Inscrições para vestibular da Unesp do meio de ano vão até 3 de junho

Exame de seleção será realizado de 3 a 5 de julho e universidade oferece 705 vagas em 17 opções de cursos

O estudante interessado em participar no Vestibular Unesp do meio de ano tem prazo até o dia 3 de junho para se inscrever. A universidade oferece 705 vagas em 17 opções de cursos. O manual do candidato custa R$ 10 e a taxa de inscrição, R$ 85. As provas serão realizadas em três dias consecutivos (3 a 5 de julho) e a lista de aprovados será publicada no dia 26 de julho.

A relação de cursos está disponível no site da Vunesp, assim como o endereço de todos os postos de recebimento das fichas. Para se inscrever, o candidato deverá apresentar RG original e entregar sua ficha preenchida e assinada, com a taxa paga em qualquer agência bancária e com o cartão do candidato (parte destacável inferior da ficha) autenticado pela agência bancária. Se optar pela inscrição eletrônica (internet), o solicitante deverá enviar os laudos e as informações.

O candidato portador de deficiência ou que necessite de condições especiais para fazer as provas deverá entregar junto com a ficha de inscrição um laudo emitido por especialista, que descreva, com precisão, a natureza, o tipo e o grau da deficiência, assim como as condições necessárias para a realização das provas.

No primeiro dia, a avaliação é de conhecimentos gerais. O candidato deverá responder 84 testes de múltipla escolha. No segundo dia, o exame é de conhecimentos específicos com 25 questões discursivas, de acordo com área do curso que almeja (exatas, humanas ou biológicas). No final, prova de língua portuguesa com redação e dez questões discursivas.

Isenção da taxa

A Vunesp oferece isenção do pagamento do manual do candidato e da taxa de inscrição para o estudante que preencha três requisitos simultaneamente: tenha concluído o ensino médio em instituição particular com concessão de bolsa de estudo integral, ou que tenha cursado a Educação de Jovens e Adultos (EJA); ter renda familiar igual ou inferior a R$ 390 por pessoa; seja morador do Estado de São Paulo ou esteja vinculado a um cursinho comunitário ou escola pública do Estado.

Serviço

Contatos com a Vunesp: site ou Disque Vunesp: tel. (11) 3874-6300

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 24/05/2005. (PDF)

Motorola e IPT são novos parceiros na informatização da Polícia Científica

Novos laboratórios digitais irão auxiliar peritos a identificar, guardar e comparar on-line provas e indícios de crimes

A Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Motorola firmaram convênio para cooperação técnica na área da segurança pública. De acordo com os termos da parceria, a empresa vai transferir tecnologia, doar equipamentos e treinar profissionais para implementação de tecnologias avançadas nesse setor. O ato foi assinado na sede da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC).

A Motorola destinou R$ 1,4 milhão para a iniciativa, que não trará custos para o Estado. O recurso será direcionado para a implantação no IPT do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Avançadas em Segurança Pública (LDTA) e, na sede da Polícia Científica, será construída a Unidade Avançada, que ficará interligada online ao LDTA.

Papel dos parceiros

A SPTC é o maior centro brasileiro na produção de perícias forenses e indicará as necessidades de desenvolvimento dos laboratórios. Segundo Celso Perioli, coordenador da SPTC, a aliança de dois órgãos de cunho técnico e científico com uma grande empresa multinacional vai contribuir muito para o aprimoramento das perícias realizadas no Estado.

“A nova parceria estende o acordo firmado em 2003 entre a SPTC e o IPT. E tem por objetivo continuar colocando a ciência e o conhecimento a serviço da justiça e da sociedade”, ressalta. E explica que a proposta é desenvolver na Unidade Avançada um sistema informatizado de provas com identificação individual por radiofrequência, ou por outros meios tecnológicos ainda em estudo.

“Trata-se de oferecer uma nova abordagem para a guarda de materiais, substâncias, instrumentos e objetos que já foram periciados, estão com perícia em andamento, ou ainda, serão objeto de perícia. Vamos assim nos equiparar aos sistemas equivalentes existentes nos países de primeiro mundo”, avalia.

“Em abril, será colocado em execução um novo sistema de gestão da produção de laudos. Além disso, foram adquiridos novos computadores e será realizada a expansão da rede interna (intranet) da SSP. E outro destaque, será a distribuição de 250 maletas especiais para serem utilizadas pelos peritos em cenas de crimes”, finaliza Perioli.

Integração

Segundo Guilherme Ary Plonski, diretor-superintendente do IPT, a parceria proporcionará um salto de qualidade nos serviços de investigação em todas as regiões do Estado. “Os pesquisadores do IPT trabalharão na construção e manutenção de programas de bancos de dados (softwares). Serão sistemas inteligentes capazes de identificar, guardar e comparar provas e indícios – fundamentais para esclarecer dúvidas como o dia e a hora de um crime”.

As informações selecionadas para os bancos de dados serão enviadas por ondas de rádio. Os dados transmitidos em tempo real podem ser imagens, sons, vídeos ou qualquer outro tipo de arquivo. E ficam guardados e disponíveis para consulta online em qualquer horário pelos policiais.

“Quando estiver em funcionamento, o sistema será uma poderosa ferramenta de apoio para os policiais. Com a vantagem de ser de fácil integração com outros sistemas de gestão e com indicadores de desempenho”, explica Plonski.

Parceiro privado

Líder mundial no fornecimento de tecnologias e infraestrutura para telecomunicações, a Motorola inaugurou, em 1999, seu campus industrial em Jaguariúna, base de manufatura e exportação de produtos para o País e para o Mercosul.

“Acreditamos que o investimento no tripé segurança, educação e desenvolvimento ambiental contribuirá para o desenvolvimento sustentado do País. Vamos construir junto com o IPT o mais moderno centro de tecnologias avançadas do País. E estamos prontos para atender a qualquer necessidade na área de segurança pública, principalmente no que diz respeito a manufatura de equipamentos em território nacional”, disse Luiz Carlos Cornetta, diretor-geral da empresa.

Tendência irreversível

O secretário estadual da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que o primeiro objetivo da parceria é melhorar o atendimento ao cidadão. E lembrou que há grande potencial de contribuição com as novas tecnologias, já que os processos judiciais são baseados em provas.

“A informatização da SSP é uma tendência irreversível. Em breve, os novos laboratórios estarão interligados ao centro de inteligência da polícia para tornar mais efetivo o fluxo de informações no Estado”, informou. O secretário também comentou a experiência do programa Centro de Operações da Polícia Militar Digital (Copom) implantado em São José dos Campos.

“Nesse sistema, a tela do computador informa a localização de cada viatura policial e o tempo de atendimento de uma ocorrência. Se um policial demora mais de quatro minutos, um alerta é emitido para o Centro de Operações, que verifica se há algum problema”, explicou.

A experiência realizada no Vale do Paraíba é pioneira no País e tem como vantagem não permitir escuta ilegal das comunicações da polícia, já que as mensagens são codificadas. “O Copom Digital também permite que outros órgãos acessem as imagens e informações, o que permite maior integração entre o Estado, prefeituras e governo federal”, finalizou.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 02/03/2005. (PDF)

Medicina da USP lança CD-ROM sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Material didático visa a capacitar médicos para combater enfermidade que acomete entre 5 milhões e 7 milhões de brasileiros

O Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) lançou em novembro o primeiro volume de uma série de CD-ROMs educativos destinados à formação médica. O tema escolhido foi a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), enfermidade que no ano 2000 matou, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,7 milhões de pessoas em todo o mundo.

O CD-ROM informa sobre diagnóstico e tratamento da doença. Traz ainda aulas didáticas de assuntos afins, como enfisema, bronquite crônica e hipertensão pulmonar, associadas a vídeos de autópsia, fotos macro e microscópicas e esquemas, todos acompanhados de narração.

O médico pode assistir também à apresentação de um caso clínico, com autópsia e comentários de especialistas. O CD traz o Homem Virtual, conjunto de iconografias dinâmicas e tridimensionais desenvolvidas pela disciplina de Telemedicina da FMUSP. Ele auxilia a compreensão da formação do enfisema alveolar e bronquite crônica e explica a espirometria – exame de avaliação da função pulmonar.

O CD sobre DPOC integra o modelo de teleducação interativa baseada em tecnologia da FMUSP. Permite, assim, a interação com o corpo docente da instituição. Os professores são capazes de avaliar o aprendizado do aluno por meio do Cybertutor (ambiente de aprendizado virtual na internet). Ao término do curso, o Departamento de Patologia da FMUSP emite um certificado de proficiência em DPOC àqueles que forem aprovados na avaliação virtual.

Médicos, estudantes, hospitais e instituições de ensino superior podem adquirir o CD e também participar dos cursos de programas de aprimoramento continuado fornecidos pela FMUSP.

Risco para fumantes e ex-fumantes

Caracterizada pela obstrução progressiva dos brônquios, a DPOC provoca tosse, produção de catarro e falta de ar. É incurável e afeta gradativamente a realização de atividades normais do paciente, sendo causada pela inalação de substâncias nocivas, principalmente aquelas que compõem o cigarro. Cerca de 90% dos portadores de DPOC são fumantes ou ex-fumantes.

No Brasil, o Ministério da Saúde estima entre 5 milhões e 7 milhões o total de portadores da doença. Em 1999, foi a quinta causa de morte no País – atrás apenas do infarto do miocárdio, câncer, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e causas externas. Em 2001, o governo gastou cerca de R$ 100 milhões com internações de pacientes com DPOC.

A doença abrevia a resistência física do paciente. Atividades corriqueiras como pentear o cabelo, tomar banho, cozinhar e caminhar são dificultadas. Nos casos mais graves, a respiração é realizada por aparelhos mecânicos. Depressão e ansiedade também são sintomas que acompanham a doença.

O pneumologista Sílvio Rezende, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, alerta: “A única prevenção é parar de fumar o mais rápido possível. Além de matar e maltratar muito os pacientes, a DPOC onera os cofres públicos. Cada paciente internado no Hospital das Clínicas custa US$ 200 por dia”.

Serviço

Informações sobre o CD-ROM:
Telefone (11) 3066-7398 e e-mail telemedicina@telemedicina.fm.usp.br

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 15/12/2004. (PDF)