Missão empresarial na Colômbia e no Peru recebe inscrições até dia 31

Investe SP vai selecionar 40 empresas e 15 startups, com prioridade para negócios paulistas de pequeno e médio portes; embaixadas brasileiras e câmaras de comércio locais apoiam o evento

Termina na quinta-feira, 31, o prazo de inscrições para empresas e startups paulistas interessadas em participar de missão empresarial de quatro dias – dois em Bogotá (Colômbia) e dois em Lima (Peru) – a ser realizada de 13 a 17 de junho. Pioneira no Estado, a ação tem como principal objetivo abrir mercados para serviços e produtos industrializados nacionais.

Há ainda interesse em estimular a internacionalização dos negócios brasileiros, especialmente os de pequeno e médio portes com vocação para atender compradores colombianos e peruanos, além de facilitar e fortalecer redes de relacionamentos (networking) e intercâmbio de tecnologias.

A missão empresarial dispõe de 40 vagas para empresas e 15 para startups – negócio de base tecnológica recém-criado ou em fase de desenvolvimento – e de pesquisa de mercados, de quaisquer setores produtivos. A missão tem o apoio das embaixadas brasileiras nos dois países e de câmaras de comércio locais. O evento será objeto de divulgação local, a ser feita por empresa especializada em rodadas de negócios internacionais.

Eventos

A programação inclui encontros com compradores locais, distribuidores, revendedores, representantes comerciais e redes de varejo, selecionados previamente. Para participar da seleção, a inscrição é gratuita e deve ser feita mediante preenchimento de formulário no site da Investe SP (ver serviço).

O passo seguinte é aguardar a aprovação, cuja avaliação inclui identificação e perspectivas de negócios e catálogo de produtos e serviços e site em espanhol. Até 12 de abril os selecionados serão informados por e-mail enviado pela Investe São Paulo (ver abaixo).

Esforços

A expedição comercial é uma realização do Programa Paulista de Apoio às Exportações (SP Export), iniciativa conjunta da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo) – ligada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O SP Export integra o Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE), convênio do Governo paulista com o federal assinado no fim de 2015. Além das missões comerciais, o programa inclui apoio à vinda de potenciais compradores e exportadores estrangeiros e promove seminários de capacitação. Também oferece atendimento gratuito por meio do Projeto Extensão Industrial Exportadora (Peiex), da Apex-Brasil, e do Poupatempo do Exportador, iniciativa itinerante que leva serviços e informações de diversas instituições distintas às principais regiões metropolitanas do Estado.

Parceiros

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, em 2015 o Brasil vendeu US$ 2 bilhões para a Colômbia e o Peru. Desse total, 50% foram exportações paulistas. “São números significativos para a balança comercial nacional”, avalia o gerente de exportações da Investe SP, Ricardo Santana. Ele aponta grande oportunidade de ampliação de negócios com Colômbia e Peru, pois os países vizinhos têm perfis parecidos como compradores – e importam do Brasil principalmente alimentos processados, itens ligados ao agronegócio, máquinas industriais, equipamentos médicos, de laboratório e de construção civil.

No dia 5 de maio, será realizada na sede da Investe SP, na capital, reunião de trabalho com participantes da missão e empresários interessados em saber mais sobre o mercado latino-americano, o processo de internacionalização de empresas e as estratégias para ser bem-sucedido no comércio internacional.

“Nesse modelo de missão comercial, são sempre escolhidos dois países e consideradas questões como deslocamentos, afinidades comerciais e oportunidades”, observa o gerente da Investe SP. Ele informa que, para o segundo semestre, está prevista nova missão com destino ao continente africano. “Ainda não há definição dos dois países escolhidos, mas os candidatos são Angola, Moçambique e África do Sul.”


Regras e custos

Cada empresa selecionada deverá se comprometer a participar de toda a agenda no país de interesse. Haverá aplicação de multa no valor de R$ 3,5 mil, caso o representante da empresa não compareça em parte da programação. É preciso, também, fornecer informações sobre o seu negócio, como produtos e serviços. Esses dados serão acrescentados nos catálogos e comunicações eletrônicas relativas à missão internacional.

Outra obrigação é organizar e pagar o envio de amostras e viagem do representante, incluindo o pacote terrestre (passagem, hospedagem, transporte, alimentação e outras despesas). Não haverá organização de grupo de viagem, portanto, os empresários serão responsáveis por todos os gastos.

No dia 11 de março, a Investe SP estimou os custos das passagens aéreas São Paulo-Bogotá / Bogotá-Lima / Lima-São Paulo em US$ 600. O pacote terrestre foi orçado em US$ 2 mil. Ou seja, o custo total previsto para cada participante é de US$ 2,6 mil.

Serviço

Inscrições e informações sobre a missão empresarial
Investe SP
E-mail investesp@investesp.org.br
Telefone (11) 3100-0309

Apex Brasil

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 29/03/2016. (PDF)

São Paulo lança programa de apoio às exportações

Evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, na capital, apresenta ações dos Governos estadual e federal para fortalecer o comércio externo brasileiro

Com o objetivo de conquistar novos mercados para produtos e serviços brasileiros, os Governos estadual e federal lançaram ações conjuntas de fortalecimento ao comércio exterior. Foram apresentados, em solenidade realizada na terça-feira (6), no Palácio dos Bandeirantes, na capital, o Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE) e o Programa Paulista de Apoio às Exportações (SP Export).

As duas ações governamentais têm a mesma finalidade: aproveitar o câmbio favorável e aumentar as vendas externas, incentivar e disseminar a cultura exportadora no empresariado paulista e ajudar o empreendedor a encontrar novos compradores estrangeiros.

A prioridade inicial das duas iniciativas é atender 4 mil empresas de setores com potencial exportador, como alimentos, farmacêutico, equipamentos médico-hospitalares, materiais de construção, moda, máquinas e equipamentos, serviços de engenharia e tecnologia da informação.

As estratégias a serem adotadas para ampliar a competitividade incluem adequar o produto nacional às exigências externas, em aspectos ambientais, sanitários, de saúde e tecnológicos, entre outros. Por isso, será necessário aproximar o empreendedor de órgãos de especificação de requisitos, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e de certificação, como o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Esforços

O PNCE integra o Plano Nacional de Exportações, instituído em junho pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Sua direção definiu São Paulo como o segundo Estado do País a receber um comitê gestor local da iniciativa, que terá como atribuição monitorar o desempenho do Plano em território paulista.

O SP Export é uma ação integrada ao PNCE, sob responsabilidade da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe SP), organização social vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado. O programa prevê realizar 10 mil capacitações até 2017 em empresas que já exportam ou têm potencial para vender seus produtos para compradores estrangeiros.

Parceria

Juan Quirós, presidente da Investe SP, comenta que, em novembro, estará definido o cronograma de seminários que devem ocorrer em diversas regiões do Estado em 2016. Essa atividade do SP Export será executada em parceria com associações comerciais, entidades setoriais, prefeituras e diversas instituições.

Outra medida prevista é a criação de uma plataforma on-line com conteúdo informativo para ajudar o empreendedor a internacionalizar seus produtos e serviços. Essa ferramenta também irá promover missões internacionais com empresários paulistas e organizar a participação em feiras e eventos estrangeiros, além de trazer compradores internacionais para conhecer o mercado do Estado.

O SP Export atuará em parceria com diversos órgãos setoriais – Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Correios, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal.

Produtos

Na abertura da solenidade, modelos desfilaram usando roupas e calçados das mais recentes coleções de moda praia e verão. As peças de vestuário brasileiras, em especial os têxteis paulistas, já caíram no gosto de consumidores estrangeiros e são exportados para vários países.

Depois da exposição das autoridades federais e estaduais, o público pôde conhecer no Salão dos Pratos alguns produtos paulistas que são produzidos para exportação. A lista inclui itens alimentícios, para panificação, por exemplo. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Getúlio Netto, foi ao evento representando 77 empresas brasileiras, 42 delas instaladas no Estado de São Paulo.

“No ano passado, faturamos US$ 300 milhões com exportações para 133 países de todos os continentes. Ações como as adotadas hoje são fundamentais para gerar mais negócios, emprego e renda no País”, observou.

Apoio

No estande vizinho, da Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos, Ingredientes e Acessórios para Alimentos (Abiepan), o público conheceu produtos do setor integrado por 70 empresas, 35 delas sediadas no Estado e responsáveis por US$ 17 milhões originados de exportações em 2014.

O destaque eram as pré-misturas para panificação e de confeitaria artísticas produzidas pela Arcolor, empresa com 320 funcionários localizada no bairro São Mateus, zona leste da capital. Seu representante, Scott Laporte, comemorou o maior apoio governamental à exportação. Para ele, “é essencial preparar o empreendedor que ainda não exporta para enxergar o novo nicho como atividade permanente e, ao mesmo tempo, zelar pela imagem do produto nacional que vem sendo consolidada desde 2005 pela Abiepan”.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 08/10/2015. (PDF)

Na rota da exportação

Consultoria técnica do IPT auxilia empresas paulistas a vender produtos e serviços para o mundo; parte do custo pode ser subsidiado pelo Estado

Auxiliar empresas sediadas no Estado de São Paulo a vender seus produtos e serviços para países de todos os continentes é o papel do Programa de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Criada em 1999, a iniciativa oferece assessoria de mercado a negócios com faturamento anual de até R$ 90 milhões e registra 1,2 mil atendimentos desde o início de suas atividades.

No Brasil, as chamadas Micro, Pequena e Média Empresas (MPME) respondem por mais de 50% da produção industrial e empregam número superior de profissionais em relação às grandes corporações. Entretanto, elas enfrentam dificuldades para exportar. As causas são variadas, incluem falta de dinheiro para investir em tecnologia e inovação ou, ainda, existem “gargalos” em processos internos.

A proposta do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa (NT-MPE) do IPT é auxiliá-las – com o uso de ferramentas técnicas adequadas e reconhecidas internacionalmente – a superar os mais variados desafios. Além do Progex, o núcleo oferece às empresas mais quatro serviços: Projeto Unidades Móveis – Prumo, Qualificação de Produtos para o Mercado Interno – Qualimint, Gestão da Produção – Gespro e Produção Mais Limpa – Prolimp (leia quadro).

Soluções

Segundo a pesquisadora Mari Katayama, diretora do NT-MPE, o Progex tem uma equipe multidisciplinar com oito engenheiros, todos com experiência fabril. O trabalho desses profissionais visa a aumentar a competitividade e adaptar produtos às exigências de compradores externos, incluindo questões ambientais, sanitárias, de saúde e tecnológicas, entre outras.

“De acordo com as demandas, a equipe do NT-MPE aciona laboratórios do IPT capazes de executá-las. Ao atuar com os contratantes, sinaliza soluções para aperfeiçoar processos, reduzir custos, pré-qualificar ou qualificar produtos para a obtenção de selos internacionais e aprimorar o design do produto, embalagens, rotulagem, entre outras necessidades”, explica Mari.

Parcelamento

O IPT não é órgão certificador, porém, integra cadeia de confiança internacional. Seus laudos são acreditados, ou seja, aceitos pelas agências certificadoras internacionais, garantindo assim a segurança dos consumidores e confirmando, com os testes realizados, as descrições e informações contidas nos rótulos dos produtos.

Os serviços prestados pelo NT-MPE não são gratuitos. De acordo com a especificidade de cada pedido, a empresa contratante pode bancar apenas 10% dos custos e os 90% restantes são subsidiados pelo Estado. Na maioria dos atendimentos, é possível parcelar o pagamento.

Aporte de R$ 10 milhões

O IPT é vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI). Em outubro de 2014, por meio de acordo de apoio tecnológico com a pasta, a instituição recebeu R$ 10 milhões para serem usados até 2019 em cerca de 700 atendimentos em MPME.


Da Amazônia para Vinhedo. E de lá para a França, EUA, Canadá…

Evelyn Steiner, diretora-administrativa da Ikove Organics, empresa sediada em Vinhedo, encontrou no Progex o parceiro ideal para obter autorizações internacionais e exportar cosméticos para a França. O trabalho conjunto possibilitou a revenda, por meio de um distribuidor local, de 38 itens de beleza e de proteção para a pele feitos com ingredientes naturais de cinco biomas brasileiros na rede de lojas Le Bon Marché Rive Gauche.

O conglomerado francês é uma das mais importantes vitrines da indústria cosmética internacional. Além do consumidor europeu, o trabalho com o IPT abriu também mercados no Canadá e nos Estados Unidos. “Os próximos a serem contemplados”, prevê Evelyn, “são Japão, Emirados Árabes Unidos e países do Norte da África”.

Negócio familiar

A Ikove Organics é uma empresa familiar (15 funcionários) com técnicos em química e engenheiros agrônomos e florestais na equipe. Iniciou suas atividades em 2006, com a compra da Poli Óleos (nome original do negócio), investindo na extração e comercialização de óleos vegetais nobres. Em 2011, adquiriu a marca Ikove de um brasileiro radicado em Nova York e passou a produzir cosméticos com extratos da flora nacional.

A empresa compra matérias-primas orgânicas de sete cooperativas extrativistas da região amazônica, caatinga, cerrado, mata atlântica e dos pampas. Essas comunidades são supervisionadas pelo Ibama e Embrapa, têm respaldo jurídico para funcionar, a fim de evitar biopirataria, desmatamento e trabalho infantil e escravo, entre outros crimes.

Em Vinhedo, a Ikove Organics processa 18 tipos de óleos exóticos, extraídos in natura de vegetais da biodiversidade brasileira, cultivados sem adubos e agrotóxicos. São frutos, sementes e extratos da casca de vegetais, como açaí, acerola, andiroba, babaçu, buriti, café verde, castanha-do-pará, copaíba, cupuaçu, guaraná, maracujá, murumuru, pracaxi, tucumã, entre outros.

Rapidez e economia

Decidida a exportar seus cosméticos orgânicos, Evelyn recorreu em 2012 ao Progex. Conheceu o serviço por recomendação do Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), um braço da Agência Brasileira de Promoção de  Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), órgão vinculado ao governo federal.

O IPT foi contratado pela Ikove Organics quatro vezes. Na primeira, quatro meses se passaram entre o pedido e a expedição do laudo. Nas três vezes seguintes, duas semanas. O trabalho inclui montagem de dossiê técnico para exportação e aprovação do documento.

Os serviços contratados foram avaliação de formulação qualitativa e quantitativa dos produtos, análises microbiológicas, comprovação da eficácia dos conservantes, ensaios de irritabilidade da pele e orientações para rotulagem e embalagem, entre outros. “Gastei no total R$ 50 mil. Se tivesse recorrido a laboratórios privados, o resultado não seria tão rápido e teria me custado quase cinco vezes o valor pago”, conta, satisfeita, a exportadora.


Mais serviços do IPT para empresas

Prumo: unidade móvel do IPT vai até a empresa para fazer análises e ensaios. O serviço é executado por um engenheiro e um técnico, durante dois dias. Visa a diagnosticar e resolver problemas com matérias-primas, processos e produtos. O público-alvo do serviço são setores de transformação de plástico, madeira e móveis, transformação de borracha, couro e calçados, cerâmica e tratamento de superfícies.

Qualimint: tem a finalidade de auxiliar a empresa a aumentar sua competitividade, elevando padrões técnicos para concorrer com produtos similares estrangeiros. Prioriza qualificação técnica para certificações nacionais (Inmetro, Anvisa).

Gespro: atendimento tecnológico direcionado à identificação e solução de “gargalos” na produção, incluindo prazo de entrega, custos, produtividade, balanceamento da produção e fluxograma industrial.

Prolimp: serviço para auxiliar no aperfeiçoamento de processos fabris. Atua para possibilitar a diminuição de emissões (gasosas e líquidas), rejeitos de produção (sólidos inclusive) e propiciar a destinação correta dos resíduos. Provê meios para o reaproveitamento de resíduos industriais, a reciclagem e o consumo racional de matérias-primas, água e energia.

Serviço

Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT (NT-MPE)
Telefone (11) 3767-4204
E-mail katayama@ipt.br

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 07/02/2015. (PDF)