Prêmio Mario Covas, inscrições abertas

Prazo termina no final do mês; edição 2013 tem quatro categorias e podem concorrer cidadãos e servidores públicos estaduais e municipais

Até o dia 31, segue aberta inscrição para o 9º Prêmio Mario Covas. O concurso anual promovido pela Secretaria Estadual de Gestão Pública tem a proposta de valorizar práticas governamentais capazes de aprimorar a qualidade dos serviços públicos prestados à sociedade no território paulista.

A inscrição deve ser feita no site do prêmio. Em 2013, estarão abertas quatro categorias: Inovação em Gestão Estadual; Inovação em Gestão Municipal; Cidadania em Rede; Governo Aberto.

A primeira é destinada a projetos desenvolvidos por servidores públicos do Estado. A segunda abrange os servidores das prefeituras empenhados em trabalhos conduzidos em colaboração com o Governo paulista, com o objetivo do aprimoramento contínuo do serviço público.

Cidadania em Rede, a terceira, é voltada para iniciativas de usuários do Acessa São Paulo, do Acessa Escola e de outros centros de inclusão digital gratuitos no Estado. Governo Aberto é a última categoria e contempla iniciativas cidadãs que estimulem essa prática. Informações detalhadas sobre o concurso estão disponíveis no site do 9º Prêmio Mario Covas.

Quem pode participar

Podem se inscrever empregados públicos estaduais e municipais, em equipes com pelo menos dois componentes. E mais cidadãos e profissionais comprometidos em iniciativas conduzidas em colaboração com o Governo paulista, principalmente usuários de centros gratuitos de inclusão digital, como o Acessa SP.

Quando o projeto for composto por várias organizações parceiras, a inscrição deve ser feita pelo responsável formal pela iniciativa. Contudo, o interessado precisa estar de acordo com os requisitos específicos para cada uma das categorias.

No ato da inscrição é possível informar links para fotos e vídeos publicados na internet sobre o assunto, não sendo necessário enviar esse material nem relatórios ou Prêmio Mario Covas, inscrições abertas reportagens. Cada modalidade tem regras específicas para a análise de documentação adicional.

Avaliação global

Os três critérios gerais de avaliação que serão utilizados em todas as categorias são inovação, replicabilidade e relevância. Após a análise dos trabalhos pela comissão julgadora, serão indicados 60 finalistas distribuídos entre todas as categorias. Desses, seis serão premiados na categoria Inovação e Gestão Estadual, e dois projetos em cada uma das demais, totalizando 12 projetos.

Nesta edição, além dessas 12 premiações poderão ser concedidos mais quatro prêmios especiais, um em cada categoria, para iniciativas que melhor demonstrarem excelência no uso dos recursos públicos.

As iniciativas vencedoras receberão troféu, certificados individuais de premiação e prêmio a ser definido pelos organizadores. Já as agraciadas com menções honrosas ganharão certificados individuais e placa. Será realizada, ainda, cerimônia de premiação, em data, local e horário a serem divulgados no site do prêmio.


Parcerias

O Prêmio Mario Covas é uma iniciativa da pasta da Gestão Pública em parceria com a Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) e com a Fundação Prefeito Faria Lima – Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam).

Tem apoio da Escola do Futuro da USP, da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), da Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodesp), do World Wide Web Consortium Escritório do Brasil (W3C) e da Fundação Mario Covas.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 23/01/2013. (PDF)

Ampliar possibilidades

Programa EJA Mundo do Trabalho alfabetiza e capacita profissionais para novos desafios do mercado, além de promover a inclusão

São Paulo é a 40ª cidade paulista a aderir ao programa Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho. Por meio da iniciativa, em outubro, 6 mil estudantes dos Centros Integrados de Educação de Jovens e Adultos (Ciejas), da rede pública municipal da capital, foram incorporados à modalidade de ensino.

Criado em 2011 pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT), o EJA Mundo do Trabalho contempla o ciclo II do ensino fundamental da Educação de Jovens e Adultos. O programa é realizado em parceria com os municípios paulistas e atende 40 cidades.

Depois de assinado o termo de adesão, a prefeitura interessada fica responsável pelos recursos humanos, infraestrutura e logística necessários para execução. Já o Governo paulista, por intermédio da secretaria, fornece o material didático e capacita os professores.

Como aderir

Além da capital, as cidades atendidas são Aparecida, Araçariguama, Araraquara, Araras, Avaré, Barretos, Boituva, Botucatu, Cabreúva, Caçapava, Campo Limpo Paulista, Campos do Jordão, Caraguatatuba, Catanduva, Corumbataí, Cosmópolis, Francisco Morato, Guará, Ilha Bela, Ilha Solteira, Itatiba, Mairinque, Marabá Paulista, Mogi das Cruzes, Mongaguá, Morro Agudo, Morungaba, Nhandeara, Orlândia, Praia Grande, Rio Claro, São Carlos, São Roque, São Sebastião, Serrana, Sud Mennucci, Ubatuba, Valinhos e Vinhedo.

Para aderir, a secretaria municipal de educação interessada deve enviar ofício à SDECT. O modelo de documento de requisição está disponível no site do programa (ver serviço), que tem dotação de R$ 8 milhões.

O EJA Mundo do Trabalho está em fase de expansão – a produção do material didático será finalizada em agosto de 2013. No primeiro semestre de 2012, foi ministrado o 6º ano do ciclo II e, no segundo, o 7º ano. Já o 8º e o 9º ano do ensino fundamental da EJA serão concluídos no final do segundo semestre de 2013.

Material didático

O material didático é um dos trunfos do programa, cujo alicerce estrutural é o mundo do trabalho. A proposta primordial é atender a um público específico, mais adulto, formado na maioria por trabalhadores que precisaram deixar o estudo de lado em algum momento da vida. São profissionais dispostos a retomar a formação escolar por vontade própria ou para fazer frente ao aumento de exigências para permanência ou recolocação no mercado.

As apostilas são divididas em arte, ciências, geografia, história, inglês, língua portuguesa, matemática e trabalho. Os conteúdos são divididos em cadernos para o estudante, para o professor e vídeos.

Abordam temas ligados ao mercado de trabalho, como produzir um currículo, formas de seleção empregadas pelas empresas, origens da industrialização e das ocupações das regiões paulistas, organização sindical no Brasil, direitos trabalhistas, entre outros temas. Trazem também dados relativos ao mercado de trabalho e estratégias para empreender, de modo a valorizar o conhecimento acumulado pelo trabalho durante sua vida.

Todo o conjunto está disponível para download no site do programa, com exceção dos vídeos, cujo acesso é somente on-line. O material é produzido pela Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) sob a supervisão da SDECT, com produção editorial da Fundação Vanzolini.

A Fundap também é responsável pela capacitação dos docentes e os prepara, em curso presencial de 40 horas, para trabalhar com a metodologia do programa. Cerca de 1,3 mil professores das redes municipais já participaram.


Inclusão social é a proposta do programa

Localizado na Vila Brasilândia, zona norte da capital, o Cieja Rose Mary Frasson tem 1,1 mil alunos matriculados e integra a lista de 11 dos 14 Centros Integrados de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da capital, que foram incorporados ao programa EJA Mundo do Trabalho.

Neide Zamboni, coordenadora-geral, comanda o grupo de 26 professores e 15 profissionais da instituição. Segundo ela, embora recente, a adesão ao programa foi muito positiva.

“O material didático e a metodologia do programa reforçaram a inclusão social, proposta primordial dos Ciejas. O conteúdo das apostilas vai muito além dos limites da “decoreba” e complementa a atividade pedagógica tradicional. E tem viés multiplicador – muitos alunos optam por debater os temas propostos nas aulas com familiares e amigos da vizinhança”, observa.

Professora de artes aposentada da rede estadual, Neide comenta o caráter heterogêneo de seus alunos. Diz que não há histórico de bullying na instituição. Nas salas de aula do prédio de quatro andares, trabalhadores que nunca foram à escola dividem a atenção dos professores com idosos, cegos, pessoas com autismo, síndrome de Down, paralisia cerebral, adolescentes da Fundação Casa em liberdade assistida e até com estudantes que não se adaptaram ao ensino médio e fundamental tradicional.

Projeto Apoema

As aulas são ministradas em seis períodos de 2h15, divididos em duas turmas pela manhã, duas de tarde e duas de noite. Além da atividade regular, os alunos também participam do Apoema, projeto alternativo e exclusivo do Cieja da Vila Brasilândia, cujo nome de origem indígena significa: aquele que enxerga adiante.

Multidisciplinar, o Projeto Apoema estimula o estudante a centrar esforços em matemática e português, as duas disciplinas mais relevantes em muitas situações da sua vida. Ao mesmo tempo, o incentiva a revelar dons artísticos em quaisquer áreas, como música, artesanato, pintura, grafite. No final do semestre, o aluno tem de apresentar trabalho de conclusão de curso (TCC) dentro das atividades propostas.

O Projeto Apoema dá chance ao estudante para ficar mais tempo durante a semana com os professores e colegas com quem têm mais afinidade. No final de um semestre, todos os talentos do Cieja têm a oportunidade de se apresentar em um sarau com toda a comunidade escolar. O próximo será no dia 9 de dezembro, na Casa de Cultura Salvador Ligabue, no Largo da Matriz Nossa Senhora do Ó, 215, Freguesia do Ó, capital.

Serviço

Programa EJA Mundo do Trabalho

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 22/11/2012. (PDF)

TV Cultura e Programa Acessa Escola são destaques da Campus Party 2009

Público tem até domingo para conhecer na capital as mais recentes novidades em tecnologia da informação e entretenimento digital

O governo do Estado de São Paulo está participando da Campus Party com os estandes da TV Cultura e do Programa Acessa Escola. O local escolhido para abrigar a feira internacional de informática em 2009 foi o Centro de Convenções Imigrantes, na zona sul da capital. O público tem até domingo (25) para conhecer as mais recentes novidades em tecnologia da informação e entretenimento digital.

Realizada no Brasil pela segunda vez, a Campus Party é uma feira anual, criada na Espanha em 1997. Após 12 edições, o evento transformou-se no principal ponto de encontro das comunidades on-line do mundo. Desde o ano passado, tem o apoio institucional do governo paulista.

O estande da TV Cultura é um dos maiores do evento, com 500 metros quadrados. Conta com 50 funcionários, sete equipes de jornalismo, quatro ilhas de edição e uma estação de rádio. No centro da instalação, a emissora montou cabine para transmitir ao vivo pela Internet, rádio e TV os principais destaques e curiosidades da Campus Party.

Uma das atrações é a IPTV Cultura, espécie de YouTube com vídeos produzidos pela emissora durante o evento. Traz reportagens, entrevistas com visitantes e debates. Quem acessa a página na web pode votar nos vídeos preferidos, deixar comentários e também blogar (publicar textos e fotos). O endereço eletrônico é www.iptvcultura.com.br e todos os serviços oferecidos são gratuitos.

Conteúdo colaborativo

Ricardo Mucci, coordenador do Núcleo de Novas Mídias da Fundação Padre Anchieta, explica que o trabalho no estande segue o modelo da produção colaborativa (wiki) de conteúdo. E os parceiros da TV Cultura no estande são o Sesc SP, a USP e a Universidade Metodista, que ajudam a produzir e a difundir as informações.

A concepção do estande segue o conceito de convergência de mídias (TV, rádio e internet) no jornalismo. É um novo modo de cobrir eventos, já adotado nas Olimpíadas de Pequim e na posse do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por grandes emissoras internacionais, como a norte-americana CNN e a britânica BBC.

“Oferecemos 12 horas de notícias da Campus Party diariamente. É um trabalho complexo, realizado fora dos estúdios da emissora, que envolve jornalistas, cinegrafistas, designers, programadores e demais produtores. A equipe grava, edita e prepara o conteúdo para as três plataformas”, explica Ricardo.

Poupatempo Digital

O estande da emissora também apresenta dois projetos voltados para a TV Digital e desenvolvidos em parceria com o Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da USP. Um dos destaques é o Poupatempo Digital, parceria dos pesquisadores com a administração estadual para a área de governo eletrônico.

Segundo o professor Marcelo Zuffo, coordenador de Meios Eletrônicos Interativos do LSI, a meta do Poupatempo Digital é permitir ao telespectador usar o televisor para solicitar documentos e atestados. O eletrodoméstico está presente em mais de 90% dos lares brasileiros, e com o controle remoto o usuário navega e faz escolhas em menus apresentados na tela.

“Queremos aproximar os serviços públicos do cidadão, sem que ele precise sair de casa”, informa Marcelo. “O LSI também está em contato com a Imprensa Oficial, autoridade certificadora oficial do Estado de São Paulo. O objetivo é atestar a autenticidade dos documentos expedidos a partir do televisor”, esclarece Zuffo.

Outro projeto é o HD3D, iniciativa pioneira que oferecerá visualização de conteúdo tridimensional em alta definição pela TV aberta brasileira. No telespectador o efeito 3D é obtido utilizando-se óculos especiais já em desenvolvimento no LSI. A transmissão é semelhante à empregada pelos canais digitais. “Os dois projetos estão em desenvolvimento e a expectativa é termos novidades até o final do ano”, prevê Zuffo.

Acessa Escola

A rede pública estadual está representada com dois ambientes na Campus Party 2009. O primeiro é uma lan house com acesso gratuito para o público. O espaço reproduz as instalações das salas oferecidas no Programa Acessa Escola, projeto criado em setembro de 2008 pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).

O segundo ambiente é um centro de capacitação e reciclagem de conhecimento exclusivo para os 2,1 mil alunos monitores do programa. Esta iniciativa atende 500 escolas na capital e a previsão da FDE é estendê-la até o final de 2010 para as outras unidades de ensino em território paulista.

Em cada unidade de ensino, o serviço é gerenciado por um grupo de seis alunos estagiários (monitores) do ensino médio, selecionados por concurso da Fundap. A jornada de trabalho é de quatro horas diárias durante o período letivo e o grupo se reveza na atividade. Todos trabalham em horário diferente ao da matrícula pelo período de um ano, podendo ser prorrogado por mais um.

Na média, cada sala dispõe de 15 a 20 computadores novos, adquiridos no final do ano passado. Ligadas em rede, oferecem banda larga e aplicativos de escritório. Diferente do Programa Acessa São Paulo, o Acessa Escola é para uso exclusivo dos alunos e professores do estabelecimento de ensino.

Cada acesso dá direito a usar o equipamento por 30 minutos, sempre fora do horário de aula. A sessão pode ser estendida sem limites, desde que ninguém esteja esperando para usar o computador. O tempo de uso é gerenciado pelo Blue Control, aplicativo desenvolvido sob medida para o Acessa Escola.

Elaine Lima, uma das responsáveis pelo programa, explica que a FDE levará a cada dia 600 alunos estagiários para a Campus Party. “O Acessa Escola favorece a inclusão digital e incentiva o protagonismo do aluno para ficar mais tempo na escola”, conclui.


Campus Party – oportunidades

A estudante Juliana Silva discorda do chavão de que tecnologia é território masculino por excelência. Pela manhã, estuda na Escola Estadual Heróis da FEB. Das 16 às 20 horas é monitora do Programa Acessa Escola na EE Maria Montessori, ambas localizadas na Vila Maria, zona norte da capital.

A garota aprovou a ida à feira da Campus Party. Para ela, foi uma oportunidade única de ampliar seus conhecimentos e trocar experiências com outros monitores. “Mesmo tendo feito cursos de informática, está difícil conseguir uma vaga por não ter experiência. Agora, minhas classificações aumentaram e, de quebra, as chances no mercado de trabalho”, acredita Juliana.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 23/01/2009. (PDF)