Eis os vencedores do 4º Prêmio Acessa SP

Concurso anual da Gestão Pública celebra as melhores iniciativas do programa paulista de inclusão digital criado em 2000

O auditório Símon Bolívar, do Memorial da América Latina, foi palco, ontem, na capital, da solenidade de divulgação e premiação dos vencedores do 4º Prêmio Acessa São Paulo. O objetivo do concurso anual é destacar as mais bem-sucedidas ações do programa paulista de inclusão digital.

O Acessa São Paulo é coordenado pela Secretaria Estadual de Gestão Pública, gerido pela Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodesp) e executado em parceria com os municípios paulistas. Gratuito, o serviço oferece computadores e acesso à internet para o cidadão redigir currículo, se registrar como microempreendedor individual, navegar pela internet, usar redes sociais, etc.

Na solenidade, Emílio Bizon Neto, gerente do programa, destacou a evolução do Acessa São Paulo desde a sua criação, em julho de 2000. Hoje, o programa oferece 712 postos em 621 cidades e mais 196 unidades em fase de instalação em todo o Estado. São mais de 2,7 milhões de usuários cadastrados e realizou mais de 71,9 milhões de atendimentos.

No interior e litoral, as prefeituras cedem o espaço físico, selecionam e pagam os monitores, que são funcionários públicos municipais. A Gestão Pública fornece equipamentos, banda larga, programas de computador, mobiliário e treina os monitores, ao menos uma vez por ano. A exceção são as agências das 39 cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), mantidas 100% pelo Estado.

Neste ano, o Prêmio Acessa São Paulo foi dividido em quatro categorias. Além das tradicionais Rede de Projetos e Monitor Destaque, foram criadas mais duas: Vereador Digital e Prefeito Parceiro. Em ambas, o intuito foi o de também reconhecer o empenho de autoridades municipais em prol do sucesso do programa.

Na categoria Vereador Digital, 17 representantes municipais concorreram e o vencedor foi o representante de Descalvado. Na modalidade Prefeito Parceiro, 28 chefes de executivos municipais disputaram o título e o campeão foi o da cidade de Barão de Antonina.

Prêmios principais

Na categoria Rede de Projetos concorreram iniciativas de monitores que objetivam melhorar o andamento no posto onde trabalham e também em sua comunidade, assim como a possibilidade de replicá-las em outras unidades do programa.

A comissão julgadora pré-selecionou 20 projetos, adotando os critérios: caráter inovador, uso de tecnologia da informação, relevância, produção de conhecimento, desenvolvimento de parcerias e documentação. As mulheres foram as grandes vencedoras e conquistaram as três primeiras colocações.

A campeã foi Rosana dos Santos, de Agudos, com o projeto Consultoras e Revendedoras On-line. A segundo melhor avaliada foi Elizângela de Souza, da agência central de Marabá Paulista, com o projeto Vivendo, Vendo e Ouvindo. E a terceira, Edil de Araújo, de Ribeirão Grande, se destacou com o projeto Ribeirão Grande em Mapas.

Monitor Destaque

Na mais concorrida das categorias, Monitor Destaque, a comissão julgadora fez menções honrosas para o trabalho de Francisco Jacomini, de Buritizal, e Waldomiro Pereira, de Guaratinguetá. A avaliação dos vencedores foi feita a partir da divisão do Estado em oito regiões, com prêmios para dois representantes de cada uma delas. E deste grupo de 16 vencedores regionais, saíram os três grandes campeões de todo o Estado.

De São José do Rio Preto e Araçatuba, as vencedoras regionais foram as monitoras Cleonice Baroni e Inês Lourenço, ambas do posto da cidade de Coroados. Do agrupamento de Ribeirão Preto, Barretos, Franca e região central, os selecionados foram Carlos Correia, de Américo Brasiliense, e Elisângela Pereira, de Ipuã. Da Região Metropolitana de São Paulo, as ganhadoras foram da capital: Thays Araújo, do posto do Acessa São Paulo do Poupatempo Santo Amaro, e Fabiana da Silva, da unidade instalada na estação Itaim Paulista da CPTM.

Da região de Marília e Presidente Prudente, os vencedores foram Pedro Teixeira, de Marília, e Rogério de Almeida, de Cha vantes. As vencedoras de Bauru e Sorocaba, foram Fabrícia de Oliveira, de Bariri, e Regiane Quevedo, de Campina do Monte Alegre. Na Baixada Santista e região de Registro, os vencedores são de Santos: Beatriz Liberato, do Bom Prato de Santos, e Leonardo Guimarães, da unidade Chico de Paula.

Da região de São José dos Campos, os vencedores foram Jhonata dos Santos, do Bom Prato de Taubaté, e Gilberto Barbosa, de Caraguatatuba. E na região de Campinas, as duas vencedoras vieram da cidade de Iracemápolis, Christiane Campos e Simone Cavali.

A campeã de Bariri

Na avaliação final, Carlos Correia, de Américo Brasiliense, ficou com o terceiro lugar do pódio estadual. Acima dele, em segundo, Pedro Teixeira, de Marília. A vencedora foi Fabrícia de Oliveira, de Bariri. Surpresa com a honraria, diz representar orgulhosamente todos os monitores do Estado, profissionais “100% dedicados ao atendimento, como eu”, comentou.

Há um ano e meio na função, Fabrícia diz apostar na empatia para sempre oferecer um atendimento personalizado a cada usuário. “A maioria deles é carente. O único posto da cidade de Bariri fica ao lado de diversos conjuntos habitacionais. E, diariamente, antes mesmo de ele abrir às 7 horas, tem gente de todas as idades na fila esperando para entrar”, revela sorridente.

“No mês passado, uma mãe foi com a filha com dor de dente no posto. Disse que não sabia onde encontrar ajuda para a menina. Assim, pesquisei qual escola pública ficava mais próxima do posto. Liguei e consegui agendar o atendimento com a dentista da escola. Dali em diante, a senhora passou a ir todos os dias no posto e a levar também suas vizinhas e amigas. O Acessa São Paulo virou um grande ponto de encontro”, comentou.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 10/10/2013. (PDF)

Mais recursos para inclusão digital

Mais 71 municípios paulistas firmaram acordo com os gestores do Acessa São Paulo para receber unidades do programa de inclusão digital do Governo paulista. A medida tem investimento de R$ 1,42 milhão e integra o plano de expansão do programa.

Instituído em julho de 2000, o Acessa SP contabiliza mais de 70 milhões de atendimentos. Hoje, o programa coordenado pela Secretaria Estadual de Gestão Pública e administrado pela Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodesp) oferece 704 unidades distribuídas em 564 cidades. Dispõe de 6,5 mil computadores e 1,2 mil monitores para atender os usuários O endereço de todos os postos está no site www.acessasp.sp.gov.br.

Os municípios são parceiros do Governo paulista no programa. Os que ainda não têm um posto podem solicitá-lo, encaminhando ofício à Gestão Pública. No interior, as prefeituras cedem espaço físico, selecionam e pagam os monitores. O Estado fornece equipamentos, banda larga, programas de computador, mobiliário e treina os monitores, ao menos uma vez por ano. A exceção são as agências das 39 cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), mantidas 100% com recursos do tesouro estadual.

O que pode e o que não pode

Nos postos, o acesso é gratuito para todo cidadão, mediante cadastro, feito na hora, com apresentação do RG. Idoso, gestante e pessoa com deficiência têm atendimento preferencial. Menor de 18 anos precisa de autorização de um responsável; e se tiver menos de 8 anos, só pode usar os serviços com a presença do responsável. Cada usuário tem direito a 30 minutos por sessão. Depois desse tempo, para usar o computador novamente, deve voltar para o final da fila (se houver) e aguardar sua vez.

O cidadão está autorizado a enviar e receber e-mail, redigir currículos, procurar emprego , fazer pesquisas, trabalhos escolares, participar de cursos a distância, acessar serviços de utilidade pública, ler notícias, abrir e gerenciar negocio próprio, participar de redes sociais (Twitter, Facebook, LinkedIn), etc. Entretanto, é proibido navegar em sites com conteúdos de pornografia, pedofilia, racismo, violência e jogos de azar. Saiba quais são os 71 municípios contemplados com a instalação de um posto no site do Acessa São Paulo.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 26/06/2013. (PDF)

Expansão do Acessa SP

Inclusão digital prevê acesso sem fio em 382 postos até o final do ano e mais a criação de 125 unidades, 36 postos Acessa Rural e 32 Acessinhas para crianças

Desde 2012, o Acessa São Paulo, programa paulista de inclusão digital, vem ampliando seus serviços. A conexão sem fio (wi-fi) nos postos e imediações é uma das vitrines do projeto. Atualmente, das 703 unidades com acesso convencional à internet em computadores, cem delas oferecem banda larga wi-fi. Até dezembro, o cronograma de expansão prevê 382 agências com wireless; e até o término de 2014, a meta é estendê-lo para todos os postos.

Gratuito, como todos os serviços do programa, o acesso sem fio permite ao cidadão conectar seu notebook ou celular e usar, sem limite de tempo, o serviço. A expansão amplia o acesso convencional já feito nos 6,5 mil computadores do programa e leva o sinal de internet para parques, praças e praias vizinhos das unidades. Um dos exemplos é o posto inaugurado recentemente no Parque Villa-Lobos, na capital.

O Acessa SP é realidade em 564 dos 645 municípios paulistas e tem 1,2 mil monitores para atender aos usuários. O programa é coordenado pela Secretaria Estadual de Gestão Pública e gerido pela Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodesp). O endereço dos postos está disponível no site do Acessa SP.

Em 2013, o Acessa SP passou a dispor de Sistema de Gestão Integrada, que permite aos gestores enxergar os números do atendimento em tempo real e tomar decisões individuais e coletivas nas unidades. A medida integra investimento de R$ 9,6 milhões do Governo estadual. Desse total, R$ 1,5 milhão foi direcionado para a ampliação do wi-fi.

Expansões

As novidades incluem a padronização, também até o final do ano, da velocidade da banda larga em 2 MB nos postos, fruto de convênio assinado com a Telefônica/Vivo. E mais a criação de 125 postos Acessa SP, a expansão de dois para 32 postos Acessinhas, voltados para o público infantil, de quatro a dez anos, com conteúdos educativos de matemática, história, português e equipamentos exclusivos. Cada um deles terá televisor, videogame, dois celulares inteligentes, oito tablets e dez notebooks.

Outra inovação são os postos rurais. Instalados em distritos e subdistritos de municípios maiores, o Acessa Rural atende hoje a dez localidades com pouca oferta de sinal de internet. Em todos, o wi-fi já está disponível. A expansão prevê a instalação de mais 36 unidades até o final do ano. Cada telecentro desses tem, em média, seis computadores.

Cursos e serviços

Quem faz cursos a distância terá automaticamente o acesso ampliado de 30 minutos para uma hora, porque o tempo previsto de cada atividade diária é de 50 minutos. Quem tem negócio ou pretende abrir empresa também pode contar nos postos com serviços como registro de Micro Empreendedor Individual (MEI), assim como conseguir CNPJ para trabalhar.

Muitos usuários utilizam os computadores do Acessa SP para fazer serviços oferecidos no Poupatempo. A lista de serviços eletrônicos inclui atestado de antecedentes criminais, BO, Nota Fiscal Paulista (cadastro e consulta), agendamento para RG e CNH e mais serviços do Detran, como IPVA e consulta de multas e pontuação.

Prefeituras parceiras

Os municípios são parceiros do Governo paulista no programa. Os que ainda não dispõem de um posto podem solicitá-lo, encaminhando ofício à Gestão Pública. No interior do Estado, as prefeituras cedem espaço físico, selecionam e pagam aos monitores.

Já a Gestão Pública fornece equipamentos, banda larga, programas de computador, mobiliário e treina os monitores, ao menos uma vez por ano. À exceção são as agências das 39 cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), mantidas 100% pela pasta da Gestão Pública.

Emílio Bizon Neto, gerente do Acessa São Paulo, comenta que desde a criação do programa, em julho de 2000, foram contabilizados 69 milhões de atendimentos. Desde o princípio, a ideia é promover a inclusão digital, e no início a proposta era ser alternativa gratuita às lan houses, ou seja, oferecer computador e internet para quem não dispunha de ambos.

“Hoje, a oferta de serviço aumentou. Além do acesso web, há diversas opções de cursos e minicursos livres, sem exigência de conhecimentos prévios, para públicos de todas as idades”, observa Emílio. As áreas atendidas incluem informática, idiomas (inglês, espanhol) e alguns oferecem até certificado de conclusão expedido pela Escola do Futuro da USP.

Ele observa que o sistema interno registra 2,6 milhões de usuários cadastrados e há 1,5 mil projetos comunitários cadastrados na Rede de Projetos. Levantamento interno do Acessa SP sobre o perfil etário dos frequentadores dos postos, feito em 2013, revelou que 44% deles têm de 11 a 19 anos; 40% acima de 40 anos; e 16%, de 30 a 39 anos de idade. Do universo total, 5% possuem alguma deficiência.


Parque da Juventude

Localizado na zona norte da capital, o posto do Parque da Juventude será o primeiro a receber um dos Acessinhas. O local, que no passado abrigou a antiga Casa de Detenção do Carandiru, é uma unidade considerada um “Super Acessa”, por ser base operacional do programa e servir como polo de formação e recapacitação de monitores e também receber cursos presenciais. O Parque da Juventude é um dos postos que já têm o acesso wi-fi.

Thaynara Medeiros, aluna do ensino médio técnico da Etec instalada no local, é uma das que usa regularmente a a conexão wireless nos intervalos das aulas para ler livros, baixar músicas e acessar redes sociais pelo celular. Sorrindo, diz que embaixo da escada é o local onde o sinal é mais forte. “Não revelo meu login e senha aos colegas. Não custa nada eles se cadastrarem também”, comentou.

Dois andares acima, o aposentado Manoel Nogueira Neto se matriculou no curso de inglês de quatro semanas. Aos 69 anos, diz que teve poucas chances de estudar no passado. Agora, pretende aprender noções básicas da língua estrangeira para visitar parentes que moram no Texas (EUA). “Quase não acreditei que um curso tão bom pudesse ser gratuito e com a facilidade de ficar ao lado de uma estação do Metrô”, destacou.

No encerramento do curso de Montagem e Manutenção de Micros, a dupla Izabel de Oliveira e Felipe Magalhães garante ter aprendido muito, mesmo tendo tido apenas 12 horas de aulas. Os alunos creditam o sucesso da formação rápida ao empenho de Júlio César do Carmo, que se dispôs a “ir muito além do previsto”. Ambos, a partir de agora, pretendem fazer pequenos serviços em computadores domésticos da vizinhança.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 30/05/2013. (PDF)