Bate-papo on-line do IPT discute hoje novos usos para cartões magnéticos

A partir das 11 horas, usuário da internet pode debater on-line automação bancária

O visitante do site do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) poderá debater, a partir das 11 horas, com o especialista da entidade, Édson Pistoni, novas possibilidades para transações financeiras e automação bancária. O tema do bate-papo (chat) é Mídias Magnéticas para a área de cartões de débito, crédito e serviços.

O Centro de Pesquisa Paulista, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) é uma das três instituições no mundo habilitada a fazer ensaios com os cartões. Realiza testes a partir do trabalho conjunto entre laboratórios próprios, capitaneados pelo de avaliação de mídias magnéticas.

Smart cards

O IPT também realiza experiências com os chamados smart cards. A nova tecnologia oferece maior segurança do que os cartões magnéticos tradicionais utilizados pelo mercado. “Acredito que, nos próximos anos, viveremos um processo maciço de substituição dos cartões magnéticos tradicionais pelos smart cards“, afirma.

O Instituto já colaborou com a instituição desse produto nos sistemas de ônibus de Curitiba e Campinas. Atualmente, presta serviços para bancos brasileiros no desenvolvimento dessa tecnologia.

O que é o IPT

O IPT foi fundado há mais de 100 anos e ocupa área construída de 87 mil metros quadrados no campus da Cidade Universitária, na capital. Possui 400 pesquisadores e orçamento anual de R$ 100 milhões. A missão do Instituto é desenvolver pesquisa, inovação e tecnologia na área de engenharia. Oferece, também, apoio ao setor produtivo e auxilia na concepção e execução de políticas públicas.

Conheça Édson Pistoni

O especialista Édson Pistoni se formou técnico em eletrônica em 1976 e atua na Divisão de Mecânica e Eletricidade do IPT desde 1977. É diretor do Laboratório de Avaliação de Mídia Magnética há cinco anos e realizou trabalhos de pesquisa e desenvolvimento para micro usinas da CPFL, elevadores Weston, semáforo coordenado pelo fluxo de trânsito, pedágio eletrônico e outros.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/08/2003. (PDF)

Fornecedores e prestadores de serviços da Unesp financiam manutenção de estudantes carentes

Como resultado do projeto “Adote um aluno”, original iniciativa da Universidade Estadual Paulista, 175 jovens carentes foram beneficiados com bolsas de estudo anuais, concedidas por empresas que fornecem produtos ou prestam serviços à instituição

A parceria da iniciativa privada com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) foi estabelecida em dezembro de 2001, e já conta 30 empresas patrocinando bolsas de estudo. O montante doado já permitiu uma economia de R$ 430 mil nos cofres da autarquia e auxilia a solucionar dois problemas acadêmicos: a evasão escolar nos semestres iniciais da graduação e a escassez de recursos para auxiliar estudantes carentes.

A maioria dos beneficiados estudou na rede pública de ensino e abandonava o curso superior por não dispor de recursos para se manter longe de casa. A iniciativa auxilia a subsistência dos alunos e as empresas-cidadãs recebem da Unesp aparato técnico e acadêmico para projetos em parceria.

Entre os mais de 100 projetos de extensão universitária mantidos pela Unesp, 48 já beneficiam alunos adotados. Destacam-se, entre outros: em Araraquara, campanhas de prevenção contra o câncer bucal; em Bauru, atendimento a crianças de zero a 12 anos contaminadas com chumbo; em Botucatu, campanha de alimentação saudável e atividade física na promoção da saúde de adultos; em Presidente Prudente, planejamento e gestão coordenada em assentamentos de reforma agrária; em Rio Claro, atividade física para a terceira idade e informática educativa para a população; em São Paulo, coral aberto à população; e em São Vicente, o coral do câmpus.

Daniel Tausezg é bolsista e aluno do terceiro ano do curso de Composição e Regência do Instituto de Artes, na capital. Ele semanalmente se desloca até São Vicente e rege o coral do câmpus, formado por estudantes e funcionários. “Essa atividade de extensão me possibilita aprender na prática o que os mestres ensinam nas salas de aula. Conheço novas pessoas e a ajuda de custo oferecida facilita bastante a minha vida”, relata.

Caçador de bolsas

Segundo o responsável pela captação de recursos para o projeto, Mário Carlos Ferreira, a iniciativa fecha um ciclo importante dentro da sociedade. “A Unesp economiza recursos que seriam dispendidos com os alunos; os estudantes carentes que mantêm projetos de extensão auxiliam a comunidade e durante um ano recebem bolsas mensais de R$ 200; as empresas colaboram com o desenvolvimento do País e a sociedade recebe os serviços de extensão prestados pela Unesp” explica o caçador de bolsas.

A motivação de Mário para colher apoio e novos patrocínios para o Adote um Aluno é fruto de uma bem-sucedida carreira como diretor de marketing do Banespa. “Depois de aposentado, recebi um convite do pró-reitor de extensão universitária, Benedito Barraviera, para prestar um serviço de solidariedade. Aceitei, e não pretendo parar”, avisa.

“Selecionei entre os mais de vinte mil fornecedores da Unesp, aqueles com maior volume de negócios com a universidade. Depois, passei por todas as unidades universitárias da Unesp. Nessas oportunidades, visitava as empresas e ia conseguindo adesões”, conta. Um ano depois de iniciado o projeto, no fim de 2002, já eram 120 alunos adotados. “Do início de 2003 até agora, já temos 175 e a meta é expandir cada vez mais a iniciativa”, conta o caçador.

É muito comum em países estrangeiros, especialmente nos Estados Unidos, os grandes empresários ajudarem as universidades. “O projeto Adote um Aluno pretende não só arrecadar dinheiro, mas também aproximar a iniciativa privada da universidade e propôr convênios e parcerias com as empresas”, finaliza Ferreira.

Como adotar um aluno

Para adotar um aluno da Unesp, a quota mínima por estudante é de R$ 2,6 mil ao ano. É possível deduzir toda esta quantia do imposto de renda a ser pago, até totalizar 1,5% do lucro operacional no ano. Além disso, a empresa doadora pode direcionar as bolsas para uma atividade específica, como faz a Sodexho Pass, do ramo alimentício, que investe em uma horta solidária.

Os pagamentos são feitos por intermédio da Fundação para o Desenvolvimento da Unesp (Fundunesp). O telefone para contato é 3252-0598. São também aceitas doações de empresas que não mantém vínculo com a universidade.

Estas já adotaram alunos

Entre os mais de vinte mil fornecedores e prestadores de serviço da Unesp, estes já adotaram alunos: Abbott Laboratórios; Analyser; Nossa Caixa; Banco Real; Concaf Construtora; Laboratório Cristália; Demafla; Dot.Lib Informação Profissional; Embraer; Editora Moderna (Sistema Uno de Ensino); Embratel; Emtel Vigilância e Segurança; Ekthatronic; Galderma Brasil; Gold Silver Jóias; Itautec-Philco; Itiquira Turismo; Máquinas Agrícolas Jacto; Maritrad Comercial; Oracle; Qualitécnica Comércio e Serviços; Seja Bixo; Sinergia Web; Sociedade Brasileira de Imunizações; Socec; Sodexho Pass; Swets Blackwell; Usina São Manoel e ZC Engenharia.

A horta da solidariedade

Entre as mais de 20 empresas que já participam do projeto destaca-se a SodexhoPass, do setor alimentício. A instituição investiu mais de R$ 100 mil em ações sociais ligadas à universidade e adotou dez alunos para trabalhar no projeto de uma horta comunitária na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV Unesp) em Jaboticabal.

A SodexhoPass financia as sementes, defensivos, fertilizantes e implementos agrícolas utilizados na produção das hortaliças. A primeira colheita foi em maio e a produção foi doada a instituições beneficentes de Jaboticabal e Taiúva. Foram beneficiadas cerca de 200 pessoas, que além dos alimentos receberam informações sobre o valor nutricional e a importância de incluir hortaliças na dieta diária.

As plantações estão reunidas em um terreno de cinco mil metros quadrados dentro da FCAV. Na lavoura, trabalham quinze alunos de graduação em agronomia; dez são bolsistas do programa Adote um Aluno e cinco são voluntários. Eles são responsáveis pelos tratos culturais nas hortaliças, tais como semear, transplantar, desbaste, adubar, capinar, controle de pragas e doenças, tutoramento e colheita entre outros. O coordenador do projeto é o professor Arthur Bernardes Cecílio Filho, do Departamento de Produção Vegetal.

Os alunos trabalham dez horas semanais na horta. “Escalonei os horários para permitir que todos participassem da horta sem perder aulas, já que o curso de Agronomia tem atividades em período integral. Assim, ninguém deixa de cumprir seus compromissos acadêmicos e a horta nunca fica sem assistência”, conta Arthur.

Gilson, um desses agricultores, acha que o serviço comunitário é mais do que uma atividade acadêmico-assistencial. “Aqui aprendemos a trabalhar em equipe, vivenciamos na prática os problemas reais da olericultura e melhoramos nosso currículo”, explica.

Estevão Urbinati, bolsista, lembra as aulas iniciais, quando a adubação excessiva acabou por queimar algumas das folhas dos pés de couve-folha recém-transplantados. “Percebi na prática a importância de dosar corretamente o adubo e a adequada incorporação dele previamente ao ato do transplantio”, recorda.

O professor Arthur explica que a olericultura é uma atividade agrícola com uso intensivo de mão-de-obra. O projeto da horta inclui as seguintes etapas: formação das mudas em casa de vegetação; preparo dos canteiros; abertura de covas e/ou sulcos; adubação; semeadura; transplantio; controle de plantas daninhas; pulverizações foliares com defensivos e fertilizantes; e desbaste, atividade que elimina o excesso de plantas da cultura e evita a competição entre os vegetais no canteiro.

Uma agência para os cursos de extensão

Mais da metade dos alunos matriculados nas diversas unidades da Unesp cursaram os doze anos do ensino fundamental e médio em escolas públicas. Daí o empenho da universidade em estabelecer e pôr a funcionar esse esquema de financiamento empresarial para que esses jovens possam se manter, enquanto fazem o curso universitário.

Inspirado nessa realidade, o pró-reitor de Extensão Universitária, Benedito Barraviera, propôs ao Fórum de Inclusão Social, organizado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia, do qual participam as três universidades estaduais paulistas, a criação de uma agência estadual de fomento à extensão, nos moldes das que já existem para pesquisa e graduação. A proposta está sendo estudada e voltará debate nas próximas reuniões do Fórum.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente nas páginas II e III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 13/06/2003. (PDF)

IPT lança serviço on-line inédito de acompanhamento de pedidos

Site informa sobre prazos e orçamentos em serviços de calibragem de eletricidade, avaliação de corrente, resistência e tensão

A partir de hoje, o Laboratório de Metrologia Elétrica (LME) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado (IPT) passa a oferecer acompanhamento pela Internet do andamento dos trabalhos de calibração de instrumentos. O serviço on-line é inédito no País e será lançado às 8h30, no Encontro sobre Inovações Estratégicas do LME no auditório Cid Vínio, no Prédio 36 do IPT na Cidade Universitária, na zona oeste da capital.

Uma das funções do LME é atender aos setores industriais que necessitam de calibragem precisa de instrumentos. O serviço é prestado de acordo com modelos estabelecidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

O trabalho do LME consiste em comparar padrões de valor real conhecido com os que estão sendo utilizados pelos clientes. Os certificados expedidos do IPT revelam os desvios cometidos pelos instrumentos em operação. O objetivo é garantir que o ferramental das fábricas opere dentro destes limites. Estes dispositivos são multímetros, geradores, fontes e resistências. Inclui instrumentos de telecomunicações nas áreas de rádio frequência, óptica, TV e vídeo.

A novidade é o acompanhamento on-line do pedido. No site do IPT, o cliente é informado sobre orçamento, identificação, material entregue e histórico. Os serviços mais procurados são calibragem de eletricidade, corrente, resistência e tensão elétrica.

Importância da calibragem

Segundo a engenheira eletricista Maria do Carmo Scuccuglia, o trabalho do LME oferece uma calibragem no mínimo três vezes mais precisa do que a utilizada pelo cliente. “Imagine comparar duas réguas escolares com medidas iguais em centímetros. Do ponto de vista teórico, possuem o mesmo tamanho. Mas, na prática, existem diferenças milimétricas entre elas”, explica. Empresas como Alcatel, Siemens, TAM, Embratel e o Exército Brasileiro são clientes do LME. O trabalho previne desperdícios de tempo, mão-de-obra e de matérias-primas. Maria do Carmo ressalta a importância do trabalho. “Imprecisões na avaliação podem causar acidentes em uma plataforma marítima ou danos em uma central telefônica”.

Como é feita a calibração

A calibração é o valor verdadeiro do padrão associado a uma incerteza. São comparados o padrão e as medidas aferidas por meio do processo estatístico de análise. No resultado final são garantidos os níveis de funcionamento ideal elétrico e físico dos instrumentos, de acordo com os modelos da cadeia de rastreabilidade. Os padrões utilizados pelo IPT estão em concordância com os estabelecidos no Brasil pelo Inmetro (eletricidade), Observatório Nacional (tempo/frequência) e National Institute of Standards and Technology (Nist) dos Estados Unidos em instrumentos voltados para a área de telecomunicações, vídeo e TV.

SERVIÇO
Laboratório de Metrologia Elétrica do IPT
Correio eletrônico: lme@ipt.br
Tel. (11) 3767-4948

Rogério Mascia Silveira (texto e fotos)
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/06/2003. (PDF)