Escola do Futuro da USP faz pesquisa sobre formação superior em informática

Segunda edição brasileira do Campus Computing Report, evento de âmbito internacional, avalia o ensino de tecnologia da informação

A Escola do Futuro da USP está convocando faculdades e universidades brasileiras para a segunda edição do Campus Computing Report. É o estudo que detalha a situação do ensino superior de computação e tecnologia da informação (TI) no Brasil. Objetiva propor soluções para que as instituições acadêmicas potencializem o ensino, o conhecimento, a administração e as operações de aprendizado nos campus.

O Campus Computing Report é uma iniciativa de âmbito internacional criado há 16 anos nos Estados Unidos e abrange países como China, Japão e Cingapura. Integra projeto contínuo e direcionado às políticas, ao planejamento e às práticas de TI.

As respostas dadas pelas faculdades e universidades a um questionário sobre o tema contribuirão para melhor entendimento sobre as soluções que essas instituições estão planejando e como utilizam os recursos tecnológicos. A primeira edição brasileira foi realizada em 2004 e teve a participação de 150 escolas de todo o País.

O coordenador do evento no Brasil, professor Fredric Litto, explica que, por meio desse estudo, as empresas poderão obter indicadores das referências e dos planos para a aquisição de produtos e serviços. A partir dessas informações, terão a possibilidade de fortalecer o planejamento de suas ações estratégicas. “As respostas fornecidas serão tratadas de modo confidencial. Nenhum dado será utilizado para além das análises da pesquisa”, ressalta.

O professor Litto comenta que as informações obtidas em 2004 foram surpreendentes e serviram como parâmetro para muitos interessados em investir no Brasil e para a definição de políticas governamentais.

“A nossa tecnologia não está tão atrasada, na comparação com os Estados Unidos. Estamos até mais avançados no uso e desenvolvimento de software de código livre e na criação e manutenção dos portais das universidades brasileiras na internet, que reúnem grande conteúdo acadêmico e de pesquisa. Porém, estamos defasados em temas como redes sem fio (wireless) e em educação e formação móvel, na oferta de serviços por meio da telefonia celular”, comenta.

Direito autoral

A pesquisadora Daisy Grisolia, da Escola do Futuro, conta que o estudo de 2004 revelou, por exemplo, que nas instituições investigadas há preocupação com a definição de políticas de respeito ao direito autoral e de combate à pirataria.

“Mais da metade dos centros de formação tem código de conduta em questões relacionadas ao software de uso livre e segurança na rede. Nas instituições privadas, os números são mais elevados que nas públicas”, afirma.

No que se refere a métodos operacionais, o destaque no Brasil é o Linux (servidor), seguido do Windows XP e Linux (cliente). Quanto aos sistemas de rede e internet, foram considerados prioritários segurança na rede, controle de mensagens de correio eletrônico enviadas sem autorização (spam) e licenciamento de aplicativos.

A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo é um laboratório que desde 1989 atua em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de TI e aprendizagem, inclusão digital, educação a distância e capacitação de educadores no uso apropriado das novas tecnologias de comunicação.

Serviço

Instituição interessada em participar do Campus Computing Report deve preencher on-line o formulário, disponível no site do projeto. O prazo para as respostas é o dia 10 deste mês. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3091-6325 ou no site da Escola do Futuro.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 07/12/2005. (PDF)

Cidade do Conhecimento da USP recebe até amanhã inscrições de novos projetos

Professores, alunos e pesquisadores em geral podem apresentar propostas relacionadas ao uso da tecnologia para o ensino

O Programa Educar para Emancipação Digital, da Cidade do Conhecimento da Universidade de São Paulo (USP), recebe até amanhã inscrições para projetos e pesquisas de cunho socioeducacional. O programa atua como rede de pesquisa formada por profissionais de educação e estudantes do ensino médio. Investe, agora, em novas metodologias para o aprendizado na área da tecnologia e do conhecimento.

Os projetos inscritos ajudarão a definir a grade de oficinas a serem realizadas em 2006. As propostas serão avaliadas por especialistas de todos os segmentos de conhecimento da USP e de setores da sociedade interessados no uso criativo e ético das mídias digitais em favor do desenvolvimento humano. A comissão julgadora apresentará os resultados no dia 15 de janeiro.

Em cinco anos de atividade, o Educar para Emancipação Digital ofereceu 25 módulos temáticos e atendeu a 2,2 mil professores. O acervo digital produzido pela iniciativa é acessado por 10 mil visitantes por mês e mais de 25 mil pessoas utilizaram a rede construída. Funciona por meio de palestras, atividades de campo e online.

As produções do boletim Educar em Tempo apresentam a dinâmica do programa, dividido em módulos temáticos associados a comunidades de estudantes e profissionais de ensino médio, organizações do terceiro setor e empresas.

A Cidade do Conhecimento promove a criação, incubação e sustentabilidade de projetos de desenvolvimento local por meio de redes digitais colaborativas. Fundada em 2001 pelo economista, sociólogo e jornalista Gílson Schwartz, age como rede de laboratórios associados ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Economia da Informação e do Audiovisual do Departamento de Cinema, Rádio e TV da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.

Inovação e reflexão

O desafio para a direção da Cidade do Conhecimento é fazer com que, em 2006, os módulos sejam realizados completamente a distância ou de forma semipresencial. Para isso, deve ser utilizado de forma criativa o potencial de comunicação e formação de redes de TV, internet, games, telefonia celular e outras mídias: jornais, revistas, fanzines, podcasting ou radiocomunitaria.

Podem participar do programa diretores, coordenadores, professores, alunos e interessados no assunto. O pré-requisito é apresentar soluções para desafios sociais, educacionais, econômicos, culturais e tecnológicos de nossa época, sobretudo em áreas de exclusão ou desigualdade extrema.

A proposta deve estimular o uso criativo da tecnologia no cotidiano e, simultaneamente, refletir sobre essa utilização. O programa abre espaço para uma educação que supera a experiência da sala de aula no uso de mídias digitais. O objetivo é conseguir maior proximidade entre as pessoas, mesmo que os participantes estejam em pontos diferentes da cidade ou do País.

“Buscávamos a dinâmica colaborativa em cada módulo temático. Para 2006, queremos que essa co-responsabilidade autoral, princípio de criação coletiva, esteja presente desde o momento da concepção da grade de temas e propostas”, explica Schwartz, diretor da Cidade do Conhecimento.


Encontro pela Emancipação Digital

A Cidade do Conhecimento promove, no dia 15 de dezembro, o 1º Encontro pela Emancipação Digital. O evento, que começa às 12 horas, no Memorial da América Latina, tem apoio do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), vinculado à Casa Civil da Presidência da República. Para participar, o interessado deve se inscrever pelo site da Cidade do Conhecimento.

No encontro, além das oficinas e conferência com Gílson Schwartz e Doug Schuler, criador do Seattle Community Network, serão lançados modelos inovadores de emancipação digital – o anúncio das dez localidades com alto índice de exclusão social, situadas nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, que integrarão o Observatório da Casa Brasil, projeto realizado em parceria entre a Cidade do Conhecimento e o ITI.

Serão apresentados, também, os conteúdos (wallpapers e ringtones) para telefones celulares produzidos pela comunidade da praia de Pipa (Rio Grande do Norte), na Rede Pipa Sabe.

Haverá o lançamento do DVD Emancipação Digital, sobre processos de certificação digital para a inclusão social, com a participação do ministro da Cultura, Gilberto Gil, do antropólogo Lévi-Strauss e do presidente do ITI, Renato Martini.

Por fim, será apresentado o projeto da carteira de identidade digital da Cidade do Conhecimento, a ser emitida a partir de 2006. A organização do evento providenciará apoio para o transporte de alunos de escolas públicas, telecentros e infocentros da Grande São Paulo. Demais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3091-4305.

Serviço

Inscrição de projetos e pesquisas de cunho socioeducacional é feita no site da Cidade do Conhecimento. Informações: telefone (11) 3091-4305 e cidade@usp.com.br.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 29/11/2005. (PDF)

Ministério Público reabre inscrições para concurso no dia 5

O Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo vai reabrir, nos dias 5 a 16 de dezembro, a inscrição para o preenchimento dos diversos cargos. O processo seletivo está sendo realizado pela Fundação Vunesp e a mudança no edital original do concurso reduziu de 45 para 36 o número de vagas a serem preenchidas.

As que exigem ensino superior completo são de assistente social (5), administrador (1), bibliotecário (1), economista (1) e médico (clínica médica) (1). Para essas funções, a inscrição custa R$ 80. Para os cargos que exigem nível fundamental completo, o valor é de R$ 30 e as opções ão oficial administrativo (18) e R$ 45 para motorista do Quadro do MP (9).

A inscrição no concurso deve ser feita pelo site da Vunesp que traz também todas as informações e procedimentos necessários para os candidatos. As vagas disponíveis são de cargos na capital e na região metropolitana de São Paulo.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 24/11/2005. (PDF)