​Para o passageiro ver e aprender

Vídeos educativos e de cidadania da Etec Jornalista Roberto Marinho são exibidos em linhas de ônibus da RMSP e em mais dez capitais brasileiras

Desde 2012, uma parceria com a Empresa BusTV possibilita à Etec Jornalista Roberto Marinho a veiculação de uma série de vídeos produzidos por seus alunos em ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). O conteúdo inclui questões educativas e de cidadania e é transmitido em algumas linhas da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e em coletivos de mais dez capitais brasileiras.

Em duas temporadas de parceria, foram produzidos 28 vídeos e, atualmente, estão em produção os títulos da terceira fase. São quadros com, no máximo, quatro minutos de duração disponíveis no YouTube. Para localizá-los, basta digitar as palavras “Oficina do Estudante Etec”, na barra de localização do site (ver serviço).

Na primeira fase, os assuntos abordados eram situações do dia a dia dos usuários dos coletivos, em episódios como Gentileza, O dorminhoco, entre outros. Os filmes – que procuram informar e provocar alguma reflexão nos usuários dos coletivos – tiveram suas locações nas Etecs de Artes e de Esportes, localizadas na capital. Na segunda etapa, entraram em pauta temas culturais e artísticos, como Grafite, Werther (livro de Goethe), Drácula (romance de Bram Stocker), O grito (tela de Edvard Munch), Concretismo (o movimento artístico), Art déco, entre outros.

Os vídeos são elaborados com a supervisão dos professores da Etec. Eles constituem atividade extracurricular dos alunos dos dois cursos técnicos oferecidos na instituição: o de Multimídia, com duração de três semestres; e o de Produção de Áudio e Vídeo, de quatro semestres. Na parceria, a BusTV cede o ônibus e os equipamentos para as gravações, além de exibir o conteúdo. A produção fica sob a responsabilidade dos estudantes, que se dividem em turmas, para gravá-los em um único dia.

Parceria preferencial

Criada em agosto de 2011, a Etec é fruto da parceria do Estado com a Fundação Roberto Marinho e a TV Globo. Em São Paulo, a sede de operações da emissora fica em terreno vizinho ao da Etec, na Avenida Chucri Zaidan, no bairro do Morumbi, zona sul. A Escola Técnica foi construída pelo conglomerado brasileiro de mídia em terreno cedido pelo Governo estadual.

A Etec é administrada pelo Centro Paula Souza, responsável por cuidar do processo seletivo (Vestibulinho), contratar professores, comprar mobiliário e equipamentos e dispor da infraestrutura necessária para o funcionamento dos cursos. A escola tem 570 alunos matriculados nos períodos vespertino e noturno, 38 professores e 15 funcionários.

A cada semestre, a TV Globo abre dez vagas de estágio para alunos dos dois cursos. Essas vagas são disputadas em processo seletivo interno. Além disso, regularmente, a emissora oferece suas instalações para visitas e workshops aos alunos e professores da Escola Técnica Estadual.

Mercado aquecido

O professor Mauro Gut, diretor da Etec, explica que o currículo dos cursos foi concebido com vistas a favorecer a formação de mão de obra especializada para atuar nas áreas de internet, mídia, jornalismo, publicidade, cinema, moda, entretenimento, games e em nichos da chamada indústria criativa. Se preferir, o aluno pode prosseguir com seus estudos e se dedicar à carreira acadêmica.

A procura pelos dois cursos tem sido elevada. No último Vestibulinho, realizado em dezembro, o curso de Audiovisual foi o terceiro mais procurado do processo seletivo – 17 candidatos por vaga. Como explicam os docentes Vebis Junior, Edwin Perez, Rodrigo Sousa e Felipe Neves, um dos motivos foi a Lei nº 12.485/2011. Com abrangência nacional, ela tornou obrigatória a veiculação de, no mínimo, 3,5 horas semanais de conteúdo produzido no Brasil na grade de programação das emissoras pagas de televisão.

“Os canais pagos costumam ser um dos destinos mais comuns dos alunos saídos da Etec”, observa Edwin Perez, professor de Direção e Roteiro. “Muitos profissionais já estabelecidos no mercado dividem espaço nos bancos escolares, sets de gravação e ilhas de edição com alunos adolescentes. O resultado é um grande compartilhamento coletivo de informações e um ambiente de aprendizado e de convivência muito rico e produtivo”, destacou.


Noite estrelada

A sala de projeção do Museu da Imagem e do Som (MIS), vinculado à Secretaria Estadual da Cultura, foi palco, na noite de quarta-feira (5), do 2º Sunrise – Mostra Audiovisual da Segunda Turma de Produção de Áudio e Vídeo da Etec Jornalista Roberto Marinho.

Na oportunidade, os estudantes apresentaram oito Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs): quatro curtas-metragens (Dolores, No escuro, Cárcere privado e Sopros quase indecifráveis) e quatro demonstrações de séries (Alvorada 23, O outro lado, Noite na taverna, Entre o céu e o inferno).

Muitos desses alunos também participam ou participaram das gravações dos vídeos exibidos nos ônibus. O quarteto formado por Tayane Capelo, Gustavo Sousa, Ruth Carvalho e Ângelo Martins é um exemplo. Eles contam que a experiência foi bastante rica e trouxe visibilidade e repercussão acima do esperado.

Os vídeos reuniram alunos ingressantes e veteranos em grupos. Todas as equipes tinham de cuidar da divisão de tempo, de tarefas e de conhecimentos. Os trabalhos foram distribuídos em cinco áreas principais para cada um dos grupos: direção, produção, fotografia, arte e edição – exatamente as mesmas atividades existentes em muitas agências de publicidade e produtoras de filmes do mercado.​

Serviço

Etec Jornalista Roberto Marinho
Vestibulinho Etec

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 07/02/2014. (PDF)

Etec de Jundiaí é destaque na Festa da Uva

Minifazendinha ensina o visitante a plantar morangos e hortaliças de modo sustentável, além de apresentar animais criados na Escola Técnica Estadual de Jundiaí

A Festa da Uva, evento anual da prefeitura de Jundiaí, tem uma atração especial para o público: a minifazendinha, montada por professores e alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Benedito Storani. Pelo segundo ano consecutivo, o estande no Parque Comendador Antônio Carbonari (Parque da Uva), local do evento, funciona como vitrine das atividades acadêmicas, produtos e serviços desenvolvidos pela escola agrícola do Centro Paula Souza, instalada na cidade desde 1945.

Há mais de 15 anos, a Etec participa da Feira e, em 2014, ano do 80º aniversário do evento, ampliou a divulgação de suas atividades com a minifazendinha. Nela, o visitante pode aprender a fazer horta hidropônica, plantar morangos e hortaliças de modo sustentável e saber mais sobre técnicas de inseminação em animais e se informar sobre apicultura (criação de abelhas). Além de degustar e comprar algumas das frutas, verduras e alimentos produzidos na Etec, como pão caseiro, mel, queijos e doces de leite e compotas.

O Vale Verde, convênio entre a prefeitura de Jundiaí e a Etec, repassa verduras produzidas na Etec para a merenda de creches e de escolas da rede pública com alunos até a quarta série. Os gêneros também integram o cardápio do refeitório da Etec, que atende funcionários, alunos e professores nos três períodos letivos. Quando há excedentes, a cooperativa dos alunos da Etec comercializa esses produtos em uma banca em frente à escola, às quintas-feiras.

Circuito das Frutas

O agrônomo e professor João Paulo Lopes, coordenador de Agropecuária e responsável pelo estande, comenta que o destaque principal é a interação do público, sob supervisão dos alunos, com minipônei, bezerro, cabras, coelhos e porcos. Os animais do estande nasceram e são criados na Escola. “Eles significam uma oportunidade para muitas crianças, que nunca viram nenhum desses animais. Além de ver os bichinhos pela primeira vez, elas podem conhecer parte das delícias do chamado Circuito das Frutas paulista”, explica João Paulo.

Jundiaí é uma das dez cidades que compõem o circuito, ao lado de Atibaia, Itatiba, Indaiatuba, Itupeva, Jarinu, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo. “A feira divulga o nosso trabalho e também favorece o turismo regional, valoriza o produtor rural e destaca as frutas típicas da região, como o morango e a uva”, finaliza o docente.


Melhor vinho, melhor suco

Dados da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estimam que, em 2013, o agronegócio faturou R$ 1 trilhão. O total representou 22,8% do PIB nacional. Neste sentido, o zootecnista Eduardo Alvarez, diretor da Etec Benedito Storani, destaca a grande procura do mercado pelos formandos em Agropecuária.

“A maioria deles já sai empregada pela cadeia de negócios do campo. Durante o curso, aprendem as tecnologias mais recentes e também noções de topografia rural, produção vegetal, animal e agroindustrial e de sanitização e de inseminação animal, entre outros conteúdos”, comenta.

Segundo o professor, para os próximos anos, a tendência é a de aumentar ainda mais a procura pelos cursos da Etec. Um dos motivos é a previsão de início das aulas, em 2015, do curso de Viticultura e Enologia, formação inédita e pioneira no Estado.

A proposta do curso será oferecer formação capaz de alavancar a qualidade do vinho e do suco de uva produzidos na região. As obras de construção de prédios, laboratórios e da cantina prosseguem. O projeto inclui também apoio para produtores rurais familiares de uvas, visando à produção de bebidas como espumantes e outras.


Quase 70 anos de ensino

Criada em 1945 e instalada no pé da Serra do Japi, um dos trechos remanescentes de Mata Atlântica do Estado, a Etec Benedito Storani ocupa grande área verde de 364 hectares (cada hectare equivale ao tamanho de um campo oficial de futebol). Localiza-se na altura do quilômetro 62 da Rodovia dos Bandeirantes, e é vizinha do Aeroporto de Jundiaí.

Atualmente, estão matriculados 780 alunos nos períodos manhã, tarde e noite e tem 65 professores e 24 funcionários. Mantém mais 400 estudantes em classes descentralizadas, com cursos de Administração e de Logística nas cidades vizinhas de Valinhos, Vinhedo e Cabreúva. É a única escola da macrorregião de Campinas a oferecer curso técnico integrado em Agropecuária, que tem duração de três anos e oferece alojamento e refeições para os estudantes durante o período letivo.

A Etec Benedito Storani também dispõe de cursos modulares de dois anos (quatro semestres), para quem concluiu ou ainda cursa a partir da segunda série do ensino médio. As formações são nas áreas de: Administração; Alimentos; Nutrição e Dietética; e Turismo Receptivo. A seleção para os cursos de todas as Etecs é semestral e é feita por meio do Vestibulinho do Centro Paula Souza.

Serviço

A Festa da Uva prossegue nos dias 7, 8, 9, 14, 15 e 16. Avenida Jundiaí, s/nº. Sextas-feiras, das 18 às 22 horas; sábados, das 10 às 22 horas; domingos, das 10 às 20 horas. Entrada franca

Etec Benedito Storani
Festa da Uva
Vestibulinho Etec

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 04/02/2014. (PDF)

São Paulo na Campus Party

Até domingo, é possível visitar gratuitamente alguns setores da feira de informática na capital; a programação inclui eventos com pesquisadores da Fatec e de instituições públicas paulistas de ensino

O Desenvolvimento de Games com Software Livre foi tema de painel de debates com especialistas da Campus Party 2014. Em sua 7ª edição, a feira de informática, tecnologia e empreendedorismo, considerada pelos organizadores a maior da América Latina, tem apoio institucional do Governo do Estado de São Paulo e da Prodesp.

Segue com visitação gratuita em alguns espaços até domingo (2), das 10 às 21 horas, no Parque Anhembi, na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, zona norte da capital. A dica é ir de Metrô e descer na estação Portuguesa-Tietê; andar 500 metros até a Rua Urupiara e embarcar em um ônibus, fretado e gratuito, para a feira.

A programação completa da 7ª Campus Party está disponível no site do evento (ver serviço). Inclui, entre as centenas de atrações, debates, palestras e painéis com pesquisadores das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) e das três universidades públicas paulistas.

Mundo Livre S.A.

Um dos eventos foi o painel apresentado pela professora Salete Almeida, da Universidade Federal do Maranhão. Realizada nesta terça-feira, no palco Sócrates, das 11h15 às 12h30, a mesa-redonda teve a participação dos mestrandos em Ciência da Computação, Wilson Mizutani e Vinícius Daros, do Instituto de Matemática e Estatística da USP (IME-USP) e do professor Fernando Masanori, docente do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Fatec São José dos Campos.

No debate, os universitários relataram sua experiência na criação, em novembro de 2009, do USPGameDev. Com sete projetos no currículo, o grupo multidisciplinar e independente de estudantes da USP investe na pesquisa e no desenvolvimento de jogos adotando dois princípios: o primeiro deles é usar apenas ferramentas e programas de uso livre, ou seja, que permitam estudo, modificação e redistribuição de todo o conteúdo produzido. O segundo, ampliar ao máximo a compatibilidade dos trabalhos para o maior número possível de plataformas, como navegadores de internet (browsers) e sistemas operacionais, como Windows, Linux, Mac, Android, iOS, etc.

O USPGameDev é aberto à participação de interessados em colaborar em quaisquer áreas ligadas aos games. Reúne-se semanalmente na Sala C1-10, do prédio Biênio da Escola Politécnica, na Cidade Universitária, na capital. Os horários devem ser consultados no site do grupo (ver link em serviço).

Primeiros passos

O professor Fernando Masanori é criador do curso on-line gratuito Python para Zumbis. Dirigido para leigos e iniciantes em programação, a formação é do tipo Curso On-line Aberto e Massivo, do inglês Massive Open Online Course (MOOC). Traz videoaulas interativas e permite ao interessado em games conhecer e editar o código-fonte de títulos clássicos, como Asteroides, Tetris, Snake (Jogo da Cobrinha), Pac-Man, Papel, Pedra e Tesoura para fazer seus próprios projetos, ou ainda colaborar com qualquer outro. Após cinco meses de sua criação, a capacitação tem mais de dez mil usuários inscritos.

“Quem quer desenvolver games, mas tem dificuldade com lógica e programação, pode colaborar traduzindo a documentação dos jogos”, observa o professor Masanori. A medida, explica a dupla de estudantes da USP, ajuda na familiarização com o ambiente de criação e as mecânicas principais. “Assim, o novato passa a compreender o funcionamento do jogo, que é um software, e quais eventos motivam seus métodos internos de execução”, destacaram Wilson e Vinicíus.

Outras dicas, comentaram os palestrantes, é investir em áreas específicas dos games, como trilhas sonoras, design de cenários, modelagem, roteiros e iluminação. Quando surgirem dúvidas, a recomendação é recorrer aos traços colaborativo e comunitário presentes no universo do software livre.

“Todo código surge depois de várias ideias complementares. Há diversas comunidades na internet com profissionais que ajudam novatos. Mas o mais importante é dar os passos principais: começar, se dedicar e, claro, se divertir com o desenvolvimento de jogos”, finalizam.


Refresco e prevenção nos quiosques da Sabesp e do Detran

Segundo os pesquisadores do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o mês de janeiro está sendo o mais quente já registrado na capital paulista desde 1943, ano em que começaram as medições de temperatura. Assim, uma das opções para os participantes da Campus Party se hidratarem está no quiosque da Sabesp. O local serve água em copos plásticos com opções de temperatura (gelada ou a temperatura ambiente) e com ou sem gás.

Outro destaque ligado ao Estado de São Paulo está no espaço destinado às simulações. Além de distribuir folhetos e divulgar seus serviços eletrônicos, o Detran.SP oferece ao público uma máquina que simula a condução de um automóvel. A instalação tem setas, volante, pedais e três monitores de computador representando o para-brisa e os dois espelhos retrovisores laterais. O objetivo é alertar o visitante para o risco de dirigir embriagado ou sob o efeito de drogas.

Na simulação de cinco minutos, o visitante informa seu peso, sexo, altura e a quantidade de álcool ingerido, como, por exemplo, uma lata de cerveja, uma dose de uísque, etc. A partir daí, o equipamento mostrará, em trechos urbanos, rurais e rodoviários, os perigos da condução associada ao álcool para o motorista, que terá seus reflexos e tempo de reação prejudicados.

Depois da experiência de viés educativo, o público pode, no mesmo ambiente da instalação do Detran.SP, experimentar um dos dois simuladores de carro de corridas da Fórmula 3, e correr, no autódromo de Guaporé (RS), por cinco minutos. O serviço, também gratuito, é uma criação da empresa gaúcha BS Motion.

Serviço

7ª Campus Party
USPGameDev
Curso Python para Zumbis

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 30/01/2014. (PDF)