Cadastro do Exportador é nova ferramenta de gestão

Estado de São Paulo lucrou US$ 34 bilhões com vendas externas no ano passado

Os empresários que quiserem exportar, têm, agora, nova ferramenta de gestão. É o Cadastro do Exportador, lançado no 3º SP ExportAção. Durante o evento, realizado na segunda-feira, no Centro de Exposições Imigrantes, o empreendedor teve a oportunidade de incluir, gratuitamente, sua empresa no cadastro.

Promovido pela Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia, o evento reuniu ministros, secretários de Estado de todas as unidades federativas do País, senadores e deputados federais paulistas, deputados estaduais, prefeitos, vereadores, líderes empresariais, entidades de comércio exterior, câmaras de comércio bilaterais, entidades de classe empresariais e entidades de trabalhadores.

Vitrine eletrônica para o comprador estrangeiro, o cadastro traz pela internet o nome da instituição, perfil e lista de produtos com foto. O interessado pode se cadastrar no site e até o final do ano, será lançada versão impressa e um CD-ROM que serão distribuídos no Brasil e no exterior.

Outras ferramentas postas à disposição pela pasta da Ciência e Tecnologia aos exportadores para gerar negócios e ampliar as exportações são as missões internacionais (viagem ao exterior para estabelecer contato com empresários e vender produtos), as feiras (pequenos exportadores podem exibir seus produtos no estande do governo), roteiros empresariais (banco de dados destinado às missões estrangeiras), Central de Atendimento ao Exportador (call center e site para esclarecer sobre o processo de exportação), Central de Atendimento de Visitantes, Centro de Logística de Exportação, e Exporta São Paulo (programa de difusão da cultura exportadora).

Plataforma exportadora

“Estamos comemorando conquistas e podemos avançar ainda mais. São Paulo se consolida como importante plataforma exportadora do País. Só neste ano, entre janeiro e julho, o Estado exportou US$ 34 bilhões, superando a marca de 2004, com US$ 31 bilhões”, anunciou o governador Geraldo Alckmin no fechamento do fórum.

O presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Cláudio Vaz, afirmou: ” É notável a mudança no perfil do Brasil como exportador. Até a década de 80, remetíamos somente matérias-primas para outros países. Hoje, vendemos manufaturados e importamos conhecimento.” O presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, Fábio de Salles Meirelles, reforçou que “ninguém pode entrar no mercado internacional sem investir em tecnologia, fabricar produtos de qualidade e manter estrutura competitiva”.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 19/08/2005. (PDF)

Fapesp lança livro com os indicadores de ciência, tecnologia e inovação em SP

Publicação abrange período de 1998 a 2003 e analisa impacto da pesquisa em áreas da saúde, ensino superior e tecnologia da informação

A sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp) foi palco do lançamento do livro Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo – 2004. A publicação traz análises de 40 pesquisadores de instituições de ensino paulistas e de pareceristas externos sobre a qualidade dos trabalhos científicos realizados entre 1998 e 2003 no Estado. A terceira edição dá continuidade aos volumes anteriores, de 1998 e 2001. Dividida em dois livros, conta com 12 capítulos e 220 ilustrações.

A série é inspirada no modelo das principais publicações internacionais de referência, tal qual os relatórios da National Science Foundation (NSF), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

As novidades são temas como Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e redes digitais. As estatísticas explicitadas revelam dados do crescimento do volume de domínios do Estado na internet. De 1992 a 2002, São Paulo teve, em média, 250 domínios “.com.br” e “.org.br” registrados para cada mil estabelecimentos. Os demais Estados brasileiros tiveram apenas 140.

Subsídio

Os números mostram também crescimento de 54% da produção científica nacional, porcentual superior ao aumento médio da produção mundial (9%). Nesse período, a taxa de desenvolvimento da produção paulista foi de 63%, superior à brasileira, passando a representar, em 2002, 54% da produção nacional. Sobre o comércio exterior nota-se que, entre 1998 e 2002, a participação dos produtos de alta tecnologia nas exportações do Estado situou-se entre 25% e 30%, enquanto a do Brasil ficou entre 15% e 20%.

Segundo a coordenadora-executiva do projeto, Regina Gusmão, os autores foram orientados a contextualizar as séries estatísticas, principalmente, do ponto de vista socioeconômico. O objetivo é oferecer subsídios para as ações dos gestores e formuladores de políticas de ciência, tecnologia e inovação no nível estadual e federal.

Novas tendências para antigos desafios

O livro Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo – 2004 traz a biografia do antigo diretor-presidente da Fapesp, Francisco Romeu Landi, falecido há um ano. A obra está inserida nas atividades regulares da Fapesp que, desde 2001, constituiu um núcleo direcionado à produção regular de análises da ciência e tecnologia nacional. Analisa insumos, produtos e indicadores de impacto.

Na categoria insumos, observa os investimentos público e privado em pesquisa, os recursos humanos disponíveis e analisa o panorama do ensino superior. Na seção produtos, o livro verifica a produção científica, tecnológica e o comércio de itens de alta tecnologia e empresas inovadoras.

Por fim, os indicadores observam o impacto socioeconômico e cultural da ciência e tecnologia em setores da saúde, tecnologia da informação e percepção pública da ciência. Segundo Regina, os capítulos indicam novas tendências que remetem ao enfrentamento de velhos desafios para a consolidação do sistema nacional de ciência e tecnologia, isto é, enfrentar o contraste existente entre o avanço da capacidade de produção e a relativa estagnação da capacidade de geração de inovações tecnológicas do País. E também o limitado desempenho do setor empresarial em atividades de pesquisa e desenvolvimento.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 31/05/2005. (PDF)

Exportações paulistas crescem 36% em 11 meses e somam 28 bilhões de dólares

Do total vendido pelo País, São Paulo responde por 50% do café, 70% da carne bovina e 70% do açúcar e do álcool; produção chega a um terço do PIB nacional

São Paulo exportou US$ 28 bilhões nos 11 primeiros meses do ano. A quantidade vendida é 36,3% maior que a registrada no mesmo período de 2003, e a produção paulista responde por um terço do PIB nacional. O Estado perfaz 33% do total brasileiro de pedidos para o mercado estrangeiro e as importações paulistas representam 40% do volume nacional. Os números foram anunciados pelo secretário estadual da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Souza Meireles, no lançamento do Catálogo do Exportador Paulista e do Programa Exporta São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes.

“A vocação se revela pelos números: 50% das vendas nacionais de café, 70% da carne bovina e 70% da produção e exportação de açúcar e de álcool do País”, informou Meireles. Também disse que as exportações brasileiras cresceram 31,6% de janeiro a novembro. “Contados os dois últimos anos, São Paulo registrará aumento de 50% nas vendas ao exterior. Em 2002 foram US$ 20 bilhões, enquanto 2004 deverá terminar com US$ 30 bilhões”, previu.

Empresas paulistas no exterior

O Catálogo do Exportador Paulista é um banco de dados que cadastra o nome e a relação de produtos de empreendedores dispostos a fechar contratos com compradores estrangeiros. Está disponível na internet e terá, em breve, as informações reunidas num CD-ROM, que será distribuído em embaixadas, consulados, câmaras de comércio, feiras e exposições internacionais. O objetivo é divulgar no exterior as empresas paulistas que já exportam e informar os clientes estrangeiros sobre como encontrar e fechar contratos de fornecimento com os produtores de São Paulo. O empresário interessado pode se cadastrar gratuitamente no site da Central de Atendimento ao Exportador.

Meireles informa que, na página da Internet, há ainda o Checklist do Exportador, seção que oferece um questionário no site para verificar se a empresa está preparada para exportar. “Há, também, links para sites afins e um guia com 15 passos, que esclarece sobre restrições alfandegárias, legislação estrangeira, barreiras sanitárias e embarque de mercadorias, entre outros assuntos.”

Exportar para crescer

O objetivo do Programa Exporta São Paulo é ampliar a base de vendas paulista, que hoje congrega 8,2 mil empresas, e criar a cultura da exportação em pequenos e microempresários, em especial os do interior do Estado. Para isso, serão realizados seminários em várias regiões, com o nome de Exportar para crescer – Novos caminhos para o mercado externo. O programa foi desenvolvido pelo governo estadual em parceria com a Federação das Associações Comerciais do Estado e a São Paulo Chamber of Commerce.

Serviço

Central de Atendimento ao Exportador
Tel. (11) 3272-7374

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 09/12/2004. (PDF)