Projeto oferece acesso a atrações culturais

Criado por meio de parceria entre secretarias de cultura do município e do Estado e a SPTuris, iniciativa vai beneficiar profissionais de várias categorias que atuam nas ruas da capital e seus familiares

A Secretaria Especial para Assuntos de Turismo e a São Paulo Turismo (SPTuris), em parceria com a Secretaria de Cultura da capital e a Secretaria de Estado da Cultura lançaram o projeto “São Paulo: pode entrar que a casa é sua”. A iniciativa vai até dezembro de 2016 e concede acesso gratuito em 25 atrações culturais e educativas da capital para profissionais de categorias que atuam nas ruas da cidade.

O lema do projeto é capacitar diversos prestadores de serviços, considerando que esses profissionais muitas vezes são divulgadores culturais e turísticos da capital para visitantes e munícipes.

“A ideia é possibilitar a esses trabalhadores – e seus familiares – conhecerem mais sobre os equipamentos culturais e turísticos da cidade e temas ligados às atrações, como arte, história, ciência, literatura, entre outros”, explica Alcino Rocha, presidente da SPTuris, vinculada à prefeitura e responsável pelo projeto.

Público-alvo

Os beneficiados são taxistas, frentistas de postos de gasolina, agentes ambientais, trabalhadores da área da limpeza pública e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), motoristas e cobradores de ônibus (inclusive fretados), trabalhadores do Metrô, da Linha Amarela e da CPTM, além de todo o efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Polícia Civil e Polícia Militar.

Os equipamentos culturais participantes estão identificados com um selo do projeto na bilheteria. Cada trabalhador pode levar até quatro acompanhantes, que também terão acesso gratuito. Entretanto, antes de ir ao local, é recomendável entrar em contato com a instituição ou se informar para obter mais informações sobre horários, datas e eventuais condições do acesso na data pretendida.

Para entrar gratuitamente nos equipamentos participantes, o profissional deve apresentar, na bilheteria, comprovante de trabalho (crachá ou holerite), acompanhado de documento com foto ou a carteira profissional. No caso do taxista, a recomendação é levar alvará de circulação ou carteirinha de associação.

Participantes

Até dezembro de 2016, não será cobrado ingresso desses profissionais no Instituto Butantan, Estação Pinacoteca e Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu Afro Brasil, Catavento Cultural e Educacional, Museu da Casa Brasileira (MCB,), Museu da Imagem e do Som (MIS), Museu da Imigração, Museu da Língua Portuguesa, Museu de Arte Sacra, Museu do Futebol e o Museu de Arte Moderna (MAM).

Há ainda as atrações culturais da cidade de São Paulo que já têm entrada gratuita. A lista contempla a Capela do Morumbi, a Casa da Imagem, Casa das Rosas, Casa do Tatuapé e Casa Guilherme de Almeida, além de Memorial da Resistência, Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC-USP), Museu da Energia de São Paulo, oficinas culturais, Paço das Artes, os sítios da Ressaca e Morrinhos e o Solar da Marquesa de Santos.

Serviço

Mais informações sobre o projeto Pode entrar que a casa é sua podem ser obtidas em http://goo.gl/p55Ut4.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 08/12/2015. (PDF)

Empresas recorrem ao Prumo para melhorar processos e produtos

Unidades móveis do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) põem à disposição laboratórios e engenheiros para dar apoio ao setor industrial na busca por soluções de problemas

Empregar experiência fabril e conhecimento para melhorar processos e produtos de negócios, cooperativas e Arranjos Produtivos Locais (APLs) do Estado de São Paulo. Essa é a missão do Projeto Unidades Móveis (Prumo) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), iniciativa idealizada em 1998 pelo engenheiro metalurgista Vicente Mazzarella, especialista do IPT que segue trabalhando no projeto.

O Prumo entrou em operação no ano seguinte e de lá para cá atendeu 5 mil empreendimentos, sendo um dos cinco serviços de apoio à indústria oferecidos pelo IPT por meio do seu Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa (NT-MPE). O trabalho especializado começou com o setor de polímeros (plásticos e borrachas) e hoje contempla também fabricantes de cerâmicas, couros e calçados e tratamento de superfícies.

Pode contratar o Prumo empresa paulista com faturamento anual de até R$ 90 milhões. O serviço dispõe de oito unidades móveis (vans) equipadas com laboratórios. Comandadas por equipes formadas por engenheiros e técnicos, as unidades têm ferramental especializado para fazer ensaios na área industrial das empresas.

Diagnóstico

Em média, os atendimentos são concluídos em 15 dias. Depois do contato com o Prumo por meio de um de seus canais de comunicação (ver serviço), um dos sete engenheiros do projeto vai à sede da empresa identificar e diagnosticar gargalos na produção, assim como questões com matérias-primas e processos. Em até sete dias, o engenheiro retorna à empresa para concluir o trabalho acompanhado de um dos seis técnicos do projeto.

O preço de cada serviço prestado varia de acordo com sua especificidade. Em média, custa R$ 800 e o montante pode ser parcelado. Do total do atendimento, 10% dos custos são bancados pelo contratante e os 90% restantes pelo IPT, por meio do programa de apoio tecnológico às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.

Injeção

“A proposta comum a todos os atendimentos é aumentar a produtividade e a qualidade de produtos e dos serviços prestados, assim como prevenir prejuízos e retrabalhos”, observa a pesquisadora Mari Katayama, diretora do NT-MPE. Ela informa que o site do IPT traz diversos casos de sucesso de atendimentos realizados pelo Prumo e os demais programas do Núcleo, como adequação de produtos para exportação e mercado interno, gestão de processos e adoção de iniciativas sustentáveis e ambientalmente corretas (ver lista completa no boxe).

A mais recente novidade do Prumo foi o curso de injeção de plástico organizado e ministrado pelo IPT no dia 22 de novembro. Com jornada de oito horas, foi direcionado para proprietários ou funcionários de empresas e custou R$ 800.

A inscrição na capacitação deu direito a cada um dos 12 participantes de receber atendimento especializado do projeto em sua empresa. O próximo curso está previsto para março; eventuais interessados devem entrar em contato com os canais de comunicação do projeto (ver serviço).

Melhora

Em abril de 2014, a Naturilex, empresa de Carapicuíba, seguiu a recomendação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e contratou o serviço de Qualificação de Produtos para o Mercado Interno (Qualimint) do IPT. Na época, contam seus gestores, Reinaldo José, administrador, e Rômulo Caixeta, economista, a proposta era melhorar a qualidade das linhas de chás (mate e verde) comercializadas pela empresa.

Eles contam que “o atendimento do IPT superou expectativas e favoreceu a decisão de substituir a produção terceirizada pela fabricação interna”. Assim, a empresa do segmento de bebidas prontas, criada em 2010, investiu em maquinário e em pessoal para expandir sua linha de produção e de produtos. Hoje, fabrica 300 mil litros mensais de chás e parte da produção é vendida para as lojas da rede Rei do Mate.

Recomendação

“O crescimento do negócio trouxe novos desafios”, conta Marcelo Ardessore, encarregado de produção e manutenção. “Dessa vez, o serviço contratado no IPT foi o Prumo, com a missão de solucionar duas questões”, revelou. O primeiro problema era com o envase das garrafas de PET usadas pela Naturilex; o outro, com os rótulos, que rasgavam durante a montagem dos fardos para transporte e armazenamento.

“O problema da tampa era compressão excessiva no processo do sopro da garrafa”, revelou Marcelo. “Seria impossível saber disso sem ferramental adequado e orientação especializada.” O outro gargalo, relacionado às embalagens, foi corrigido com a substituição do rótulo de PVC pelo feito com o mesmo material usado nas garrafas, o chamado rótulo de PET, a partir de recomendação do IPT.


Outros serviços tecnológicos oferecidos pelo IPT

  • Qualificação de Produtos para o Mercado Interno (Qualimint): Tecnologia para empresas que desejam ampliar a qualidade de seus produtos. Atendimentos têm piso de R$ 25 mil
  • Apoio Tecnológico à Exportação (Progex): Direcionado para quem deseja exportar e necessita adaptar seus produtos para competir com os importados ou atender às exigências de compradores locais. Atendimentos têm valor médio de R$ 28 mil
  • Gestão do Processo Produtivo (Gespro): Dirigido ao aperfeiçoamento do controle de estoque, cumprimento de prazos e controle de qualidade dos produtos. Os atendimentos têm valor médio de R$ 17 mil.
  • Produção Mais Limpa (Prolimp): Atende a empresas com produção destinada a atividades sustentáveis, que procuram optar por processos produtivos mais limpos, focando na redução de suas emissões gasosas e líquidas, da quantidade de rejeitos, além de realizar consumo racional de matérias-primas e oferecer a destinação correta a seus resíduos e atenção ao ciclo de vida de seus produtos. Os atendimentos têm valor médio de R$ 25 mil.

Serviço

Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
E-mail ntmpe@ipt.br
Telefone (11) 3767-4204

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 05/12/2015. (PDF)

IPT orienta sobre a prevenção de acidentes com raios

Recomendações incluem manutenção periódica de sistemas de segurança e cuidados como procurar abrigo em área coberta logo após o primeiro trovão

As chuvas fortes de primavera e de verão aumentam a incidência de raios na região Sudeste brasileira. Para prevenir prejuízos e mortes causadas pelas descargas elétricas, o engenheiro eletricista Mário Leite Pereira Filho, do Laboratório de Equipamentos Elétricos e Ópticos (LEO) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), indica as duas recomendações mais importantes.

A primeira é fazer a manutenção periódica de equipamentos de segurança, como sistemas de para-raios e aterramento, serviços prestados pelo IPT. A outra é procurar abrigo em qualquer edificação ou instalação subterrânea tão logo comece a chover forte. Opção segura também é aguardar a chuva passar dentro de um carro.

Acidente

“É preciso interromper qualquer atividade ao ar livre e abandonar piscina e locais descampados, como praia, campo de futebol, plantação, pista de pouso, entre outros”, orienta o especialista. “E sempre manter distância de árvore, poste ou qualquer estrutura alta, capaz de atrair a descarga elétrica”, alerta.

Se ocorrer um acidente com vítima, a recomendação é ligar para o telefone gratuito 192 e solicitar apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Caso haja no local alguém habilitado, prestar primeiros socorros, medida capaz de diminuir a letalidade em muitas emergências.

Referência nacional

O engenheiro destaca o monitoramento permanente sobre raios realizado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). “O grupo monitora todo o território brasileiro e é a referência científica mais importante e atualizada sobre o assunto”, observa.

De acordo com o Elat-Inpe, na região Sudeste, São Paulo lidera o ranking de cidades mais atingidas por raios – em média, são 20 mil a cada ano. A capital também é o município brasileiro com mais mortes causadas pelas descargas elétricas – foram registradas 26 entre os anos 2000 e 2014. Neste período, 288 pessoas foram a óbito no Estado por este motivo e, a cada ano, o território paulista recebe, em média, 2 milhões de raios.

Portfólio

Desde a década de 1980, o IPT atende órgãos dos três níveis do poder público (Prefeitura, Estado e União) e também empresas interessadas na prevenção de acidentes com raios em suas instalações. O serviço é executado pelos profissionais do LEO, unidade do Centro de Tecnologia Mecânica, Naval e Elétrica do IPT, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.

Além de Mário Leite, a equipe do LEO é formada pelo engenheiro Luiz Eduardo Joaquim e pelo técnico Kleber Jesus. O primeiro serviço prestado pelo grupo é direcionado ao setor industrial. Consiste em realizar testes e ensaios em materiais e componentes para aterramentos, para-raios, supressores de sobretensão elétrica, etc.

Segurança

Prefeituras e demais órgãos governamentais podem contratar o IPT para fazer a verificação e revisão de seus Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Essa manutenção preventiva, periódica e obrigatória é prevista pela legislação vigente e segue as diretrizes da norma NBR nº 5419 (revisão 2015) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O terceiro serviço oferecido é a medição em campo das partes aéreas e subterrâneas de estruturas preventivas, para verificar as condições dos cabos e para-raios – itens que costumam ter vida longa.

“Nos atendimentos realizados, a equipe sempre instrui o cliente sobre quais cuidados deve tomar para evitar ocorrências”, observa o engenheiro Mário Leite. Ele destaca trabalhos desta natureza realizados pelo instituto, como a revisão do SPDA dos palácios do governo paulista (dos Bandeirantes e do Horto, na capital, e o da Boa Vista, em Campos do Jordão).


As dez cidades paulistas que têm mais queda de raios

Município Densidade anual de descargas (por km²)
Itaquaquecetuba 13,13
Cândido Rodrigues 13,12
Ferraz de Vasconcelos 12,23
Rosana 12,00
Bananal 11,96
Poá 11,94
Eldorado 11,89
Arujá 11,80
Potim 11,76
Caçapava 11,70

Serviço

Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
Telefone (11) 3767-4823
e-mail – leo@ipt.br
Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 26/11/2015. (PDF)