Desenvolve SP apoia a inovação e a sustentabilidade no Estado

Negócio regular no território paulista tem à disposição linha de financiamento do Governo estadual, com condições de pagamento mais favoráveis que aquelas oferecidas pelo setor privado

Há cerca de um ano, os jovens empreendedores paulistanos Christian Cury, Felipe Cury e Mauricio Zarzur precisavam de dinheiro para abrir um novo negócio, baseado em máquinas para coletar e identificar embalagens para reciclagem. Depois de pesquisar diversas opções de crédito no mercado, encontraram na Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP), ligada à Secretaria da Fazenda do Estado, o financiamento com condições mais vantajosas.

“Como a maioria dos nossos clientes, eles simularam no site da Desenvolve (ver serviço) o valor das parcelas do financiamento e formalizaram o pedido pela internet”, conta o gerente de negócios da agência, Rafael Bergamaschi.

Análise

A linha de crédito concedida à Triciclo, nome da empresa criada, foi a Finep InovaCred, que tem prazo de pagamento de oito anos (96 parcelas mensais), com dois anos de carência e taxa de juros de 7,5% ao ano – o montante foi liberado em março de 2016.

“Empresa de qualquer segmento econômico pode solicitar financiamento. Depois do pedido, todo requisitante recebe a visita de um representante da Desenvolve SP”, informa o gerente de negócios. Entretanto, para dispor desse apoio, as condições exigidas do empreendedor são estar com o negócio aberto e regular em qualquer cidade paulista e apresentar projeto de crescimento ou de inovação.

O atendimento prestado é individual e procura identificar o estágio de maturação de cada projeto. A avaliação do pedido inclui a análise da viabilidade econômico-financeira e a indicação da linha de crédito mais adequada. “O interessado pode solicitar orientação de um consultor ou dos vídeos tutoriais criados pela Desenvolve SP para ajudar na elaboração do projeto de inovação. Basta acessar o site ou comparecer à sede da agência, na capital”, explica Bergamaschi.

Reciclagem

O negócio da empresa Triciclo são máquinas de coleta, identificação e compactação de embalagens recicláveis instaladas em locais com grande movimento de pessoas, como estações do Metrô e supermercados. Chamados de Retorna Machine, esses equipamentos permitem aos frequentadores desses locais criar perfil pessoal com login e senha e, então, depositar até dez itens por dia, tais como copos de plástico, latas de alumínio ou garrafas plásticas de 350 ml a 2,5 litros.

Dotada de um leitor de código de barras, cada máquina identifica o objeto inserido pelo usuário. No período noturno, os materiais são recolhidos por equipes da Triciclo e enviados para empresas de reciclagem. Cada item depositado gera uma pontuação específica e o valor é estabelecido de acordo com o preço médio pago por essa embalagem no mercado de reciclagem.

O total de pontos acumulados na conta de cada usuário das máquinas pode ser usado para recarregar vale-transporte (Bilhete Único), abater parte da conta de luz da AES Eletropaulo ou fazer compra na rede de livrarias Saraiva.

Segundo Felipe Cury, da Triciclo, a logística reversa realizada pela empresa já possibilitou a coleta de mais de 360 mil embalagens, cerca de 4 toneladas de garrafas pet e 2 toneladas de alumínio. Com isso, mais de R$ 7 mil reais foram revertidos em bônus nas faturas de energia elétrica e na recarga no vale-transporte. “Sem o apoio da Desenvolve SP, não teria sido possível iniciar o negócio”, afirma.

Serviço

Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP)
Atendimento presencial ao empreendedor: de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas.
Rua da Consolação, 371 – Centro – São Paulo (SP)
Telefone (11) 3123-0464

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 11/10/2016. (PDF)

Exportar: opção para gerar emprego e renda no Estado

Seminário SP Export orientou representantes de empresas da Região Metropolitana de Sorocaba com potencial para atender ao mercado externo; essa é a segunda edição do evento

Capacitar o empreendedor para conquistar novos mercados para os produtos e serviços brasileiros. Com esse mote, a Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo) realizou, na sexta-feira, 8, no âmbito do Programa Paulista de Apoio às Exportações (SP Export), o 2º Seminário SP Export.

Com essa iniciativa, a agência, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação objetiva gerar empregos e renda no Estado, a partir da ampliação do volume e do valor agregado das exportações paulistas. Uma das oportunidades atuais, segundo os organizadores do seminário, é o câmbio favorável, cuja desvalorização recente da moeda brasileira diminuiu em até 50% o preço (em dólar) dos produtos nacionais, tornando-os mais competitivos.

O primeiro SP Export foi realizado em Campinas, em dezembro; o encontro da última semana ocorreu no Parque Tecnológico de Sorocaba. O público-alvo foram representantes de empresas de todos os portes dos 26 municípios da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), que, segundo informações da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A. (Emplasa), respondeu, em 2012, por 3,46% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista e por 1,11% do PIB nacional.

Desafios

O 2º SP Export mesclou duas ações paralelas. A primeira abrangeu ciclo de palestras, das 9 às 17 horas, com especialistas em exportação, iniciado após a solenidade de abertura realizada com autoridades locais, estaduais e federais. A segunda atividade foi o conjunto de atendimentos prestados pelo Poupatempo do Exportador.

A especialista em promoção de exportações da Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP), Silvana Gomes, abordou em sua palestra os desafios mais comuns para quem pretende começar a exportar. Orientou sobre como escolher o país de destino; adequar os produtos à legislação estrangeira; elaborar plano de negócios específico; percorrer o caminho para obter isenção de impostos no Brasil; e como adotar seguros, mecanismos jurídicos e garantias internacionais de pagamento, entre outros assuntos.

“Exportar é uma boa oportunidade para ampliar receitas, mas é um investimento de longo prazo. O empreendedor não pode perder de vista esse aspecto”, ressaltou Silvana. Ela recomenda ao empresário seguir as quatro principais etapas da internacionalização dos negócios: planejamento; execução; avaliação e inovação; e incorporação de melhorias.

Vantagens

Funcionárias da Intec Elétrica, Heloíse Machado, auxiliar de engenharia, e Daniele Silva, auxiliar administrativa, fizeram diversas anotações durante a palestra ministrada por Silvana. O objetivo, explicaram, era transmitir as informações apuradas para seus chefes na Intec Elétrica, empresa sorocabana criada em 2011 que irá, em breve, prestar serviços e deslocar profissionais para Angola, no continente africano.

A estudante de comércio exterior Jéssica Lima demonstrou o mesmo interesse. Auxiliar contábil em uma empresa de escrituração fiscal de Sorocaba, ela soube do seminário por meio de sua professora orientadora. “O evento foi completo, uma oportunidade única para obter conhecimento específico em exportações”, explicou.

O Poupatempo da Exportação é uma iniciativa itinerante do Governo paulista, que reúne, no mesmo local, diversos serviços com atendimento exclusivo para empresários dispostos a exportar.

Em Sorocaba, foi oferecida a assessoria técnica de três especialistas (dois engenheiros e uma cientista da computação) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), além de uma equipe completa da Desenvolve SP cujas linhas de financiamento com juros subsidiados representam condições de pagamento mais vantajosas em comparação com as oferecidas pelos bancos – ambas iniciativas da secretaria.

Incentivo

Interessada em financiar R$ 5 milhões para comprar um maquinário a ser feito sob medida, a empresária Maria da Paz Civitella, de Jumirim, cidade de 3,5 mil habitantes distante 70 quilômetros de Sorocaba, foi buscar informações no estande da Desenvolve SP. Sua microempresa, a Pablo Civitella M.E., é um negócio familiar (criado em 1991), com seis funcionários, gerido em parceria com o marido e o filho.

A empresa produz, segundo ela, um doce típico brasileiro de ampla aceitação entre os consumidores. Trata-se da Goiabinha Fiori (flor em italiano), alimento industrializado a partir de uma receita caseira transmitida por várias gerações da família. Feita à base de goiaba e farinha de trigo, “é uma delícia que nunca encalha nas prateleiras”, diz, orgulhosa, Maria da Paz. “Há oito anos um grupo alemão quis comprar toda nossa produção, mas não conseguimos atender às exigências previstas. Esse evento está sendo um grande incentivo”, observou.

Serviço

Investe SP
E-mail investesp@investesp.org.br
Telefone (11) 3100-0309

Apex Brasil

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/04/2016. (PDF)

Desenvolve SP apoia e financia projetos inovadores no Estado

Programa da agência paulista prevê financiar mais de R$ 80 milhões para projetos inovadores em 2016, com juros subsidiados

Transformar ideias promissoras em produtos e serviços de sucesso. Esse é o objetivo do Movimento pela Inovação, programa criado em junho de 2015 pela Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP). A iniciativa reúne parques tecnológicos, pesquisadores, empreendedores e agências de fomento e indica e opera a opção de crédito mais favorável (financiamento com juro subsidiado ou subvenção não reembolsável) para quem deseja abrir empresa ou expandir negócios.

Eduardo Saggiorato, superintendente de negócios da Desenvolve SP, explica que a proposta é fortalecer a formatação dos projetos, evitar a mortalidade precoce dos negócios por motivos variados, orientar o empreendedor e aproximá-lo de entidades de apoio à inovação pública e privada. Em 2014, a agência repassou R$ 5 milhões para a inovação; no ano passado, o montante saltou para R$ 23 milhões e, para este ano, a expectativa é encerrar o período com mais de R$ 80 milhões financiados.

“Há dinheiro disponível, mas o conceito adotado vai muito além do financiamento. A meta é prestar assessoria completa ao empreendedor”, ressalta Eduardo. O serviço atende projeto com faturamento anual previsto de até R$ 90 milhões. Para solicitar crédito, o interessado pode se dirigir pessoalmente à sede da empresa, na Rua da Consolação, 371, no centro da capital, de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas (ver serviço).

Parcerias

O Movimento pela Inovação tem diversos parceiros de estímulo ligados ao Governo paulista, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o Núcleo de Inovação Tecnológica do Centro Paula Souza (Inova Paula Souza), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), dentre outros.

No setor privado, as entidades associadas são o Instituto Euvaldo Lodi, ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), e órgãos federais, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Todo atendimento prestado é individual e procura identificar o estágio de maturação de cada projeto. A avaliação do pedido inclui a análise da viabilidade econômico-financeira e a recomendação de qual linha de crédito ou de subvenção (dinheiro a fundo perdido) é mais recomendada.

Com vistas à geração de emprego e renda no Estado, o Movimento pela Inovação promoveu em 2015 seis encontros nas cidades de Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, São Carlos, São José dos Campos e Sorocaba. No total, foram atendidos 278 empreendedores que originaram 53 projetos submetidos à Desenvolve SP e 85 repassados aos parceiros da agência – os demais seguem em avaliação.

Cronograma

Neste ano, o trabalho do Movimento pela Inovação prevê ações integradas com os parceiros do programa em todo o Estado. A expectativa é realizar mais 15 encontros como os do ano passado. Na programação constam ainda eventos, reuniões e seminários com diversas instituições.

A lista de entidades inclui os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), os parques tecnológicos, prefeituras paulistas e representantes de órgãos setoriais empresariais, como o Centro das Indústrias do Estado (Ciesp), a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entre outros.


Inovador experiente

O físico Daniel Consalter, da Fine Instrument Technology (FIT), representou a empresa no encontro do Movimento pela Inovação promovido pela Desenvolve SP, em São Carlos. A justificativa do convite foi o fato de ele ter conseguido aprovar, em junho do ano passado, um financiamento Inovacred de R$ 1,3 milhão na Finep. Sua experiência foi utilizada como caso de sucesso por diversos outros empreendedores da cidade da região central paulista, conhecida como a capital da tecnologia.

Atualmente, Consalter divide-se entre o doutorado na USP São Carlos e a FIT. Ele ingressou como funcionário na empresa em 2009 com mais três colegas. O grupo foi contratado para desenvolver um console para a área médica, tendo recebido subvenção de R$ 3 milhões da Finep. O recurso possibilitou o desenvolvimento do SpecFit Ultra e do SpecFIT, espectrômetros de ressonância magnética à disposição no mercado brasileiro e internacional, com o preço do primeiro partindo de R$ 110 mil e, o segundo, de R$ 200 mil.

O SpecFit Ultra controla simultaneamente periféricos como bobinas e amplificadores – seja para gerar imagens, seja para executar análises físicas e químicas de alta precisão.

Mais exportações

O SpecFit tem grande apelo para o exportador nacional de produtos agrícolas. Sem destruir a amostra e em menos de 30 segundos ele é capaz de definir a composição de alimentos como soja, milho, algodão, feijão e palma, a principal matéria-prima vegetal do biodiesel. “O equipamento mostra o porcentual de umidade e de óleo em lotes de grãos e sementes, entre outras características”, explica Consalter.

“Assim o comprador pode, por exemplo, analisar a qualidade de um lote inteiro de um contêiner. Pode também ser usado para identificar a composição de diversos produtos, como azeite de oliva e combustíveis”, informa.

Serviço

Movimento pela Inovação da Desenvolve SP
Telefone (11) 3123-0464

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 17/02/2016. (PDF)