Em nome da ciência

Programa Pipe da Fapesp financia até R$ 1,2 milhão para empresa paulista de base tecnológica, com produto ou serviço inovador

Termina no dia 28 o prazo para empreendedores interessados em apresentar propostas para o segundo ciclo de análises de 2014 do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp). A iniciativa, criada em 1997, tem por objetivo apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico de pequenas empresas sediadas em território paulista.

A Fapesp investiu mais de R$ 270 milhões em 1,2 mil auxílios para o desenvolvimento da inovação em produtos, processos e serviços, em todas as áreas do conhecimento. A maioria deles está concentrada na capital e nas cidades de Campinas, São Carlos, Ribeirão Preto e São José dos Campos.

O programa Pipe atende a negócios de pequeno porte, com até 250 empregados, com unidade de pesquisa e de desenvolvimento sediadas no Estado de São Paulo. Também está disponível para empresa não constituída formalmente, porém deve estar registrada antes da celebração do Termo de Outorga.

A Fapesp dispõe de R$ 15 milhões em caixa para financiar os projetos Pipe e divulgará no dia 29 de agosto a relação de aprovados. As informações completas sobre inscrição e regulamento estão disponíveis no site do programa (ver link em serviço).

O teto máximo para cada pedido é de até R$ 1,2 milhão e as solicitações devem ser desenvolvidas em duas etapas: a primeira, de demonstração da viabilidade tecnológica de um produto ou processo, deve ter duração máxima de nove meses e demandar recursos de até R$ 200 mil.

A outra etapa, de desenvolvimento do produto ou processo inovador, tem duração máxima de dois anos e pode consumir até R$ 1 milhão. Entretanto, se o proponente já tiver realizado atividades tecnológicas que demonstrem a viabilidade do projeto, poderá submetê-la diretamente na segunda fase.

Todos os solicitantes receberão pareceres técnicos de avaliadores que poderão ser úteis para o aperfeiçoamento da proposta, mesmo em caso de não aprovação, quando o proponente poderá reformular o pedido e reapresentar nova solicitação, na próxima etapa de classificação. Neste ano, haverá mais duas temporadas para envio de propostas, com os prazos definidos para os dias 21 de julho e 13 de outubro.

Inovação na agricultura

A Promip conseguiu seu primeiro apoio no Pipe em 2007. Criada em 2006 pelo pesquisador Marcelo Poletti com ex-colegas da pós-graduação em entomologia (ramo da zoologia que estuda os insetos) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba, a empresa desenvolveu, com o apoio da Fapesp, uma “inovação de ruptura”: a produção de ácaros predadores para combate a pragas na agricultura.

Inicialmente sediada na incubadora de empresas da Esalq, a Promip instalou em 2009 sua biofábrica em uma estação experimental no município de Engenheiro Coelho, distante 170 quilômetros da capital. Hoje, com faturamento anual de R$ 3 milhões, a empresa comercializa 40 milhões de ácaros utilizados no tratamento de 2,5 mil hectares de culturas marcadas pelo uso de agrotóxicos – tomate, morango e alface.

Desde dezembro, quando obteve a aprovação de um segundo projeto no Pipe, desta vez diretamente na fase 2 do programa, a Promip se prepara para produzir e integrar agentes polinizadores (abelhas sem ferrão) ao controle biológico de pragas, com a meta de ampliar de 30% a 40% a produtividade de lavouras alvos de pragas.

Serviço

Propostas para o segundo ciclo de análises de 2014
Programa Pipe Fapesp

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 05/04/2014. (PDF)

Ribeirão Preto ganha Parque Tecnológico

Localizado no campus da USP, empreendimento tem Centro de Negócios e Incubadora, com 32 empresas instaladas

O Supera Parque Tecnológico de Ribeirão Preto, parceria da USP local, prefeitura, Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde (Fipase) e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI), foi inaugurado na semana passada. O empreendimento tem por finalidade atrair empresas da região para o desenvolvimento de novos produtos e serviços nas áreas de saúde, biotecnologia, tecnologia da informação e da comunicação e bioenergia, entre outros.

Com aproximadamente 300 mil metros quadrados de área, o Parque foi instalado no campus da USP Ribeirão Preto, numa área total de 5 milhões de metros quadrados, no bairro Monte Alegre. O investimento, da ordem de R$ 15 milhões, recebeu R$ 11,6 milhões do Governo paulista.

Atualmente, o Parque gera 120 empregos diretos, divididos entre a unidade gestora e as empresas incubadas. A expectativa é de ampliação no futuro. “A ideia é incentivar a criação de novas empresas em Ribeirão Preto e atrair outras para que se instalem na cidade”, informa Eduardo Cicconi, gerente do Parque. Ele também deve atender, prioritariamente, a negócios que invistam em pesquisa e desenvolvimento, capazes de oferecer produtos e processos inovadores em diversas áreas.

Segundo Eduardo, a inauguração do espaço consolida ações do passado. Além de dar continuidade ao trabalho iniciado pela Fipase em 2001, que culminou com a criação da Incubadora de empresas, em junho de 2003, e originou a força-tarefa que criou dois Arranjos Produtivos Locais (APLs): o da Saúde e o da Indústria do Software, ambos de acordo com a vocação da região.

Para as empresas

O Parque Tecnológico foi planejado em três fases: na primeira, já inaugurada, foram construídos dois prédios. Eles abrigam a Incubadora de Empresas, a Fipase e os Centros de Negócios e de Tecnologia.

Para a segunda etapa estão previstas as instalações da Supera Aceleradora e do Núcleo Administrativo, onde serão implantados os serviços de restaurante e bancos. Na terceira etapa, será realizada a urbanização dos lotes para a instalação definitiva de empresas de grande porte e daquelas antes incubadas.

Os projetos futuros incluem a criação de dois centros – um empresarial e o outro tecnológico de biotecnologia. Essas iniciativas estão em fase de captação de recursos. O grupo gestor do Parque também está em busca de parcerias para instalação de laboratórios de pesquisa e de desenvolvimento de natureza empresarial, uma Faculdade Estadual de Tecnologia (Fatec), um laboratório da Fundação para o Remédio Popular (Furp) e uma unidade da Embrapa.

Tecnologia e inovação

No Parque, o Centro de Negócios já está em funcionamento. Trata-se de um espaço concebido para a instalação de empresas já constituídas e que tenham sido graduadas na Incubadora. O pré-requisito para o ingresso na Incubadora é que sejam de base tecnológica, inovadoras e tenham plano de pesquisa conjunta com a USP.

O Centro de Negócios oferece 11 vagas, das quais duas estão ocupadas e outras cinco em processo de seleção. A ideia é repetir na USP o modelo de negócios de tecnologia do Vale do Silício, dos Estados Unidos, onde empresas do setor foram impulsionadas a partir de projetos surgidos na comunidade acadêmica do entorno.

A Incubadora atende hoje a 32 empresas: nove em pré-residência, 20 em residência e três associadas. O serviço à Incubada inclui, além da cessão do espaço físico, apoio administrativo para a elaboração de projetos e para o registro de propriedade intelectual, capacitação e consultoria e estrutura para apresentação de ações para investidores. De acordo com a evolução do negócio, o espaço físico pode ser compartilhado (pré-residência) ou exclusivo (residência).

No futuro, nem todas as empresas associadas farão uso da estrutura física da Incubadora. Terão, porém, os benefícios comuns às demais, como acesso à rede de contatos, incentivos à participação em feiras e congressos, consultoria nas áreas de marketing e de captação de recursos nas agências de fomento governamental para pesquisa científica, como Capes, Fapesp e CNPq.

A Fipase

Criada em 2001 por lei municipal, a Fipase atua no desenvolvimento da indústria de equipamentos e produtos de saúde em Ribeirão Preto. Também apoia os setores de tecnologia da informação, biotecnologia, química, fármacos e cosméticos. Mantida pela prefeitura local, é gestora da marca Supera, que dá nome à Incubadora de Empresas, ao Centro de Tecnologia e ao Parque Tecnológico.

Serviço

Parque Tecnológico de Ribeirão Preto
Outras informações – supera@fipase.org.br
Telefones (16) 3602-0072 e (16) 3966-2383

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 02/04/2014. (PDF)

Mais três Poupatempos na região de Campinas

Postos de Araras, Mogi-Guaçu e São João da Boa Vista estão funcionando; público tem à disposição serviços oferecidos em todas as unidades

A Secretaria Estadual de Gestão Pública inaugurou três postos Poupatempo na Região Administrativa de Campinas. As unidades de Araras, Mogi-Guaçu e São João da Boa Vista integram o Plano de Expansão do Programa e estão funcionando, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, e aos sábados das 8 às 12 horas.

Desde a inauguração do primeiro posto, em 1997, o serviço soma 388 milhões de atendimentos. Atualmente, há 36 Poupatempos instalados na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), no litoral e interior. O Plano de Expansão abrange 13 Regiões Administrativas paulistas, atingindo mais de 350 municípios. A expectativa da Gestão Pública é inaugurar mais 34 unidades até o fim do ano e, assim, gerar 1,5 mil empregos e atender 15 milhões de pessoas.

Sem papel e caneta

Nas três novas unidades estão disponíveis os mesmos serviços oferecidos em todos os postos. A lista inclui emissão da carteira de identidade e atestado de antecedentes criminais pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD); e expedição de carteira de trabalho, pela Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho (Sert). O novo Detran.SP estará à disposição para assuntos ligados à carteira nacional de habilitação e veículos.

Uma das novidades da unidade é que quem for tirar a primeira carteira de motorista não usará mais papel e caneta para fazer o exame teórico, pois esse passará a ser no formato eletrônico.

Outros serviços virtuais (Nota Fiscal Paulista, boletim de ocorrência eletrônico e consultas à Secretaria Estadual da Fazenda) podem ser feitos pelo e-poupatempo. A unidade bancária no local facilita ao cidadão o recolhimento das taxas geradas pelo posto, cuja capacidade de atendimentos pode chegar a mil por dia.

As novas unidades

Em Araras, a unidade tem área de 752 metros quadrados e irá atender 240 mil pessoas, incluindo residentes na cidade e pessoas vindas dos municípios vizinhos (Conchal, Leme, Santa Cruz da Conceição). O posto funciona na Rua da Consolação, 79, no Jardim Belvedere.

Em Mogi-Guaçu, além dos 750 metros quadrados da área da unidade, há 25 metros quadrados usados como área de vistoria. A meta é prestar serviços para 421 mil usuários de Engenheiro Coelho, Holambra, Itapira, Santo Antônio de Posse, Estiva Gerbi, Espírito Santo do Pinhal e Mogi-Mirim. A unidade situa-se na Rua Princesa Isabel, 102, na Vila Ricci.

Em São João da Boa Vista, o posto tem 622 metros quadrados e mais 25 metros quadrados de área de vistoria e localiza-se na Avenida Brasília, 1.885, na Vila Loyola. A previsão é atender 500 mil pessoas moradoras das cidades de Pirassununga, Santa Cruz das Palmeiras, Tambaú, Aguaí, Casa Branca, Itobi, Vargem Grande do Sul, Águas da Prata,  Santo Antônio do Jardim, São Sebastião da Grama, Divinolândia, Tapiratiba, Caconde, São José do Rio Pardo e Mococa.

O investimento no posto de São João da Boa Vista foi de cerca de R$ 1,8 milhão. Em Araras e em Mogi-Guaçu os custos foram de R$ 1,9 milhão e R$ 2,09 milhões, respectivamente (economia de aproximadamente 25% dos valores previstos). Os recursos foram destinados para infraestrutura lógica, comunicação visual, equipamentos de informática (hardware e software), telecomunicações, treinamento e acompanhamento, entre outros.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 01/04/2014. (PDF)