Ainda dá tempo de ver a Febrace

Hoje é a última chance para visitar a feira na Poli-USP; em exposição, 330 trabalhos científicos de alunos do ensino básico de todo o País

Hoje é o último dia para conferir, em tenda montada na capital, no estacionamento da Escola Politécnica (Poli) da USP, as invenções e novidades da 11ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior do gênero da América Latina. O evento é organizado pelo Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI-Poli), tem entrada franca e pode ser visitado até as 19 horas. Neste ano, apresenta 330 projetos de estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de todo o País.

Segundo a professora Roseli de Deus Lopes, da Poli-USP, e coordenadora da Febrace, a proposta do encontro anual é favorecer o surgimento de novos talentos para a pesquisa brasileira, por meio de desenvolvimento de projetos criativos e inovadores.

“A ideia é fazer a iniciação científica dos alunos ainda no ensino médio, antes do ingresso deles no nível superior”. E mais, estimular os professores a orientá-los, aproximar escolas de universidades e criar interações entre todas estas comunidades”, resume Roseli.

Na Febrace, os projetos apresentados concorrem a prêmios. Os melhores colocados podem ser escolhidos para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel Feira (Intel Isef), que em 2013 será realizada de 12 a 17 de maio, em Fênix, nos Estados Unidos.

Etecs representadas

Dos 330 projetos em exposição, 29 são de alunos de 16 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs). Os trabalhos concorrem em sete categorias científicas: Agrárias; Biológicas; Saúde; Exatas e da Terra; Humanas; Sociais Aplicadas e Engenharia.

Foram classificadas as seguintes Etecs: Barretos (Coronel Raphael Brandão); Dracena (Professora Carmelina Barbosa); Franca (Professor Carmelino Corrêa Júnior); Guaratinguetá (Professor Alfredo de Barros Santos); Limeira (Trajano Camargo); Monte Mor; São Bernardo do Campo (Lauro Gomes); Santo André (Júlio de Mesquita); Pirassununga (Tenente-Aviador Gustavo Klug); Ribeirão Pires; São Paulo (Carlos de Campos, Getúlio VargasGuaianases e Heliópolis); Suzano e Tatuí (Salles Gomes).

Os prêmios para os vencedores serão divulgados amanhã. Incluem troféus e medalhas para os destaques de cada categoria, equipamentos, bolsas de estudo, estágios e certificados de organizações em várias áreas.

Via de mão dupla

Vem da Etec de Pirassununga o projeto Conexão empresa-aluno para o mercado de trabalho. Orientado pela professora Joseli Benine e desenvolvido em um ano pelos alunos Willian Lopes e Leonardo Batista, do curso de Informática, é um sistema de internet de concepção simples, que conseguiu, porém, repercussão em nível municipal.

O sistema aproxima alunos da Etec de empresas da região (Pirassununga, Leme e Porto Ferreira) que estão em busca de estagiários. Dos 1,2 mil estudantes matriculados na escola, 200 estão cadastrados e o banco de dados já contabiliza 79 firmas registradas. Todo o processo é acompanhado pelos orientadores de cada curso, que selecionam e indicam alunos de acordo com o perfil de cada vaga em aberto. A última etapa consiste em acompanhar o desempenho de cada um na função extraescolar.

Foco na sustentabilidade

Para diminuir custos na construção civil e preservar rios e matas de Ribeirão Pires, as alunas Caroline Ribeiro e Danyela Carvalho, do curso técnico de Química, propuseram reaproveitar o entulho para obter argamassa de qualidade, de acordo com as normas técnicas estabelecidas pela legislação.

No trabalho de conclusão de curso, foram orientadas pelo professor Carlos Barreiro. Elas descobriram, por meio de pesquisas, que um dos principais problemas de Ribeirão Pires era o descarte irregular de restos de reformas e construções no meio ambiente. Assim, ao longo de um ano e meio, estudaram uma forma de reaproveitar esse material para substituir a areia e a argila usadas na argamassa.

Caroline conta que o produto tem viabilidade comercial – custa R$ 3,60 o pacote com 20 quilos. Antes disso, porém, o entulho é coletado, tratado, triturado e passa por diversos processos até chegar à granulometria desejada. Um dos desafios, conta a estudante, foi remover o mau cheiro do material, que muitas vezes chega misturado com animais em decomposição. Orgulhosa, diz ser possível evitar prejuízos ao meio ambiente e economizar na construção.

Aprendendo a economizar

Até o final do primeiro semestre, os celulares com sistema operacional Android ganharão um aplicativo gratuito para controle de despesas pessoais. Em fase de ajustes finais, como a adaptação para telas de maiores dimensões, o Finance Facility é uma criação da dupla Pedro Freitas e Sandor Motta, ex-alunos do curso técnico de Ciência da Computação da Etec Heliópolis, da capital, sob orientação do professor Marcos de Souza.

Empenhada nos estudos, a dupla conseguiu ser aprovada no final do ano no curso de Sistemas de Informação da Fatec de São Paulo. Contam que a principal proposta do app é ajudar o cidadão a evitar que o salário acabe antes que o mês. “Sistema permite registrar pequenos gastos, como se fosse uma planilha. Para o futuro, uma das ideias é integrá-lo ao sistema de transações bancárias, para ter o saldo das despesas em tempo real”, revela Pedro.

Alerta na aldeia

As paraenses Scarleth Silva, Natália Meira e Kalyne Brito, do Colégio Pitágoras, estudaram, sob supervisão da professora Marina Fabbris, as mudanças nos hábitos alimentares da tribo dos Xikrin do Catete, localizada em reserva indígena na região de Parauapebas (PA).

Moradoras de Carajás (PA), do núcleo urbano da Companhia Vale do Rio Doce, viajaram 400 quilômetros para conhecer em um final de semana a realidade dos índios. Por meio de entrevistas de campo, descobriram mudanças no padrão alimentar, em substituição às tradicionais caça e pesca. Constataram que alimentos industrializados de baixo valor nutricional foram incorporados à dieta, como refrigerantes, biscoitos e bebidas alcoólicas. Consequência: aumento na incidência de doenças típicas de populações urbanas, ou seja, diabetes, hipertensão e obesidade.

As estudantes consideram que a experiência foi de grande importância para divulgar o problema para a sociedade brasileira. Para elas, participar da Febrace foi uma oportunidade única para vir a São Paulo pela primeira vez, conhecer a USP e trocar experiências com estudantes de outras regiões brasileiras.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 14/03/2013. (PDF)

TV Cultura e Programa Acessa Escola são destaques da Campus Party 2009

Público tem até domingo para conhecer na capital as mais recentes novidades em tecnologia da informação e entretenimento digital

O governo do Estado de São Paulo está participando da Campus Party com os estandes da TV Cultura e do Programa Acessa Escola. O local escolhido para abrigar a feira internacional de informática em 2009 foi o Centro de Convenções Imigrantes, na zona sul da capital. O público tem até domingo (25) para conhecer as mais recentes novidades em tecnologia da informação e entretenimento digital.

Realizada no Brasil pela segunda vez, a Campus Party é uma feira anual, criada na Espanha em 1997. Após 12 edições, o evento transformou-se no principal ponto de encontro das comunidades on-line do mundo. Desde o ano passado, tem o apoio institucional do governo paulista.

O estande da TV Cultura é um dos maiores do evento, com 500 metros quadrados. Conta com 50 funcionários, sete equipes de jornalismo, quatro ilhas de edição e uma estação de rádio. No centro da instalação, a emissora montou cabine para transmitir ao vivo pela Internet, rádio e TV os principais destaques e curiosidades da Campus Party.

Uma das atrações é a IPTV Cultura, espécie de YouTube com vídeos produzidos pela emissora durante o evento. Traz reportagens, entrevistas com visitantes e debates. Quem acessa a página na web pode votar nos vídeos preferidos, deixar comentários e também blogar (publicar textos e fotos). O endereço eletrônico é www.iptvcultura.com.br e todos os serviços oferecidos são gratuitos.

Conteúdo colaborativo

Ricardo Mucci, coordenador do Núcleo de Novas Mídias da Fundação Padre Anchieta, explica que o trabalho no estande segue o modelo da produção colaborativa (wiki) de conteúdo. E os parceiros da TV Cultura no estande são o Sesc SP, a USP e a Universidade Metodista, que ajudam a produzir e a difundir as informações.

A concepção do estande segue o conceito de convergência de mídias (TV, rádio e internet) no jornalismo. É um novo modo de cobrir eventos, já adotado nas Olimpíadas de Pequim e na posse do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por grandes emissoras internacionais, como a norte-americana CNN e a britânica BBC.

“Oferecemos 12 horas de notícias da Campus Party diariamente. É um trabalho complexo, realizado fora dos estúdios da emissora, que envolve jornalistas, cinegrafistas, designers, programadores e demais produtores. A equipe grava, edita e prepara o conteúdo para as três plataformas”, explica Ricardo.

Poupatempo Digital

O estande da emissora também apresenta dois projetos voltados para a TV Digital e desenvolvidos em parceria com o Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da USP. Um dos destaques é o Poupatempo Digital, parceria dos pesquisadores com a administração estadual para a área de governo eletrônico.

Segundo o professor Marcelo Zuffo, coordenador de Meios Eletrônicos Interativos do LSI, a meta do Poupatempo Digital é permitir ao telespectador usar o televisor para solicitar documentos e atestados. O eletrodoméstico está presente em mais de 90% dos lares brasileiros, e com o controle remoto o usuário navega e faz escolhas em menus apresentados na tela.

“Queremos aproximar os serviços públicos do cidadão, sem que ele precise sair de casa”, informa Marcelo. “O LSI também está em contato com a Imprensa Oficial, autoridade certificadora oficial do Estado de São Paulo. O objetivo é atestar a autenticidade dos documentos expedidos a partir do televisor”, esclarece Zuffo.

Outro projeto é o HD3D, iniciativa pioneira que oferecerá visualização de conteúdo tridimensional em alta definição pela TV aberta brasileira. No telespectador o efeito 3D é obtido utilizando-se óculos especiais já em desenvolvimento no LSI. A transmissão é semelhante à empregada pelos canais digitais. “Os dois projetos estão em desenvolvimento e a expectativa é termos novidades até o final do ano”, prevê Zuffo.

Acessa Escola

A rede pública estadual está representada com dois ambientes na Campus Party 2009. O primeiro é uma lan house com acesso gratuito para o público. O espaço reproduz as instalações das salas oferecidas no Programa Acessa Escola, projeto criado em setembro de 2008 pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).

O segundo ambiente é um centro de capacitação e reciclagem de conhecimento exclusivo para os 2,1 mil alunos monitores do programa. Esta iniciativa atende 500 escolas na capital e a previsão da FDE é estendê-la até o final de 2010 para as outras unidades de ensino em território paulista.

Em cada unidade de ensino, o serviço é gerenciado por um grupo de seis alunos estagiários (monitores) do ensino médio, selecionados por concurso da Fundap. A jornada de trabalho é de quatro horas diárias durante o período letivo e o grupo se reveza na atividade. Todos trabalham em horário diferente ao da matrícula pelo período de um ano, podendo ser prorrogado por mais um.

Na média, cada sala dispõe de 15 a 20 computadores novos, adquiridos no final do ano passado. Ligadas em rede, oferecem banda larga e aplicativos de escritório. Diferente do Programa Acessa São Paulo, o Acessa Escola é para uso exclusivo dos alunos e professores do estabelecimento de ensino.

Cada acesso dá direito a usar o equipamento por 30 minutos, sempre fora do horário de aula. A sessão pode ser estendida sem limites, desde que ninguém esteja esperando para usar o computador. O tempo de uso é gerenciado pelo Blue Control, aplicativo desenvolvido sob medida para o Acessa Escola.

Elaine Lima, uma das responsáveis pelo programa, explica que a FDE levará a cada dia 600 alunos estagiários para a Campus Party. “O Acessa Escola favorece a inclusão digital e incentiva o protagonismo do aluno para ficar mais tempo na escola”, conclui.


Campus Party – oportunidades

A estudante Juliana Silva discorda do chavão de que tecnologia é território masculino por excelência. Pela manhã, estuda na Escola Estadual Heróis da FEB. Das 16 às 20 horas é monitora do Programa Acessa Escola na EE Maria Montessori, ambas localizadas na Vila Maria, zona norte da capital.

A garota aprovou a ida à feira da Campus Party. Para ela, foi uma oportunidade única de ampliar seus conhecimentos e trocar experiências com outros monitores. “Mesmo tendo feito cursos de informática, está difícil conseguir uma vaga por não ter experiência. Agora, minhas classificações aumentaram e, de quebra, as chances no mercado de trabalho”, acredita Juliana.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 23/01/2009. (PDF)

Parque CienTec é atração cultural e educativa na zona sul de São Paulo

Visita requer agendamento e público aprende sobre Física e Astronomia em 1,4 milhão de metros quadrados de área verde

Ligado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo, o Parque CienTec é opção de lazer com cultura e qualidade de vida na zona sul da capital. Criado em dezembro de 2001, ocupa 25% da área do Parque do Estado. Oferece passeios, demonstrações e experiências lúdicas para alunos do ensino fundamental e médio, em uma área verde de 1,4 milhão de metros quadrados, rodeados de Mata Atlântica.

A inauguração foi em setembro 2002 e, nesses seis anos, 70 mil visitantes conheceram o Parque, localizado em frente ao Zoológico de São Paulo. Até 2001, o local foi sede do Instituto de Astronomia e Geofísica (IAG) da USP. No ano seguinte, o IAG transferiu-se para a Cidade Universitária.

A entrada no CienTec é permitida somente com agendamento, pelo telefone (11) 5077-6312. A maior parte do público é formada por escolares, porém, qualquer interessado pode solicitar data para visita. Funciona de terça a sexta-feira, das 9 às 12 horas, e das 13h30 às 16h30. Eventualmente, abre em feriados e ocasiões especiais.

Agende-se

Ao solicitar o agendamento, a escola ou interessado precisa informar quais atrações pretende conhecer. Estabelecimento de ensino da rede pública não paga ingresso; alunos de instituições particulares desembolsam R$ 2 por criança e R$ 4 por adulto. A entrada é gratuita para menores de 6 e maiores de 60 anos.

As visitas são acompanhadas por um dos 40 monitores do parque, todos alunos de graduação da USP. Segundo o arquiteto Parque CienTec é atração cultural e educativa na zona sul de São Paulo Paulo Massabki, assistente de direção do local, o visitante é estimulado a interagir com a ciência e a tecnologia a partir de situações comuns, vivenciadas no cotidiano.

“De modo lúdico, a ciência e a tecnologia ficam próximas da criança, que aprende se divertindo e se diverte aprendendo”, observa Paulo.

Atrações especiais

A Gruta Digital usa projeção estereoscópica para criar um espaço móvel de realidade virtual. Nesse ambiente, o visitante coloca óculos especiais para ampliar sua percepção tridimensional e a sensação de imersão. A experiência ganha maior realismo com o som estéreo e o complexo jogo de luzes.

A Nave Mário Schemberg é um sistema tridimensional fixo de realidade virtual desenvolvido pelo Laboratório de Sistemas Integráveis da USP (LSI). Como nos videogames, a criança controla a trajetória da embarcação a partir de um painel frontal. Navega em animações tridimensionais, filmes, sistemas de interação e jogos interativos.

Mapa do saber

As áreas de interesse do Parque são divididas em blocos. O roteiro escolhido pode incluir a Alameda do Sistema Solar, a Exposição Interativa de Matemática, a Minibacia Hidrográfica, o Espaço Geofísico, a Estação Metereológica, o Espaço Astronomia e as duas oficinas do Laboratório de Óptica: Fotografia com Latas e Funcionamento do Olho Humano. A Exposição Interativa de Matemática é uma réplica da mostra permanente em exibição na Estação Ciência. Traz cem experimentos e propõe ao visitante refletir sobre situações comuns com cálculos e como estimar a quantidade de votos de uma eleição.

A Minibacia Hidrográfica é formada pelo lago abastecido pelas nascentes do Riacho do Ipiranga. A criança aprende sobre a importância histórica da região, próxima ao local em que foi proclamada a Independência do Brasil. E também sobre o ciclo da água e sua importância para a vida, a partir da sua relação com a fauna e a flora. No Espaço Geofísico, o visitante assiste à palestra sobre como é a estrutura interna da Terra, sua história geológica e as dinâmicas envolvidas. Conhece instrumentos ligados à Geofísica, como sismógrafo e o magnetômetro, entre outros.

Os painéis explicativos revelam as riquezas existentes no subsolo – água, petróleo, gás natural e jazidas minerais. Essa atividade termina com a realização de experiências com o geofone, a prospecção eletromagnética, o uso do sistema de posicionamento global por satélite (GPS) e com a magnetização de rochas. No auditório, a aula sobre a Estação Meteorológica utiliza equipamentos para observar e medir a atmosfera. Explica fenômenos naturais, como a formação de nuvens, tempestades, relâmpagos, granizo, tornados e furacões.

No Espaço Astronomia a criança conhece o telescópio. Se as condições atmosféricas estiverem favoráveis, observa o Sol com o equipamento. Há, também, explicações sobre astronomia, como a origem do universo, do sistema solar e das estrelas e constelações. Na oficina Fotografia com Latas é mostrado o princípio da fotografia através da câmara de orifício. Há breve introdução sobre o processo de formação de imagens na câmara escura e do registro da imagem no papel fotográfico. No final, o visitante acompanha o processo de revelação das fotos.

Visão Humana é a oficina que explica o fenômeno da refração, que forma as imagens na visão humana. Com experimentos simples, informa como corrigir disfunções, problemas como a miopia, com o auxílio de lentes e o funcionamento de alguns instrumentos ópticos.


Dia de aprender e se divertir

Terça-feira, 8 de abril, foi especial para o grupo de 37 alunos da 4ª série e três professores da Escola Municipal de Ensino Básico (Emeb) Padre Fiorente Elena, de São Bernardo do Campo. Muitos não acreditavam existir na capital uma região com tanto verde, destoando do cinza predominante na paisagem metropolitana. O grupo de crianças foi supervisionado pelas professoras Mirtes Betton, de Português, Luciana Consentino, de Informática, e pela estagiária Clélia Nascimento, de Pedagogia. Em 2007, Mirtes visitou o CienTec com uma turma da Escola Estadual Fausto de Mello, de São Bernardo, onde também leciona. Aprovou a experiência do ano passado e repetiu. Desta vez, com os alunos da escola municipal.

Canto dos pássaros

Na Alameda do Sistema Solar, as crianças, com idades entre 9 e 10 anos receberam dos monitores informações sobre Astronomia. Na sequência, aprenderam a fotografar com câmera artesanal e luz natural, e depois a revelar as imagens em uma sala escura.

Após uma pausa para o lanche, no refeitório do CienTec, veio o passeio final, no lago do parque, quando todos apreciaram a natureza e ouviram o canto de cigarras e pássaros. “O passeio agradou demais. O conhecimento adquirido será útil em um trabalho coletivo na Emeb, sobre a história e evolução da fotografia”, comentou a professora Mirtes.

Um dos mais empolgados foi Mateus Alkimim. Interessado, o aluno fez diversas perguntas para Carlos Rossati, universitário do último ano de Física da USP e um dos monitores mais antigos do CienTec. Fazendo coro a ele, Gabriele Lopes levou sua câmera digital. “Nunca tinha imaginado como era fotografar no passado”, disse espantada.

Serviço

Parque CienTec
Avenida Miguel Stéfano, 4.200 Água Funda – São Paulo (SP)
Telefone (11) 5077-6312

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 17/04/2008. (PDF)