (Poupatempo) – Av. Nações Unidas, 4-44 – centro
Botucatu (Poupatempo) – Av. Marechal Floriano Peixoto, 461 – centro
Campinas (Poupatempo) – Rua Jacy Teixeira de Camargo, 940 – Jd. do Largo
Franca – Rua Major Claudiano, 1.488 – centro
Marília – Av. Carlos Gomes, 553 – centro
Presidente Prudente – Rua Ten. Nicolau Maffei, 972 – centro
Ribeirão Preto – Rua Rui Barbosa, 1.145 – centro
Santos – Rua Frei Gaspar, 51 – centro
São José do Rio Preto – Rua Siqueira Campos, 3.119 – Pq. Industrial
São José dos Campos – Av. Dr. João Guilhermino, 429 – centro
São Paulo (Poupatempo Santo Amaro) – R. Amador Bueno, 176 – Santo Amaro
São Paulo (sede) – R. Bela Cintra, 657 – Consolação
Sorocaba – Av. Adolpho Massaglia, 350 – Altos do Campolim
Taubaté – Pça. Mons. Silva Barros, 254 – centro

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 29/01/2015. (PDF)

Emprego nos trilhos

Jovem Cidadão já preparou 175 mil profissionais; tem 18 mil empresas cadastradas; e 8,9 mil alunos da rede estadual estagiando

Criado em abril de 2000, o Programa Jovem Cidadão da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert) abriu as portas do mercado de trabalho para 175 mil estudantes da rede pública estadual. A iniciativa proporciona a realização de estágios para alunos entre 16 e 21 anos matriculados no ensino médio e permite aos participantes a primeira experiência no mundo do trabalho em empresas públicas e privadas.

A meta do Jovem Cidadão é evitar o desemprego entre os jovens, motivado muitas vezes pelo fato de a escolaridade ainda estar em andamento e eles terem pouca ou nenhuma experiência profissional. Assim, aproxima rapazes e moças de empregadores, a partir de inscrições gratuitas no site do programa (ver serviço).

O cadastro atual da iniciativa soma 18 mil empresas com vagas registradas; 34 mil estudantes inscritos; e 8,9 mil estagiando. A intermediação de mão de obra da Sert atende 47 dos 645 municípios paulistas. A lista de cidades contempladas inclui os 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e oito das regiões de Campinas, Piracicaba, São José dos Campos e Santos.

O Jovem Cidadão segue a legislação federal do estágio (Lei nº 11.788 de 2008). Prevê prestação de serviços por um semestre, podendo o contrato ser prorrogado por mais seis meses. Cada aluno estagia de quatro a seis horas diárias, de segunda a sexta-feira, e segue obrigatoriamente estudando em outro horário. Do empregador, recebe mínimo de R$ 3,13 por hora e auxílio transporte. Do Estado, tem direito a seguro de vida e bolsa mensal de R$ 65.

Aprender e progredir

Renata Ferreira, supervisora do Jovem Cidadão, destaca o apelo social da iniciativa. Cita o aumento na empregabilidade depois do estágio e coleciona histórias de ex-participantes hoje efetivados como empregados, fruto da disposição deles em aprender, colaborar e progredir.

“Hoje, o maior desafio é conseguir adesões de mais empresas”, revela Renata. A esperança é que empreendedores sigam o exemplo das montadoras (Ford, GM, Volkswagen, Toyota e Yamaha) no setor privado; e do Metrô e CPTM, na área pública, as empresas que mais ofereceram vagas até o momento.

Como funciona

Para cada vaga aberta, o sistema do Jovem Cidadão seleciona três candidatos. Essa escolha leva em conta os endereços do empregador e dos estudantes interessados. Desse modo, a empresa pode determinar qual deles tem perfil mais adequado às suas necessidades, considerando o local de residência e da escola onde cada um estuda.

A indicação dos estudantes às vagas segue um ranking interno da Sert. Esse levantamento é atualizado sempre que um novo aluno se cadastra no sistema e informa sua condição, por meio de formulário socioeconômico obrigatório. Candidato com menor renda e em exclusão social tem prioridade de convocação, mas, na média, todos são chamados em um mês depois do registro online.

Responsabilidade social

Na CPTM, o Programa Jovem Cidadão começou em 2004, a partir de um termo de cooperação técnica assinado e depois renovado anualmente com a Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho. Márcia Borges, responsável pela iniciativa na companhia, conta que, em dez anos, 5,9 mil alunos estagiaram nas 92 estações de trens. “Desde o princípio, a empresa vê este programa como um investimento permanente em responsabilidade social”, observa.

Para isso, oferece todo mês entre 60 e 80 vagas. A principal função do estagiário é atender passageiros e auxiliar embarques e desembarques. Mas, antes do contato com o público, recebe treinamento de 20 horas, durante cinco dias, com orientações administrativas e sobre as atividades regulares da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, cujas seis linhas férreas atendem a 22 cidades da RMSP.

Durante a preparação, há palestras de prevenção ao uso de drogas e de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e abre espaço para a Associação dos Amigos dos Excepcionais (AME). Para prevenir acidentes, os instrutores dessa ONG ensinam os estagiários a auxiliar pessoas com deficiência, idosos e o público em geral sobre o uso correto de elevadores, corrimãos, piso tátil e dispositivos de acessibilidade.

Múltiplas necessidades

Hugo da Costa, de 17 anos, cursa o segundo ano do ensino médio na EE Jardim Alegria II, localizada na divisa entre os municípios de Franco da Rocha e Francisco Morato, na RMSP. Há oito meses estagia na Estação Lapa, da Linha 7-Rubi, Luz–Jundiaí. E sonha em fazer faculdade de design.

“Descobri na prática que todos têm realidades e necessidades diferentes. Mas tem de ter calma, cordialidade e preparo, qualidades indispensáveis, sempre. Aqui nunca faltam novidades e, quando surgem dúvidas, sigo a recomendação de encaminhar o usuário para atendimento pelos profissionais da CPTM”, conta Hugo, sorrindo.

Paixão ferroviária

“Situação corriqueira é orientar estrangeiros que buscam o posto da Polícia Federal na vizinhança. Mas a experiência mais legal foi com um casal com deficiência visual, que não se conhecia, mas tinha interesse recíproco. A timidez dela foi obstáculo, mas acabei sendo o cupido deles”, diz, feliz.

Thainara da Silva, de 17 anos, estuda na Etec Emílio Hernandes Aguilar, de Franco da Rocha. A Jovem Cidadã compartilha o ponto de vista do colega Hugo sobre as múltiplas necessidades dos passageiros e, também, espera integrar o quadro funcional da CPTM, como assistente social.

Esse desejo surgiu depois de acompanhar algumas vezes um cadeirante, baleado ao apartar uma briga e depois abandonado pela família, com exceção da filha. “Ele ficou meu amigo e vi nele uma parte do drama vivido por meu pai, também doente, mas uma prova viva de resignação e resistência”, relata, orgulhosa.

Jamais desistir

Gabriella Pereira foi Jovem Cidadã de junho de 2010 a junho de 2011, na Estação Guaianases, Linha 11-Coral (Expresso Leste). Aos 20 anos, a filha de ferroviária da CPTM conseguiu realizar o sonho de Hugo e Thainara. Hoje, divide seu tempo entre o curso de ciências contábeis na USP e o trabalho na CPTM, onde foi aprovada por concurso público.

Lotada na área de Recursos Humanos da CPTM, no posto da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na Lapa, Gabriella recorda que teve como inspiração uma deficiente visual que ia de trem para a faculdade, embora só conseguisse ler em braile. Amiga dela, seguiu à risca sua recomendação de jamais desistir de seus objetivos.

Serviço

Programa Jovem Cidadão
E-mail – coordenacao@jovemcidadao.sp.gov.br
Telefone (11) 3241-7455

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 23/12/2014. (PDF)

São Paulo na Campus Party

Até domingo, é possível visitar gratuitamente alguns setores da feira de informática na capital; a programação inclui eventos com pesquisadores da Fatec e de instituições públicas paulistas de ensino

O Desenvolvimento de Games com Software Livre foi tema de painel de debates com especialistas da Campus Party 2014. Em sua 7ª edição, a feira de informática, tecnologia e empreendedorismo, considerada pelos organizadores a maior da América Latina, tem apoio institucional do Governo do Estado de São Paulo e da Prodesp.

Segue com visitação gratuita em alguns espaços até domingo (2), das 10 às 21 horas, no Parque Anhembi, na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, zona norte da capital. A dica é ir de Metrô e descer na estação Portuguesa-Tietê; andar 500 metros até a Rua Urupiara e embarcar em um ônibus, fretado e gratuito, para a feira.

A programação completa da 7ª Campus Party está disponível no site do evento (ver serviço). Inclui, entre as centenas de atrações, debates, palestras e painéis com pesquisadores das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) e das três universidades públicas paulistas.

Mundo Livre S.A.

Um dos eventos foi o painel apresentado pela professora Salete Almeida, da Universidade Federal do Maranhão. Realizada nesta terça-feira, no palco Sócrates, das 11h15 às 12h30, a mesa-redonda teve a participação dos mestrandos em Ciência da Computação, Wilson Mizutani e Vinícius Daros, do Instituto de Matemática e Estatística da USP (IME-USP) e do professor Fernando Masanori, docente do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Fatec São José dos Campos.

No debate, os universitários relataram sua experiência na criação, em novembro de 2009, do USPGameDev. Com sete projetos no currículo, o grupo multidisciplinar e independente de estudantes da USP investe na pesquisa e no desenvolvimento de jogos adotando dois princípios: o primeiro deles é usar apenas ferramentas e programas de uso livre, ou seja, que permitam estudo, modificação e redistribuição de todo o conteúdo produzido. O segundo, ampliar ao máximo a compatibilidade dos trabalhos para o maior número possível de plataformas, como navegadores de internet (browsers) e sistemas operacionais, como Windows, Linux, Mac, Android, iOS, etc.

O USPGameDev é aberto à participação de interessados em colaborar em quaisquer áreas ligadas aos games. Reúne-se semanalmente na Sala C1-10, do prédio Biênio da Escola Politécnica, na Cidade Universitária, na capital. Os horários devem ser consultados no site do grupo (ver link em serviço).

Primeiros passos

O professor Fernando Masanori é criador do curso on-line gratuito Python para Zumbis. Dirigido para leigos e iniciantes em programação, a formação é do tipo Curso On-line Aberto e Massivo, do inglês Massive Open Online Course (MOOC). Traz videoaulas interativas e permite ao interessado em games conhecer e editar o código-fonte de títulos clássicos, como Asteroides, Tetris, Snake (Jogo da Cobrinha), Pac-Man, Papel, Pedra e Tesoura para fazer seus próprios projetos, ou ainda colaborar com qualquer outro. Após cinco meses de sua criação, a capacitação tem mais de dez mil usuários inscritos.

“Quem quer desenvolver games, mas tem dificuldade com lógica e programação, pode colaborar traduzindo a documentação dos jogos”, observa o professor Masanori. A medida, explica a dupla de estudantes da USP, ajuda na familiarização com o ambiente de criação e as mecânicas principais. “Assim, o novato passa a compreender o funcionamento do jogo, que é um software, e quais eventos motivam seus métodos internos de execução”, destacaram Wilson e Vinicíus.

Outras dicas, comentaram os palestrantes, é investir em áreas específicas dos games, como trilhas sonoras, design de cenários, modelagem, roteiros e iluminação. Quando surgirem dúvidas, a recomendação é recorrer aos traços colaborativo e comunitário presentes no universo do software livre.

“Todo código surge depois de várias ideias complementares. Há diversas comunidades na internet com profissionais que ajudam novatos. Mas o mais importante é dar os passos principais: começar, se dedicar e, claro, se divertir com o desenvolvimento de jogos”, finalizam.


Refresco e prevenção nos quiosques da Sabesp e do Detran

Segundo os pesquisadores do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o mês de janeiro está sendo o mais quente já registrado na capital paulista desde 1943, ano em que começaram as medições de temperatura. Assim, uma das opções para os participantes da Campus Party se hidratarem está no quiosque da Sabesp. O local serve água em copos plásticos com opções de temperatura (gelada ou a temperatura ambiente) e com ou sem gás.

Outro destaque ligado ao Estado de São Paulo está no espaço destinado às simulações. Além de distribuir folhetos e divulgar seus serviços eletrônicos, o Detran.SP oferece ao público uma máquina que simula a condução de um automóvel. A instalação tem setas, volante, pedais e três monitores de computador representando o para-brisa e os dois espelhos retrovisores laterais. O objetivo é alertar o visitante para o risco de dirigir embriagado ou sob o efeito de drogas.

Na simulação de cinco minutos, o visitante informa seu peso, sexo, altura e a quantidade de álcool ingerido, como, por exemplo, uma lata de cerveja, uma dose de uísque, etc. A partir daí, o equipamento mostrará, em trechos urbanos, rurais e rodoviários, os perigos da condução associada ao álcool para o motorista, que terá seus reflexos e tempo de reação prejudicados.

Depois da experiência de viés educativo, o público pode, no mesmo ambiente da instalação do Detran.SP, experimentar um dos dois simuladores de carro de corridas da Fórmula 3, e correr, no autódromo de Guaporé (RS), por cinco minutos. O serviço, também gratuito, é uma criação da empresa gaúcha BS Motion.

Serviço

7ª Campus Party
USPGameDev
Curso Python para Zumbis

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 30/01/2014. (PDF)