Apoio para quem quer empreender

Prêmio 2012 do Banco do Povo Paulista homenageou as 21 agências do programa de microcrédito mais eficientes ao longo do ano passado

A quarta edição do prêmio anual do Banco do Povo Paulista (BPP) reuniu várias autoridades e fez a entrega de troféus para os agentes de créditos das 21 agências vencedoras, dentre o universo de 499 postos presentes no território paulista que disputaram as oito categorias do concurso. O local foi o Auditório Ulysses Guimarães, no Palácio dos Bandeirantes, na capital.

O Prêmio 2012 teve em seu regulamento cinco quesitos: volume de financiamentos concedidos no ano passado; total de empréstimos abaixo de R$ 1,5 mil; captação de novos clientes; fidelização; qualidade da carteira ativa da unidade de crédito. Já a disputa contemplou oito categorias.

A primeira avaliou o maior índice de produção per capita de cada agência. As sete restantes consideraram o conjunto da produtividade dos postos de atendimento ao público de acordo com o número de habitantes das cidades: 7,5 mil, 15 mil, 30 mil, 50 mil, 100 mil, 300 mil e acima de 300 mil. (veja no boxe as agências premiadas).

Time campeão

São José do Rio Preto foi a região vencedora de 2012, com sete cidades contempladas: Sebastianópolis do Sul, Nova Canaã Paulista, Valentim Gentil, Santa Fé do Sul, São José do Rio Preto, José Bonifácio e Jales. Cada município homenageado foi representado pelo agente de crédito e prefeito local.

Alexandre Izeli, de Santa Fé do Sul, integra a lista de vencedores nas cidades de até 30 mil habitantes. Satisfeito, veio participar da premiação na capital com os dois “campeões” e colegas da agência, Hamilton Proni e Joel Fernandes da Silva, também agentes de crédito como ele. “O prêmio foi um reconhecimento ao trabalho importante para a equipe. Além do troféu, iremos agora dividir os R$ 3 mil que a agência recebeu pelo desempenho em 2012”, observou.

O posto local em Santa Fé do Sul teve 227 contratos assinados e honrados em 2012. Ao longo dos 12 meses, financiou mais de R$ 1,2 milhão. A unidade fica dentro do Ganhe Tempo, uma espécie de Poupatempo local, mantido pela prefeitura.

Emprego e renda

O BPP é um programa de microcrédito e de apoio ao empreendedorismo da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert). Tem por proposta favorecer a geração de emprego e renda e é realizado em parceria com as prefeituras paulistas. Presente em 484 dos 645 municípios do Estado, conta com 560 agentes de crédito, seus principais executores e principal elo entre o poder público, financiador e a sociedade.

No programa, o Estado banca 90% dos recursos financeiros para a constituição do fundo de investimento de cada município. Também seleciona e treina os agentes de crédito e, ainda, gerencia e supervisiona as atividades operacionais. Às prefeituras cabem ceder o espaço físico, infraestrutura, recursos humanos e manter a agência, além de contribuir com os 10% restantes do projeto, por meio do fundo municipal.

Público-alvo

Todos os empréstimos têm taxa de juros pré-fixada em 0,5% ao mês e prazos de pagamento em até 36 meses. São isentos de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e de Taxa de Abertura de Crédito (TAC). Entretanto, é cobrada comissão de permanência de 2,5% ao mês sobre parcela em atraso.

Qualquer empreendedor que trabalhe por conta própria pode conseguir crédito no BPP. O total vai de R$ 200 a R$ 10 mil. Se for produtor rural, o teto sobe para R$ 15 mil, limite também disponível para quem tem registro de pessoa jurídica, cooperativas e associações produtivas.

Em 2012, o BPP repassou R$ 193 milhões em 36,7 mil empréstimos. Para 2013, a expectativa é financiar volume total de R$ 250 milhões. Em agosto de 2012, o Banco do Povo superou a marca de R$ 1 bilhão emprestados desde sua criação, em 1998. Hoje, o total ultrapassa R$ 1,1 bilhões em mais de 310 mil operações.

Sancionada no dia 28 de dezembro de 2012, a Lei Estadual nº 14.922 instituiu o Bônus por Participação nos Resultados (BPR) para os agentes de crédito. A proposta é premiar a qualidade do trabalho e estimular a eficiência na gestão das operações de crédito.

Antonio Mendonça, diretor-executivo, informa que o Conselho de Orientação do BPP estabeleceu os critérios para concessão do bônus na reunião extraordinária realizada no dia 12 de abril. Ele informa que o benefício será concedido a partir de 1º de junho.


Agências premiadas (em oito categorias)

  • Até 7,5 mil: Sebastianópolis do Sul, Sud Menucci e Nova Canaã Paulista
  • Até 15 mil: Divinolândia, Cajobi e Valentim Gentil
  • Até 30 mil: Santa Fé do Sul, Pereira Barreto e Martinópolis
  • Até 50 mil: Jales, José Bonifácio e Paraguaçu Paulista
  • Até 100 mil: Amparo, Avaré e Andradina
  • Até 300 mil: São Carlos, Araçatuba e Jacareí
  • Acima de 300 mil habitantes: São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e São Paulo
  • Maior índice de produção per capita: Nova Canaã Paulista

Serviço

Banco do Povo Paulista

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 25/04/2013. (PDF)

Financiamento para acessibilidade

Exclusiva para as prefeituras paulistas, linha de financiamento da Desenvolve SP terá juro zero se não houver atraso nos pagamentos

A Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) anunciou linha de crédito exclusiva para financiar obras de acessibilidade nas 645 cidades do Estado. A iniciativa é realizada em parceria com a Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência e pretende ampliar no território paulista a inclusão social das pessoas com deficiência visual, auditiva, física, motora ou intelectual.

Batizada de Acessibilidade Urbana, a linha permite parcelar em até seis anos (72 vezes) projetos de prefeituras e órgãos de administrações municipais orçados em até R$ 2 milhões. A carência é de até um ano e a meta é dar suporte financeiro para obras e serviços capazes de favorecer a circulação desse público em prédios e áreas da administração municipal.

Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 15% e 20% da população paulista possui algum tipo de deficiência. O total corresponde a 9 milhões de pessoas.

Milton Santos, presidente da Desenvolve SP, comenta que muitas prefeituras não dispõem de recursos suficientes – e a proposta é atendê-las, na medida do possível. Para ele, a expectativa é de que o valor médio dos pedidos seja de R$ 500 mil. “O juro deste financiamento é de 6% ao ano, mas, se não houver atraso nos pagamentos, a cobrança será isenta. A decisão do Governo paulista de arcar com o custo é justificada pelo impacto social deste tipo de projeto”, explica o gestor público.

Em todas as etapas

Cid Torquato, coordenador de Relações Institucionais da secretaria, destaca que a pasta está empenhada nesse projeto desde a concepção da linha Acessibilidade Urbana. Hoje, as tarefas incluem analisar pedidos, prestar consultoria técnica às prefeituras, prover encaminhamento e acompanhar as obras, entre outras funções.

“Esta oportunidade é estratégica para as prefeituras – conseguir dinheiro a juro zero para aplicar em obras de acessibilidade. Seria interessante se os gestores municipais dialogassem com os cidadãos e definissem quais obras de acessibilidade são mais prioritárias e urgentes na sua cidade. O passo seguinte é preparar o projeto para solicitar e conseguir a aprovação do financiamento na Desenvolve SP”, observa Cid.

O pedido de empréstimo na Desenvolve SP é condicionado a um projeto de acessibilidade ou de adequação de instalações. As garantias legais exigidas são cotas do ICMS pertencentes à cidade ou, ainda, do Fundo de Participação do Município (FPM). O representante da prefeitura pode fazer a solicitação do financiamento de duas maneiras – a mais rápida é por meio do simulador de empréstimos do site da Desenvolve SP.

O sistema permite calcular, mediante cadastro, o valor das prestações e das condições de pagamento. Caso opte pelo serviço e aceite as condições, deverá enviar a documentação obrigatória e poderá acompanhar, on-line, o andamento do pedido. Todo o processo é seguro. A segunda opção é requerer o financiamento diretamente na sede da Agência de Desenvolvimento Paulista, na Rua da Consolação, 371, no centro da capital.

Pode ser financiado

São muitas as possibilidades de projetos. Pode ser a construção, reforma ou adaptação de edifícios e espaços públicos, como prédios da administração municipal, instituições de ensino, hospitais e postos de saúde, terminais de ônibus e de trem, pontos de parada, rodoviárias e aeroportos, bibliotecas, museus, teatros, centros esportivos e de recreação, calçadas e vias públicas, praças e parques, entre outros.

A linha Acessibilidade Urbana também permite financiar a aquisição, reforma ou adaptação de mobiliário e de equipamentos. E usar esses recursos em instalações para alunos com deficiência, como salas de aula, laboratórios, bibliotecas e quadras esportivas.

O recurso também pode ser estendido para aquisição de veículos e transporte de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Pode ser utilizado na melhoria de vias públicas, ou seja, rampas, sarjetas, calçamento e sinalização própria. Outras possibilidades incluem a construção de prédios e espaços destinados a atividades das pessoas com deficiência, no caso sistemas de comunicação visual, sonora ou tátil e máquinas e tecnologias assistivasaudiobooks, etc.


Parceira dos municípios

Desde sua criação, no final de 2009, a Desenvolve SP financiou R$ 125 milhões para os municípios. Além da linha de Acessibilidade Urbana, há outros oito tipos de empréstimos para as prefeituras. Os juros partem de 0,49% ao mês e têm atualizações monetárias baseadas no Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe).

Entre elas, a linha Economia Verde Municípios, que financia projetos ecologicamente sustentáveis, e a Via SP, que apoia obras de pavimentação de ruas e estradas. A liberação do crédito para os municípios se dá apenas após a comprovação da saúde financeira e a capacidade de endividamento das prefeituras e da aprovação da Secretaria do Tesouro Nacional, usando como garantias as cotas do ICMS ou do FPM.

Serviço

Desenvolve SP
Simulador de financiamento

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 27/03/2013. (PDF)

Financiamentos para crescer

Desenvolve SP ampliou em 72% o volume de créditos e já repassou R$ 896 milhões para empresas e prefeituras de 194 municípios paulistas

A Desenvolve SP, Agência de Desenvolvimento Paulista, encerrou 2012 com crescimento de 72% no volume de dinheiro emprestado em comparação com 2011. Em um ano, o total financiado pelo Governo estadual para prefeituras e empresas subiu de R$ 237,3 milhões para R$ 409,4 milhões. Só o grupo de pequenos e médios prestadores de serviços do Estado recebeu mais de R$ 86 milhões no período.

Desde a criação do serviço em 2009, foram repassados R$ 896 milhões por meio de 2.280 operações financeiras realizadas em 194 municípios do Estado. Na avaliação de Gilberto Fioravante, superintendente de negócios, o aumento no volume de transações em 2012 é o resultado de uma série de inovações adotadas pela Agência ao longo do ano.

Em julho, a instituição adotou o nome atual. A nova marca ajudou a construir nova identidade e reforçou a vocação e o compromisso da Agência com o crescimento econômico do Estado. “Um dos objetivos é o de ser parceiro natural do empreendedor paulista. A proposta principal é gerar empregos e renda, a partir de negócios viáveis e sustentáveis”, diz Fioravante.

Projetos da Copa

Em fevereiro de 2011, foi anunciada a liberação de crédito exclusivo para projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014. A Linha Investimento Esportivo atende às cidades paulistas candidatas a Centro de Treinamento de Seleções (CTS). Oferece juros de 2% ao ano e pagamento em até dez anos, com carência de até 24 meses. O objetivo é apoiar empresas e municípios para melhorar a infraestrutura turística das cidades para receber visitantes e delegações.

Para a iniciativa privada, a Linha banca a construção de hotéis e projetos de ampliação e modernização de centros esportivos privados. Já a prefeitura, pode financiar obras em arenas esportivas para receber as delegações, desde o projeto de topografia até a pavimentação de vias do entorno do empreendimento. Desde a criação da Linha, a Desenvolve SP recebeu 14 pedidos, totalizando R$ 53 milhões. Em novembro foi anunciada a primeira aprovação – obra em hotel de Piracicaba avaliada em R$ 1,3 milhão.

Aval para as pequenas

O Governo paulista também ampliou seu Fundo de Aval, conhecido como FDA. Antes restrito a operações de crédito emergencial, o FDA agora está disponível em todas as linhas de crédito, exceto para capital de giro. Em fevereiro último, a adesão ao Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa (Fampe), do Sebrae, possibilitou à Desenvolve SP oferecer o fundo como complemento às garantias tradicionais exigidas na operação de crédito: imóveis, recebíveis, etc

Criado pelo Sebrae em 1995, o Fampe atendeu 185 mil empresas no País e está disponível para negócios com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões anuais, mediante pagamento de taxa, que pode ser incluída no empréstimo.

Inovação e sustentabilidade

Lançado em agosto, o programa São Paulo Inova tem linhas de crédito para empresas de base tecnológica e inovadoras. Com juros que podem chegar a zero, financia desde startups a empresas com faturamento de até R$ 300 milhões anuais.

Também foi constituído um fundo de investimento para o setor tecnológico, que conta com investidores como o Finep, Fapesp e Sebrae. A expectativa é reunir até R$ 100 milhões em recursos. E atender, preferencialmente, negócios nas áreas de biotecnologia, novos materiais, fotônica, nanotecnologia, tecnologia de informação e comunicação e agronegócio.

Por meio de acordo operacional, fabricantes de máquinas e revendedores de equipamentos foram autorizados a indicar a Desenvolve SP para financiar seus produtos. Empresário interessado em adquiri-los pode procurar diretamente os já credenciados na Desenvolve SP. Sem custo adicional para comprador e vendedor, a iniciativa tem como objetivo aumentar a capilaridade da instituição e agilizar o financiamento.

Em 2012, aumentou a procura para financiar projetos sustentáveis. Dos R$ 26,7 milhões desembolsados por meio da Linha Economia Verde (LEV) desde a sua criação, em março de 2010, quase 90% foram solicitados nos últimos 12 meses. A LEV é a única no Brasil destinada exclusivamente para empresa que vai investir na redução da emissão dos gases de efeito estufa. Cobra a menor taxa de juros da Desenvolve SP, de 0,41% ao mês, mais atualização pelo IPC-Fipe, e prazos que podem chegar até dez anos, com 24 meses de carência.


Superando expectativas

A Damapel, empresa sediada em Guarulhos, financiou R$ 3,8 milhões em 60 prestações por meio da Linha de crédito Investimento Paulista (FIP Simplificado). No total, pagará 52 parcelas já descontando a carência. O recurso foi usado na compra de uma máquina nova de papel.

Com 500 funcionários e localizada próxima do Aeroporto de Cumbica, a Damapel tem como principais produtos papel higiênico e papel toalha e também fabrica guardanapos e fraldas. Em fase de expansão, a empresa tem previsto investimento de R$ 32 milhões na sua ampliação.

Sérgio Oliveira de Matos, diretor, conta que conheceu as linhas de crédito do Governo paulista em uma palestra ministrada por Gilberto Fioravante, no posto de Guarulhos do Centro das Indústrias do Estado (Ciesp). No site da Desenvolve SP, simulou o valor das parcelas do empréstimo até encontrar a melhor opção de empréstimo. Finalmente, entrou em contato com a Agência e recebeu a visita do agente da Desenvolve SP, que veio conhecer as instalações do negócio.

“Em 90 dias, o dinheiro estava disponível. Descobri, na prática, que o empréstimo estadual tem menos exigências que as impostas pelos bancos tradicionais de varejo para aprovar o crédito”, conta. “Gostei do serviço, pretendo fazer novos financiamento depois de quitar o atual. E passei a recomendar o serviço para outros empresários”, concluiu.


Financiamentos desde 2009

Ano R$ (em mi)
2009 28,6
2010 220,7
2011 237,3
2012 409,4
Total emprestado R$ 896 milhões

Quem mais emprestou

Setor % R$ (em mi)
Indústria 62 551,3
Serviços 17 152,1
Público 13 76,3
Comércio 8 116,3
Total 100 R$ 896 milhões

Comparativos 2011 x 2012

Setor 2011 2012
Indústria 59% 53%
Serviços 19% 21%
Público 11% 5%
Comércio 10% 21%

Porte do negócio

2011 2012
Pequeno 8% 18%
Médio 84% 71%
Grande 8% 11%

Finalidade do empréstimo

2011 2012
Investimento 48% 80%
Capital de giro 52% 20%

Destino do dinheiro

2011 2012
RMSP 41% 30%
Interior 59% 70%

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 05/01/2013. (PDF)