Documento indica crescimento no uso de energias limpas em SP

Balanço Energético 2015 mapeia consumo e origem da energia utilizada no Estado em 2014; publicação da Secretaria de Energia é referência em estudos de planejamento e preservação ambiental

Com o maior parque industrial da América Latina e população superior a 44 milhões de habitantes, o Estado de São Paulo consumiu 25,3% de toda a energia gerada no Brasil em 2014. A rede paulista de usinas hidrelétricas faz do Estado uma das regiões do planeta com mais produção de energia limpa – ao lado de outras fontes, gera 53% da energia utilizada internamente, sendo que 93% dessa produção “doméstica” vêm de fontes renováveis e sustentáveis.

Esses dados constam do Balanço Energético do Estado de São Paulo 2015, publicação anual da Secretaria da Energia lançada no dia 15. O levantamento tem 267 páginas, com versões em português e inglês, e está disponível para cópia ou consulta on-line no site da pasta (ver serviço).

O documento é destinado aos setores público e privado e é obra de referência em estudos de planejamento energético, busca de novas tecnologias, aumento de eficiência energética e preservação ambiental. O conjunto de números, tabelas e gráficos toma por base informações energéticas e socioeconômicas do território paulista relativas ao ano passado e faz comparações de números obtidos desde 2005. O estudo também traz séries históricas relacionadas ao tema energia, com acompanhamento iniciado em 1980.

Biomassa

Responsável pela publicação e assistente executivo da secretaria, o físico Reinaldo Almança destaca uma tendência gradual e progressiva no Estado de usar mais fontes limpas em substituição às poluentes, que trazem prejuízos à qualidade de vida da população. Como exemplo, cita o reaproveitamento da biomassa na cogeração de energia pelos setores sucroalcooleiro e de papel e celulose.

Biomassa é toda matéria-prima de origem animal ou vegetal com potencial para produzir combustíveis. No Estado, as usinas produtoras de açúcar e etanol queimam em seu próprio parque industrial a palha e o bagaço de cana restantes da produção para obter vapor e eletricidade. Na época da safra da cana, de abril a novembro, o reaproveitamento desses insumos torna a usina autossuficiente em eletricidade em regime permanente, 24 horas por dia, sete dias por semana – e os excedentes podem ser distribuídos para a rede elétrica.

A cadeia produtiva de papel e celulose obtém 65% da energia que utiliza por meio de biomassa, com a queima de duas matérias-primas decorrentes de seu processo industrial. A primeira é o cavaco de madeira (sobras de troncos, galhos e raízes de eucalipto e de outros vegetais usados na sua produção).

A segunda biomassa utilizada é a lixívia, também conhecida como licor negro. A substância tem potencial contaminante para o solo e a água e, quando não reaproveitada, requer descarte ambiental adequado. Usada no cozimento da madeira para extração da celulose, sua composição inclui hidróxido de sódio, material orgânico, chumbo, enxofre, hipoclorito de cálcio, sulfeto de sódio e outros metais utilizados na fabricação de papel.

Vento e sol

Almança comenta que o potencial hídrico paulista foi aproveitado em quase sua totalidade na construção de barragens e hidrelétricas. Atualmente, o recurso só poderia ser explorado pelas chamadas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que possuem potência e tamanho relativamente reduzidos. Para o futuro, aposta na iniciativa privada para explorar outras fontes renováveis e “verdes”, como a energia eólica e a energia solar.

Ele explica que, na maioria dos locais, a cem metros de altura do solo, a velocidade do vento é capaz de impulsionar os aerogeradores eólicos para transformar a força mecânica em eletricidade. “A meta futura é apostar e investir em novas tecnologias e projetos relacionados”, prevê.

Com relação à energia solar, os desafios são outros. Embora a oferta seja abundante em diversas regiões do Estado e do País, a eficiência energética obtida ainda é baixa, de apenas 14%. Nas 24 horas do dia, em apenas seis há intensidade de luz suficiente para sua geração.

Essa fonte renovável é aproveitada de duas maneiras distintas. A térmica, que tem baixo custo e costuma ser adotada em casas e condomínios. Consiste em um coletor instalado no telhado, posicionado de modo a receber, como se fosse uma estufa, a maior incidência possível dos raios solares. Em seu interior, uma serpentina encapsulada aquece a água que, armazenada em pequenos tanques, abastece chuveiros e torneiras, com vantagens econômicas e ambientais.

Painel fotovoltaico

No segundo uso da energia solar há geração elétrica propriamente dita, por meio de painel fotovoltaico. O sistema consiste de uma placa com diversas células feitas de uma liga metálica composta de silício e boro em sua superfície. Ao entrar em contato com as células fotovoltaicas, a radiação emitida pelo sol (fótons) produz um pulso elétrico a partir do atrito e interação entre elas. A soma desses pulsos gera eletricidade.

O físico comenta que os painéis fotovoltaicos ainda têm custo elevado, em comparação com o de outras fontes de energia. Sublinha, entretanto, o potencial de evolução científica dessa tecnologia para aumentar a eficiência energética e baratear o preço dos componentes. “Tal raciocínio também vale para os aerogeradores e a turbina usada na energia eólica, pois há uma corrida mundial por alternativas renováveis e não poluentes”, observa.

Futuro

Lançado em 2013, o Plano Paulista de Energia é uma aposta do Estado para chegar ao ano de 2020 com uma matriz energética baseada em 69% de energia obtida por meio de processos limpos. O planejamento prevê também meios de preservar o crescimento econômico e reduzir impactos ambientais nas áreas de transportes e processos industriais.

O Plano Paulista de Energia congrega grupos temáticos com mais de 70 entidades, incluindo setor privado e órgãos governamentais, como universidades, institutos de pesquisa, secretarias estaduais e empresas mistas. É uma continuidade de diversas ações estatais de caráter “verde” contidas em decretos estaduais publicados desde 2011. Assim como o Balanço Energético, seu conteúdo completo também está disponível no site da secretaria (ver serviço).

As estratégias do plano incluem iniciativas dos três níveis governamentais (municipal, estadual e federal). Pretendem diminuir o uso de combustíveis fósseis (petróleo, especialmente) e articular projetos em consonância com a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC) – Decreto nº 55.947, de 24-6-2010. A meta é reduzir 20% das emissões de gás carbônico no território paulista até o fim da segunda década do século 21.


Propostas do Plano Paulista de Energia 2020

  • Uso de combustíveis renováveis (etanol, biodiesel e eletricidade) nas frotas de ônibus da capital e regiões metropolitanas paulistas
  • Fortalecer e ampliar o uso de modais hidroviário, ferroviário e dutoviário
  • Ampliar estudos de planejamento da logística do transporte, de modo a evitar viagens sem carga
  • Favorecer o desenvolvimento do etanol de segunda geração
  • Simplificar licenciamentos ambientais
  • Ampliar a cogeração e climatização baseada em gás natural na indústria, comércio e serviços
  • Criar linhas públicas de crédito para projetos de eficiência energética
  • Estimular investimentos das concessionárias de ferrovias no Estado

Legislação para as energias limpas

  • Decreto nº 56.850, de 18-3-2011 – Reduz para 12% da carga tributária incidente na saída de biodiesel (B-100) resultante da industrialização de grãos, sebo bovino, sementes ou palma.
  • Decreto nº 56.873, de 23-3-2011 – Define benefícios relativos à aquisição de bens para a fabricação de células fotovoltaicas (módulos ou painéis), por meio da suspensão do imposto de importação de bens sem similar nacional.
  • Decreto nº 56.874, de 23-3-2011 – Estabelece o diferimento do ICMS destinado a fabricante de células fotovoltaicas e redução para 7% da carga tributária incidente sobre a produção resultante.
  • Decreto nº 57.042, de 6-6-2011 – Desonera aquisições de bens destinados à produção de energia elétrica a partir da biomassa e de resíduos de cana-de-açúcar.
  • Decreto nº 57.145, de 18-7-2011 – Estabelece o diferimento para matérias-primas utilizadas na fabricação de aerogeradores para fins de bombeamento de água, moagem de grãos e geração de energia eólica.
  • Decreto nº 57.142, de 18-7-2011 – Estabelece a suspensão do ICMS incidente na importação de mercadorias indicadas no Decreto nº 57.145/2011, quando a importação for efetuada diretamente pelo fabricante.
  • Decreto nº 58.977, de 18-3-2013 – Dá incentivo tributário para o transporte de etanol hidratado e etanol anidro na operacionalização de transporte dutoviário.
  • Decreto nº 59.039, de 3-4-2013 – Garante incentivo tributário do rotor para geradores de energia elétrica, utilizados na fabricação de aquecedores solares de água e no tratamento e disposição de resíduos não perigosos.
  • Decreto nº 60.001, de 20-12-2013 – Reduz a base de cálculo do imposto incidente no biogás e biometano para 12%.
  • Decreto nº 60.297, de 27-3-2014 – Suspende o imposto incidente na importação de bens sem similar nacional para a geração de energia elétrica ou térmica a partir de biomassa resultante de resíduos da cana-de-açúcar.
  • Decreto nº 60.298, de 27-3-2014 – Suspende o imposto incidente na importação de bens sem similar nacional e creditamento integral do mesmo, para geração de energia elétrica ou térmica a partir de gás (inclusive biogás ou biometano), fonte solar fotovoltaica e resíduos sólidos urbanos.
     

Serviço

Secretaria de Energia
Balanço Energético do Estado de São Paulo 2015
Plano Paulista de Energia 2020

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente nas páginas II e III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 29/09/2015. (PDF)

Centrinho da USP Bauru inova no tratamento de lábio leporino

​Aparelho expansor maxilar desenvolvido na unidade reduz pela metade uma das etapas do tratamento; fissura labiopalatina bilateral acomete um a cada 650 recém-nascidos no Brasil

Projetar e desenvolver um novo ferramental ortodôntico capaz de reduzir de um ano para seis meses uma das etapas do tratamento da fissura labiopalatina. Batizado de expansor maxilar diferencial, o aparelho é uma inovação produzida em Bauru, no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho), da Universidade de São Paulo (USP).

Conhecida popularmente como lábio leporino, a fissura labiopalatina bilateral (fenda dos dois lados dos lábios e do céu da boca) afeta um a cada 650 recém-nascidos no Brasil. A anomalia provoca estreitamento na região anterior do céu da boca da criança e, por esse motivo, o tratamento requer uso de um aparelho expansor da maxila.

Criado pela professora ortodontista Daniela Garib, o projeto teve apoio do Centrinho-USP desde o início de seu desenvolvimento, com financiamento de R$ 100 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp), na modalidade Auxílio de Pesquisa. Os testes com o protótipo em 20 pacientes foram realizados durante dois anos e quatro meses, pela também ortodontista Rita Lauris, aluna de doutorado de Daniela.

A pesquisa com o novo ferramental odontológico começou em 2010, depois de Daniela acompanhar diversos tratamentos de fissura labiopalatina no Centrinho-USP. Docente da disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP), ela explica que, na técnica convencional, o ortodontista usa um expansor na boca do paciente para corrigir o estreitamento da maxila – mas muitas vezes surgem efeitos colaterais indesejados.

Patente

“Propus, então, criar um aparelho com expansão diferencial nas regiões anterior e posterior do céu da boca. E, assim, controlar a abertura milimétrica do expansor nas partes frontal e posterior”, destacou a ortodontista. Seis meses depois, sob supervisão de Daniela, os técnicos de laboratório Lourival Garcia e Vagner Pereira moldaram os primeiros protótipos.

Para evitar contaminações por micro-organismos, o protótipo é construído em aço inoxidável, assim como o modelo tradicional. A peça apresentou resultados satisfatórios logo nas primeiras avaliações da dentição e do osso maxilar dos pacientes.

Em 2010, o trabalho do Centrinho-USP obteve depósito nacional de pedido de patente. No ano seguinte, o protótipo conquistou o primeiro lugar na Olimpíada USP de Inovação na área da saúde. Atualmente, uma empresa norte-americana testa o novo aparelho, baseado na tecnologia desenvolvida em Bauru.

A anomalia

A formação da fissura labiopalatina ocorre na criança ainda no útero materno, a partir do primeiro mês de gravidez. A deformidade no rosto do bebê, algumas vezes, pode ser detectada por ultrassom, nos exames pré-natais. Quando o diagnóstico é confirmado, a criança seguirá em tratamento por equipe multidisciplinar desde o nascimento até o final da adolescência, por volta dos 18 anos de idade.

Na maioria dos casos, com três meses de vida o recém-nascido passa por cirurgia plástica para fechar o lábio. O céu da boca somente é fechado por volta de um ano de idade, antes de a criança começar a falar. A terapia prossegue, então, com cuidados de equipe multidisciplinar (odontologia, fonoaudiologia, psicologia, nutrição, entre outras áreas de saúde).

Vantagens

Aos 8 anos de idade é instalado o aparelho expansor na boca do paciente. Na terapia tradicional, essa etapa demanda um ano: seis meses para a expansão e mais seis meses para o alargamento da parte frontal. Com o protótipo criado em Bauru, o tempo de tratamento é reduzido pela metade.

O novo expansor tem o conceito de ser “2 em 1”, ou seja, é uma peça única com dois parafusos. A primeira vantagem da técnica é atenuar o sofrimento da criança, que passa por menos intervenções; além disso, o custo do aparelho cai pela metade, por ser peça única.

Outro ponto positivo é possibilitar a expansão da maxila, isto é, o osso maxilar passa a acompanhar o desenvolvimento do rosto da criança. Esse detalhe, contam Daniela e Rita, foi confirmado por meio de tomografias computadorizadas e de análises de modelos dentários digitais da arcada dentária dos pacientes.

Bullying

A diminuição dos deslocamentos dos pais e familiares também é um benefício. Muitos residem em outros Estados ou em localidades distantes de Bauru e acabam perdendo dias de trabalho para levar o filho ao Centrinho-USP. Na unidade vinculada à universidade pública estadual paulista, todos os tratamentos são custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e recursos próprios da autarquia.

Além da questão estética e dos danos causados à autoestima pelo bullying nos meios escolares e social, as pesquisadoras comentam que a fissura labiopalatina pode prejudicar também a amamentação, dentição, fala e audição. Na maioria dos casos, tem origem genética. Entretanto, as duas especialistas do Centrinho-USP comentam que outros fatores favorecem seu surgimento. A lista de risco à gestante inclui deficiência vitamínica, alguns medicamentos anticonvulsivos e o consumo de álcool e tabaco.

Serviço

Mais informações e endereços do Centrinho-USP, consulte o site.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 24/09/2015. (PDF)

Bibliotecas da USP recebem kits de acessibilidade social

Equipamentos com ampliador digital e leitor autônomo facilitam a leitura e o aprendizado de pessoa com deficiência visual, parcial ou total

A Universidade de São Paulo (USP) disponibilizou três conjuntos de equipamentos (kits) de leitura para pessoa com deficiência visual, parcial ou total. À disposição da comunidade acadêmica e demais usuários das bibliotecas universitárias, o primeiro deles foi instalado na Biblioteca do Câmpus de Ribeirão Preto (BCRP).

O segundo kit foi montado na sala de acessibilidade da biblioteca da Faculdade de Educação (FE), da Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo. O último conjunto tem entrega e operação previstas para outubro, tendo como destino a biblioteca da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), da USP Leste, na capital.

Assistivo

Cada kit custa em média R$ 16 mil e inclui duas máquinas com sistemas de informática com vida útil prevista para vários anos. Ambas têm software (programas) e hardware (placas e demais componentes) projetados especificamente para facilitar a leitura de impressos para pessoa com deficiência visual.

O leitor autônomo é o primeiro dispositivo inclusivo do kit. Seu sistema “fotografa” páginas de livros e reconhece o conteúdo. Na operação, lê de modo linear o texto impresso e o transmite para os fones de ouvido do cego, que, com um teclado, controla a velocidade da leitura, podendo avançar ou retroceder rapidamente para outras linhas e parágrafos. Se o usuário tiver visão parcial, pode ampliar trechos da página com o teclado e conferir o resultado do zoom na tela do equipamento.

A linha em braile é o segundo dispositivo assistivo do kit. Parecido com um teclado de computador, funciona em conjunto com o leitor autônomo. Seu sistema decodifica o texto escaneado da página e o converte para os 64 sinais da linguagem braile. Estes são representados em alto-relevo em uma superfície perfurada do teclado. Nela, pequenos pinos se alternam, subindo e descendo, formando os símbolos e permitindo ao cego fazer a leitura tátil do conteúdo.

A biblioteca da FE dispõe também de terceiro equipamento para auxiliar pessoas com visão diminuída, chamado ampliador digital. Com operação similar à de uma lupa, sua lente dá zoom em trechos das páginas e reproduz, com nitidez e de modo instantâneo, o conteúdo impresso em um monitor de computador.

Ler e estudar

“O objetivo dos kits é fortalecer ainda mais a inclusão social na universidade”, destaca Anderson de Santana, chefe da Divisão de Desenvolvimento e Inovação do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP. “Além da leitura, equipamentos possibilitam ao aluno, professor ou funcionário cego ou com visão parcial estudar. Funcionam também com arquivos armazenados por eles em e-mails e pendrives pessoais”, informa.

Antes do retorno dos kits para a universidade, Anderson conta que os três integraram a exposição Conhecimento: Custódia e Acesso. Realizada de 2012 a 2014, essa mostra celebrou 30 anos de criação do SIBi e foi atração em diversos eventos em instituições culturais, como o Museu da Língua Portuguesa, vinculado à Secretaria Estadual da Cultura. Esteve também na Bienal do Livro de São Paulo e nas Feiras do Livro de Ribeirão Preto e Educar, na capital.

Segurança

“A maioria das pessoas com deficiência que ingressa na universidade costuma conhecer o ampliador digital e o leitor autônomo. Ambos são de uso simples e aprendizado rápido”, diz Lina Flexa, diretora da biblioteca da FE.

Segundo ela, o kit representa mais um passo da USP para ampliar o acesso aos acervos acadêmicos. Lina diz se orgulhar de comandar uma das bibliotecas campeãs de acessibilidade da universidade pública paulista. Como exemplo, cita a entrada do prédio que não tem capachos, pois podem prejudicar o acesso de pessoas com muletas e andadores.

Os cuidados seguem com o piso tátil para orientar deslocamentos. O mobiliário adaptado inclui balcão rebaixado, mesas com altura regulável (para cadeirantes), elevador, banheiros e bebedouros exclusivos para pessoas com deficiência. Além disso, as estantes e a escada são sinalizadas com painéis em braile.

Faz tudo

Thiago Freires, um dos bibliotecários responsáveis pelo atendimento ao público, confirma a facilidade de uso dos aparelhos do kit. Na USP desde 2009, ele assina e apresenta o vídeo institucional do site da biblioteca, que tem sete minutos de duração e traz todas as informações sobre o acervo, consultas e demais serviços da biblioteca da FE (ver link em serviço).

Ele conta que, diariamente, cerca de 400 pessoas circulam pelos três pisos (térreo e dois andares) do edifício próprio. Com 25 funcionários, a biblioteca da FE abre de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 22 horas, e aos sábados, das 9 às 13 horas.

Serviço

Bibliotecas da USP com kits de acessibilidade:

Central USP Ribeirão Preto
Faculdade de Educação da USP
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 22/09/2015. (PDF)