Mutirão de Microcrédito do Banco do Povo

Até o final do mês prossegue em todo o Estado o 6º Mutirão de Microcrédito do Banco do Povo Paulista (BPP). A ação tem por meta emprestar R$ 20 milhões e ampliar o número de microempreendedores atendidos pelo programa coordenado pela Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert).

A expectativa é conceder mais de 3,5 mil financiamentos. Em todos os empréstimos, o prazo de pagamento é de até 36 meses e o público-alvo do serviço são cooperativas e microempreendedores urbanos e rurais, com atividade econômica formal ou informal. Pode tomar crédito cliente maior de idade, porém precisa ter “nome limpo”.

O interessado deve comparecer numa agência do BPP e solicitar uma das linhas de crédito disponíveis, de acordo com o seu perfil. O site da instituição informa endereços das agências, documentos, regras de empréstimos e também permite simular on-line prazos de pagamentos e valores das parcelas.

Executado em parceria com as prefeituras, o BPP oferece financiamentos de R$ 200 a R$ 15 mil com juros subsidiados. Criado em abril de 1998, emprestou mais de R$ 1,150 bilhões em 313 mil operações financeiras.

Nelas, o Estado banca 90% dos recursos financeiros, seleciona e treina os agentes de crédito das agências, gerencia e supervisiona as atividades operacionais. As prefeituras cedem espaço físico, infraestrutura, pessoal e mantém o posto, além de bancar os 10% restantes do programa.

Tarifa zero

Em todas as operações financeiras o juro é de 0,5% ao mês (6% ao ano), o menor cobrado pelas instituições financeiras do País. Os em préstimos são isentos de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Taxa de Abertura de Crédito (TAC) e de serviços cobrados pelos bancos comerciais, como elaboração de contrato e liberação do financiamento.

Cliente pessoa física tem prazo máximo de 24 meses para pagar. Pessoa jurídica pode parcelar em até 36 vezes. Entretanto, em caso de inadimplência, é cobrada comissão de permanência de 2,5% ao mês sobre a parcela em atraso. Em todo o programa, a média de inadimplência se mantém em 2%.

Onde usar

O dinheiro pode ser usado para abrir, regularizar negócio, capital de giro ou investimento fixo. E ainda bancar publicidade, comprar mercadorias, veículo utilitário, matéria-prima, conserto, sementes, mudas, etc.

Ter avalista é exigência contratual e pode ser parente de primeiro grau, desde que não trabalhe no negócio. Entretanto, se o cliente quitar em dia as prestações do empréstimo, ao optar pelo segundo, será dispensado do fiador, desde que o valor não passe de R$ 7,5 mil.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 19/11/2013. (PDF)

O caminho (seguro) do empreendedor

Gratuito e on-line, conjunto de dez minicursos a distância da Sert ensina noções básicas sobre o universo dos pequenos negócios

Criada em 2012 e lançada oficialmente em março de 2013, a Escola do Empreendedor Paulista (EEP), programa da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), atingiu neste mês a marca de 49 mil inscritos. A iniciativa de ensino a distância (gratuito) oferece, mediante cadastro on-line, dez minicursos sobre assuntos ligados ao universo dos micro e pequenos negócios.

Em média, cada minicurso requer três horas para ser concluído e aborda um tema específico. Não há ordem sugerida para a execução deles, tampouco prazos. A ideia é que sejam feitos de acordo com a necessidade e a disponibilidade de tempo de cada empreendedor. Ao final de cada módulo, há exercícios práticos interativos para avaliar a compreensão e a retenção do conteúdo. Quem acerta metade das questões (testes de múltipla escolha) tem direito de imprimir seu certificado de conclusão.

O público-alvo do curso a distância são microempreendedores urbanos e rurais, formais ou informais. Incluem agricultores, donos de padaria, mercadinhos, pipoqueiro, manicure, cabeleireiro, mecânico e qualquer cidadão disposto a empreender. Os temas abordados são ilustrados com depoimentos e situações reais vivenciadas por esse público.

Os dez títulos da coleção da EEP são, pela ordem: Empreendedorismo na Prática; Atendimento ao Cliente; Consumidor e Fornecedor; Ações de Marketing; Formalização; Formação de Preços; Vendas e Ganhos; Gestão Financeira; Higiene e Segurança; Sustentabilidade e Comunidade.

Apoio ao empreendedor

Antonio Mendonça, idealizador da EEP e diretor executivo do Banco do Povo Paulista (BPP), outro programa da Sert, explica que metade dos matriculados na EEP acabou cursando os dez minicursos – volume que já passa dos 24 mil inscritos. “Como as lições são simples e interativas, a conclusão de um módulo acaba incentivando a realização dos outros. E todos tratam de temas interligados”, explica.

A EEP oferece grátis, para todo empreendedor com pedido de financiamento aprovado pelo BPP, kit completo com o material didático. A caixa personalizada traz as dez apostilas, gibi e os dez DVDs com os vídeos. Todo o material, incluindo os jogos interativos do site, ainda em desenvolvimento, foi produzido pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), com investimentos de R$ 3,5 milhões até 2014.

Qualquer cidadão, independentemente da idade e formação educacional, pode se inscrever na EEP e ter acesso total ao conteúdo. “A ideia é auxiliar, por exemplo, quem fez cursos do Via Rápida Emprego, programa da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e deseja abrir negócio próprio”, observa Mendonça.

Se não tiver computador, é possível fazer os minicursos nas unidades do Acessa SP, programa de inclusão digital da Secretaria Estadual de Gestão Pública, instalado em 621 cidades paulistas com 726 postos oferecendo uso livre de computadores e internet gratuita.

Agência homenageada

Os conteúdos da EEP são apresentados pelo personagem Prudêncio, um consultor (agente de crédito) do Banco do Povo Paulista (BPP). O nome dele é uma homenagem da Sert à primeira agência do BPP, aberta em 1998 na cidade de Presidente Prudente. Em 15 anos de atividade, o programa estadual de microcrédito continua sendo o de maior volume do País, com total de financiamentos que ultrapassou R$ 1 bilhão.

O BPP tem nos agentes de créditos, assim como Prudêncio, os principais protagonistas, que fazem a “ponte” do Governo paulista (Sert) com a sociedade (empreendedores). De modo lúdico, o personagem mostra caminhos legais e vantagens para quem se formaliza. Em suas falas, o personagem “resume” 15 anos de experiência do BPP no atendimento ao micro e pequeno empreendedor.


De funcionário a patrão

Para realizar o sonho de ter seu próprio negócio, Leandro de Souza Sanchez, de 27 anos e morador de Itaquaquecetuba, município da Região Metropolitana de São Paulo, fez pesquisa na internet sobre como empreender. A ideia, segundo ele, era aproveitar a experiência obtida na área de suporte de informática em empregos com carteira assinada e como freelancer para montar seu próprio negócio.

Com poucos cliques no mouse, Leandro conheceu e se matriculou na EEP. Assim como ele, 84% dos visitantes do site acabam se inscrevendo. Poucos dias depois, já havia feito os dez minicursos no período noturno. O passo seguinte foi formalizar, em setembro, sua empresa, a Omega Soluções de Informática (especializada em manutenção e venda de acessórios), na Junta Comercial do Estado (Jucesp).

“Registrado como Microempreendedor Individual (MEI), posso emitir nota fiscal, prestar serviços para empresas, participar de licitações públicas e oferecer aos clientes a opção de me pagar com máquinas de cartão de crédito e débito”, explica. “Recomendo o curso para todos. Até mesmo para quem não pensa em ter negócio”, conta feliz, no balcão de atendimento da loja, que fica na região central de Itaquaquecetuba.

Também “formada” por conta própria e tomada pelo mesmo espírito, a venezuelana Paola Ramirez não teve dificuldade com o idioma português. Moradora e empregada na capital, a engenheira industrial aproveitou o tempo livre à noite para fazer quatro dos dez minicursos. “A capacitação é muito boa, fácil e prática. O que já aprendi é suficiente para empregar no meu futuro negócio (ainda em segredo), na área de produtos alimentícios”.

Serviço

Escola do Empreendedor Paulista
Banco do Povo Paulista

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 14/11/2013. (PDF)

Ouro por São Paulo

Disputando os Jogos Escolares da Juventude, a delegação paulista de atletismo reúne 26 atletas em busca de medalhas e recordes

Até domingo, 17, a equipe paulista segue disputando em Belém os Jogos Escolares da Juventude, com o apoio da Secretaria Estadual de Esportes, Lazer e Juventude. A abertura do torneio foi realizada na semana passada, no Ginásio da Universidade Estadual do Pará (Uepa), em Belém (PA).

De abrangência nacional, o evento dá continuidade às antigas Olimpíadas Escolares e é considerado o maior encontro estudantil esportivo do País. Reúne atletas de escolas públicas e particulares que se destacaram em seletivas estaduais, realizadas ao longo do ano com mais de 2 milhões de estudantes de 3,9 mil municípios brasileiros.

Os Jogos Escolares da Juventude são organizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em co-realização com o Ministério do Esporte e Organizações Globo em duas etapas: a primeira, com estudantes de 12 a 14 anos, foi disputada de 5 a 14 setembro, em Natal (RN) e a segunda, com os de 15 a 17 anos, segue até o dia 17 com 4 mil atletas.

As modalidades em disputa são atletismo, badminton, basquete, ciclismo, futsal, ginástica rítmica, handebol, judô, luta olímpica, natação, tênis de mesa, vôlei, vôlei de praia e xadrez. A delegação paulista tem 164 atletas. Desses, 26 formam a equipe de atletismo (13 meninos e 13 meninas) e dois treinadores. O grupo teve suas viagens custeadas pela secretaria e foi formado em dez seletivas classificatórias estaduais, realizadas em 2013 pela pasta, em parceria com a Federação Paulista de Atletismo (FPA).

Vitrine privilegiada

Lázaro Velazquez, assessor da FPA e professor de educação física, observa que as seletivas abrem espaço para o surgimento de novos talentos nestas etapas. Quem tem desempenho promissor é convidado a treinar nos Centros de Excelência do Estado. Estes complexos são fruto de parceria da Secretaria de Esportes com a FPA e os municípios, e visam à iniciação esportiva e formação de atletas, de 12 a 22 anos.

“Os centros foram criados pelo Governo paulista para dar suporte aos municípios que já tinham núcleos locais de atletismo. O Estado colabora com lanches, material esportivo (camiseta, tênis e sapatilha) e oferece transporte em algumas competições, como os campeonatos estaduais”, observa Lázaro.

As cidades que abrigam os Centros de Excelência são Americana, Bastos, Campinas, Cubatão, Guarulhos, Itapetininga, Osasco, Piracicaba, Praia Grande, Presidente Prudente, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Santos, Sertãozinho e Taubaté.

Centros paulistas

As estudantes Daysiellen Dias e Julia Silva são representantes do atletismo paulista nas disputas dos Jogos Escolares da Juventude em Belém. Moradoras de Osasco, treinam no Sesi da cidade, um dos Centros de Excelência Esportiva do Estado, que recebeu o título em 2013.

A dupla treina de segunda-feira a sábado, em períodos mínimos diários de duas horas. Mas elas não reclamam. Daysiellen corre os 100 m, 200 m e compõe a equipe paulista em provas de revezamento. Em sua breve carreira, iniciada aos dez anos, foi campeã em 2012 dos Jogos Estudantis Brasileiros (JEB’s), disputados em Cuiabá (MT). O 1º lugar no torneio lhe deu direito de representar o País no Festival Olímpico da Juventude, campeonato mundial estudantil disputado em janeiro na Austrália.

Vida de atleta

“É um grande orgulho representar o Estado de São Paulo em Belém. Espero vencer ao menos uma das provas da maior etapa do circuito nacional. E depois seguir treinando para me profissionalizar em breve”, revelou a velocista de 16 anos. Com os mesmos sonhos e projeto de vida, Julia Silva, de 15 anos, já recordista brasileira do lançamento do disco e também treina arremesso de peso. “Comecei aos 12 anos, por sugestão de um irmão, que percebeu minha vocação para o esporte”.

O professor de educação física, Luiz Antonio Lino, técnico e treinador das duas, viajou com as meninas para Belém no dia 6. Segundo ele, a chegada aos 17 e 18 anos costuma ser um momento decisivo para quem já compete e deseja se profissionalizar.

“Nessa faixa etária, o desempenho em uma competição como os Jogos Escolares dá indicativos de quem seguirá ou não a carreira”, explica. Assim, além dos treinamentos, também auxilia em questões afins para os futuros campeões, como horários, alimentação e foco nos estudos e no esporte. “Esses detalhes fazem a diferença. Representam, muitas vezes, a chance de ocupar um pódio”, finalizou o professor.

Serviço

Secretaria Estadual da Juventude, Esporte e Lazer
Jogos Escolares da Juventude
Federação Paulista de Atletismo

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/11/2013. (PDF)