Banco do Povo: mais agências, mais empréstimos

No ano passado, serviço de microcrédito financiou mais de R$ 185 milhões em mais de 33 mil operações, a juros de 0,5% ao mês

Criado em abril de 1998, o Banco do Povo Paulista (BPP), programa de microcrédito da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), encerrou o ano de 2013 com 40 unidades no Estado de São Paulo. Desde 2007, este é o maior volume de inaugurações de agências. A ação integra o plano de expansão do serviço, que hoje tem 514 postos espalhados por todas as regiões do Estado.

Executado em parceria com as prefeituras, o BPP oferece financiamentos de R$ 200 a R$ 15 mil com juros subsidiados. O Estado banca 90% dos recursos financeiros, seleciona e treina os agentes de crédito responsáveis pelas agências e supervisiona as atividades operacionais. Aos municípios cabe ceder espaço físico, infraestrutura, pessoal e manter o posto, além de bancar os 10% restantes do programa.

O público-alvo do serviço são microempreendedores urbanos e rurais, com atividade econômica formal ou informal. Podem tomar empréstimo cooperativa ou cliente maior de idade, sem restrições de crédito, e faturamento bruto anual não superior a R$ 360 mil. O site do BPP informa a relação completa de agências, documentos, regras de empréstimos e também permite simular on-line prazos de pagamentos e valores das parcelas. (ver link abaixo).

As 40 novas unidades contemplaram 11 regiões do Estado e o investimento estadual chegou a R$ 6 milhões realizado por meio das linhas de crédito iniciais destinadas a cada município. Em 15 anos de criação, o BPP emprestou R$ 1,2 bilhão, em 336 mil operações. Só em 2013, foram repassados R$ 185,7 milhões em 33,7 mil transações.

Tarifa zero

Em todas as operações financeiras, os juros cobrados são de 0,5% ao mês (6% ao ano). Os empréstimos ficam isentos de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Taxa de Abertura de Crédito (TAC) e de serviços cobrados pelos bancos tradicionais, como elaboração de contrato e liberação do financiamento.

Cliente pessoa física tem prazo máximo de 24 meses para pagar. Já pessoa jurídica pode parcelar em até 36 vezes. Entretanto, em caso de inadimplência, é cobrada comissão de permanência de 2,5% ao mês sobre parcela em atraso. Em todo o programa, a média de inadimplência se mantém em 2%.

O dinheiro pode ser usado para abrir, regularizar negócio, capital de giro ou investimento fixo. E também para bancar publicidade, comprar mercadorias, veículo utilitário, matéria-prima, conserto, sementes, mudas, etc.

Ter avalista é exigência contratual e pode ser parente de primeiro grau, desde que não trabalhe no negócio. Entretanto, se o cliente quitar em dia as prestações do empréstimo, ao optar por um segundo, será dispensado de fiador, desde que o valor não ultrapasse R$ 7,5 mil.


Escola para empreendedores

Criada em 2012 pela Sert e lançada oficialmente em março de 2013, a Escola do Empreendedor Paulista (EEP) encerrou 2013 com 60 mil inscritos. A iniciativa gratuita de ensino a distância oferece, mediante cadastro on-line, dez minicursos sobre assuntos ligados ao universo dos micro e pequenos negócios.

Em média, cada minicurso requer três horas para ser concluído e aborda um tema específico. Ao final de cada módulo, há exercícios práticos interativos para avaliar a compreensão e a retenção do conteúdo. Quem acertar metade das questões (testes de múltipla escolha) terá direito de imprimir seu certificado de conclusão.

A lista de potenciais tomadores de empréstimos do BPP inclui agricultores, donos de padaria, mercadinhos, pipoqueiros, manicures, cabeleireiros, mecânicos e, de modo geral, qualquer cidadão disposto a empreender.

Se não tiver computador, é possível fazer os minicursos nas unidades do Acessa SP, programa de inclusão digital da Secretaria Estadual de Gestão Pública. A iniciativa possui 744 postos oferecendo uso livre de computadores e internet gratuita em 623 cidades paulistas.


Simulações de empréstimos

Valores em reais e em parcelas iguais

Valor 12 parcelas 24 parcelas 36 parcelas
1 mil 86,07 44,32 30,42
3 mil 258,20 132,96 91,27
5 mil 430,33 221,60 152,11
7,5 mil 645,50 332,41 228,17
10 mil 860,67 443,21 304,22
15 mil 1291,00 664,81 456,33

Fonte: Sert

Serviço

Banco do Povo Paulista
Escola do Empreendedor Paulista

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 09/01/2014. (PDF)

Mutirão de Microcrédito do Banco do Povo

Até o final do mês prossegue em todo o Estado o 6º Mutirão de Microcrédito do Banco do Povo Paulista (BPP). A ação tem por meta emprestar R$ 20 milhões e ampliar o número de microempreendedores atendidos pelo programa coordenado pela Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert).

A expectativa é conceder mais de 3,5 mil financiamentos. Em todos os empréstimos, o prazo de pagamento é de até 36 meses e o público-alvo do serviço são cooperativas e microempreendedores urbanos e rurais, com atividade econômica formal ou informal. Pode tomar crédito cliente maior de idade, porém precisa ter “nome limpo”.

O interessado deve comparecer numa agência do BPP e solicitar uma das linhas de crédito disponíveis, de acordo com o seu perfil. O site da instituição informa endereços das agências, documentos, regras de empréstimos e também permite simular on-line prazos de pagamentos e valores das parcelas.

Executado em parceria com as prefeituras, o BPP oferece financiamentos de R$ 200 a R$ 15 mil com juros subsidiados. Criado em abril de 1998, emprestou mais de R$ 1,150 bilhões em 313 mil operações financeiras.

Nelas, o Estado banca 90% dos recursos financeiros, seleciona e treina os agentes de crédito das agências, gerencia e supervisiona as atividades operacionais. As prefeituras cedem espaço físico, infraestrutura, pessoal e mantém o posto, além de bancar os 10% restantes do programa.

Tarifa zero

Em todas as operações financeiras o juro é de 0,5% ao mês (6% ao ano), o menor cobrado pelas instituições financeiras do País. Os em préstimos são isentos de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Taxa de Abertura de Crédito (TAC) e de serviços cobrados pelos bancos comerciais, como elaboração de contrato e liberação do financiamento.

Cliente pessoa física tem prazo máximo de 24 meses para pagar. Pessoa jurídica pode parcelar em até 36 vezes. Entretanto, em caso de inadimplência, é cobrada comissão de permanência de 2,5% ao mês sobre a parcela em atraso. Em todo o programa, a média de inadimplência se mantém em 2%.

Onde usar

O dinheiro pode ser usado para abrir, regularizar negócio, capital de giro ou investimento fixo. E ainda bancar publicidade, comprar mercadorias, veículo utilitário, matéria-prima, conserto, sementes, mudas, etc.

Ter avalista é exigência contratual e pode ser parente de primeiro grau, desde que não trabalhe no negócio. Entretanto, se o cliente quitar em dia as prestações do empréstimo, ao optar pelo segundo, será dispensado do fiador, desde que o valor não passe de R$ 7,5 mil.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 19/11/2013. (PDF)

O caminho (seguro) do empreendedor

Gratuito e on-line, conjunto de dez minicursos a distância da Sert ensina noções básicas sobre o universo dos pequenos negócios

Criada em 2012 e lançada oficialmente em março de 2013, a Escola do Empreendedor Paulista (EEP), programa da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), atingiu neste mês a marca de 49 mil inscritos. A iniciativa de ensino a distância (gratuito) oferece, mediante cadastro on-line, dez minicursos sobre assuntos ligados ao universo dos micro e pequenos negócios.

Em média, cada minicurso requer três horas para ser concluído e aborda um tema específico. Não há ordem sugerida para a execução deles, tampouco prazos. A ideia é que sejam feitos de acordo com a necessidade e a disponibilidade de tempo de cada empreendedor. Ao final de cada módulo, há exercícios práticos interativos para avaliar a compreensão e a retenção do conteúdo. Quem acerta metade das questões (testes de múltipla escolha) tem direito de imprimir seu certificado de conclusão.

O público-alvo do curso a distância são microempreendedores urbanos e rurais, formais ou informais. Incluem agricultores, donos de padaria, mercadinhos, pipoqueiro, manicure, cabeleireiro, mecânico e qualquer cidadão disposto a empreender. Os temas abordados são ilustrados com depoimentos e situações reais vivenciadas por esse público.

Os dez títulos da coleção da EEP são, pela ordem: Empreendedorismo na Prática; Atendimento ao Cliente; Consumidor e Fornecedor; Ações de Marketing; Formalização; Formação de Preços; Vendas e Ganhos; Gestão Financeira; Higiene e Segurança; Sustentabilidade e Comunidade.

Apoio ao empreendedor

Antonio Mendonça, idealizador da EEP e diretor executivo do Banco do Povo Paulista (BPP), outro programa da Sert, explica que metade dos matriculados na EEP acabou cursando os dez minicursos – volume que já passa dos 24 mil inscritos. “Como as lições são simples e interativas, a conclusão de um módulo acaba incentivando a realização dos outros. E todos tratam de temas interligados”, explica.

A EEP oferece grátis, para todo empreendedor com pedido de financiamento aprovado pelo BPP, kit completo com o material didático. A caixa personalizada traz as dez apostilas, gibi e os dez DVDs com os vídeos. Todo o material, incluindo os jogos interativos do site, ainda em desenvolvimento, foi produzido pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), com investimentos de R$ 3,5 milhões até 2014.

Qualquer cidadão, independentemente da idade e formação educacional, pode se inscrever na EEP e ter acesso total ao conteúdo. “A ideia é auxiliar, por exemplo, quem fez cursos do Via Rápida Emprego, programa da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e deseja abrir negócio próprio”, observa Mendonça.

Se não tiver computador, é possível fazer os minicursos nas unidades do Acessa SP, programa de inclusão digital da Secretaria Estadual de Gestão Pública, instalado em 621 cidades paulistas com 726 postos oferecendo uso livre de computadores e internet gratuita.

Agência homenageada

Os conteúdos da EEP são apresentados pelo personagem Prudêncio, um consultor (agente de crédito) do Banco do Povo Paulista (BPP). O nome dele é uma homenagem da Sert à primeira agência do BPP, aberta em 1998 na cidade de Presidente Prudente. Em 15 anos de atividade, o programa estadual de microcrédito continua sendo o de maior volume do País, com total de financiamentos que ultrapassou R$ 1 bilhão.

O BPP tem nos agentes de créditos, assim como Prudêncio, os principais protagonistas, que fazem a “ponte” do Governo paulista (Sert) com a sociedade (empreendedores). De modo lúdico, o personagem mostra caminhos legais e vantagens para quem se formaliza. Em suas falas, o personagem “resume” 15 anos de experiência do BPP no atendimento ao micro e pequeno empreendedor.


De funcionário a patrão

Para realizar o sonho de ter seu próprio negócio, Leandro de Souza Sanchez, de 27 anos e morador de Itaquaquecetuba, município da Região Metropolitana de São Paulo, fez pesquisa na internet sobre como empreender. A ideia, segundo ele, era aproveitar a experiência obtida na área de suporte de informática em empregos com carteira assinada e como freelancer para montar seu próprio negócio.

Com poucos cliques no mouse, Leandro conheceu e se matriculou na EEP. Assim como ele, 84% dos visitantes do site acabam se inscrevendo. Poucos dias depois, já havia feito os dez minicursos no período noturno. O passo seguinte foi formalizar, em setembro, sua empresa, a Omega Soluções de Informática (especializada em manutenção e venda de acessórios), na Junta Comercial do Estado (Jucesp).

“Registrado como Microempreendedor Individual (MEI), posso emitir nota fiscal, prestar serviços para empresas, participar de licitações públicas e oferecer aos clientes a opção de me pagar com máquinas de cartão de crédito e débito”, explica. “Recomendo o curso para todos. Até mesmo para quem não pensa em ter negócio”, conta feliz, no balcão de atendimento da loja, que fica na região central de Itaquaquecetuba.

Também “formada” por conta própria e tomada pelo mesmo espírito, a venezuelana Paola Ramirez não teve dificuldade com o idioma português. Moradora e empregada na capital, a engenheira industrial aproveitou o tempo livre à noite para fazer quatro dos dez minicursos. “A capacitação é muito boa, fácil e prática. O que já aprendi é suficiente para empregar no meu futuro negócio (ainda em segredo), na área de produtos alimentícios”.

Serviço

Escola do Empreendedor Paulista
Banco do Povo Paulista

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 14/11/2013. (PDF)