Planejar o futuro é a solução

Criado para os servidores estaduais, plano de previdência ajuda a diminuir perdas do poder aquisitivo no momento da aposentadoria

Permitir ao servidor estadual planejar seu futuro e manter o padrão de vida familiar depois da aposentadoria. Essa é a proposta principal dos serviços oferecidos pela Fundação de Previdência Complementar do Estado (SP-PREVCOM), entidade sem fins lucrativos criada em dezembro de 2011 pelo Estado de São Paulo.

No âmbito nacional, o fundo de previdência complementar exclusivo para servidores públicos é uma iniciativa pioneira. Em sua formulação, o Executivo paulista considerou critérios como o aumento da longevidade e a diminuição das taxas de natalidade da população.

A atuação da SP-PREVCOM é regulamentada pelo artigo 40 da Constituição Federal e deriva do pacote de ações previstas pela Lei estadual nº 14.653/2011. Visa a assegurar, a longo prazo, o equilíbrio financeiro do sistema previdenciário paulista, a partir da definição dos valores-limite para concessão de aposentadorias e pensões, de acordo com o teto máximo do INSS, hoje estipulado em R$ 4.663,75.

Outro viés da previdência complementar é reduzir a queda do poder aquisitivo do servidor quando ele se aposenta. Nesse período, são retiradas gratificações incorporadas aos rendimentos ao longo do tempo de trabalho e cessam benefícios, como plano de saúde e vale-alimentação, entre outros.

Três opções de planos

O ingresso dos servidores na previdência complementar teve início em fevereiro de 2013. Desde então, 16 mil funcionários estaduais reservam mensalmente uma parte de seu salário para o futuro. O serviço cobra 5% de taxa de carregamento sobre o valor repassado e, se quiser, o depositante também pode fazer contribuições facultativas. O servidor interessado em participar deve observar em qual dos três planos disponíveis se enquadra.

O primeiro plano é o Regime Próprio (RP), destinado a titular de cargo efetivo (estatutário), vinculado ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e com ingresso no Estado a partir de 21 de janeiro de 2013. O segundo é o Regime Geral (RG), para contribuinte do INSS, exceto empregados das três universidades públicas paulistas. O último é o RG-Unis, para quem se aposentará pelo INSS e mantém vínculo empregatício com a Unesp, Unicamp ou USP.

O Regime Geral abrange os servidores contratados no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os planos da SP-PREVCOM estão disponíveis para os servidores com contratação vinculada ao Estado, do Legislativo, Executivo e Judiciário, autarquias e órgãos e fundações da administração direta e indireta. Não está prevista a inclusão de funcionários de empresas públicas de economia mista. Funcionário estatutário contratado antes de 21 de janeiro de 2013 deve consultar a São Paulo Previdência (SPPREV) para se informar sobre as regras de sua aposentadoria (ver serviço).

Aporte do Estado

O regime de previdência complementar é destinado especialmente para quem ganha acima do teto do INSS. Nele, além do depósito feito pelo servidor, o Estado paga até 7,5% do chamado salário de participação. Esse valor é a diferença entre o rendimento bruto do servidor e o valor teto do INSS.

Por exemplo, quem ganha R$ 10 mil mensais, deduz o valor teto do INSS (R$ 4.663,75) e pode aderir tomando como base os R$ 5.336,25 restantes, que será o salário de participação considerado. Caso o servidor destine até 7,5% de sua renda ao plano, o Estado arcará com o mesmo valor (mas 7,5% é o limite legal máximo bancado pelo Estado).

O servidor que ganha abaixo do teto do INSS também pode aderir, mas não tem direito ao aporte do Estado. A explicação é o fato de a administração estadual contribuir com 22% no caso do Regime Próprio; para quem está inscrito no Regime Geral a contrapartida é feita de acordo com tabela de contribuição com índices variáveis e conforme a faixa salarial do servidor.

A longo prazo

Para aderir, o servidor interessado deve retirar formulário de inscrição no setor de Recursos Humanos (RH) do seu órgão de origem. Se preferir, pode fazer cópia (download) do documento no site da SP-PREVCOM (ver serviço) e entregá-la no RH assinada e em duas vias. A partir do mês seguinte, a contribuição passará a ser descontada automaticamente do salário e o saldo das transferências pode ser acompanhado em área privada disponível no site do Fundo (ver serviço).

No contrato de adesão, o servidor define com qual porcentagem de seu salário deseja contribuir. O prazo mínimo para se manter no plano é de cinco anos, desde que ele não saia antes do emprego. O site da SP-PREVCOM permite simular, sem exigência de cadastro, diversas opções de prazo, parcelas e valores.

De acordo com a legislação, o dinheiro arrecadado pelos planos de previdência complementar não pode ser usado pelo Estado para nenhuma finalidade, a não ser o pagamento dos benefícios dos servidores. Para garantir a rentabilidade do plano acima da inflação, a SP-PREVCOM diversifica a aplicação do dinheiro.

As opções financeiras escolhidas são renda fixa, fundos de ações e títulos do tesouro nacional indexados pela inflação (NTN-B). O conceito adotado é o de planejar o vencimento das aplicações para coincidirem com os pagamentos a serem feitos aos funcionários no período de recebimento do benefício.

Educação financeira

Ana Carolina Vieira, coordenadora do programa Conta Comigo da SP-PREVCOM, observa que quanto antes o servidor iniciar seu planejamento previdenciário e financeiro, melhor. Mas, independentemente da idade, ter um ou mais planos de previdência complementar é um investimento vantajoso. “Compensa, pois funciona como uma reserva a longo prazo, que paga rendimentos superiores à inflação”, observa.

Para combater e prevenir o endividamento dos servidores, a SP-PREVCOM criou o programa Conta Comigo. Responsável pela iniciativa de educação financeira, Ana Carolina explica que o programa é estruturado em três pontos: informação, formação e orientação. O serviço é gratuito e oferece, no site do Fundo, orientações para servidores públicos e qualquer cidadão interessado em manter o equilíbrio financeiro entre suas receitas e despesas.


Aprendizado financeiro

Quando completou 30 anos, Luciano Quaglia formalizou seu primeiro plano de previdência em um banco privado, contribuindo com 1% do salário. Na época, cursando mestrado, aprendeu em uma disciplina de finanças que planejar o futuro previdenciário seria um meio seguro de garantir uma renda familiar adicional.

Nove anos depois, em fevereiro de 2013, ingressou na Fundação Instituto de Terras do Estado (Itesp) como analista de desenvolvimento agrário. Por coincidência, no mesmo mês a SP-PREVCOM estava ministrando aos servidores do Itesp as palestras e workshops de educação financeira do programa Conta Comigo.

Luciano aproveitou ao máximo a oportunidade. No treinamento, assistiu às palestras de Ana Carolina Vieira, do consultor financeiro Gustavo Cerbasi e do escritor e empreendedor de expedições marítimas Amyr Klink, de quem seguiu à risca as metáforas apresentadas. Luciano ainda participou de todas as outras atividades, concentrando mais tarde estudos em tópicos sobre orçamento doméstico e meios para prevenir o endividamento. Como resultado, aderiu, em abril de 2013, ao plano da SP-PREVCOM, novamente com 1% dos rendimentos. “Pago duas previdências, e as vejo como um meio para prover conforto financeiro futuro para minha esposa e filho”, diz o servidor, orgulhoso.


Orientações para fugir do endividamento

  • Fazer planejamento financeiro e cumpri-lo;
  • Não comprometer mais de 30% da renda líquida com dívidas;
  • Ter uma poupança para emergências;
  • Certificar-se da necessidade real de cada gasto;
  • Priorizar pagamento à vista, pedindo sempre descontos;
  • Cancelar o cheque especial (há outras opções de crédito mais baratas);
  • Pagar sempre o total da fatura do cartão de crédito;
  • Definir um projeto pessoal e tê-lo como prioridade.

Serviço

SP-PREVCOM
Programa Conta Comigo
Telefone (11) 3150-1943 (atendimento de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas)
E-mail: contacomigo@spprevcom.com.br
São Paulo Previdência (SP-PREV)

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 27/01/2015. (PDF)

Campeão de satisfação

Posto do Detran.SP, no Metrô Marechal Deodoro, tem 99% de aprovação de seus usuários; cada cliente deve ser atendido em até 20 minutos

Inaugurado em dezembro de 2013, o posto avançado do Detran.SP na estação Marechal Deodoro do Metrô (Linha 3-Vermelha), no bairro Santa Cecília, encerrou seu primeiro ano de atividade com 85,5 mil atendimentos. Desses, 77,6 mil envolveram questões relacionadas à Carteira Nacional de Habilitação (CNH); o restante (7,9 mil) teve os veículos como motivação para o usuário procurar a unidade.

O serviço foi considerado “ótimo” ou “bom” por 99% dos usuários. Na avaliação do Detran.SP, a aprovação obtida é fruto da meta de acelerar ao máximo o atendimento. Em média, a renovação de CNH é finalizada em três dias úteis e o licenciamento de veículos é feito na hora. Esses serviços são os dois mais solicitados.

Localizado na parte externa da estação, na Praça Marechal Deodoro, e ocupando 230 metros quadrados de área, o posto tem capacidade diária para 800 atendimentos. Possui 16 funcionários e funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, oferecendo 13 serviços diferentes.

Nos balcões, o contato com o público é organizado com a distribuição de senhas, de acordo com o horário de chegada. Para facilitar, o posto aceita pagamentos de taxas com cartão de débito e oferece instalações com recursos de acessibilidade, entre outros benefícios.

Postos avançados

Na capital, além do Metrô Marechal Deodoro o Detran.SP disponibiliza também atendimento presencial nos postos Raposo Shopping (Rodovia Raposo Tavares, km 14); Aricanduva (Avenida Aricanduva, 5.555); Armênia (Avenida do Estado, 900); e Interlagos (Avenida Interlagos, 2.225). Todos abrem de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas e, aos sábados, das 7 às 13 horas (exceto o Marechal Deodoro).

No Estado, há postos avançados em Santo André, no Shopping ABC (Avenida Pereira Barreto, 42); e em São José do Rio Preto, no Shopping Cidade Norte (Avenida Alfredo Antônio de Oliveira, 2.077). A relação completa com outros locais com atendimento presencial está no site do Detran (ver serviço).

Em 2014, o posto do Detran.SP no Metrô Marechal Deodoro foi o campeão de satisfação entre os usuários. Toda semana, o órgão avalia a qualidade do serviço prestado e indica, em um ranking interno, quais agências são as mais eficientes.

Movimentação on-line

Um dos segredos, explica Cristiane Alves, responsável pela gestão do atendimento desde a inauguração da agência, é buscar sempre solucionar cada demanda de modo satisfatório e em menos de 20 minutos, prazo máximo previsto para cada cliente. Na tela do computador, ela acompanha em tempo real a movimentação do público, dos atendentes e o andamento global do atendimento no posto.

O software é o Poupafila, ferramenta também usada no Poupatempo, capaz de planejar o serviço identificando situações críticas. O sistema de informática também contabiliza, instantaneamente, cada uma das quatro opções de nota atribuídas pelo cliente após cada um dos atendimentos: “ótimo”, “bom”, “regular” ou “ruim”.

Comodidade e praticidade

Cecília Garcia, moradora do bairro vizinho Barra Funda, zona oeste, foi renovar sua CNH. Em dez minutos conseguiu o que queria. “Sem exagerar, foi o melhor serviço público que vi até hoje. Não demorou 10 minutos”, comentou.

Marcos Oliveira, da Freguesia do Ó, zona norte, também solicitou nova CNH. Ele revelou, após o atendimento, ter atribuído nota máxima ao serviço. “O pessoal aqui é dez”, disse sorrindo e gesticulando.

Rafael Peres, da Água Rasa, bairro da zona leste, foi na agência solicitar a inclusão da categoria A na sua carteira, para dirigir motocicleta. Para ele, a localização do posto ao lado da escadaria da estação alia comodidade e praticidade. “O serviço no posto foi muito rápido, menos até que o tempo da viagem. Aprovo e recomendo a todos”, observou.

Serviço

Detran.SP
Atendimento telefônico de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas e, aos sábados, das 7 às 13 horas. Capital e municípios com DDD 11: 3322–3333. Outras localidades: 0300–101–3333

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 22/01/2015. (PDF)

Novas regras para obter a CNH já estão em vigor

Lei determina: para tirar a primeira habilitação, candidato precisa fazer 25 horas/aula

Desde ontem (19), está valendo em todo o território brasileiro a Resolução nº 493 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A nova lei, publicada no Diário Oficial da União de 6 de junho de 2014, determina que o candidato à obtenção da primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH), categoria B (carros), faça 25 horas/aula no curso de formação de condutores, além de cumprir o mesmo período de horas/aula na parte teórica.

Antes da nova regra, o custo da primeira CNH nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) no Estado estava em aproximadamente R$ 1,2 mil na capital. Os preços cobrados por esse serviço não são tabelados e o Detran.SP estima que haverá um aumento de 6% no custo. A renovação da CNH segue com os mesmos valores: exame médico (R$ 70,13) e emissão do novo documento (R$ 35,06).

De acordo com a Resolução nº 493, o aspirante a motorista de carros precisa fazer 25 horas de aulas práticas, e não 20, como determina a regra anterior. Desse total, cinco horas/aula devem ser realizadas no período noturno. Quem já possui a habilitação categoria A (moto) e deseja conseguir a B agora terá de fazer 20 horas de aulas práticas e não mais 15, como antes. Dessas, 4 horas/aula deverão ser realizadas no período noturno.

A aprovação nos exames da primeira habilitação assegura ao condutor, maior de 18 anos e alfabetizado, o direito de dirigir por um ano. Depois disso, o motorista precisa voltar ao Detran.SP para obter a CNH definitiva. Entretanto, se nesse período tiver cometido infração grave, gravíssima ou for reincidente em infração média, além de não conseguir a autorização, deverá também comparecer ao Detran.SP. E, caso tenha justificativa para as infrações, apresentar defesa.

Simulador opcional

O CFC não é obrigado a ter simulador de direção veicular. Mas, caso o tenha, o candidato à primeira habilitação na categoria B tem a opção de fazer até oito horas de aulas práticas obrigatórias no equipamento. A única exigência é que essas aulas sejam divididas entre o período noturno e o diurno no equipamento.

Quem já possui a habilitação categoria A (moto) e deseja conseguir a B (carro) , também pode usar o sistema eletrônico de aprendizado em até seis horas/aula no CFC, divididas em aulas noturnas e diurnas.

Mais informações, acesse o site do Detran.SP, ou ligue, de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas e, aos sábados, das 7 às 13 horas: capital e municípios com DDD 11: 3322-3333. Outras localidades: 0300-101-3333.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 20/01/2015. (PDF)