Procon-SP alerta: pesquise o preço antes de comprar material escolar

Levantamento realizado na capital pela Fundação de Defesa do Consumidor identificou variação de até 260%; uma dica: compras coletivas costumam obter preços mais baixos

Para informar os pais sobre os preços de material escolar no período de volta às aulas, a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), órgão vinculado à Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania, divulgou ontem (dia 9), em seu site, pesquisa comparativa relativa aos valores de 189 itens. Realizado na capital, nos dias 7, 8 e 11 de dezembro de 2017, o levantamento abrangeu 9 estabelecimentos comerciais do centro e das regiões norte, sul e oeste. A importância do levantamento fica clara pelas diferenças de preços encontradas. Um exemplo: a caneta esferográfica da Faber Castell, vendida a R$ 1,75 em um local, foi encontrada a R$ 6,30 em outro.

A partir do dia 18 de janeiro, o site do Procon-SP trará estudo semelhante realizado no interior, pelas oito regionais da Fundação, usando a mesma metodologia utilizada no trabalho da capital. Desde 1995, a Fundação realiza esse estudo anual e de acordo com Cristina Martinussi, supervisora da Diretoria de Estudos e Pesquisas, o objetivo é informar sobre os preços de diversas marcas e modelos de itens de material escolar, em especial os mais vendidos. Segundo ela, também seguem on-line, na página da Fundação, todas as edições da pesquisa desde 2006.

O documento indica sempre os preços cobrados em no mínimo três lojas. A mais recente edição informa os valores dos seguintes itens: apontador, borracha, caderno, canetas esferográfica e hidrográfica, colas em bastão e líquida, fita corretiva, giz de cera, lápis preto e colorido, lapiseira, marca texto, massa de modelar, papel sulfite, pintura a dedo, refil para fichário, régua de 30 centímetros e tesoura escolar.

Atualização

Apresentada no formato PDF, a pesquisa informa no final do documento o nome e o endereço de todos os lojistas participantes. “Todo ano, consideramos no estudo as tendências do mercado e incorporamos e retiramos itens. Como referência de material escolar, usamos catálogos de fabricantes e também as visitas realizadas nos próprios pontos comerciais”, esclarece Cristina.

Vendida em média por R$ 4,17 a unidade, a caneta esferográfica azul, vermelha ou preta modelo Fine 062 – 0,7mm da Faber Castell foi o item com maior variação de preço, sendo encontrada por R$ 6,30 em um local e por R$ 1,75 em outro. A edição 2018 do estudo do Procon-SP também comparou os preços de 136 produtos de material escolar comuns às pesquisas realizadas em dezembro 2017 e dezembro de 2016. No total, houve acréscimo médio de 9,25% neles acima da inflação oficial do período, de 2,45%, apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo (IPC-SP) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Segundo Cristina, uma novidade incluída na pesquisa 2018 surgiu na esteira da Lei Federal nº 13.455/2017. Essa legislação passou a permitir a diferenciação de preço em função do instrumento de pagamento, isto é, o consumidor deve sempre verificar se a loja cobra menos caso ele opte por quitar a compra em dinheiro, cheque, cartão de débito ou de crédito. “Incluímos na página 4 na pesquisa uma tabela especial, informando o percentual de desconto para cada instrumento adotado”, informa.

Dicas

“Para poupar, uma dica aos pais é se reunir em grupos e fazer compras coletivas. Desse modo, é possível obter descontos”, sugere Cristina. Ela ressalta que a venda do material escolar segue as normas previstas no Código de Defesa do Consumidor – CDC (Lei federal nº 8.078/1990), legislação responsável por normatizar as relações de consumo no Brasil (ver serviço). Assim, materiais como colas, tintas, pincéis atômicos, fitas adesivas, entre outros, devem conter informações claras, precisas e em língua portuguesa a respeito do fabricante, importador, composição, condições de armazenagem, prazo de validade e se apresentam algum risco à saúde.

De acordo com a Lei Federal nº 12.886/2013, a lista de material escolar das escolas particulares não pode apresentar itens de uso coletivo, como os de higiene e limpeza, ou taxas para suprir despesas com água, luz, telefone, impressão e fotocópia (ver serviço). Também é proibido exigir dos pais ou responsáveis a compra do material escolar no próprio estabelecimento de ensino, assim como determinar marcas e pontos de venda ‘obrigatórios’.

A exceção permitida é quando o material didático usado forem apostilas. É considerada abusiva a cobrança da taxa de material escolar sem a apresentação de uma lista. A escola é obrigada a informar quais itens devem ser adquiridos. A decisão entre comprar os produtos solicitados ou pagar pelo pacote oferecido pela instituição de ensino é sempre do consumidor.

Serviço

Procon-SP
Pesquisa de preços de material escolar
Lei Federal nº 13.455 de 26/06/2017
Lei Federal nº 12.886 de 26/11/2013
Código de Defesa do Consumidor (CDC)

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 10/01/2018. (PDF)

Cresce a geração solar de eletricidade no Estado

Detentor de uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e referência mundial em produção e utilização de insumos renováveis, o Estado de São Paulo segue ampliando em seu território a geração de energia fotovoltaica. No ano de 2017 foram registradas 3.721 instalações do gênero com 21.834 quilowatts (kW) de potência, o segundo maior volume da Federação, atrás somente de Minas Gerais.

Com incidência solar média anual de 5,4 kW por metro quadrado, o Estado registra volume inferior ao aferido na Região Nordeste, o de maior incidência do País, porém, esse total representa o dobro do verificado na Alemanha, um dos países com mais tecnologias de geração de eletricidade do mundo.

Para expandir ainda mais a adoção desse tipo de energia, a Secretaria Estadual de Energia e Mineração oferece para estudo e projetos públicos e privados o trabalho Energia Solar Paulista – Levantamento do Potencial. Nele, as regiões de Araçatuba, Barretos e São José do Rio Preto aparecem identificadas como as mais promissoras para a geração fotovoltaica.

Expansão

De acordo com o assessor técnico da Subsecretaria de Energias Renováveis da pasta, Paulo Sassi, há também estímulo para a instalação de novos sistemas na indústria, comércio e residências. Nas casas e edifícios, a captação da luz solar pode ser aproveitada para o aquecimento de água, por meio de aquecedores e painéis de silício nos telhados. Esses equipamentos permitem poupar, em média, até 40% da conta de eletricidade – e por terem duração média entre 15 e 20 anos, é possível amortizar o custo de sua aquisição em cerca de cinco anos.

Atualmente, a capacidade instalada de geração solar no Estado é de 1,1 megawatts (mW), equivalente a cerca de 0,3% do total nacional. Entre as usinas, a pioneira é a de Tanquinho, projeto-piloto da CPFL Energia. Sediada em Campinas, tem 1.082 kW de potência e funciona interligada à rede elétrica convencional da concessionária. Atualmente, a planta abastece a zona rural do município com 1,6 gigawatts/hora por ano e pode suprir 1,3 mil casas com consumo mensal de 100 kW cada.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 04/01/2018. (PDF)

Ranking Paulista de Energia: ferramenta para gestores públicos e privados

Desenvolvida pela Secretaria de Energia e Mineração, ferramenta gratuita e on-line reúne dados do consumo de eletricidade, gás natural, gás comprimido, etanol e derivados de petróleo dos 645 municípios paulistas desde 2012

Com a proposta de oferecer uma ferramenta para gestores públicos e privados, empreendedores, órgãos de fomento à economia, a Secretaria Estadual de Energia e Mineração lançou no dia 15 de dezembro o Ranking Paulista de Energia. Apresentado on-line em seção exclusiva do site da Pasta, esse serviço gratuito e inédito no País apresenta de forma dinâmica e interativa o consumo de eletricidade, gás natural, gás comprimido, etanol e derivados de petróleo dos 645 municípios paulistas desde 2012. (ver serviço).

O coordenador do Grupo de Dados Energéticos da secretaria e responsável pelo levantamento das informações do projeto, Reinaldo Almança, destaca o fato de o ranking ser um ‘recorte’ do Anuário Estatístico de Energéticos por Municípios no Estado de São Paulo. Produzida desde 2006, essa publicação reúne informações das concessionárias de eletricidade e de gás com atuação no território paulista. Sua mais recente edição, de 2017, ano-base 2016, segue disponível para consulta e cópia na Biblioteca Virtual, outra seção do site da pasta.

Ilimitado

“A proposta principal da ferramenta é estimular o desenvolvimento no Estado, oferecendo de modo transparente e aberto informações atualizadas e fidedignas para serem usadas em projetos nos municípios paulistas”, explica o coordenador. Na área de energia elétrica, os dados são fornecidos por 14 concessionárias de distribuição, seis de geração e uma de distribuição; e na área de gás natural, por três distribuidoras. Na avaliação do coordenador, as possibilidades de uso da ferramenta são ilimitadas.

Como exemplos possíveis, ele cita a criação de distritos industriais ou a abertura de uma empresa com demanda específica. “A ideia é aproveitar potencialidades regionais com as fontes energéticas disponíveis, promovendo, inclusive, ações permanentes para economizar, definir saídas para suprir os períodos com incremento no consumo e estimular políticas de substituição de matrizes poluentes por outras mais limpas e sustentáveis”, destaca.

Descomplicado

Pioneiro no País, o ranking surgiu em outubro. Idealizado pelo jornalista Armando Junior, coordenador do Grupo de Comunicação e Marketing da pasta, seu desenvolvimento teve o apoio do analista de sistemas da secretaria, Marco Antonio Cremonesi. De modo inovador, o sistema on-line apresenta os volumes de eletricidade em megawatt-hora (MWh); o gás natural e o gás comprimido em metros cúbicos (m³), o etanol em litros (l) e os derivados de petróleo em toe, sigla em inglês cujo significado é tonelada equivalente de petróleo.

O sistema permite comparar o gasto de energia de uma cidade ano a ano. Ele possibilita contrapor rapidamente o consumo anual de um energético entre municípios paulistas, nos últimos cinco anos, bem como conferir o total de energéticos utilizados no Estado. Por fim, é possível conferir a participação de cada cidade na matriz de energia utilizada no Estado.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 04/01/2018. (PDF)