DAEE de Birigui recebe Medalha da Ecologia de Qualidade Ambiental

Prêmio foi em reconhecimento aos serviços realizados nos últimos 15 anos, que permitiram a melhora da qualidade de vida da população

O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) de Birigui, órgão ligado à Secretaria Estadual de Recursos Hídricos e Saneamento, recebeu, por meio da Diretoria da Bacia do Baixo Tietê (BBT), o Prêmio Medalha da Ecologia de Qualidade Ambiental. A homenagem foi concedida no mês passado pela Ordem Nacional do Mérito Ecológico e Ambiental da Sociedade Brasileira de Heráldica, Medalhística, Cultural e Educacional.

A BBT, uma das oito diretorias de bacias do DAEE, é responsável pelo tratamento de esgoto e conservação ambiental de 109 municípios do oeste do Estado. O trabalho abrange os comitês de bacias hidrográficas do Baixo Tietê, Tietê-Batalha, Tietê- Jacaré e São José dos Dourados. A honraria é o reconhecimento pelos serviços realizados nos últimos 15 anos, que permitiram a melhora da qualidade de vida da população e dos mananciais da região.

Financiamento e parceria

O DAEE Birigui participou da construção de sistemas de tratamento de esgotos nos municípios de Andradina, Araçatuba, Bilac, Braúna, Guararapes, Glicério, José Bonifácio, Nova Aliança, Nova Castilho, Penápolis, Potirendaba, Promissão, Valparaíso e outros. O trabalho recebeu financiamentos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e foi realizado em parceria com os técnicos do BBT, prefeituras da região e secretarias de Estado.

Protegendo o meio ambiente

Os serviços prestados pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê conseguiram atingir índices atuais de 80% de saneamento básico e podem chegar a 95% em meados do ano que vem, com a conclusão dos tratamentos de Birigui e Mirandópolis.

Segundo o engenheiro Luiz Otávio Manfré, secretário-executivo do Comitê do Baixo Tietê, 85% do lixo produzido recebe tratamento sanitário adequado de acordo com os padrões da Cetesb e 98% da população possui ligações de água e esgoto.

A homenagem se estendeu também ao engenheiro Lupércio Ziroldo Antonio. Ele foi contemplado com a Medalha da Ecologia em reconhecimento ao esforço pessoal em prol do desenvolvimento sustentado na região, com a realização de serviços e obras visando à proteção do meio ambiente.

Serviço

Departamento de Águas e Energia Elétrica
Correio eletrônico – cbh-bt@uol.com.br
Telefone (18) 3642-3655

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 23/07/2003. (PDF)

PM oferece primeiro emprego e qualificação para jovens carentes

Com a contratação de soldados temporários, policiais militares que exercem funções burocráticas são liberados para o policiamento das ruas

O Serviço Auxiliar Voluntário (SAV) foi instituído pela Polícia Militar de Estado de São Paulo em 2002, com dois objetivos: oferecer trabalho para jovens desempregados sem experiência profissional. O corpo de soldados temporários é composto atualmente por 5.041 jovens na faixa de 18 a 23 anos, sendo 90% do sexo masculino. Eles foram selecionados em dois concursos realizados no ano passado e contratados pelo período de um ano, prorrogável por mais um ano, dependendo do desempenho de cada e do interesse da corporação.

Os soldados recrutados pelo SAV trabalham em diversas repartições da PM, na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e nas sete subsedes do interior, onde prestam, entre outros, os serviços de recepcionista, atendimento telefônico, auxiliar administrativo, manutenção de edificações, mecânico de viaturas e guarda de quartel.

“Aqui eles recebem salário e treinamento, mantendo-se afastados de atividades anti-sociais. E, com as funções administrativas e técnicas que realizam, podemos colocar os integrantes do nosso efetivo para o policiamento nas ruas”, explica o capitão Alexandre Marcondes Terra, do Comando Geral da PM.

Aprendizado teórico e prático

Os soldados temporários não portam armas nem exercem qualquer atividade policial, recebem benefícios como vale refeição e fardamento para uso exclusivo nos locais de trabalho, e dois salários mínimos como pagamento mensal. Além disso, os que quiserem fazer carreira na corporação, vão receber como bônus, para cada ano de contrato, um ponto a mais no concurso de seleção de soldados de segunda classe, que é o posto inicial na hierarquia da Polícia Militar.

“Esses jovens são excelentes profissionais, e muitos mostram disposição em seguir carreira na corporação. No período em que trabalham conosco, têm um aprendizado prático de valores e conhecimentos, que abre para cada um deles a perspectiva de exercer no futuro uma atividade profissional como cidadãos dignos”, diz o tenente-coronel Amaury Dias, do Centro de Suprimento e Manutenção de Motomecanização da PM.

Essa afirmação é confirmada pelo soldado temporário Carlos Eduardo Stravini, que trabalha como mecânico no mesmo setor. “Eu estava desempregado quando li no jornal o anúncio do processo seletivo para soldado temporário. Fui aprovado e hoje me considero perfeitamente integrado à PM. Antes, eu só fazia bicos trabalhando na parte elétrica dos carros. Aqui aprendi a fazer consertos em áreas que não dominava, como suspensão, freios e mecânica”.

Soldados entusiasmados

Um dos soldados temporários mais entusiasmados com a nova função é a jovem Patrícia da Costa, grávida de oito meses. “Eu trabalho na expedição e remessa de documentos do Centro Farmacêutico da PM. Depois que meu bebê nascer e terminar o meu contrato, pretendo estudar para o concurso e realizar o meu sonho, que é participar do policiamento nas ruas”, diz ela emocionada.

O entusiasmo de Patrícia é compartilhado pelo seu colega Édson de Souza Pereira, 23 anos, lotado no Quartel General da PM. “Aqui, aprendi a trabalhar em equipe, adquiri disciplina e me revezo nas funções de recepcionista e guarda. A experiência tem sido tão positiva que solicitei a prorrogação do meu contrato pois pretendo fazer carreira aqui”.

O tenente Antônio Thomazelli Júnior, que foi um dos monitores no treinamento, conta que os temporários receberam orientações sobre a hierarquia e a disciplina da corporação e informações sobre direito, cidadania, comunicação e expressão, educação física e legislação, entre outros assuntos. “Durante 60 dias eles participaram do treinamento teórico em período integral, que é igual para todas as funções”.

A tenente Sandra Helena Linhares, coordenadora do curso na capital, ressalta que, depois dessa fase inicial de treinamento – quando foram selecionados para as funções que iriam assumir,de acordo com a aptidão e habilidade de cada um – os jovens participaram da parte prática do curso, com a duração de 30 dias, já direcionada para os serviços que irão prestar na corporação.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/07/2003. (PDF)

Tecnologia é a arma do Instituto de Criminalística

A ciência é a grande aliada da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) para combater o crime no Estado. Os laudos periciais expedidos pela Polícia Técnico-Científica complementam o trabalho do Poder Judiciário e demais órgãos policiais. O serviço realizado pelos Institutos de Criminalística e Médico-Legal é fundamental na elucidação de crimes e conclusão de inquéritos.

O desafio é produzir a chamada prova técnica, a partir da análise científica de vestígios deixados nos delitos e cenas de crimes. A abrangência do trabalho inclui análises de balística, acidentes de trânsito, contabilidade, química, física, toxicologia, informática, entre outras especialidades.

Segundo José Domingos Moreira das Eiras, diretor do Instituto de Criminalística (IC), “o laudo pericial, quando realizado nas condições ideais, é conclusivo – determina a ocorrência de um crime, como foi praticado, identifica vítima, criminoso e terceiros. É indispensável até mesmo em investigações com réus confessos”, explica.

Investimento em tecnologia

O IC investiu R$ 1,2 milhão em equipamentos no ano passado, incorporando ao seu acervo dez cromatógrafos, um analisador de última geração para testes de DNA e um HPLC, equipamento que compara produtos como remédio adulterado, venenos e agrotóxicos.

Segundo o perito Osvaldo Negrini Neto, diretor técnico do Centro de Exames, Análises e Pesquisas do IC, os novos cromatógrafos são capazes de separar substâncias e oferecer a composição química em dez minutos. “Antes deles, os exames exigiam no mínimo um dia inteiro de espera. A precisão é tamanha, que, por meio da composição da droga, conseguimos oferecer pistas adicionais e identificar, por exemplo, em que Estado da Federação a maconha foi plantada”, explica.

Na cena do crime

A produção do laudo pericial depende da preservação da cena do crime. A recomendação da Polícia Técnica para os policiais militares é isolar a área, impedir o acesso de qualquer pessoa, mesmo familiares da vítima, e permanecer no local. O procedimento indicado para as autoridades de segurança vale também para a população. Não se deve tocar em nada que componha a cena do crime, como telefone, bolsos, pertences, janelas, mobiliário e não comer, fumar, beber ou utilizar sanitário ou lavatório.

Segundo Celso Perioli, superintendente da Polícia Técnica no Estado, “nas cenas de crime, assim como nos acidentes automobilísticos, a indicação é manter tudo como está e acionar a autoridade policial habilitada para o serviço. O procedimento correto no local do crime contribui para o sucesso da investigação e minimiza a angústia das partes envolvidas”, esclarece.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 04/07/2003. (PDF)