Meio Ambiente indica ações para preservar a água doce do planeta

Sistema integrado de informações vai proteger o Aquífero Guarani, que se estende pelo Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina

No 5º aniversário da cooperação internacional entre os Estados de São Paulo/Brasil e da Baviera/Alemanha, a Secretaria do Meio Ambiente (SMA) apresentou resultados da parceria estabelecida com o órgão responsável pelo meio ambiente, saúde pública e proteção ao consumidor da Baviera. Sob a coordenação técnica do Instituto Geológico (IG) com a participação da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e Instituto Florestal (IF), o trabalho originou um sistema integrado de informações, que tem por função nortear ações de proteção do Aquífero Guarani, que se estende pelo Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina.

Trata-se de uma reserva subterrânea de água doce que compreende oito estados brasileiros. Em São Paulo, tem área de 159 mil quilômetros quadrados e abrangência total de 1,2 milhão de quilômetros quadrados. Sua reserva ativa tem capacidade anual de extração de 160 milhões de metros cúbicos de água.

São Paulo é o Estado que mais consome as reservas do Guarani no País. O recurso hídrico é potável na maioria das fontes e representa 97% de toda a água doce do planeta. Cerca de 72% dos municípios paulistas são abastecidos total ou parcialmente e cerca de 48% utilizam somente essas águas subterrâneas.

Base de dados

A água do Aquífero Guarani está contida num tipo de rocha permeável com capacidade de armazenamento, chamada Arenito Botucatu. Essa formação rochosa tem a propriedade de permitir que a água se infiltre e circule através de seus poros. Com o passar dos anos, as águas das chuvas, infiltradas no subsolo, se acumulam e formam grandes reservatórios subterrâneos, que recebem a denominação de aquífero.

Ribeirão Preto é um pólo paulista de desenvolvimento regional e foi escolhido pela SMA para a construção da base de dados inicial do sistema. “Parte da mancha urbana da cidade estende-se por uma porção da área de recarga do Guarani no município e, além disso, toda a água utilizada no abastecimento público é proveniente do aquífero”, diz Sonia Abissi Nogueira, diretora do IG.

O sistema único de informações reúne dados de diferentes instituições participantes do gerenciamento ambiental dos recursos hídricos subterrâneos. “Contém as instruções necessárias para o uso sustentável do aquífero e para o controle de instalação de novos empreendimentos”, explica Márcia Nogueira Pressinotti, geóloga do IG e membro da equipe de pesquisadores da cooperação.

Segundo a geóloga, o atual sistema está em processo de entrada de dados e testes para dar início ao seu funcionamento. O próximo passo é adaptá-lo para ser utilizado em outras cidades. “A cooperação produziu, também, sugestões de controle e restrição de novos projetos que incluam o uso da água, como indústrias, por exemplo. Será uma ferramenta eficaz para controlar a exploração de um recurso imprescindível para a vida, cuja qualidade deve ser preservada”, salienta.

Serviço

Instituto Geológico (IG)
Correio eletrônico – igeologico@igeologico.sp.gov.br
Tel. (11) 5585-9994

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 07/07/2004. (PDF)

Terminam amanhã inscrições para o Festival de Artes de Itu

O 11º Festival de Artes de Itu, parceria entre a Secretaria da Cultura e a prefeitura, será realizado entre os dias 10 de julho e 1º de agosto. A programação, gratuita, oferece 34 atrações e 450 vagas em cursos e oficinas. As inscrições para as oficinas se encerram amanhã. Os cursos incluem teatro, canto lírico, dança, banda musical, corais infantil, jovem e adulto e também atividades teóricas nas áreas de estética musical do período colonial, música popular do século 20, fanfarra e música na escola para professores da rede pública.

A duração dos cursos varia de uma a três semanas, de acordo com a modalidade. Para o programa pedagógico são oferecidas 80 bolsas de estudo, sendo 34 por semana para os alunos de cidades mais distantes, que necessitarem se hospedar em Itu.

Para participar, os interessados devem apresentar currículo no ato da inscrição que pode ser feita pelo telefone 4023-1544 – ramal 242 ou na Rua Barão de Itaim, 140 – centro de Itu. A seleção será realizada pelos professores que divulgarão pela internet a lista de aprovados.

Experiência de 17 anos nos EUA

O Festival de Artes de Itu reuniu 170 mil pessoas em 2003. Foi criado pelo maestro Eleazar de Carvalho, a partir de sua experiência como professor de regência durante 17 anos na cidade de Tanglewood (EUA). O músico difundiu pelo País o conceito de festivais com ênfase na área pedagógica e idealizou eventos desse tipo em Campos do Jordão (SP), Gramado (RS) e João Pessoa (PB), além de Itu.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 06/07/2004. (PDF)

Crescem uso e distribuição do gás natural no Estado de São Paulo

Rede de gás expandiu mais de 1,2 mil quilômetros nos últimos cinco anos; há 5 anos, São Paulo consumia 3 milhões de metros cúbicos, hoje, o número quase quadruplicou. Nova jazida de Santos oferecerá volume 3 vezes maior do que o consumo diário no território paulista

No quinto aniversário da assinatura dos contratos de concessão de fornecimento de gás natural no Estado, a Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE) informa o crescimento do uso, distribuição e procura pelo produto encanado para residências e empresas. Em 1999, São Paulo consumia 3 milhões de metros cúbicos por dia. Utiliza, hoje 11 milhões e, nesse período, foi investido R$ 1 bilhão na expansão da rede.

Nos últimos cinco anos a tubulação foi expandida em mais de 1,2 mil quilômetros. Para os próximos cinco anos, está previsto mais R$ 1 bilhão em investimentos e acréscimo de 1,2 mil quilômetros na rede de tubulações. A principal finalidade do combustível é aquecer os fornos das cerâmicas paulistas. O setor industrial queima 80% do volume total, a frota de veículos a gás consome 10%, o uso doméstico e comercial é de 5%, e o restante, também de 5%, é utilizado em setores como o de geração térmica.

No Estado, a comissão é responsável pela concessão e fiscalização do trabalho das empresas de distribuição de gás canalizado e energia elétrica. O primeiro contrato com a iniciativa privada foi assinado em março de 1999 com a Comgás, a partir da privatização da empresa. Atualmente, atende 177 municípios da área leste do Estado e mais a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), Vale do Paraíba, Campinas e Baixada Santista.

Em dezembro de 1999, a Gás Brasiliano assumiu a distribuição em 375 cidades das regiões administrativas de Ribeirão Preto, Bauru, Marília, Presidente Prudente e São José do Rio Preto. E a Gás Natural, iniciou seu período como concessionária em maio de 2000. Distribui gás para 93 municípios das regiões administrativas de Sorocaba e Registro.

Distribuição

A concessionária não extrai nem produz o gás; ela compra no atacado e revende no varejo para residências e empresas. Tem também a obrigação de criar e manter as redes de redistribuição do produto até o consumidor final. “Com a energia elétrica, o processo é semelhante”, explica Zevi Kann, comissário-chefe do grupo técnico e de concessões da CSPE.

Ainda comenta que a comissão mantém ouvidoria e central telefônica com 40 atendentes para receber reclamações sobre os serviços prestados pelas distribuidoras. A média mensal é de 30 mil chamadas, que são transformadas em processos internos.

Revisão tarifária

Os contratos de concessão de gás incluem revisão tarifária a cada cinco anos. Desde o dia 31 de maio, o serviço ficou mais barato para os 430 mil clientes da empresa. A redução é proporcional ao consumo. Por exemplo, um cliente que gastava 10 metros cúbicos pagava R$ 27,77. Com a diminuição, passará a pagar R$ 23,72, desconto de 14,61%.

Zevi explica que a queda é consequência do aumento da procura pelo gás e também pelo interesse comum da comissão e concessionárias em difundir o uso do combustível. “O resultado final beneficia a todos – Estado, consumidores e empresas”.

Vantagens do gás natural

A utilização do gás natural possibilita a redução de custos para indústrias com energia e substitui o uso de combustíveis que emitem mais poluição na atmosfera. Nos veículos, o gás é mais econômico que o combustível líquido e 50% mais barato do que a gasolina. Por ser gasoso, não deixa resíduos de carbono no motor e reduz custos de manutenção. No uso doméstico, em shopping centers e hospitais, o produto aquece a água e também é utilizado em sistemas de refrigeração.

O gás natural encanado é mais seguro do que o GLP utilizado em botijões. Por ser mais leve que o ar, em caso de vazamento, se dispersa na atmosfera, ao contrário do GLP, que é mais pesado e se acumula próximo ao chão, formando bolsões. Além disso, seu fornecimento é ininterrupto e dispensa o transporte e armazenamentos de cilindros e botijões, dentre outros.

Jazida na Baixada Santista

O gás consumido em São Paulo é proveniente da Bolívia (8 milhões/metros cúbicos) e da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro (3 milhões de metros cúbicos). Zevi conta que a Petrobras anunciou no ano passado a descoberta de uma imensa reserva de gás na Bacia de Santos, no litoral paulista. Assim como o petróleo brasileiro, as jazidas de gás natural do País são marítimas e estão localizadas em águas de pouca profundidade. Estimativas preliminares indicam volume de 419 bilhões de metros cúbicos de gás na primeira fonte descoberta. Ainda há vários campos para serem explorados e as perspectivas são otimistas.

“Esta reserva é capaz de oferecer um volume três vezes maior do que São Paulo consome diariamente durante 20 anos, mesmo que o consumo quintuplicasse. O desafio agora é ampliar o uso do gás, por ser uma fonte energética menos poluente e capaz de gerar emprego, renda, impostos e auto-suficiência no recurso natural por um longo tempo”, conclui Zevi Kann.

Serviço

CSPE
Correio eletrônico – cspe@sp.gov.br
Ouvidoria 0800-7700427
Tel. (11) 3293-5100

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 23/06/2004. (PDF)