São Paulo lança programa de apoio às exportações

Evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, na capital, apresenta ações dos Governos estadual e federal para fortalecer o comércio externo brasileiro

Com o objetivo de conquistar novos mercados para produtos e serviços brasileiros, os Governos estadual e federal lançaram ações conjuntas de fortalecimento ao comércio exterior. Foram apresentados, em solenidade realizada na terça-feira (6), no Palácio dos Bandeirantes, na capital, o Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE) e o Programa Paulista de Apoio às Exportações (SP Export).

As duas ações governamentais têm a mesma finalidade: aproveitar o câmbio favorável e aumentar as vendas externas, incentivar e disseminar a cultura exportadora no empresariado paulista e ajudar o empreendedor a encontrar novos compradores estrangeiros.

A prioridade inicial das duas iniciativas é atender 4 mil empresas de setores com potencial exportador, como alimentos, farmacêutico, equipamentos médico-hospitalares, materiais de construção, moda, máquinas e equipamentos, serviços de engenharia e tecnologia da informação.

As estratégias a serem adotadas para ampliar a competitividade incluem adequar o produto nacional às exigências externas, em aspectos ambientais, sanitários, de saúde e tecnológicos, entre outros. Por isso, será necessário aproximar o empreendedor de órgãos de especificação de requisitos, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e de certificação, como o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Esforços

O PNCE integra o Plano Nacional de Exportações, instituído em junho pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Sua direção definiu São Paulo como o segundo Estado do País a receber um comitê gestor local da iniciativa, que terá como atribuição monitorar o desempenho do Plano em território paulista.

O SP Export é uma ação integrada ao PNCE, sob responsabilidade da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe SP), organização social vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado. O programa prevê realizar 10 mil capacitações até 2017 em empresas que já exportam ou têm potencial para vender seus produtos para compradores estrangeiros.

Parceria

Juan Quirós, presidente da Investe SP, comenta que, em novembro, estará definido o cronograma de seminários que devem ocorrer em diversas regiões do Estado em 2016. Essa atividade do SP Export será executada em parceria com associações comerciais, entidades setoriais, prefeituras e diversas instituições.

Outra medida prevista é a criação de uma plataforma on-line com conteúdo informativo para ajudar o empreendedor a internacionalizar seus produtos e serviços. Essa ferramenta também irá promover missões internacionais com empresários paulistas e organizar a participação em feiras e eventos estrangeiros, além de trazer compradores internacionais para conhecer o mercado do Estado.

O SP Export atuará em parceria com diversos órgãos setoriais – Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Correios, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal.

Produtos

Na abertura da solenidade, modelos desfilaram usando roupas e calçados das mais recentes coleções de moda praia e verão. As peças de vestuário brasileiras, em especial os têxteis paulistas, já caíram no gosto de consumidores estrangeiros e são exportados para vários países.

Depois da exposição das autoridades federais e estaduais, o público pôde conhecer no Salão dos Pratos alguns produtos paulistas que são produzidos para exportação. A lista inclui itens alimentícios, para panificação, por exemplo. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Getúlio Netto, foi ao evento representando 77 empresas brasileiras, 42 delas instaladas no Estado de São Paulo.

“No ano passado, faturamos US$ 300 milhões com exportações para 133 países de todos os continentes. Ações como as adotadas hoje são fundamentais para gerar mais negócios, emprego e renda no País”, observou.

Apoio

No estande vizinho, da Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos, Ingredientes e Acessórios para Alimentos (Abiepan), o público conheceu produtos do setor integrado por 70 empresas, 35 delas sediadas no Estado e responsáveis por US$ 17 milhões originados de exportações em 2014.

O destaque eram as pré-misturas para panificação e de confeitaria artísticas produzidas pela Arcolor, empresa com 320 funcionários localizada no bairro São Mateus, zona leste da capital. Seu representante, Scott Laporte, comemorou o maior apoio governamental à exportação. Para ele, “é essencial preparar o empreendedor que ainda não exporta para enxergar o novo nicho como atividade permanente e, ao mesmo tempo, zelar pela imagem do produto nacional que vem sendo consolidada desde 2005 pela Abiepan”.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 08/10/2015. (PDF)