Hoje é o último dia para visitar o 27º Workshop Integrativo na capital

Dirigida a universitários, feira na Poli-USP oferece oportunidades de estágio e de programas de trainee, palestras e oficinas, além de reunir 79 estandes de empresas; entrada é franca, mas exige cadastro on-line

Termina hoje o 27º Workshop Integrativo – feira anual de recrutamento promovida pela Poli Júnior – empresa constituída e gerida por alunos da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP). O evento ocorre das 9 às 19 horas em uma tenda montada no estacionamento da Poli, no câmpus da Cidade Universitária, e é destinado a estudantes do ensino superior em busca de estágio, programa de trainee ou vaga de emprego.

A entrada é franca, porém, para participar é requerida inscrição on-line no site do evento (ver serviço). Na tenda, o visitante tem acesso aos estandes de empresas e pode participar da programação de palestras e oficinas o dia inteiro.

De acordo com a representante da organização da feira, Flávia Rosa, essa é a maior edição do workshop em número de empresas participantes. “Nos últimos 26 anos, recebemos mais de 100 mil visitantes e, neste ano, o total de expositores aumentou de 73, no ano passado, para 79”, ressalta a universitária do 3º ano do curso de engenharia de minas da Poli.

Evolução

Segundo ela, estão agendadas caravanas de estudantes da USP, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Mackenzie, Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre outras.

O perfil das empresas expositoras é diversificado, inclui grupos especializados em recrutamento profissional e também instituições do mercado financeiro, consultorias, startups, empreiteiras, fabricantes de software, cimento, fertilizantes, de máquinas pesadas, bebidas, produtos químicos e cosméticos, por exemplo.

“O desejo da maioria das empresas é estreitar laços com os universitários e reforçar seus quadros profissionais no presente ou no futuro. Nos estandes, costumam apresentar produtos, serviços e estrutura organizacional, além de informar sobre recrutamento e oportunidades específicas”, conta Flávia.

“Para organizar o workshop, a Poli Júnior mantém um banco de dados com diversas organizações cadastradas e também participantes de edições passadas. Eventuais interessadas em expor nos próximos anos devem entrar em contato pelo site”, informa.

Passado e presente

Matriculado no 4º ano de engenharia ambiental da Poli-USP, há um mês Álvaro Caetano foi contratado como estagiário pela Ambev. Na sua visão, a multinacional brasileira, fabricante de bebidas, possui propostas desafiadoras para a área ambiental, segmento escolhido por ele para sua carreira.

“Embora eu esteja na firma há pouco tempo, a experiência está sendo bastante enriquecedora”, comentou. No estande da empresa, Álvaro diz ter participado das três últimas edições do workshop como visitante e agora recepcionou, em nome da fabricante, a aluna de Direito da Unicamp, Heloísa Jacomin, e a estudante de Fisioterapia da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Daniela Araújo.

“Não sabíamos que a Ambev tinha escritórios no País inteiro. Outra surpresa foi descobrir que oferecia oportunidades em áreas profissionais tão diferentes como as nossas”, comentaram as amigas. Ambas moradoras de Presidente Prudente, souberam do evento pelos namorados, estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), também presentes na feira. “A viagem de carro até a capital foi longa, mas está compensando demais, fizemos muitos contatos e há excelentes empresas expondo”, revelam.

Cadastro gratuito

A consultora de recursos humanos Jéssica Vitoriano é a responsável pelo estande da 99jobs, empresa de tecnologia (startup) dirigida às áreas de recrutamento e consultoria profissional. “Atendemos negócios de todos os tamanhos – desde a seleção até o encaminhamento do escolhido para a contratante. Com os universitários, fazemos um trabalho especial”, explica.

Segundo Jéssica, quando o aluno preenche gratuitamente seu perfil no site e envia currículo, o algoritmo da ferramenta on-line rapidamente cruza o perfil do candidato com as vagas disponíveis. “Como temos portfólio com mais de 70 grupos de grande porte cadastrados, sempre há esperança”, acredita. No Workshop Integrativo, o espaço da 99jobs é vinculado ao de seus quatro clientes: Porto Seguro, Grupo Suzano Papel e Celulose, Microsoft e Raízen.

A universitária do 4º ano de relações internacionais da Unesp de Franca, Giovanna Mendes, tão logo obteve informações no estande da Porto Seguro, foi saber com Jéssica sobre como se cadastrar para participar do programa de trainee e concorrer em outras carreiras: “Quero atuar em alguma área com impacto social, como entidade do terceiro setor (ONG) ou instituição de empreendedorismo social. A orientação da 99jobs foi excelente, não conhecia”, enfatiza.

Serviço

27º Workshop Integrativo (inscrição e programação)
Telefone (11) 3091-5797
E-mail wi@polijunior.com.br

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 10/08/2017. (PDF)

Gestão de contratos poupa R$ 59 milhões em eletricidade em SP

Iniciado em 2011, programa da Secretaria de Energia e Mineração avaliou consumo de energia elétrica de 1.648 edificações de órgãos públicos e readequou contratos de fornecimento do serviço em 707 delas

Uma solução de monitoramento criada pela Secretaria Estadual de Energia e Mineração permitiu ao Governo paulista economizar, nos últimos cinco anos, R$ 59 milhões em despesas com eletricidade. Denominado Sistema de Gestão e Análise de Faturas e Contratos de Energia Elétrica (Gesfat), o processo teve início em dezembro de 2011 e avaliou os contratos de fornecimento de energia com as distribuidoras que atendem 1.648 unidades (edificações) de alta e média tensão de órgãos públicos estaduais.

De acordo com o engenheiro eletricista Marcos Paulo Silva, um dos executores do projeto, o Gesfat surgiu a partir de parceria firmada entre a Subsecretaria de Energia Elétrica e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Nesse período, foram readequados à necessidade 707 contratos. Essa inovação, sem custos para o erário, foi estruturada tomando por base a Resolução nº 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel (ver serviço) – legislação responsável por diferenciar o fornecimento de eletricidade em dois grupos de consumidores: A e B.

Economia

Consumidor do Grupo A, de alta e média tensão e maior volume médio mensal de kilowatts (kW), como os órgãos públicos estaduais, paga pela demanda e pelo consumo de eletricidade. O do Grupo B, de baixa tensão, caso do cliente residencial, somente é cobrado pelo consumo.

“Em muitos casos, o plano contratado pelo órgão estadual era de 50 kW mensais, porém, a média de utilização não passava de 30 kW. Assim, foi solicitada à distribuidora de energia redução para 40 kW, proporcionando, no longo prazo, economia significativa nas contas”, explica Silva.

“Do mesmo modo, quem tinha serviço de 100 kW e todo mês ultrapassava esse limite foi estimulado a subir o total, pois o custo do kW excedente é muito mais caro do que aquele contratado”, observa. Nesse processo, sublinha, foi considerado um ponto importante da Resolução nº 414/2010.

“Quando há solicitação de aumento no fornecimento de kW, o prazo legal previsto de atendimento é de 30 dias. No entanto, quando o pedido é de redução, o prazo para atender a essa demanda sobe para 180 dias”, esclarece. “Além disso, o contrato somente pode ser alterado uma vez por ano e, se não houver mudança, ele é renovado automaticamente”, esclarece.

Orientação

Segundo Silva, o bem-sucedido programa da secretaria pode e deve ser replicado em empresas de todos os portes. “A principal orientação é sempre fazer gestão das contas, analisar as últimas 12 faturas e, se for conveniente, considerar contratar um engenheiro eletricista para reavaliar os processos e as instalações elétricas do empreendimento”, observa.

“Além disso, a Subsecretaria de Energia Elétrica está à disposição de gestores públicos de todo o País e de eventuais interessados em conhecer o ferramental desenvolvido para que, juntos, criem ações semelhantes”, informa.


Economia ano a ano

Ano Valor (R$ x 1.000)
2011 2,73
2012 4.889,68
2013 16.483,40
2014 6.038,99
2015 2.121,70
2016 29.403,22
Total 58.939,72

Fonte: Subsecretaria de Energia Elétrica/Secretaria de Energia e Mineração

Serviço

Secretaria Estadual de Energia e Mineração
Telefone (11) 3124-2161
E-mail marcosp@energia.sp.gov.br

Resolução nº 414/2010 da Aneel

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 05/05/2017. (PDF)

Fatec São José dos Campos abriga 23ª Competição Baja SAE Brasil

Universidades paulistas lideram ranking de títulos da disputa nacional de engenharia de mobilidade; nas 22 edições do torneio, ficaram 16 vezes com o primeiro lugar do pódio

Entre os dias 9 e 12, dez equipes de estudantes de engenharia de universidades públicas estaduais disputaram a 23ª Competição Baja SAE Brasil. Dessas, três aparecem no ranking das 20 melhores do País. Considerada pelos organizadores como a maior e mais importante prova nacional do gênero de mobilidade, neste ano o torneio foi realizado nas imediações do câmpus da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Prof. Jessen Vidal, em São José dos Campos.

O torneio original surgiu nos Estados Unidos em 1973, realização da SAE International, a maior associação mundial de profissionais da indústria automotiva, com 138 mil associados. Na edição encerrada no domingo houve a participação de 88 equipes, o maior número já registrado no País desde a criação da etapa nacional, em 1995. Nesse período, dos 22 primeiros lugares na classificação geral, 16 foram conquistados por escolas paulistas de engenharia, sendo oito deles obtidos por instituições ligadas ao Estado de São Paulo.

Trabalho

A competição desafia times de até 20 universitários a pôr em prática conhecimentos adquiridos em sala de aula. Todo projeto exige orientação de um professor e propõe trabalho completo de construção de um baja, considerando todas as etapas, desde a concepção e os testes finais de campo com o veículo do tipo off road (fora de estrada).

Além da inovação, os juízes da SAE Brasil também avaliam questões técnicas, organizacionais, de segurança, trabalho em equipe e gestão econômica, entre outros aspectos. Todo projeto campeão regional disputa a etapa nacional; o vencedor da fase brasileira passa para a competição internacional, nos Estados Unidos. Neste ano, a competição será realizada em Pittsburgh (Kansas), de 25 a 28 de maio.

Patrocinada por empresas como Mercedes-Benz, NSK, Schaeffler, Bosch, Chevrolet, entre outras, a disputa entre as universidades de todas as regiões brasileiras “fortalece o preparo dos futuros engenheiros para o mercado de trabalho, por oferecer aos alunos um caso real de desenvolvimento de veículo, com todas as implicações e desafios”, explica o presidente da SAE Brasil, Mauro Correia.

Resultados

Na quinta-feira, 9, e na sexta-feira, 10, as equipes foram divididas em dois grupos para a primeira fase de apresentação de projetos com as provas de inspeção técnica, abastecimento, verificação de motor, conforto e freios. No sábado, 11, foram realizadas as avaliações dinâmicas, análise de capacidade de tração, aceleração e velocidade máxima, suspensão e tração e as repescagens de segurança, conforto, freios, apresentação final de projetos e briefing com pilotos. No domingo, o ápice do encontro, foi realizado o enduro de resistência, prova de maior pontuação.

Cerca de 3 mil pessoas acompanharam as disputas. Na pontuação geral, a campeã foi a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Seus dois carros obtiveram o primeiro e o terceiro lugar no pódio. Na segunda colocação ficou o protótipo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na quarta o baja do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI) e na quinta posição o da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Até o final dessa semana, a SAE Brasil divulgará em seu site o ranking com a classificação final e todas as menções honrosas (ver serviço).

Paulistas, presente!

Com dois carros inscritos na competição, a Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP) teve como capitã da equipe a estudante de engenharia de materiais Suellen Alcântara, de 21 anos. “Para manter o retrospecto favorável, de seis títulos nacionais, viramos noites nas oficinas da USP para aprimorar sistemas de chassi, eletrônica, suspensão e freio desenvolvidos exclusivamente para a competição com orientação do professor Álvaro Costa”, contou a universitária ao lado de Rodrigo Logazzi, futuro engenheiro de produção e piloto dos bajas.

No boxe vizinho, a equipe da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) esmerava-se nos acertos finais do Teiú, nome dado ao protótipo nas cores preto e verde. “Desde 2002 buscamos esse título inédito e dedicamos o carnaval inteiro para acertar o carro, cujo orçamento total ficou em cerca de R$ 30 mil. Como novidades para esse ano, reprojetamos a direção e a suspensão, para ter mais leveza e desempenho superior”, revelou a universitária Mayumi Rodrigues, capitã do grupo.

Uma boa colocação na classificação nacional também era a meta da Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de Ilha Solteira. No primeiro dia de provas, duas horas antes da inspeção de frenagem, o piloto Pedro Bonádio viu uma trinca de 1,5 centímetro na manga de eixo, um conector da suspensão dianteira cuja avaria colocaria em risco as manobras do Manthus. “A escolha desse nome foi para dar sorte. Em grego, ele simboliza o deus do azar”, revelou Leonardo Olbrick, o porta-voz da equipe.

“Não dava para trocar a peça, ela custou R$ 2 mil. Corremos do sítio em Caçapava, onde estávamos hospedados, para uma firma especializada sediada nas proximidades da Rodovia Dutra e especializada em solda do tipo TIG (de tungstênio), a única possível para esse tipo de conserto. Deu certo, o dono da Argo Tig, sensibilizado com o problema, pôs um funcionário à nossa disposição. Em 30 minutos o reparo estava concluído”, contou sorrindo.


As equipes campeãs desde 1995

Escola Ano
Cefet-MG 1999
EESC-USP* 1995, 1996, 1997, 2003, 2006, 2008
FEI** 2001, 2002, 2005, 2007, 2010, 2011, 2016
Instituto Mauá de Tecnologia** 2004
Poli-USP* 2009, 2012
UFMG 2015
UFPE 2013, 2014, 2017
UFRN 1998, 2000

* = escola superior de engenharia vinculada ao Estado de São Paulo
** = escola superior paulista de engenharia

Serviço

23ª Competição Baja SAE Brasil

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 15/03/2017. (PDF)