O encontro com o mar

Estudantes da rede pública de 32 cidades participam de programação especial de férias e encontram o mar pela primeira vez

Nesta semana, o Programa Turismo do Saber leva 1,3 mil crianças, de 9 a 11 anos, da rede pública de ensino de 32 municípios do interior, para 15 cidades do litoral paulista. Até amanhã (20), os jovens participarão de atividades na praia como aula de surfe, gincanas e também outras atrações de férias, como pescaria e visitas em parques, museus e locais históricos.

O Turismo do Saber é um Programa da Secretaria Estadual de Turismo realizado em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisa de Administração Municipal (Cepam), Secretaria da Educação e Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo. Tem como proposta proporcionar à criança uma nova experiência de vida, por meio do turismo e atividades lúdicas.

Muitos estudantes participantes são de famílias carentes e têm na visita uma oportunidade para conhecer outras culturas, hábitos e ambientes. E também estreitar relacionamentos com colegas e monitores ao longo da viagem, além de aprender, a partir de informações sobre história, arquitetura, recursos naturais sociais, entre outras.

Praia e montanha

Nas férias de julho de 2011, o Turismo do Saber levou 840 alunos de escolas públicas do litoral para conhecer as montanhas do Vale do Paraíba. E agora, no verão, a iniciativa faz o caminho inverso e promove roteiros nas praias para estudantes do interior.

Ao todo são 32 delegações, cada uma composta por 20 meninos e 20 meninas. Cada grupo ficará quatro dias hospedado em alojamentos coletivos (em escolas públicas) de 15 municípios do litoral paulista. Algumas cidades anfitriãs, como Bertioga, vão receber duas comitivas, e outras, como São Vicente, receberão até três.

A iniciativa oferece ônibus com 45 lugares, alimentação, material pedagógico, camiseta de uniforme, pessoal capacitado pelo Estado e policiais para acompanhar as delegações. Durante a viagem, os estudantes são acompanhados por 128 monitores dos municípios visitantes e mais coordenadores municipais – e ambas as equipes trabalham em caráter voluntário.

O programa foi instituído pelo Decreto nº 57.039, de 3 de junho de 2011, em caráter permanente durante os meses de janeiro e julho. Substituiu o antigo programa Caravanas do Conhecimento – Interior na Praia e Redescobrindo o Interior. Os nomes foram alterados para Turismo do Saber – Interior na Praia e Litoral no Campo.

Visitantes e anfitriões

Neste mês, os visitantes são das cidades de Anhembi, Aparecida, Bofete, Botucatu, Caçapava, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Conchas, Descalvado, Fernando Prestes, Ibirá, Ibitinga, Itatinga, Jambeiro, Lavrinhas, Lorena, Monteiro Lobato, Olímpia, Paraguaçu Paulista, Pardinho, Pedrinhas Paulista, Pindamonhangaba, Piquete, Porto Ferreira, Pratânia, Queluz, Redenção da Serra, São Bento do Sapucaí, São Carlos, São José dos Campos, São Luís do Paraitinga e Tabatinga.

Os municípios anfitriões são Bertioga, Cananeia, Caraguatatuba, Cubatão, Guarujá, Iguape, Ilha Comprida, Ilhabela, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, São Sebastião, São Vicente e Ubatuba.


Momento inesquecível

Na manhã de terça, 17 de janeiro, a praia de Itararé em São Vicente recebeu comitivas de Aparecida, São Bento do Sapucaí e Tabatinga. No total, 120 crianças uniformizadas, acompanhadas de monitores, professores e policiais, desembarcaram na orla em frente ao teleférico, atração inaugurada em 2002 que leva turistas ao topo do Morro do Vuturuá, para apreciar a vista e saltar de parapente.

Para a maioria dos visitantes, era a primeira vez que viam o mar. Tomados de emoção, quatro meninos mais afoitos saíram correndo em direção à água. Tão logo pisaram na areia, foram alertados pelos monitores sobre as instruções de segurança antes de entrar no mar.

Na sequência, os visitantes foram divididos em duas turmas para atividades. A maior, com dois terços das crianças, fez alongamentos e depois foi curtir as ondas pela primeira vez, com supervisão permanente e cercada por corda para prevenir afogamentos. A segunda recebeu noções básicas sobre surfe na areia e, em seguida, também sob monitoramento, tentou deslizar na superfície da água salgada com pranchas de bodyboard – esporte em que o praticante desce a onda deitado ou de joelhos em uma prancha.

Depois, os estudantes se revezaram nas atividades. E todos puderam participar da recreação na água, brincar na areia e fazer a aula de surfe. “A emoção de ver o mar pela primeira vez é inesquecível. Mas não imaginava que era tão grande”, disse Luana Gabriela, de dez anos, estudante de Aparecida. Já seu colega, Mateus Felipe, da mesma cidade, preferiu nem falar, segundo ele, para não perder nenhuma onda.

Para um grupo de São Bento de Sapucaí, melhor do que pular ondas só mesmo fazer buracos na areia. O quinteto formado por Daiana Oliveira, Michele Camargo, Mateus Nunes, Franciele dos Santos e Júlio Moraes em pouco tempo fez várias escavações e construiu seu primeiro castelo, decorado com conchas nas torres.

Entusiasmada com os moluscos, Daiana disse que pretende presentear seus pais com as conchas. “São lembrancinhas eternas da praia”, confidenciou com as mãos repletas de restos de moluscos.

Viagem longa

O ônibus que levou os visitantes de Tabatinga saiu às 7 horas da cidade na segunda-feira (16), e chegou às 15h30 em São Vicente. Segundo a professora Flor Lima Reis, monitora do grupo, a viagem de quase 400 quilômetros não diminuiu em nada a disposição das crianças em passear e aprender mais sobre o litoral paulista.

“Já conhecia São Vicente, mas é a primeira vez que acompanho estudantes. Está sendo um grande prazer e não houve nenhum problema na viagem e nem no alojamento coletivo”, conta satisfeita a professora Flor. A opinião dela foi endossada pelo PM Cláudio Lopes, também de Tabatinga, que acompanhou o grupo.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 19/01/2012. (PDF)

Uma chance para quem precisa

DAEE dá oportunidade a morador de rua no Parque Ecológico do Tietê. Programa Frentes de Trabalho atende quem está há mais de um ano desempregado

Parceria do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) com a Secretaria Estadual de Emprego e Relações do Trabalho reativou em janeiro o programa Frente de Trabalho. Criada pelo Governo paulista em 1999, a iniciativa de inclusão social amplia as chances de quem vive em condições precárias, como moradores de rua e de regiões da periferia com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito abaixo da média.

O programa dá oportunidade para quem está desempregado há mais de um ano. Até o momento, 35 pessoas executam serviços no Parque Ecológico do Tietê, situado na zona leste da capital. As atividades incluem cuidados com o campo, como poda e jardinagem e também limpeza e manutenção de placas.

“Muitos são profissionais qualificados. Temos pedreiros, pintores, marceneiros, e os colocamos em uma função relacionada com sua área de maior conhecimento e afinidade”, afirma Edison Cândido, diretor de parques do DAEE. “A expectativa é que, com o passar dos dias, mais candidatos se interessem e ingressem no programa”, acrescenta.

Bolsa-auxílio e benefícios

O bolsista tem uma carga de seis horas diárias e atua quatro vezes por semana, sendo o quinto dia dedicado a um curso profissionalizante gratuito, ministrado pelo Centro Paula Souza, também ligado ao Governo paulista. Cada um recebe bolsa-auxílio mensal de R$ 210, benefício-alimentação no valor de R$ 86 e mais R$ 80 para transporte.

“Podemos contar com duas turmas, uma em cada período: manhã – das 8 às 14 horas; e tarde, das 14 às 20 horas”, informa Edison. Quem trabalha pelo programa pode executar as atividades por até nove meses, sem vínculo empregatício, já que o projeto visa à profissionalização dos bolsistas e à abertura de futuras oportunidades.

Além de exercer as atividades remuneradas no parque, o diretor-geral apresenta outro objetivo: “Após o expediente, queremos integrar o pessoal no espaço oferecido pelo Parque Ecológico e levar os trabalhadores ao Museu do Tietê, à nossa academia, mostrar-lhes as trilhas e os demais equipamentos existentes”, comentou.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 11/01/2012. (PDF)

Um portal de negócios – Agência de Fomento Paulista lança Canal do Empresário

Objetivo do novo site é incentivar o desenvolvimento de empresas e negócios a juros subsidiados

A Agência de Fomento Paulista/Nossa Caixa Desenvolvimento, instituição financeira do Governo paulista, acaba de lançar o site Canal do Empresário. Produzido pela agência de publicidade A2 Comunicação, o portal pretende facilitar a vida do empreendedor com simulações de empréstimos e dicas para auxiliar no planejamento e gestão dos negócios.

Simular o valor de empréstimos e das parcelas é um dos destaques do site. Se quiser, o usuário pode salvar a tabela gerada pelo sistema com os pagamentos previstos no formato PDF, enviar por e-mail, imprimir ou exportá-la com os valores e prazos de pagamento para uma planilha eletrônica. Também pode solicitar on-line o financiamento. Depois de aprovado, o tempo médio de liberação do dinheiro é de 90 dias.

Um dos atrativos do empréstimo é o juro, subsidiado pelo Estado e inferior ao praticado pelos bancos privados. São muitas as linhas de financiamento e o valor mínimo é de R$ 20 mil reais, e o máximo de R$ 30 milhões. A dívida pode ser quitada em até dez anos (120 meses). A menor taxa cobrada é de 0,49% ao mês com correção do IPC-Fipe (sigla que identifica o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

O Canal do Empresário também reproduz o conteúdo produzido por parceiros da Agência de Fomento Paulista. São notícias, pesquisas, legislação tributária estadual e federal, cartilhas, casos de sucesso e eventos (seminários, fóruns e cursos). O material é fornecido por associações comerciais municipais, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), a filial paulista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio) e o Instituto Empreender Endeavor Brasil, entre outros.

Longo prazo

A proposta principal é incentivar o empresário a investir no longo prazo e a planejar o crescimento do negócio de modo sustentável. E assim gerar trabalho e renda na sociedade. Todos os setores da economia estão contemplados com os empréstimos, incluindo indústria, comércio, serviços e agronegócio. A ideia é que o dinheiro não seja usado apenas como capital de giro, mas financie novos empreendimentos, reforma, ampliação e modernização de instalações, compra de máquinas, etc.

As linhas de crédito da Agência de Fomento Paulista são direcionadas para uma faixa de renda acima das feitas pelo Banco do Povo Paulista. Esta iniciativa ‘irmã’ da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho é voltada para microempreendedor, cujo teto do empréstimo vai de R$ 200 a R$ 10 mil (pessoa física) e de R$ 200 a R$ 15 mil (empresas).​

Há linha especial para empresa disposta a ser parceira da Petrobras na exploração das jazidas de pré-sal, petróleo e gás natural na Baixada Santista. O recurso atende a projetos de até 120 meses em diversas áreas, como prospecção, distribuição, produção de bens de capital e prestação de serviços técnicos especializados. Podem solicitá-la empresa paulista e de outros Estados.

Já para máquinas e equipamentos, há financiamento para aquisição isolada e de bens novos fabricados no Brasil e no exterior (caso não haja similar nacional). O prazo máximo desta operação financeira é de 60 meses, incluindo a carência. Este é o mesmo tempo oferecido para franquias, porém o prazo mínimo para começar a pagar é de 18 meses, enquanto para as de máquinas e equipamentos é de 12 meses.

Economia Verde

Há também opções de empréstimos exclusivos para projetos de investimento. Um deles é a Linha Economia Verde com o objetivo de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e permitir às empresas se adaptar à Política Estadual de Mudanças Climáticas, instituída pela Lei nº 13.798, de novembro de 2009.

A Linha Economia Verde contempla a substituição de combustíveis por opções menos poluentes, renovação de frotas, adoção de fontes de energia renovável, redução de perdas no processo de geração e transmissão de eletricidade, criação de áreas de reflorestamento, recomposição de matas ciliares, compensações ambientais e edificações com padrões de construção sustentável, entre outros.


Agência de Fomento Paulista

Criada em março de 2009, a Agência de Fomento Paulista é vinculada à Secretaria Estadual da Fazenda e funciona como um banco de desenvolvimento. Já concedeu dois mil empréstimos para 400 empresas instaladas em 165 municípios paulistas. No total foram R$ 461 milhões e ainda dispõe de R$ 1 bilhão para novos financiamentos, provenientes na maioria de recursos próprios e de uma menor parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Caso não tenha acesso à internet, o empresário pode obter informações e conseguir empréstimo na sede da Agência de Fomento Paulista, que não oferece atendimento bancário e fica na Rua da Consolação, 371, no centro da capital.

Outra opção é se dirigir a qualquer uma das 50 entidades empresariais parceiras, como o Sebrae, Fiesp, Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entre outras.

O site da Agência de Fomento Paulista informa a lista completa de parceiros. Outra opção para o empresário é procurar a entidade de classe à qual é associado e dar início ao processo de tomada de crédito.

Serviço

Canal do Empresário
Agência de Fomento Paulista

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 17/12/2011. (PDF)