Investe São Paulo presta assessoria ao empreendedor

Serviço atende empresas brasileiras ou estrangeiras interessadas em se instalar no Estado de São Paulo; atendimento é gratuito e considera as especificidades de cada negócio

A Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade oferece assessoria gratuita para empresas nacionais e estrangeiras interessadas em se fixar no território paulista. Conhecida como Investe São Paulo, um de seus principais serviços, o Site Location, avalia as necessidades específicas de cada projeto e identifica opções de locais propícios à instalação e operação do empreendimento.

O objetivo, explica o gerente de investimentos da Agência, Alexandre Marx, é promover a geração de empregos, renda e novas tecnologias para o Estado. Negócios relacionados às áreas de saúde, pesquisa e desenvolvimento (P&D) têm prioridade, assim como iniciativas inovadoras e sustentáveis. “O atendimento personalizado está disponível para todos os setores da economia, sobretudo a indústria”, diz.

Sediada na capital, no Parque Tecnológico do Estado, em terreno vizinho ao da Cidade Universitária, a Investe São Paulo foi criada em 2008. Vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, nesses 7 anos de trabalho anunciou a instalação de 110 novos empreendimentos em São Paulo.

A Agência atua em linha direta com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), entidades setoriais, Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), concessionárias de serviços públicos (rodovia, ferrovia, hidrovia), prefeituras e órgãos estaduais e federais. Trabalha também com os municípios, visando a atrair empresas, vislumbrando novos negócios e ampliando a competitividade paulista.

Marx destaca que um dos pontos que diferenciam a Investe São Paulo “é ter conhecimentos sólidos das potencialidades do Estado e dispor de diversas bases de informações atualizadas sobre questões relevantes ao empreendedor”. Assim, oferece assessoria em questões ambientais, logísticas, de infraestrutura, mão de obra, mercado consumidor, fornecedores e oferta de universidades e de escolas técnicas, entre outras.

Sigilo

Se for necessário financiar o investimento, a empresa interessada poderá recorrer à Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP), órgão ligado à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Também vinculada ao Governo paulista, a agência dispõe de várias opções de empréstimos e é agente repassador de linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Todo projeto com potencial de concretização requer assinatura de Termo de Confidencialidade com a Investe São Paulo. Executada logo após o contato inicial com a Agência, a medida garante o sigilo de informações privadas estratégicas ao empreendedor e marca o início do acesso ao Site Location.

A assessoria personalizada é realizada em dez etapas (ver abaixo) e tem como base as informações obtidas previamente. O prazo de execução do atendimento varia de acordo com o foco de cada projeto.

“Mantemos o interesse da empresa em investir no Estado em sigilo até recebermos autorização para a divulgação. Além disso, a decisão final sobre qual município ou região abrigará a nova matriz ou filial de um negócio fica sempre a cargo do empreendedor”, ressalta o gerente.

Chinesa

Um exemplo recente de empresa atendida pela Investe São Paulo é a fábrica da Chery, em Jacareí. “Dos 500 empregos diretos gerados no município pela empresa, 90% são destinados a profissionais brasileiros”, informa o vice-presidente da fabricante de veículos chinesa, Luís Francisco Curi. Em operação desde agosto de 2014, a planta industrial ocupa terreno de um milhão de metros quadrados e recebeu investimento de US$ 400 milhões.

Nascida em 1997 na cidade de Wuhu, e com capital 100% estatal, a Chery foi a primeira montadora chinesa a estruturar uma linha de produção no Brasil. Sua mais nova filial é, das 15 da multinacional asiática, a única cujo projeto inclui todas as etapas de produção de carros. Atualmente, monta no Vale do Paraíba as versões hatch e sedã de um modelo e importa mais quatro modelos de carros comercializados no País.

Paulista de São José do Rio Pardo, o economista Curi diz recomendar o serviço estatal para outros empreendedores. “Viemos para ficar! Na Fase II, prevista para começar em 2017, investiremos mais US$ 300 milhões para estruturar a cadeia de fornecedores (supply chain) da Chery, em terreno de 3 mil metros quadrados, vizinho ao da fábrica de Jacareí”, revela.


As dez etapas do Site Location

  1. Prospecção – A Investe São Paulo apresenta ao empreendedor as vantagens competitivas do Estado
  2. Termo de Confidencialidade – O empreendedor assina o documento e passa a ser atendido por um gerente de projeto da Investe São Paulo
  3. Informações – O gerente de projeto solicita detalhes e define quais serviços a Investe São Paulo poderá oferecer
  4. Localização de área – De acordo com o perfil da empresa, a Investe São Paulo identifica municípios capazes de atender às necessidades do empreendedor
  5. Lista longa – A Investe São Paulo envia ao empreendedor lista com 15 ou 20 opções de cidades. Esse documento é definido para atender às características e necessidades do projeto
  6. Lista curta – O empreendedor indica quais municípios que aparecem na lista longa têm chances de serem escolhidos para abrigar o negócio. Prefeituras das localidades listadas podem sugerir áreas para a instalação do negócio
  7. Visita a terrenos – A Investe São Paulo acompanha o empreendedor em visita às cidades candidatas. Nessa fase, interessados e munícipes podem estreitar laços
  8. Instalação – Com o local e o imóvel definidos, a Investe São Paulo orienta o licenciamento ambiental e aproxima o empreendedor de concessionárias de serviços públicos
  9. Anúncio de investimento/inauguração – A equipe de comunicação e marketing da Investe São Paulo colabora com a divulgação, contata a imprensa e auxilia em eventos de lançamento da pedra fundamental, etc.
  10. Aftercare – Depois de finalizado o projeto, a Investe São Paulo mantém contato periódico com o empreendedor

(Fonte: Investe São Paulo)

Serviço

Investe São Paulo
E-mailinvestesp@investesp.org.br
Telefone (11) 3100-0300

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 21/07/2015. (PDF)

Fapesp financia projetos de tecnologia e inovação

Recursos do Programa Pipe podem ser usados no desenvolvimento de produtos, processos e serviços em qualquer área de conhecimento; valores, a fundo perdido, podem chegar a até R$ 1,2 milhão

Termina dia 3 de agosto o prazo para empreendedores submeterem propostas para o terceiro ciclo de análises da edição de 2015 do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp). A iniciativa de financiamento, a fundo perdido (recursos não reembolsáveis), visa a apoiar o desenvolvimento de novos negócios na área de tecnologia e também os sediados nos 645 municípios paulistas.

O programa atende empresas com até 250 empregados e possibilita o desenvolvimento de produtos, processos e serviços em todas as áreas do conhecimento. Pode financiar uma ou duas das etapas de um projeto, sem exceder o teto de R$ 1,2 milhão, com a pesquisa aplicada devendo ser realizada diretamente nas instalações da empresa.

Na fase 1 (considerada a de maior risco para o sucesso do projeto), é exigido estudo de viabilidade e o valor solicitado pode chegar a R$ 200 mil, para ser usado em até 9 meses. Na fase 2, o teto é R$ 1 milhão, sendo exigido plano de negócio, e o período de execução se estende para 24 meses. Se quiser, o proponente pode pleitear diretamente a segunda etapa, justificando o motivo da dispensa da fase inicial.

Requisitos

A inscrição de projetos, regras, questões de propriedade intelectual e o cronograma estão disponíveis no site do Pipe – o canal on-line do programa da Fapesp divulgará, no dia 6 de novembro, os resultados da chamada do terceiro trimestre de 2015 (ver serviço).

Criado em 1997, o Pipe recebeu 400 pedidos em 2014 e apoiou 1,6 mil projetos de mil empresas solicitantes. Hoje, atende até mesmo negócio ainda não formalizado. Exige, porém, vínculo formal de um cientista empregado na empresa proponente ou, ainda, algum pesquisador associado. Esse profissional não precisa ter graduação completa, mas deverá comprovar conhecimento e competência técnica sobre o tema do projeto – e precisará dedicar no mínimo 24 horas semanais ao trabalho.

Avaliação

Depois de verificada a documentação, a coordenação da Fapesp avalia se há, de fato, um projeto. Em caso afirmativo, nomeia assessores científicos especialistas na área para a análise do pedido. Se for uma proposta de fase 1, dois pesquisadores farão esse trabalho individualmente, sem saber quem é seu par. Caso seja da fase 2, o número de assessores sobe para três, sendo mantida a confidencialidade.

Cada assessor analisa, entre outras questões, se a pesquisa é compatível com o empreendimento. Verifica também se o estudo é original e não foi realizado anteriormente e, ainda, se o solicitante consegue esclarecer o objetivo do trabalho científico e a proposta de metodologia.

Assessoria

No passo seguinte do julgamento, a coordenação reúne-se para examinar os pareceres dos assessores e, na presença deles, decidir coletivamente se aprovam, ou não, o financiamento. Quando divulga os resultados, a Fapesp envia ao proponente os pareceres técnicos dos avaliadores.

Caso a proposta seja aprovada, ocorre a liberação do dinheiro e são cobrados relatórios, acompanhamento, visitas técnicas, etc. Se o pedido tiver sido recusado, a documentação com informações técnicas e mercadológicas pode ser usada para aperfeiçoar o projeto original. Depois de reformulado, é possível reapresentá-lo à Fapesp no trimestre seguinte.

Encontro

Em evento realizado quarta-feira (1º), na sede da Fapesp, na capital, o pesquisador da coordenação do Pipe, Lúcio Angnes, informou a disponibilidade de R$ 15 milhões para o terceiro trimestre. A um auditório lotado de interessados, explicou os critérios de julgamento e as condições para aprovação das propostas.

“O solicitante não precisa apresentar contrapartida. Esse tipo de financiamento tem apelo social, visa ao surgimento de novas tecnologias e geração de mais renda e empregos no País”, esclareceu Angnes. “Ao avaliar projetos, a Fapesp considera viabilidade, potencial de retorno comercial e de aumento de competitividade e o estímulo à criação de uma cultura de inovação permanente nas organizações”, destacou.

Funcionalidade

A representante da Konsultex Informática, Rita Niccioli, quis saber mais sobre a possibilidade de financiar, por meio do Pipe, pesquisa para acrescentar novas funcionalidades aos serviços de suporte técnico da empresa na área de software livre.

Instalada no bairro Morumbi, zona sul da capital, a empresa atua nas áreas de gestão de documentos e processos, parametrização e personalização de serviços em código aberto, entre outros serviços. “O modelo de apoio do Pipe é interessante. Agora, vou redigir, com a equipe de trabalho, uma proposta bem estruturada, pois a avaliação da Fapesp é criteriosa”, ponderou.

Azeite paulista

O agrônomo Gabriel Bertozzi participou da chamada para deslanchar seu projeto de negócio, o Núcleo de Visão Empreendedora em Oliveira (Nave Oliva). Especialista em olivicultura, vislumbrou no financiamento Pipe um meio para estruturar estudo detalhado do solo e do clima de 12 locais do Estado de São Paulo, próximos da divisa com Minas Gerais.

O objetivo, explica Bertozzi, é identificar condições mais favoráveis para produzir azeite em escala industrial. “Conheço as técnicas de plantio e extração das olivas (desde a muda até a colheita), mas ainda falta especificar quais variedades são as mais recomendadas e produtivas em cada solo e região”, explica.


Menos dor

No segundo semestre de 2012, a Medecell, de Botucatu, apresentou à Fapesp proposta de projeto Pipe de fase 2. Aprovado em julho de 2013, o financiamento de R$ 447 mil visou ao desenvolvimento de dois produtos na área de saúde. Ambos têm por finalidade aliviar dores e são baseados em tecnologia de eletroestimulação nervosa transcutânea criada em 1992 na empresa, que possui dez funcionários.

Bem-sucedido, o projeto acabou originando um terceiro produto, também da mesma área. Os três seguem em fase de desenvolvimento e a expectativa do fundador da empresa, Moacyr Bighetti, é que sejam lançados nos próximos dois anos. Além do financiamento, ele explica que o contato com a Fapesp garantiu à empresa bolsas de pesquisa para técnicos de informática e de eletrônica.

Serviço

Programa Pipe Fapesp

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 04/07/2015. (PDF)

Desenvolve SP oferece linhas de crédito para municípios paulistas

Subsidiados, recursos liberados pela agência viabilizam projetos de até R$ 20 milhões; prefeituras podem dar como garantia cotas do ICMS ou do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)

Financiar, com taxas inferiores às cobradas pelo mercado, o crescimento econômico e beneficiar a geração de emprego e renda no Estado de São Paulo. Desde 2009, este é o mote da Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP), cujos repasses já chegaram a R$ 350 milhões e viabilizaram cem projetos em 50 cidades paulistas.

A Desenvolve SP oferece sete linhas de crédito aos municípios (conferir cada uma delas no site da Desenvolve SP, em serviço, na pág. IV): BNDES-PMAT (Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos); Economia Verde; Arena Multiuso; Distrito Industrial; Distribuição e Abastecimento; Iluminação Pública; e Via SP. Para ter acesso aos recursos, a prefeitura da cidade precisa detalhar o projeto na carta-consulta de pedido de financiamento endereçada à Desenvolve SP.

“As linhas estão disponíveis para todos”, assegura o superintendente de políticas públicas da agência, Pedro Magyar. “As solicitações costumam seguir as vocações econômicas das cidades e de suas regiões ou, então, são totalmente inovadoras”, observa. O único pré-requisito para o pedido é que esteja de acordo com uma das sete linhas de crédito.

Para permitir planejamento e gestão eficiente da dívida, a liberação do crédito só ocorre após a confirmação da chamada saúde financeira do Executivo municipal e avaliação de sua capacidade de endividamento. Os projetos das prefeituras também dependem de aprovação da Secretaria do Tesouro Nacional, vinculada ao Banco Central do Brasil.

Ação social

O site da Desenvolve SP (ver serviço) informa a documentação completa necessária e os sete modelos de carta-consulta das linhas de financiamento em arquivo MS Word. Ele também permite fazer simulação de empréstimo, sem exigir cadastro. Para isso, basta digitar os valores nos campos do formulário eletrônico para o sistema calcular instantaneamente a quantidade de parcelas e o período de amortização.

Os passos seguintes são preencher a carta-consulta com os dados do projeto e remetê-la, pelo correio, ao setor de Atendimento a Negócios (Desenvolve SP) – Rua da Consolação, 371 – centro – CEP 01301-000 – São Paulo (SP). A agência também oferece atendimento presencial, que funciona de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas, no mesmo endereço.

O financiamento da Desenvolve SP pode bancar até 100% dos custos dos projetos. Por ser uma ação de cunho social, os juros são subsidiados pelo Estado. A dívida pode ser quitada em até oito anos, dependendo da linha de financiamento. O período máximo de carência pode ser de até dois anos. Ou seja, a prefeitura solicitante só pagará a primeira parcela 24 meses após ter recebido o montante.

O município pode avalizar o financiamento com suas cotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – recurso de origem estadual. Se preferir, pode recorrer ao dinheiro (federal) do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O teto dos empréstimos é de R$ 20 milhões. Caso o projeto ultrapasse esse valor, o Executivo municipal pode recorrer a outras linhas de financiamento direcionadas ao setor público como, por exemplo, as oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Inovação e negócios

Com três financiamentos aprovados, Sorocaba lidera o ranking dos municípios com mais empréstimos obtidos na Desenvolve SP. O primeiro foi em 2011, quando a prefeitura pediu R$ 19,3 milhões para construir um segundo distrito industrial na cidade de 630 mil habitantes, tendo como vizinhos a fábrica da Toyota e o Parque da Biodiversidade. Um ano depois, o projeto recebeu R$ 17 milhões.

O diretor de operações do Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS), Mario Tanigawa, conta que o dinheiro foi usado para a construção do parque, pavimentação, compensação ambiental e adequação do distrito industrial, entre outros serviços. O complexo, de 1,8 milhão de metros quadrados, foi inaugurado em 2012 e integra o distrito industrial de 22 milhões de metros quadrados.

O empreendimento é uma empresa pública municipal autônoma cuja gestão de ciência e tecnologia é feita pela Agência Inova Sorocaba – organização social privada e sem fins lucrativos. Direcionado ao empreendedorismo, o complexo possui diversas áreas de convivência comum, incluindo refeitório, centro de convenções com três auditórios, hall para exposições e academia de ginástica.

O conjunto de atividades permanentes do parque cria um ambiente propício para a inovação e o empreendedorismo de base tecnológica, por abrigar no mesmo local universidades, empresas e laboratórios compartilhados. Assim, permite aos envolvidos potencializar as possibilidades do conhecimento produzido e gerar novas patentes e negócios.

Comandado pela prefeitura de Sorocaba, o Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) é integrado ao Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI).

O SPTec possui empreendimentos semelhantes em operação nas cidades de Piracicaba, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos e São José dos Campos e mais 28 em fase de instalação. Destes, 12 conseguiram credenciamento provisório.


Para integrar o SPTec, prefeitura interessada ou entidade gestora do complexo devem encaminhar ofício à pasta de Desenvolvimento Econômico solicitando a inclusão


Para integrar o SPTec, a prefeitura interessada ou a entidade gestora do parque tecnológico devem encaminhar ofício à pasta de Desenvolvimento Econômico solicitando a inclusão. O credenciamento provisório requer um centro de inovação tecnológica em operação e o cadastramento na Rede Paulista de Centros de Inovação Tecnológica, além de uma incubadora de empresas, também em funcionamento e integrada à Rede Paulista de Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica.

O interessado também deve ter disponível uma área com, no mínimo, 200 mil metros quadrados e reunir ofícios de empresas e de universidades da região manifestando apoio à instalação do parque. Esta documentação deve vir anexada à proposta de estrutura básica do empreendimento, contendo esboço do projeto urbanístico e estudos prévios de viabilidade econômica, financeira e técnico-científica. Após a aprovação da documentação, o credenciamento provisório será concedido por quatro anos.

Pesquisadores

Em Sorocaba, o Parque Tecnológico gerou 120 empregos diretos e 20 pedidos de patentes. Com os lucros e impostos decorrentes, seus gestores têm por expectativa incrementar ainda mais o empreendedorismo nos 26 municípios integrantes da Região Metropolitana da cidade, localizada no sudoeste paulista.

O conhecimento é produzido nos laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), em ações das universidades, de 17 empresas incubadas e de outras 14 instaladas. O PTS é especializado em quatro áreas ligadas ao setor produtivo: metal-mecânica, com ênfase na área automotiva; eletroeletrônica; tecnologia da informação; e energias alternativas.

Estão presentes no empreendimento Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Universidade Estadual Paulista (Unesp); Faculdade de Tecnologia de Sorocaba (Fatec); Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP); Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens); Universidade de Sorocaba (Uniso); e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

O parque tem como parceiros a Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe SP); Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); Poupatempo da Inovação; e os escritórios especializados no registro de marcas e patentes.

O PTS possui linha direta com órgãos de fomento à pesquisa, como Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp), no âmbito estadual, e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da área federal.

Bardella, BioSpace, Braerg, Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.), Dori Alimentos, FIT Instituto de Tecnologia, Greenworks, Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), Input Tecnologia, Jaraguá Equipamentos Industriais, Lego Education, Mentore, Metso Brasil e Scania são as empresas presentes no parque.

Turma do parque

“O projeto aqui é criar projetos”, explica o farmacêutico Marco Chaud, da Universidade de Sorocaba. Presentes no Parque Tecnológico de Sorocaba desde dezembro de 2013, ele e equipe pesquisam nanopartículas para serem usadas pela indústria de medicamentos e por fabricantes de equipamentos ortopédicos.

Os biomateriais desenvolvidos têm como matérias-primas polímeros naturais e semissintéticos. Um dos mais solicitados pelos clientes são as esponjas (scaffolds) – usadas para regenerar tecidos ósseos humanos. “Além de empresas, também atendemos hospitais, clínicas e centros de saúde”, esclarece Chaud.

Biruta eletrônica

Criada em 2012 pelo engenheiro mecânico Ricardo Amaral, a biruta eletrônica é um sistema desenvolvido com tecnologia nacional para informar pilotos em procedimentos de pouso e decolagem. Direcionada à aviação comercial, alia precisão com baixo custo por ser alternativa ao dispositivo convencional analógico.

Produzida pela BioSpace, a biruta eletrônica é ideal para pistas particulares de fazendas, que não dispõem de torre de controle, podendo ser comprada ou alugada. Seu sistema é composto por duas partes: a estação terrestre, que transmite os dados; e o receptor cuja instalação no painel da aeronave informa ao piloto localização, direção e velocidade do vento.

Sob medida

O engenheiro José Afonso Pedrazzi comanda o escritório da Bardella no PTS. Fundada na capital em 1911 e com 2,5 mil funcionários, a empresa fornece equipamentos e peças para setores industriais e de metalurgia ligados às áreas de minas, energia, petróleo e gás.

“Um dos nossos carros-chefe são as pontes rolantes”, informa Pedrazzi. Estes equipamentos são usados em canteiros de obras de grande porte – construção de portos e hidrelétricas, transposição da água de rios, fabricação de usinas de geração eólica, entre outras. “Como as fabricamos sob medida para diversos setores, é muito importante estarmos no PTS para nos aproximarmos de fornecedores e clientes potenciais”, observa.

Central de inteligência

Alessandro Santos, gerente de projetos do C.E.S.A.R., comanda equipe de 25 profissionais no Parque Tecnológico. Originada em Recife, a empresa foi a primeira a se instalar no complexo de Sorocaba. Especializada em criar e instalar soluções de tecnologia da informação, a empresa tem em sua carteira de clientes Livraria Saraiva, Bradesco, Vivo, Philips, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Exército Brasileiro, entre outros.

“Além da oferta de mão de obra qualificada, Sorocaba também nos atraiu por ter localização privilegiada, facilitando o contato com nossas filiais, clientes e fornecedores”, ressalta Alessandro.

Serviço

Desenvolve SP
Simulador de financiamentos
E-mail: atendimento@desenvolvesp.com.br
Telefone (11) 3123-0464

Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec)
Agência Inova Sorocaba
BNDES

Parque Tecnológico de Sorocaba
Avenida Itavuvu, 11.777 – CEP 18078-005 – Sorocaba (SP)
E-mail: contato@empts.com.br
Telefone (15) 3416-6160

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente nas páginas I e IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 23/04/2015. (PDF)