Projeto de conscientização ambiental do IPT motiva alunos da zona leste

Além de incentivar os alunos, vídeo de 14 minutos do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais serve para os professores utilizarem seus conceitos em todas as disciplinas

A apresentação de um vídeo, de 14 minutos, no Teatro Chico Anysio do Centro Educacional Unificado (CEU) Três Pontes, no Itaim Paulista, zona leste da capital, marcou o encerramento do projeto O poder das plantas na minha comunidade do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A iniciativa foi a primeira do órgão vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação na área de educação ambiental, sustentabilidade e empoderamento de professores, alunos e seus familiares.

No projeto supervisionado pelo IPT, professores, funcionários do CEU e estudantes plantaram cem mudas de várias espécies, entre elas ingá, jequitibá, escorrega-macaco, e também construíram horta e quatro canteiros na escola situada na divisa de São Paulo com Guarulhos e Itaquaquecetuba. Orçada em R$ 100 mil e financiada por meio de edital da Fundação de Apoio ao IPT, a ação com viés de melhorar o bem-estar do ambiente e da comunidade foi realizada ao longo do segundo semestre de 2017.

Inovação

“Um dos motivos do CEU Três Pontes ter sido escolhido é a carência de áreas verdes na região, um problema comum em toda a zona leste da capital”, destaca a bióloga Assucena Tupiassu. Segundo a engenheira florestal Caroline Almeida Souza, coordenadora do projeto, esse trabalho realizado pela equipe do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do IPT inovou com a atuação em projeto social voltada a uma comunidade escolar do município de São Paulo.

Além de Caroline e Assucena, também participaram do projeto a bióloga Maria Lucia Solera, a biblioteconomista Paula Kaori Yamamura Ielo, as engenheiras agrônomas Raquel Dias Aguiar Moraes Amaral e Giuliana Del Nero Velasco, com o apoio administrativo de Stephanie Marinho Cordeiro.

Com três turmas de alunos de 10 a 14 anos, a ação mescla técnicas de jardinagem e hortas com outras atividades educativas. Segundo Caroline, a comunidade escolar foi estimulada a participar de todas as etapas, desde o planejamento sobre quais mudas iria adquirir, passando pela preparação do solo, identificação de espécies, indicando nomes populares e científicos das variedades, entre outras informações.

“Para muitos alunos, poder colher e consumir sua própria produção de verduras foi uma grande novidade”, comentou Caroline. Segundo ela, a intenção agora é replicar a experiência em outras escolas. O passo inicial é a divulgação do vídeo do projeto no YouTube (ver Serviço). “Em um projeto de horta ou de mudas, todo professor pode aproveitar para ensinar diversos conceitos de outras disciplinas”, destaca. “Toda planta tem nome popular e científico e as crianças têm enorme curiosidade em saber, por exemplo, a origem de cada espécie”, exemplifica Caroline.

“Até o final de julho iremos lançar nos sites do IPT e da FIPT um Guia contando como foi essa experiência e destacando dez sugestões de atividades de jardinagem para professores de todo o País realizarem em conjunto com seus alunos. A ideia é utilizar materiais existentes na própria comunidade para realizar o trabalho; só precisamos de parceiros para ajudar o projeto a crescer”, comenta (ver links em Serviço).

Aprovação

Angela Antunes, gestora do CEU Três Pontes, aprovou a experiência. “Hoje, a maioria dos dois mil alunos da escola não somente preserva as árvores, mudas e canteiros. Eles também aderiram à ideia de embelezamento. Além disso, alertam pais, colegas e visitantes sobre a importância da preservação desse espaço de aprendizado para eles, mas também sobre o uso coletivo da comunidade das redondezas”, comenta.

Para a professora de Ciências, Janaína Ferrato Elias, hoje há “maior interesse deles por resolver questões ligadas à falta de áreas verdes, um tema relevante para toda a sociedade”. Essa visão coincide com a da aluna Jhenyfer Caroline Gomes, da quarta série: “A zona leste inteira é muito cinza, mas o primeiro passo, isto é, saber quais plantas são mais adequadas, para cada lugar, nós já demos”, comemora.

Serviço

O poder das plantas na minha comunidade (vídeo)
IPT
FIPT

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 18/04/2018. (PDF)

Governo lança portal para apoiar a gestão dos municípios paulistas

Plataformas Pró Municípios, do IPT, e E-Muove, da Investe São Paulo e Muove Brasil, oferecem suporte para auxiliar os administradores municipais em diversas áreas de atuação

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) apresentou na manhã de ontem, 6, terça-feira, em evento realizado na sua sede, na zona oeste da capital, a Plataforma dos Municípios, um portal contendo dois novos serviços para apoiar as 645 prefeituras paulistas. Ambos têm como ponto inicial o mesmo endereço na internet e oferecem informações, indicadores, atendimentos e diversas tecnologias de planejamento e de gestão de políticas públicas nas cidades (ver Serviço).

O primeiro deles é o E-Muove, uma ação realizada em parceria entre a Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo) e a Muove Brasil. O segundo é o Pró-Municípios, plataforma desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), órgão vinculado à SDECTI. Segundo Marcelo Machado, coordenador de Desenvolvimento Regional e Territorial da Secretaria, a proposta dessa iniciativa é estreitar laços entre o Governo do Estado e as prefeituras, e compartilhar parcerias e soluções.

À disposição

“A adesão para o E-Muove está aberta aos 645 municípios paulistas”, informou Marcelo Machado. Segundo ele, o diferencial desse serviço é permitir ao gestor municipal comparar rapidamente e de modo analítico diversos indicadores de uma prefeitura com o de outras vizinhas e de outras com portes semelhantes, para identificar pontos fortes e fracos.

“Em período de recursos escassos, é possível analisar, por exemplo, dados como o número de cesáreas realizadas na cidade, um fator de impacto para a saúde local, pelo fato de o parto normal custar menos para os cofres públicos”, observou. “Além disso, é possível aferir a arrecadação de tributos como o Imposto Sobre Serviços (ISS), o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e a fiscalização a respeito da utilização do dinheiro obtido com eles”, completou.

Em andamento

Um projeto-piloto com o Pró-Municípios está sendo realizado com cem cidades paulistas até o final de julho. Os participantes foram escolhidos pela SDECTI, sendo destinadas 50 vagas para municípios com Produto Interno Bruto (PIB) abaixo de R$ 2 milhões; 40 delas para os de PIB entre R$ 2 milhões e R$ 10 milhões; e 10 para os com PIB acima de R$ 10 milhões. “A adesão ao Pró-Municípios segue disponível a todas as prefeituras paulistas, basta entrar na plataforma e se cadastrar”, informa o geólogo Luiz Carlos Tanno, do IPT, um dos responsáveis pela iniciativa (ver Serviço).

Segundo ele, muitas cidades de médio e pequeno porte não têm pessoal especializado para preparar editais de compras e licitações, nem engenheiros para dimensionar imprevistos estruturais e ambientais, entre outras questões pontuais e comuns a muitas administrações nas áreas urbanas e rurais das cidades. Incluem, por exemplo, pavimentação asfáltica, obras de drenagens e contra enchentes, ações de reflorestamento, podas das árvores, resíduos sólidos e aterros sanitários, qualidade dos uniformes escolares etc.

Aplicações

“A ideia é auxiliar o gestor municipal a superar esses gargalos, trazendo a experiência do IPT e soluções já encontradas em localidades com porte e problemas parecidos”, explica Tanno. Como exemplo prático dos serviços, ele cita as consultas com especialistas, o acesso aos manuais e publicações não sigilosas produzidos pelo IPT nos últimos dez anos e os seis cursos de capacitação para agentes municipais já agendados no projeto-piloto, cujos temas abordam de resíduos sólidos urbanos a pagamentos por serviços ambientais, entre outros.

Nesse sentido, Gianpaolo Smanio, procurador geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo, presente na solenidade, destacou a importância da iniciativa, por capacitar os agentes governamentais de todas as regiões do País, em especial, em especial os das áreas mais necessitadas com relação à legislação e normas técnicas. “Como professor universitário, da área de políticas públicas, acho muito importante esse tipo de inovação, por poupar recursos e diminuir erros”, comentou.

Aprovados

Quase na divisa com Minas Gerais, a cidade de Monteiro Lobato, no Vale do Paraíba, é uma das cem participantes do projeto-piloto do Pró-Municípios. Segundo o geógrafo Júlio Ribeiro, coordenador do projeto local Cidade Inteligente, Humana e Encantada (CIHE), essa iniciativa conjunta com o Governo do Estado dá continuidade à parceria iniciada em 2015, quando o IPT produziu o Plano Diretor Municipal (PDM) e abre agora novas possibilidades como, por exemplo, atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estipulado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2030.

Em Monteiro Lobato, na última semana de janeiro, fortes chuvas e enchentes causaram diversos prejuízos no município, cujo território é predominantemente rural, de 330 quilômetros quadrados de área e população de 4,5 mil habitantes. Segundo Júlio, o Pró-Municípios tem potencial para auxiliar a informação a fluir mais rápido e com mais qualidade na cidade e prevenir os danos causados pelos fenômenos naturais, que todos os anos se repetem. E mais, também favorecer a instalação do Projeto CIHE, iniciativa cuja meta é transformar o município numa cidade polo da chamada Economia Criativa e, desse modo, fortalecer o turismo, sua principal atividade econômica.

Serviço

Plataforma dos Municípios
Pró-Municípios (IPT)
Telefone: (11) 3767-4102
E-mail municipios@ipt.br
E-muove

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 07/02/2018. (PDF)

Telecurso TEC: prazo de inscrições para a prova vai até dia 21

Disponível on-line, ficha de inscrição para a modalidade aberta deve ser preenchida à mão e enviada pelo correio com cópias do RG, do CPF e do certificado de conclusão da etapa anterior

Termina no dia 21 de outubro o prazo para inscrição gratuita no exame presencial da modalidade aberta do Telecurso TEC do Centro Paula Souza (CPS). O interessado em fazer a prova para obter o certificado de conclusão dos módulos I, II ou III deverá remeter pelo correio a ficha de inscrição, disponível on-line, preenchida e acompanhada da documentação obrigatória. A avaliação será aplicada no dia 9 de dezembro, sábado, às 9 horas, nas 38 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) polos do programa (ver Serviço).

Criado em 2008, a partir de parceria do CPS com a Fundação Roberto Marinho, o Telecurso TEC tem a proposta de ampliar o acesso à educação profissional e à empregabilidade dos participantes. Atualmente, oferece três cursos técnicos na área de gestão: Comércio e Secretariado, ambos com 800 horas de atividades, e Administração, com mil horas. As três formações são reconhecidas pelo Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE/SP), têm duração de um ano e meio e seu conteúdo é dividido em três módulos semestrais. O primeiro deles, chamado de Básico, é comum aos três cursos.

Flexibilidade

“A proposta é possibilitar ao estudante a obtenção de mais dois diplomas gratuitos depois da conquista do primeiro. Basta ele continuar estudando, de acordo com seu ritmo e disponibilidade de tempo”, sublinham Lídia Ramos, Juçara Montenegro e César Freitas, coordenadores do Telecurso TEC do Grupo de Estudo de Educação a Distância (GEEaD). “Quando o estudante é aprovado em um módulo, seu certificado ou diploma é encaminhado pelo GEEaD para a Etec polo onde ele fez as provas em até três meses. E deve também ser retirado lá”, informam.

Continuar estudando foi a decisão tomada por Denis Almeida, de 23 anos, morador de Guarulhos. Ele já se inscreveu para fazer a prova presencial em dezembro e assim tentar concluir a formação técnica em Comércio, a terceira no Telecurso TEC. Em 2009, quando cursava o penúltimo ano do ensino médio, foi orientado pela direção da Escola Estadual Juvenal Ramos Barbosa a assistir, no ano seguinte, as aulas presenciais ministradas aos sábados pela professora Rosimeire Francisco, do CPS, orientadora do Telecurso TEC no estabelecimento de ensino.

Realidade

“Muitas atividades exigiam consultas nas empresas da cidade. Assim, todos da turma acabavam sabendo como funcionam as organizações, a realidade de cada uma e a situação do mercado de trabalho”, conta Denis. Atualmente ele busca nova colocação profissional. Seu último emprego foi no Aeroporto Internacional de Cumbica e ele vê o ensino a distância oferecido pelo governo do Estado como uma grande oportunidade para quem não pode pagar faculdade. “Somente lamento este ser o último curso disponível para mim, deveria haver mais opções”, comenta.

“Estudar por conta própria exige disciplina e disposição, mas o material didático digital, oferecido no formato PDF, ajuda muito, assim como o ótimo suporte oferecido pelo CPS. Tiro muitas dúvidas pela fanpage do Facebook do Telecurso TEC e não costumo deixar nenhuma delas pendente”, relata. Para quem vai prestar a prova pela primeira vez, ele diz que é bom procurar lembrar-se dos enunciados apresentados nas lições. “São sempre revisitados”, revela.

Documentos

Para a prova presencial do Módulo I, o envelope com a ficha de inscrição deve seguir para o GEEaD incluindo cópia autenticada do RG, CPF e mais cópia simples do certificado de conclusão do ensino fundamental ou médio. Para o Módulo II, são exigidos os mesmos documentos autenticados anteriores e cópia simples do certificado de conclusão do Módulo I, dispensando, porém, o certificado de conclusão do ensino médio; para o Módulo III, é preciso RG e CPF autenticados e mais cópia simples do certificado de conclusão do Módulo II.

Constituído por livros e vídeos, o material didático dos cursos fica disponível no site do CPS, no canal do GEEaD no YouTube e também na fanpage do Facebook, bem como muitas questões aplicadas de exames anteriores. Para aprovação e progressão para as etapas seguintes dos cursos, é preciso acertar no mínimo 16 dos 30 testes de múltipla escolha das provas presenciais (ver serviço).

Além da modalidade aberta, na qual o aluno estuda 100% por conta própria, o Telecurso TEC apresenta mais duas opções: on-line e semipresencial. Para participar delas, entretanto, é necessária aprovação no Vestibulinho, o processo seletivo semestral adotado nas Etecs (ver serviço). Na modalidade on-line, o estudante recebe orientação de um professor tutor e na semipresencial tem direito também a aulas semanais em uma Etec polo. Nas duas modalidades, o participante tem auxílio do Ambiente Virtual de Aprendizagem, plataforma de ensino a distância utilizada pelo GEEaD.

Serviço

Telecurso TEC Informações e material didático
Facebook
Canal do GEEaD no YouTube
Vestibulinho Etecs
Ficha de inscrição para prova e lista de Etecs polo
Regulamento

Remessa de documentos com a ficha de inscrição
GEEaD – Centro Paula Souza
A/C Secretaria Acadêmica
Ref: Modalidade Aberta – Telecurso TEC
Praça Cel. Fernando Prestes, 74
Bom Retiro – CEP 01124-060 – São Paulo (SP)

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 18/10/2017. (PDF)