Programa da Agricultura vai aproximar homem do campo dos serviços públicos

Prevista para março, ação conjunta com as prefeituras irá criar rotas para ambulâncias e viaturas atenderem mais rapidamente ocorrências em propriedades de todos os portes

Com o intuito de auxiliar as prefeituras a elaborarem um mapa com as rotas das propriedades rurais paulistas de todos os portes, a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (SAA) estruturou um grupo de trabalho para executar o Programa de Acessibilidade Rural Cidadania no Campo. Ainda inédita, essa ação governamental pretende aprimorar e integrar sistemas de segurança, saúde, transporte e outros serviços públicos direcionados à população rural.

O Grupo Técnico de Desenvolvimento foi instituído por meio da Resolução n° 61, de 6-12-2017. De acordo com o coordenador do Grupo de Trabalho, Carlos Henrique Paes de Barros, “a meta é lançar o programa em março” e uma das ações em execução consiste em elaborar um manual com instruções para identificar e nomear estradas, com a criação de códigos das Unidades de Produção Agropecuárias (UPAs). “A proposta é passar a atender emergências em sítios, chácaras e fazendas com maior facilidade e rapidez”, explica Barros.

Integração

Um dos temas em debate, informa o coordenador, é repassar às prefeituras os mapas com as rotas, por meio de convênios, em formato acessível para uso nas viaturas das polícias Militar, Civil e Florestal e também nas ambulâncias municipais, como as do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Da Pasta da Agricultura e Abastecimento, o Programa inclui representantes do gabinete da SAA e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati).

Além deles, o grupo é integrado por profissionais do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A. (Emplasa), responsável por fornecer mapas e também por servidores das secretarias estaduais da Casa Civil, Segurança Pública (SSP), Meio Ambiente (SMA) e Saúde (SES).

Padronização

Segundo Barros, a execução do Programa seguirá normas federais e estaduais de localização e de endereçamento. “O conceito nas estradas e propriedades rurais será adotar o mesmo padrão de nomenclatura usado nas zonas urbanas, de 11 dígitos, utilizado, por exemplo, em sistemas como o do Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo (Copom)”, explica Barros, sublinhando o fato de essa metodologia identificar instantaneamente o município, a rodovia codificada por número e o local de uma ocorrência nela a partir do seu início.

“No Programa, a coordenação será da SAA, porém, o trabalho será realizado em parceria com as prefeituras e sua evolução seguirá de acordo com o fornecimento dos dados municipais”, diz o coordenador. Para produzir as rotas, explica, serão compilados e sobrepostos diversos sistemas de informações disponíveis em cada um dos órgãos governamentais participantes.

Nesse sentido, haverá integração dos dados da SSP com os do Cadastro Ambiental Rural (CAR), da SMA, e com os do Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária (Lupa) do Estado, em execução na SAA, por meio da Cati e do Instituto de Economia Agrícola (IEA).

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 17/01/2018. (PDF)

Sistemas da Polícia Militar atendem, em média, 150 mil chamados por dia

Computadores interligados, imagens aéreas e radiocomunicadores garantem a efetividade da PM em todas as regiões do Estado

O Sistema de Informações Operacionais da Polícia Militar (SIOPM) é responsável por gerenciar a logística e o fluxo de atendimentos dos números de emergência 190 e 193 nos 645 municípios do Estado. Por dia, a central de operações na capital recebe, em média, 150 mil chamados, que são encaminhados às polícias militar, civil, rodoviária, bombeiros e Defesa Civil.

A Central opera em plantão permanente – 24 horas por dia, 365 dias por ano. O contato pode ser feito por telefone, fax, radiocomunicação e internet. Quando recebe a ligação, o atendente tem acesso às bases de dados da Prodesp, que hospeda sistemas da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), Polícia Civil, Poder Judiciário e Ministério Público. Além disso, o atendente acompanha o andamento da ocorrência desde a chegada até a finalização.

O SIOPM é um sistema inteligente: cataloga, grava e faz cópia de segurança de todos as informações. Depois apura e cruza os dados. De modo automático, lista numa região quais os horários e ruas com maior número de incidência de notificações. Mostra, também, o nome dos envolvidos nas ocorrências.

Os relatórios auxiliam a Secretaria da Segurança Pública (SSP) a planejar a distribuição do efetivo policial (civil, militar, científico, tropa de choque), veículos (helicópteros, viaturas, motos, bicicletas), armamento, canis, cavalaria e organização do policiamento em todas as regiões paulistas.

Segundo o capitão Alfredo Deak Junior, coordenador do SIOPM, uma das medidas que torna mais rápido o atendimento é a integração do sistema com o cadastro atualizado de assinantes das companhias telefônicas – a centralização da informação ajuda a coibir trotes.

Ao receber um telefonema, o funcionário verifica na tela as coordenadas geográficas do chamado. Observa, também, o nome e endereço do dono da linha. Em seguida, repassa a informação, com a melhor descrição possível do chamado, para a viatura mais próxima do local da ocorrência.

Disponibilidade permanente

O sistema telefônico é descentralizado no Estado. Município de maior porte tem central própria de comunicação; os menores, têm cobertura de central regional. O SIOPM monitora o andamento do serviço e foi projetado para operar com disponibilidade permanente em qualquer circunstância. “Se houver um blecaute no atendimento, colapso ou catástrofe de qualquer natureza, o serviço é automaticamente transferido para outra central”, informa Deak.

A disponibilidade é garantida por gerador próprio de energia (a diesel), rede dualizada de rádio, comunicação por rádio e fibra óptica com a central telefônica. “O objetivo é normalizar a situação de semáforos, viaturas e ambulâncias e evitar saques e crimes no momento de uma emergência de grandes proporções”, explica.

Antes da informatização, o contato entre denunciante e polícia demorava, em média, 30 minutos. “Hoje, o tempo estimado é de um minuto para ocorrência de emergência (crimes contra o patrimônio e integridade física da vítima) e de três minutos para as demais”, compara o capitão Deak.

“No dia-a-dia do policial, alguns segundos podem ser decisivos em situações delicadas, como refém sob a mira de arma, gestante em trabalho de parto ou, ainda, pessoa prestes a cometer suicídio. A informação geográfica do local da ocorrência, na tela do computador, facilita o deslocamento das viaturas na capital. Contudo, São Paulo tem 400 mil cruzamentos, e muitas ruas da periferia não são registradas no mapa”.

O capitão Deak conta que a razão do sucesso no atendimento é o treinamento constante. “A PM investe na formação de seus profissionais. A cada ano, três mil homens da corporação recebem treinamento de reciclagem e capacitação. A finalidade é instruir o policial para que ele conheça e utilize, com eficiência, o aparato tecnológico disponível e coloque em prática o aprendizado”.

Atuação territorial

A PM dispõe de 470 quartéis no Estado e trabalha de modo territorial. O policiamento primário de uma região recebe o complemento de uma companhia ou batalhão vizinho. Assim, sempre há reforço nas adjacências para o policial em patrulha nas ruas. São Paulo e as regiões do ABC, Osasco e Guarulhos têm centrais próprias de atendimento. Na capital, 47 servidores públicos ficam no sistema 190 e 40 no contato por rádio com as viaturas. Todos os sistemas da PM são interligados e foram desenvolvidos internamente.

O SIOPM foi criado em 1985, mas só entrou em operação dois anos depois, quando substituiu o antigo sistema de despacho de viaturas que rodava em mainframe. Na época, formulários de ocorrência e planilhas com estatísticas eram preenchidos a mão, enquanto os processos eram analógicos.

Central de telecomunicações

O major Davi Rezende de Oliveira comanda a central telefônica na capital e conta que a eficiência do serviço transformou o 190 em referência para a população. “Hoje, o cidadão pede auxílio policial e faz perguntas que extrapolam a competência da corporação. São dúvidas sobre endereços de hospital, posto de saúde, fornecimento de serviços como água e eletricidade. Na prática, atendemos tudo que é possível”, comenta o major.

Por dia, a Central recebe 30 mil ligações, das quais aproximadamente 20% se transformam em ocorrências que exigem deslocamento de viaturas. Os horários mais solicitados são as noites de sexta-feira e sábado, especialmente no período de verão. Nestes dias, as pessoas bebem maior quantidade de álcool e acabam provocando acidentes de trânsito, lesão corporal e homicídio com arma de fogo.

Os atendimentos da PM no Estado estão na casa do milhar. Em fevereiro, foram 52 mil conduções a hospital – 1,3 mil apoios a parto e 31 crianças nasceram no interior da viatura.

O major Davi menciona uma ligação recente que ajudou a salvar a vida de um recém-nascido na capital. “O bebê estava engasgado. Enquanto aguardava a chegada do resgate, a atendente transmitiu noções de primeiros socorros para a mãe. Em outra oportunidade, uma avó denunciou a filha por ter abandonado a neta na rua. A policial que recebeu o chamado ficou comovida e resolveu conhecer a criança. Foi o suficiente para que entrasse com pedido de adoção no Juizado de Menores. Hoje, o nenê é filho da atendente”, conta.

Radiocomunicações

O serviço de radiocomunicação utiliza frequência exclusiva e divide a capital em cinco grandes regiões. A localização das viaturas e ocorrências é feita por meio do sistema de posicionamento denominado “GPS Virtual”, que indica a latitude e a longitude de cada uma das 400 mil esquinas de São Paulo.

O rádio auxilia o policiamento preventivo e contribui para que uma região não fique desguarnecida. Cada veículo tem uma identificação única e circula em área delimitada. Se o rádio ordenar que uma viatura saia em socorro de outra, o comando faz um rearranjo que garanta a presença policial em todos os locais.

“Ficar na radiocomunicação exige profundo conhecimento do patrulhamento nas ruas. Quando preciso, o comando do rádio “inflama” uma ocorrência, em situações como tiroteio, sequestro ou atropelamento e os supervisores acompanham a cada minuto o andamento de cada chamado”, conta o major Davi. (No jargão policial, “inflamar” uma ocorrência é concentrar o foco sobre ela).

Tratamento preventivo

Para combater o estresse em razão do treinamento intensivo, há atendimento psicológico permanente. Só é selecionado para ocupar a função de atendente quem tem o perfil. Cada um trabalha uma hora e meia e descansa 30 minutos. Para prevenir problemas, o diálogo é sempre estimulado.

A Central faz auditoria interna por amostragem dos chamados todas as semanas. “Este retorno da sociedade norteia toda a estratégia da PM. É o caminho inverso – atendente retorna ligação para o denunciante e pergunta como foi o serviço. Recebemos elogios e a queixa mais comum é afirmar que o atendente faz muitas perguntas. Na verdade, está colhendo informações essenciais para evitar abordagens incorretas e facilitar o trabalho na rua”, salienta o major.

A soldado Sônia Siqueira trabalha na Central desde 1997, ano em que ingressou na corporação. “Minha satisfação é colaborar com o aprimoramento do serviço. Sei de imediato quando alguém conseguiu recuperar um bem que tinha sido roubado”, conta.


Copom on-line: monitoramento em tempo real

O capitão Gerson Baeto é coordenador do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom online), ferramenta projetada pela própria corporação que permite o acompanhamento em tempo real de todas as ocorrências em andamento no Estado (atendimento e finalização). O sistema mapeia os locais de maior e menor incidência de crimes com base nas 35 mil ligações diárias recebidas nas 98 companhias da PM na capital e Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).

O quadro com as ocorrências é atualizado automaticamente a cada 30 segundos. E o sistema autoriza o usuário imprimir, delimitar áreas específicas e dar um zoom nos mapas, que são processados sobre imagens aéreas e de satélite. Além disso, emite relatórios com as últimas ocorrências notificadas e aponta áreas críticas para o policiamento.

Ao clicar sobre cada ponto no mapa, o policial é informado sobre qual é o local, tipo de ocorrência, nível de prioridade e qual viatura está empenhada no atendimento. O serviço fica disponível na rede interna (intranet) da SSP e o administrador do sistema consegue identificar quem o utilizou, em qual horário e o que consultou.

A indicação geográfica de ocorrências é um serviço pioneiro no País. No Estado, atende a capital, ABC, Santos, São Vicente, Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba, Bauru, Araçatuba e São José do Rio Preto. Até o final do ano, estará disponível em Mogi das Cruzes, Jundiaí, Bragança Paulista e no Vale do Paraíba.


Fotocrim

A Base Informatizada de Fotografias Criminais (Fotocrim) é um sistema inteligente criado há cinco anos com o objetivo de armazenar informações e fotos de pessoas indiciadas. A iniciativa pioneira no País ajuda a população a identificar suspeitos e contribui no mapeamento dos delitos e da área de atuação dos criminosos no território paulista.

O capitão Ulisses Puosso coordena a equipe de 75 profissionais do Fotocrim que prepara o material e possibilita consultas na base de dados que tem 208 mil nomes. Cada registro informa a ficha criminal, apelidos, características (tatuagem, cicatriz, cor do cabelo e brincos), modo de atuação e conexão do criminoso com quadrilhas. “A colaboração dos PMs em fotografar criminosos detidos logo após o flagrante é essencial”, argumenta o capitão Ulisses.

Estratégia utilizada para apurar a veracidade dos cadastros é confrontá-los com os 123 mil registros da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Na delegacia, muitas vezes o delinquente passa informações erradas ou tenta assumir identidade falsa. Se for condenado e tiver pena para cumprir em presídio, acaba por fornecer seus dados corretos, para informar a família sua localização, caso algo venha lhe acontecer na prisão.

O Fotocrim ajudou a reduzir a chance de detenção de inocentes. E aumentou as de captura de procurados pela Justiça. “Antes da informatização, eram 70 mil fichas de papel, com imagens de diferentes tamanhos e recortes de jornal. Também padronizou os registros e traz fotos do rosto do criminoso em close frontal, lateral e de perfil. Contudo, antes da inclusão de nova ficha, a equipe faz uma auditoria minuciosa, para não cometer injustiças”, explica.

Em agosto de 2003, na capital, a vítima do estuprador Vandeli Fernandes o reconheceu e ele foi preso. Em janeiro de 2005, Carlos Henrique dos Santos (o “Rick”) roubou uma casa de veraneio em Ubatuba. Depois do reconhecimento fotográfico, foi produzido impresso e distribuído em todas as viaturas. O trabalho rápido permitiu a detenção do assaltante e de mais dois comparsas que estavam hospedados numa pousada distante três quilômetros do local da ocorrência.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente nas páginas II e III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 09/04/2005. (PDF)

Motorola e IPT são novos parceiros na informatização da Polícia Científica

Novos laboratórios digitais irão auxiliar peritos a identificar, guardar e comparar on-line provas e indícios de crimes

A Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Motorola firmaram convênio para cooperação técnica na área da segurança pública. De acordo com os termos da parceria, a empresa vai transferir tecnologia, doar equipamentos e treinar profissionais para implementação de tecnologias avançadas nesse setor. O ato foi assinado na sede da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC).

A Motorola destinou R$ 1,4 milhão para a iniciativa, que não trará custos para o Estado. O recurso será direcionado para a implantação no IPT do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Avançadas em Segurança Pública (LDTA) e, na sede da Polícia Científica, será construída a Unidade Avançada, que ficará interligada online ao LDTA.

Papel dos parceiros

A SPTC é o maior centro brasileiro na produção de perícias forenses e indicará as necessidades de desenvolvimento dos laboratórios. Segundo Celso Perioli, coordenador da SPTC, a aliança de dois órgãos de cunho técnico e científico com uma grande empresa multinacional vai contribuir muito para o aprimoramento das perícias realizadas no Estado.

“A nova parceria estende o acordo firmado em 2003 entre a SPTC e o IPT. E tem por objetivo continuar colocando a ciência e o conhecimento a serviço da justiça e da sociedade”, ressalta. E explica que a proposta é desenvolver na Unidade Avançada um sistema informatizado de provas com identificação individual por radiofrequência, ou por outros meios tecnológicos ainda em estudo.

“Trata-se de oferecer uma nova abordagem para a guarda de materiais, substâncias, instrumentos e objetos que já foram periciados, estão com perícia em andamento, ou ainda, serão objeto de perícia. Vamos assim nos equiparar aos sistemas equivalentes existentes nos países de primeiro mundo”, avalia.

“Em abril, será colocado em execução um novo sistema de gestão da produção de laudos. Além disso, foram adquiridos novos computadores e será realizada a expansão da rede interna (intranet) da SSP. E outro destaque, será a distribuição de 250 maletas especiais para serem utilizadas pelos peritos em cenas de crimes”, finaliza Perioli.

Integração

Segundo Guilherme Ary Plonski, diretor-superintendente do IPT, a parceria proporcionará um salto de qualidade nos serviços de investigação em todas as regiões do Estado. “Os pesquisadores do IPT trabalharão na construção e manutenção de programas de bancos de dados (softwares). Serão sistemas inteligentes capazes de identificar, guardar e comparar provas e indícios – fundamentais para esclarecer dúvidas como o dia e a hora de um crime”.

As informações selecionadas para os bancos de dados serão enviadas por ondas de rádio. Os dados transmitidos em tempo real podem ser imagens, sons, vídeos ou qualquer outro tipo de arquivo. E ficam guardados e disponíveis para consulta online em qualquer horário pelos policiais.

“Quando estiver em funcionamento, o sistema será uma poderosa ferramenta de apoio para os policiais. Com a vantagem de ser de fácil integração com outros sistemas de gestão e com indicadores de desempenho”, explica Plonski.

Parceiro privado

Líder mundial no fornecimento de tecnologias e infraestrutura para telecomunicações, a Motorola inaugurou, em 1999, seu campus industrial em Jaguariúna, base de manufatura e exportação de produtos para o País e para o Mercosul.

“Acreditamos que o investimento no tripé segurança, educação e desenvolvimento ambiental contribuirá para o desenvolvimento sustentado do País. Vamos construir junto com o IPT o mais moderno centro de tecnologias avançadas do País. E estamos prontos para atender a qualquer necessidade na área de segurança pública, principalmente no que diz respeito a manufatura de equipamentos em território nacional”, disse Luiz Carlos Cornetta, diretor-geral da empresa.

Tendência irreversível

O secretário estadual da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que o primeiro objetivo da parceria é melhorar o atendimento ao cidadão. E lembrou que há grande potencial de contribuição com as novas tecnologias, já que os processos judiciais são baseados em provas.

“A informatização da SSP é uma tendência irreversível. Em breve, os novos laboratórios estarão interligados ao centro de inteligência da polícia para tornar mais efetivo o fluxo de informações no Estado”, informou. O secretário também comentou a experiência do programa Centro de Operações da Polícia Militar Digital (Copom) implantado em São José dos Campos.

“Nesse sistema, a tela do computador informa a localização de cada viatura policial e o tempo de atendimento de uma ocorrência. Se um policial demora mais de quatro minutos, um alerta é emitido para o Centro de Operações, que verifica se há algum problema”, explicou.

A experiência realizada no Vale do Paraíba é pioneira no País e tem como vantagem não permitir escuta ilegal das comunicações da polícia, já que as mensagens são codificadas. “O Copom Digital também permite que outros órgãos acessem as imagens e informações, o que permite maior integração entre o Estado, prefeituras e governo federal”, finalizou.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 02/03/2005. (PDF)