Caminhos do Mar é a atração mais concorrida do Roda SP

Passeio integra três rotas do programa da Secretaria Estadual de Turismo; temporada de viagens intermunicipais no litoral prossegue até o dia 28 em nove cidades da Baixada Santista

Sabe aquela antiga e inesquecível canção de Roberto Carlos, que fala das curvas da estrada de Santos? Ora, conhecer os Caminhos do Mar, fonte de inspiração da música, é muito fácil e barato. Basta seguir para o litoral sul paulista e embarcar com conforto nos ônibus turísticos com ar-condicionado do programa Roda SP.

Criado em julho de 2011, o Roda SP, iniciativa de viagens sazonais da Secretaria Estadual de Turismo, prossegue sua temporada no litoral até o dia 28 com 20 rotas intermunicipais na Baixada Santista (ver serviço). Neste verão, o programa oferece 16 ônibus e 12 vans, com roteiros repletos de atrações culturais, históricas, gastronômicas e de entretenimento. A descrição completa de roteiros, com horários e atrações, está disponível para consulta no site do Roda SP (ver serviço).

Com 18,4 quilômetros de extensão, considerando a ida e a volta, o Caminhos do Mar é o passeio mais procurado do Roda SP. Faz parte dos roteiros 4, 12 e 15 do programa, a atração ecoturística tem em média quatro horas de duração e inclui visitas a monumentos históricos e trechos remanescentes de mata atlântica, além de abrigar nascentes de rios, cachoeiras e 1,4 mil espécies de animais e 20 mil tipos de plantas.

A recomendação ao visitante é usar roupas leves e confortáveis, passar protetor solar e levar câmera fotográfica, para registrar as deslumbrantes paisagens. E não deixar de apreciar locais como o Pouso Paranapiacaba, palavra que em tupi significa ‘local de onde se vê o mar’ e o mirante do Belvedere Circular, ponto de encontro da Calçada do Lorena, outro monumento histórico.

No formato city tour, o Roda SP tem guia de turismo acompanhando grupos fechados de passageiros em todos os itinerários. As saídas são de terça-feira a domingo, nas cidades de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Praia Grande, Peruíbe, Mongaguá, Santos e São Vicente. A passagem custa R$ 10, dá direito a viajar o dia inteiro (ida e volta). Pode ser adquirida no site do programa, ou nos nove postos de venda das cidades com roteiros ou ainda com o guia de turismo de cada ônibus (ver serviço).

História e educação ambiental

Na terça-feira, 16, na Estação das Artes, em Cubatão, era grande a expectativa de um grupo de moradores da cidade. Nenhum passageiro do ônibus conhecia os Caminhos do Mar – e era grande a ansiedade para visitar monumentos como a Calçada do Lorena. Inaugurada em 1792, foi o primeiro caminho pavimentado com pedras a ligar o litoral à capital. Muitos anos depois, na década de 1920, a rodovia foi a primeira a ser pavimentada com concreto na América Latina.

A guia de turismo Claudineide Soares, integrante do Roda SP desde 2015, passou informações sobre história e preservação em suas exposições dentro do ônibus e nas paradas. Ao longo de todo o passeio, a tarefa foi complementada pelas monitoras ambientais Thaís Lima, Cristiane Camilo e Edmila Duarte, todas da Fundação Florestal, órgão ligado ao Governo paulista e responsável pelo Parque Estadual da Serra do Mar, que abriga os Caminhos do Mar.

As vizinhas Lúcia Nunes e Cláudia Assis, ambas donas de casa e moradoras da Vila Santa Rosa, em Cubatão, compraram pela internet as passagens. A primeira, levou como acompanhante a filha Lígia; já sua amiga e idealizadora do passeio embarcou com o pai, Namir, e as filhas, Letícia e Yana.

“Conheci o Roda SP no ano passado e adorei conhecer a Ilha Porchat e o Teleférico em São Vicente. Na próxima semana, já temos bilhetes para Bertioga e Itanhaém”, revelou Cláudia, na escadaria da Casa dos Visitantes. A instalação de 1926 é a primeira parada do passeio e serviu de abrigo para os engenheiros que construíram a Usina Hidrelétrica Henry Borden.

Na parada seguinte, a família Valadares, também de Cubatão, se esbaldou no Rancho da Maioridade, construção alusiva ao primeiro centenário da Independência do Brasil. Decorada com azulejos portugueses pintados à mão, a casa abriga bicas com água potável e servia de local de reabastecimento dos radiadores dos primeiros automóveis, carentes de pontos de parada para conseguirem chegar até o topo da montanha.

As irmãs Elisabete, assistente de recursos humanos, e Érika, auxiliar de laboratório, se dedicaram a fazer um programa com parte da família. Embarcaram com primos, pais e sobrinhos. “O lugar é maravilhoso, adoramos o Pouso Paranapiacaba e o mirante do Belvedere Circular”, revelaram depois de tirarem selfies com os Valadares, tendo a Serra do Mar como cenário de fundo.


Os 20 roteiros do Roda SP 2016

  1. Peruíbe – São Vicente – Santos
  2. Peruíbe – Praia Grande – Mongaguá – Itanhaém
  3. Itanhaém – Santos – São Vicente
  4. Itanhaém – Mongaguá Praia Grande – Cubatão
  5. Mongaguá – Guarujá
  6. Mongaguá – Cubatão – Santos – São Vicente
  7. Praia Grande – Mongaguá – Peruíbe – Itanhaém
  8. Praia Grande – Bertioga – Guarujá
  9. Praia Grande – São Vicente – Santos
  10. São Vicente – Bertioga – Guarujá
  11. São Vicente – Peruíbe – Itanhaém
  12. Santos – São Vicente – Praia Grande – Cubatão
  13. Santos – Guarujá – Bertioga
  14. Santos – Itanhaém – Peruíbe
  15. Guarujá – Cubatão – Santos – Cubatão
  16. Guarujá – Bertioga
  17. Bertioga – Guarujá
  18. Bertioga – São Vicente – Santos
  19. Cubatão – Guarujá – Bertioga
  20. Cubatão – Mongaguá – Itanhaém

Serviço

Roda SP (informações, roteiros e ingressos)
E-mail contato@rodasp.com
Telefone 0300 745 0000

Parque Estadual da Serra do Mar

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 18/02/2016. (PDF)

Mais de 22 mil vagas de estágio

Inscrições no processo seletivo da Fundap terminam dia 27; são 12,3 mil vagas para 39 cidades da RMSP e mais 10,4 mil para o interior e litoral

O Programa 2014 de Estágios no setor público está com inscrições abertas. Organizado pela Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap), instituição vinculada à Secretaria Estadual de Gestão Pública, o programa oferece, no total, 22.781 vagas em todo o Estado. Dessas, 12.325 são para as 39 cidades da Região Metropolitana de São Paulo. As 10.456 restantes estão distribuídas em cidades do interior e do litoral.

Podem concorrer estudantes do ensino superior, médio e de educação profissional de nível médio. A inscrição é gratuita e deve ser feita no site da Fundap (ver serviço) até o dia 27. A página da internet também informa sobre os editais de convocação dos órgãos contratantes e a distribuição das vagas por nível de escolaridade, município e curso requisitado.

O valor da bolsa varia de R$ 300 a R$ 1,2 mil, conforme a carga horária da vaga e o nível do curso de formação exigido do estagiário. Quem for aprovado na seleção terá direito a auxílios-transporte e vale-alimentação, de acordo com a entidade concedente. A seleção da Fundap contempla 120 órgãos públicos estaduais participantes – Metrô, Fundação Florestal, Dersa, Detran, DER, Emplasa, Fundação Parque Zoológico, entre outros.

Seleção conjunta

Em 2014, foram unificados os processos seletivos de estágios do Governo estadual, da Assembleia Legislativa (Alesp), do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) e dos programas Residência Educacional e Aluno Empreendedor, vinculados à Secretaria Estadual da Educação. O candidato inscrito no processo seletivo concorre em todos, respeitando as regras de cada um deles.

O Programa Residência Educacional é dirigido a estudantes que estejam matriculados e tenham presença regular a partir do terceiro semestre em cursos de licenciatura em disciplinas que integrem as matrizes curriculares dos anos finais do ensino fundamental e médio das escolas públicas estaduais.

A jornada do Residência Educacional é de até 15 horas semanais, a serem cumpridas no período da manhã, tarde ou noite, não ultrapassando o limite de seis horas diárias. Os bolsistas atuarão em uma das 1.392 escolas de maior vulnerabilidade socioeconômica e de dificuldade de aprendizagem em todo o Estado. Receberão bolsa de R$ 420 mensais e auxílio-transporte de R$ 180. O estágio terá duração de 12 meses, sendo prorrogável por igual período.

O Aluno Empreendedor é um programa voltado ao estudante do nível médio matriculado na rede estadual de ensino. O estagiário aprovado nessa área irá atuar durante um ano em uma das 2,3 mil escolas participantes do Programa Escola da Família, preferencialmente na instituição onde estuda.

A jornada para o aprovado (que deverá criar e comandar ações sociais, culturais, esportivas, entre outras atividades) é de 12 horas semanais a serem cumpridas aos sábados e domingos. A bolsa paga é de R$ 340 e há também auxílio-transporte de R$ 52.

Validade e convocação

A seleção pública da Fundap tem validade por 12 meses, a contar da data da homologação – e é dentro desse período que os estudantes classificados podem ser convocados. No caso dos contratados, os estágios terão duração de um ano, podendo ser prorrogados por igual período, até o limite de 24 meses.

A seleção realizada em 2013 ainda segue vigente. Quem fez provas no ano passado e ainda não foi chamado segue com possibilidade de ser convocado. As convocações não param e os alunos já aprovados são contatados semanalmente.


Distribuição dos estágios pelo Estado de São Paulo

Região Administrativa Vagas
Araçatuba 501
Barretos 240
Bauru 607
Campinas 2.190
Central 437
Franca 235
Marília 675
Presidente Prudente 768
Registro 395
Ribeirão Preto 475
RMSP 12.325
Santos 664
São José do Rio Preto 551
São José dos Campos 1.247
Sorocaba 1.471
TOTAL 22.781

Serviço

Para obter informações sobre as cidades que oferecem vagas, acesse o site da Fundap.
Inscrição no Programa de Estágio

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 19/02/2014. (PDF)

Projeto da Fundação Florestal pretende preservar vegetação do cerrado paulista

Primeira colocada entre 192 concorrentes, a instituição vai conservar três áreas com quase mil hectares nos municípios de Rincão e São Carlos

Um projeto de preservação do cerrado paulista, proposto pela Fundação Florestal, vinculada à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, foi classificado em primeiro lugar entre 192 concorrentes de todo o País para conseguir financiamento do Ministério da Justiça. A iniciativa preservará três importantes fragmentos de vegetação de cerrado e de floresta estacional, que totalizam 993 hectares, localizados nos municípios de Rincão e São Carlos.

Os recursos que possibilitarão a benfeitoria serão repassados pelo Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, órgão do Ministério da Justiça que divulgou a relação com os 25 trabalhos escolhidos.

O dinheiro será destinado à reparação de danos causados ao meio ambiente por infração à ordem econômica e a outros interesses coletivos. O custo previsto é de R$ 354 mil: R$ 210 mil de origem federal e R$ 144 mil vindos da Fundação. O Projeto Conservação e Conectividade de Remanescentes de Cerrado e Floresta Estacional no Interior Paulista vai recuperar 14 hectares de matas ciliares, de modo a formar corredores ecológicos que permitam restabelecer a ligação entre os três terrenos.

Forte ameaça

Antônia Pereira de Avila Vio, diretora-executiva da Fundação Florestal, explica que o programa de preservação é fundamental. Mantém as últimas áreas de cerrado no Estado, bioma de grande diversidade biológica que já cobriu 14% do território paulista e hoje ocupa menos de 1% do total. Sandra Leite, uma das coordenadoras do programa, ressalta que das três áreas vegetais remanescentes escolhidas, duas estão sob forte ameaça de extinção e já foram motivo de multas pela Polícia Ambiental e de ações movidas pelo Ministério Público, em razão de desmatamentos irregulares. A terceira tem um processo de pedido de desmatamento no Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais.

Os três fragmentos estão localizados num raio de 10 quilômetros entre as estações ecológicas de Jataí e de São Carlos, administradas pelo Instituto Florestal, que também participa do projeto. “Um dos efeitos positivos esperados é o amortecimento dos impactos nessas unidades de conservação de proteção integral”, anuncia Sandra.

Claudette Hahn, também coordenadora do projeto, informa que a recuperação das matas ciliares pode conseguir a adesão de proprietários rurais e eliminar fatores de degradação. Para isso, estão sendo instaladas unidades demonstrativas de recuperação florestal, que promovem reuniões e atividades objetivando sensibilizar e mobilizar a comunidade local, que participará da tomada de decisões.

SP tem um milhão de árvores nativas plantadas ao longo de suas rodovias

A Agência de Transporte do Estado (Artesp), órgão responsável pela fiscalização das atividades das empresas concessionárias das rodovias paulistas contabilizou 1,1 milhão de mudas de árvores nativas plantadas às margens das estradas privatizadas no Estado. A reposição florestal é ação prevista nos contratos de concessão entre as empresas e o governo de São Paulo.

Objetiva repor e recuperar a flora atingida pela construção e remodelação das vias. Depois de seis anos do início do programa de concessões, foram plantadas 311 mil árvores nas regiões de Campinas, 154 mil em Araraquara, 120 mil na Baixada Santista, 119 mil em Franca, 114 mil em Araras, 82 mil em Itu, 75 mil em Itapetininga, 46 mil em Ribeirão Preto, 30 mil em Bauru, 27 mil em Sorocaba, 10 mil em Mogi Guaçu e 4 mil em Barretos.

Recuperação dos passivos ambientais – problemas resultantes de obras e operação nas rodovias, assumidos pelas empresas ao assinarem o contrato de concessões – alcançou o índice de 60% de recuperação dos ecossistemas, num total de 3,5 mil quilômetros de rodovias. O trabalho consiste em recuperar a cobertura vegetal, fauna silvestre e realizar drenagens ao longo das pistas. No ano passado, as regiões mais recuperadas foram Itu (90%), Araraquara (82%) e Araras (77%), Bauru (76%) e Barretos (68%). A Artesp fiscaliza 12 concessionárias e o trabalho inclui a cessão de licenças ambientais.

A finalidade é causar menor impacto ao meio ambiente na execução das obras da malha viária, que interfiram em área de preservação permanente ou que necessitem de supressão de árvores nativas.

Plano emergencial

O conjunto de ações previstas em contrato permitiu a instalação de programas ambientais permanentes. Entre eles, a elaboração obrigatória de Plano de Ação Emergencial (PAE) para escolta ou atendimento a acidentes com transportes rodoviários, que carregam produtos considerados perigosos e prejudiciais ao meio ambiente. Atualmente, 23 programas socioambientais, alguns premiados, visam a melhorar a saúde e a qualidade de vida da população dos municípios interligados pelas rodovias concedidas. As atividades incluem avaliações acústicas, planos de salvamento arqueológico, passagens e estudos de manejo de fauna.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 04/12/2004. (PDF)