R$ 550 milhões para os pequenos

Com taxa de juro inferior à do mercado, empréstimo da Agência de Fomento Paulista impulsiona pequenas e médias empresas no Estado

A Agência de Fomento Paulista, instituição financeira do Governo estadual, completou três anos em março. Vinculada à Secretaria Estadual da Fazenda, já emprestou R$ 548,5 milhões desde o início de suas operações. São diversas opções de financiamento, com crédito de longo prazo para pequeno e médio empresário sediado em São Paulo.

Em 2011, a carteira de crédito da Agência de Fomento cresceu 83% e foram realizadas duas mil operações para mais de 650 empresas em 166 municípios paulistas. O objetivo primordial das operações financeiras não é o lucro financeiro, mas a criação de empregos e renda. O valor mínimo dos financiamentos é R$ 30 mil reais e o máximo é de R$ 30 milhões.

Pode pedir empréstimo empresa com faturamento anual mínimo de R$ 360 mil e máximo de R$ 300 milhões e o prazo para pagamento é de dez anos. Um dos atrativos da instituição são as baixas taxas de juros, inferiores às praticadas pelos bancos privados.

A menor taxa cobrada é de 0,41% ao mês com correção da IPC-Fipe (sigla que identifica o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Copa 2014

Em fevereiro, a Agência de Fomento Paulista criou a Linha Investimento Esportivo 2014, destinada a negócios relacionados à Copa do Mundo de 2014. O torneio esportivo será disputado no Brasil e terá jogos na capital e, possivelmente, delegações estrangeiras se hospedarão no Estado de São Paulo.

Com taxa de juros de apenas 2% ao ano (+IPC/Fipe), tanto o setor privado quanto o setor público das cidades candidatas a sediar Centros de Treinamento de Seleções (CTS) contarão com prazos e condições exclusivas para construção de hotéis e centros esportivos.

Novidade: a Agência de Fomento Paulista aderiu recentemente ao Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), do Sebrae. O serviço serve como opção para o pequeno empresário complementar suas garantias na hora de obter o financiamento.

A proposta principal da Agência é incentivar o empresário a investir no longo prazo e planejar o crescimento do negócio de modo sustentável. Todos os setores da economia estão contemplados com os empréstimos, incluindo indústria, comércio, serviços e agronegócio.

A ideia é que o dinheiro não seja usado apenas como capital de giro, mas para financiar novos empreendimentos, reforma, ampliação e modernização de instalações, compra de máquinas etc.

As linhas de crédito da Agência de Fomento Paulista são voltadas para uma faixa de renda acima das feitas pelo Banco do Povo Paulista (BPP). Esta iniciativa é “irmã” da realizada pela Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert).

Petróleo e linha verde

Há linha especial para empresa disposta a ser parceira da Petrobras na exploração das jazidas de pré-sal, petróleo e gás natural na Baixada Santista. O recurso atende projetos de até 120 meses em diversas áreas, como prospecção, distribuição, produção de bens de capital e prestação de serviços técnicos especializados.

Podem solicitá-lo empresa paulista e de outros Estados. Já para máquinas e equipamentos, há financiamento para aquisição isolada e de bens novos fabricados no Brasil e no exterior (caso não haja similar nacional). O prazo máximo desta operação financeira é de até 60 meses, incluindo a carência. Este é o mesmo tempo oferecido para franquias, porém o prazo mínimo para começar a pagar é de 18 meses, enquanto para as de máquinas e equipamentos é de 12 meses.

Há também opções de empréstimo exclusivas para projetos de investimento. Um deles é a Linha Economia Verde, voltada para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e permitir às empresas que se adaptem à Política Estadual de Mudanças Climáticas, instituída pela Lei 13.798, de novembro de 2009.

A Linha Economia Verde contempla a substituição de combustíveis por opções menos poluentes, renovação de frotas, adoção de fontes de energia renovável, redução de perdas no processo de geração e transmissão de eletricidade, criação de áreas de reflorestamento, recomposição de matas ciliares, compensações ambientais e edificações com padrões de construção sustentável, entre outros.


Agência de Fomento Paulista

A Agência de Fomento Paulista funciona como um banco de desenvolvimento. Possui R$ 1 bilhão para novos financiamentos, provenientes, na maioria, de recursos próprios e, uma menor parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Se não tiver acesso à internet, o empresário também pode obter informações e conseguir empréstimo na sede da Agência de Fomento Paulista, que não possui atendimento bancário e fica na Rua da Consolação, 371, no centro da capital.

Outra opção é dirigir-se a qualquer uma das 50 entidades empresariais parceiras, como o Sebrae, Fiesp, Federação das Associações Comerciais do Estado (Facesp), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entre outras. O site da Agência de Fomento Paulista informa a lista completa de parceiros. O empresário também pode procurar a entidade de classe ao qual é associado e dar início ao processo de tomada de crédito.

Serviço

Agência de Fomento Paulista

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 27/03/2012. (PDF)

Insetos gigantes na cidade

Gratuita, exposição permanente na capital informa o público e destaca a importância destes animais para o equilíbrio da vida no planeta

Desde o início de março, a população pode conhecer na capital a exposição gratuita “Planeta Inseto”, coleção dos maiores insetos do mundo no Museu do Instituto Biológico (IB) e recentemente incorporada ao acervo permanente da instituição. A mostra aborda, de modo lúdico e interativo, diversos aspectos sobre os animais, sensibilizando o público para sua importância para o equilíbrio ambiental, produção de alimentos e saúde pública.

Um dos destaques é o viveiro com um exemplar e uma larva viva de dez centímetros de comprimento do besouro-de-chifre (Megasoma janus), que pode atingir 12 centímetros na fase adulta. Em risco de extinção, o animal habita as regiões de cerrado e Mata Atlântica.

Quem vê o viveiro de bichos-pau não imagina que dezenas de exemplares o habitam. Parecidos com gravetos, estes animais ficam imóveis a maior parte do tempo e as fêmeas podem ter até 26 centímetros de comprimento. Pertencentes à fauna nacional, se camuflam na natureza em meio às árvores, onde se alimentam de folhas de goiabeira e pitangueira, sem, contudo, causar danos à lavouras.

Já o viveiro com baratas de Madagáscar (Gromphadorhina portentosa) é uma atração “estrangeira”. Com tons avermelhados, pode medir até dez centímetros de comprimento, três vezes mais do que as variedades comuns. Esta espécie produz um ruído característico, parecido com um assobio, e é criada como “pet” em alguns países. Entretanto, no Museu, recebe vigilância especial dos organizadores, por trazer risco de desequilíbrio ecológico caso fujam e se reproduzam no meio ambiente.

O acervo permanente possui um área com lagartas (bicho-da-seda) tecendo fios. A sala ao lado é dedicada aos insetos sociais, como formigas, cupins, abelhas e vespas, agentes importantes da reciclagem de material orgânico na natureza. Nesse ambiente, um formigueiro artificial revela a organização desses insetos dentro do grupo e a divisão do trabalho no interior de sua habitação.

No restante das instalações, cartazes e material de divulgação apresentam o controle biológico, tecnologia que emprega insetos para deter pragas nas lavouras. Por fim, há um “baratódromo”, onde são disputadas inusitadas corridas de baratas e uma seção dedicada aos insetos considerados pragas urbanas.

Educação ambiental

Harumi Hojo, pesquisadora responsável pelo museu, conta que a principal função do centro de divulgação é a educação ambiental. Segundo ela, muitos visitantes mostram repulsa pelos insetos, exatamente por não terem informações corretas sobre eles. “A proposta é desmistificar o senso comum e revelar a importância dos insetos para a vida humana e o equilíbrio do planeta”, esclarece Harumi.

Na mesma linha, Antonio Batista Filho, diretor-geral do Instituto Biológico, informa que existem um milhão de espécies conhecidas e acredita-se que há mais outras sete milhões para serem descobertas. “Esses animais são muito importantes para a produção de alimentos para os seres humanos. O trabalho das abelhas para produzir mel, cera e própolis, e o das mamangavas, na polinização do maracujá, são exemplos”, observa.

Antonio também sublinha outros usos importantes, como o médico, com o emprego de larvas de mosca para comer tecidos mortos em feridas, e a chamada entomologia forense, estudo da biologia de insetos e de outros artrópodes em processos criminais. A presença deles em um cadáver dá indicativos importantes sobre o horário da morte e o local de uma cena de crime.

Vitrine permanente

Centro de divulgação científica e cultural permanente, o Instituto Biológico é vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento e o museu é uma vitrine de alguns dos serviços prestados à sociedade. Considerado o único do gênero jardim zoológico no Brasil, funciona com autorização especial do Ibama e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

A visitação tem entrada gratuita, de terça a domingo, das 9 às 16 horas. Aceita agendar visitas de grupos escolares de até 40 pessoas. O passeio dura duas horas.

O atendimento ao público é feito por oito alunos monitores, universitários do curso de Biologia e estagiários do museu. O grupo é mantido a partir de uma parceria entre o Instituto Biológico com o Catavento Cultural e Educacional, entidade ligada à Secretaria Estadual da Cultura.

Dennis Seroy Correa é um dos monitores. Ele conta que uma das perguntas mais comuns é por qual motivo aranhas, escorpiões, ácaros e carrapatos não integram o acervo do Museu. Ele explica que se tratam de aracnídeos. Diferente dos insetos, não possuem antenas e têm quatro pares de patas em vez de três dos insetos. Mas ambos, aracnídeos e insetos, são invertebrados e integram o grupo dos artrópodes.

Outra ideia muito difundida é que cigarras morrem de tanto cantar. Na verdade, o alto ruído emitido pelos machos é uma estratégia para atrair fêmeas. E ao longo da vida trocam de exoesqueleto algumas vezes. Quando abandona um deles, fica uma casca vazada no ambiente, dando a impressão de o corpo ter sido furado.


Cardápio enriquecido

Comer larvas, grilos, libélulas, mariposas, marias-fedidas, formigas, gafanhotos e besouros é um hábito alimentar milenar, descrito por historiadores e citado em muitas passagens bíblicas. Atualmente os insetos integram a dieta humana em 120 países do globo, mas no futuro deverão reforçar o cardápio humano em todos os continentes, devido ao crescimento da população, diminuição das áreas agriculturáveis e escassez dos recursos naturais.

A explicação é que o corpo dos insetos contém as mesmas substâncias presentes nas carnes de outros vertebrados, como boi, peixe, frango e porco. A principal diferença está na quantidade de proteínas. Por exemplo, a “carne” da formiga Atta cephalotes possui 42,59% de proteínas contra 23% das disponíveis na carne de frango e 20% na bovina.

Outra vantagem da proteína dos insetos é a menor necessidade de água e de espaço  para produzi-los, em comparação com as criações extensivas, que necessitam de pasto e condições climáticas especiais.

Serviço

Museu do Instituto Biológico
Rua Amâncio de Carvalho, 546 – Vila Mariana – São Paulo (SP)
De terça a domingo, das 9 às 16h
Tel. (11) 2613-9500
Contato: planetainseto@biologico.sp.gov.br
Entrada franca

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 09/03/2012. (PDF)

Os melhores do Clica SP: Turismo premia vencedores do concurso fotográfico

Imagens das belezas naturais e de eventos de apelo turístico garantiram viagens aos três primeiros colocados

Na semana passada, a Secretaria Estadual do Turismo entregou os prêmios dos três primeiros colocados do Clica SP, na sede da pasta, na capital. A proposta do concurso fotográfico foi estimular qualquer pessoa, profissional ou não, a fotografar belezas naturais, paisagens, eventos, pontos turísticos e quaisquer atrações dos 645 municípios paulistas. A iniciativa foi realizada em parceria com a agência de viagens CVC e as prefeituras de Cananeia e Socorro.

O designer gráfico Marcelo Guedes Cornachini, de Praia Grande, foi o vencedor. Ele fez uma composição no Deck do Pescador em Santos, com um grupo ao pôr do sol, no local. A imagem vitoriosa foi a que mais se alinhou ao tema Retratar as belezas e os atrativos dos municípios do Estado de São Paulo, sob qualquer ângulo ou visão. O trabalho lhe rendeu um tablet 3G, com 16 GB de memória e mais um minicruzeiro de três noites, em cabine dupla, no navio Imperatriz, no sistema All Inclusive.

O advogado Luiz Otávio de Almeida Lima e Silva, de Santos, conquistou o segundo prêmio destacando o turismo de aventura. Em Ilha Comprida, retratou o stand up paddle, antiga forma de praticar surfe. Na cena, uma mulher se posiciona sobre a prancha e se prepara para remar nas águas marinhas azuladas. A imagem deu direito a passar um fim de semana com acompanhante na Estância Hidromineral de Socorro, com hospedagem por duas noites e três atividades de turismo de aventura.

O vendedor aposentado Samuel Kassapian Júnior, da capital, privilegiou o turismo de viés religioso, no Vale do Paraíba. Do alto da Basílica de Aparecida, registrou uma chuva de papel picado, com a igreja repleta de fiéis. A foto valeu o terceiro lugar no concurso e lhe conferiu um fim de semana para duas pessoas em Cananeia, com hospedagem e passeios de escuna para observação de golfinhos.

Comissão julgadora

A Secretaria Estadual do Turismo recebeu mil imagens, no período do concurso, que foi de 23 de novembro de 2011 a 31 de janeiro de 2012. A avaliação do material recebido foi feita pelo trio Miguel Netto (jornalista), Vanílson Fickert (turismólogo) e Orlando de Souza (publicitário) e teve apoio de todo o corpo funcional da pasta.

Os responsáveis pelo Clica SP avaliaram como positiva a interação feita com o público por meio do concurso. E pretendem promover em breve ações semelhantes e novos concursos temáticos. O conceito é que estas iniciativas incentivam a atividade econômica na alta e também na baixa temporada, além de serem uma vitrine permanente, com divulgação nos sites do governo e redes sociais.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 06/03/2012. (PDF)