Sobre: Rogerio Mascia Silveira

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Estação Brás da CPTM recebe inscrição para cirurgia de catarata

Prazo para paciente com mais de 50 anos de idade e dificuldade de visão estende-se até 14 de agosto; interessado no procedimento médico gratuito deve apresentar RG e comprovante de endereço

Cidadão a partir de 50 anos com baixa visão ou com dificuldade para enxergar tem prazo até 14 de agosto para comparecer no Espaço Cultural da Estação Brás da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), das 9 às 17 horas, de segunda a sexta-feira, região central da capital, e realizar sua inscrição grátis no 18º Mutirão de Cirurgia da Catarata. O procedimento será realizado no final de agosto, em data ainda a ser definida.

Realizada desde 2002 pela instituição beneficente Instituto São Paulo de Ação Voluntária, a ação social possibilitou a realização de mais de 25 mil cirurgias. De acordo com Valter Lima, do Grupo Escoteiro Cruzeiro do Sul e um dos voluntários engajados na recepção dos pacientes na Estação Brás (Rua Domingos Paiva, 600), o interessado deve apresentar documento pessoal com foto e comprovante de endereço.

Mais locais

Segundo Liezi Lanza, diretora financeira do Instituto São Paulo, no ato da inscrição o paciente é informado da data e do local onde realizará os exames pré-cirúrgicos. “Quem não puder ir à Estação Brás, pode se inscrever em outros quatro postos, todos na zona leste da capital: a loja 427 do Shopping Aricanduva, localizada na Avenida Aricanduva 5.555, Vila Matilde; a Praça Barão de Itaqui, 685, no Tatuapé; a Avenida Mateo Bei, 2.618, em São Mateus; e a Praça Verde do Poupatempo Itaquera, na Avenida do Contorno, 60, em Itaquera.

“O mutirão reúne equipe multidisciplinar formada por 300 profissionais, entre médicos, enfermeiros e voluntários”, informa Liezi. Além da CPTM e dos escoteiros, ela destaca a participação de outros parceiros na iniciativa, como a Federação de Bandeirantes do Brasil, um grupo formado por escolas de enfermagem e duas universidades e outro composto por instituições beneficentes, a exemplo do Rotary Club de São Paulo, entre outras.

A doença

A catarata provoca a perda da transparência do cristalino do olho, região ocular cuja função é atuar como uma lente para ajudar as imagens a se tornarem nítidas. Quando o cristalino fica totalmente embaçado, ocorre a cegueira e o processo pode atingir uma ou as duas vistas e demorar anos ou meses para se completar. A maior parte dos casos decorre do envelhecimento, porém, a doença pode estar associada a traumas, exposição à radiação, estar presente desde o nascimento ou ocorrer na sequência de uma cirurgia ocular, entre outros motivos.

O único tratamento é a intervenção cirúrgica. Os demais fatores de risco para a catarata são diabetes, fumar, exposição prolongada à luz do sol e consumo de bebidas alcoólicas. O diagnóstico é realizado por meio de exame médico e esse problema ocular causa cegueira (reversível com cirurgia) em mais de 46 milhões de pacientes no mundo, de acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Esperança

“Em 30 minutos resolvi tudo”, conta o autônomo Antônio Eduardo Cavalcante Silva, paulistano de 63 anos, um dos primeiros atendidos na Estação Brás da CPTM, ontem, dia 4. No começo do ano passado, no exame de renovação de sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ele relatou ao médico do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) dificuldade para enxergar em ambas as vistas e foi, então, encaminhado para consulta oftalmológica.

“Paguei do bolso essa despesa, não tinha mais como esperar por atendimento médico e nela recebi o diagnóstico de cirurgia”, contou, mostrando o encaminhamento. “Fazer grátis esse procedimento é uma oportunidade única”, comemora Antônio. Depois dele na fila, a pensionista Aldemisa Sousa, de 55 anos, moradora de São Miguel Paulista, bairro da zona leste, relatou situação parecida. “Tenho perda de 80% na vista direita e 60% na esquerda, também não tenho como pagar pela cirurgia, os R$ 150 da consulta pesaram demais. Operar de graça é uma benção”, festejou Aldemisa.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 05/07/2017. (PDF)

Detran.SP informa: é possível trocar multa por advertência

Motorista com multa de trânsito leve ou média no prontuário pode pedir a substituição por advertência, mediante requerimento por escrito. “Essa situação somente vale se a autuação for feita pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP), e quando não há reincidência da mesma infração nos últimos 12 meses”, informa Maxwell Vieira, diretor-presidente do órgão.

Essa troca, salienta Vieira, prevista no art. 267 da Lei nº 9.503/1997 (do Código de Trânsito Brasileiro – CTB), foi regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e está em vigor em todo o território nacional desde 1º de janeiro de 2014. Para ter acesso a esse benefício, o condutor autuado deve acionar o Detran.SP pessoalmente, pelo correio ou on-line, no site da instituição (ver serviço).

Andamento

Depois de cadastrado no site, o interessado precisa copiar e imprimir um formulário, que, depois de preenchido, assinado e digitalizado, deverá ser anexado ao requerimento com outros documentos. Eventuais dúvidas podem ser esclarecidas no site do Detran, onde também constam os endereços e outras instruções. O prazo para recorrer é de 30 dias a partir da emissão da notificação de autuação e o andamento do julgamento pode ser acompanhado pelo site do Detran.SP.

“Pedir a mudança é um direito, porém o Detran.SP considera o histórico do condutor antes de aprovar”, observa Maxwell. Segundo ele, essa solicitação atende infrações como dirigir com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida ou trafegar sem o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV), documento de porte obrigatório, entre outras. “Para a sociedade ter um trânsito mais seguro é preciso ocorrer uma mudança no comportamento dos motoristas, no sentido de respeitar as leis vigentes em todas as situações”, observa.

Serviço

Detran.SP
Código de Trânsito Brasileiro (CTB)

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 01/07/2017. (PDF)

Agência Desenvolve SP impulsiona negócios no setor sucroenergético

Linhas de financiamento propiciaram a construção da planta industrial da FibraResist, em Lençóis Paulista, e o investimento da Al Sukkar, de Ribeirão Preto, em novos produtos e a sua inserção no mercado

Criadas para fortalecer a inovação, estimular o surgimento de novos negócios e apoiar todos os setores da economia, as linhas de crédito da Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) são as grandes aliadas de quem pretende empreender no futuro ou já está em operação e deseja expandir atividades e instalações. Dois exemplos recentes de empresas impulsionadas pelo financiamento público vêm da cadeia sucroenergética.

A indústria FibraResist, sediada em Lençóis Paulista, é o primeiro deles. A empresa foi pioneira ao fornecer massa celulósica, para a indústria papeleira, obtida a partir de tratamento exclusivo da palha da cana-de-açúcar – um dos resíduos da produção das usinas.

O segundo empreendimento atendido pela instituição vinculada ao Governo estadual foi a Al Sukkar, de Ribeirão Preto. Ela desenvolve e fornece antibióticos naturais – modelo alternativo, eficiente e sustentável – para a substituição de agroquímicos utilizados, por exemplo, em processos de fermentação do açúcar e na produção do etanol.

Ação social

De acordo com o gerente de negócios da agência paulista, Rafael Bergamaschi, os dois financiamentos foram solicitados no final de 2015 e as primeiras parcelas começaram a ser liberadas em abril do ano passado, após as etapas obrigatórias de análise da documentação e de verificação de pendências legais e financeiras.

“Esses empréstimos têm caráter social e visam a gerar emprego e renda nos 645 municípios paulistas. Por esse motivo, oferecem taxas de juros e prazos de carência e de pagamento mais atrativos em comparação aos vigentes no mercado”, sublinha Bergamaschi.

Atualmente, estão disponíveis 20 linhas de crédito para empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões. “Além da criação de tecnologias e construção de instalações, o dinheiro pode ser usado para adquirir estoques ou maquinários, bancar projeto na área ambiental ou projetos de exportação”, destaca o gerente.

Há também opções de financiamento para prefeituras paulistas. Nesses casos, o recurso pode ser aplicado em obras de infraestrutura, iluminação, redução de impactos ambientais, pavimentação, adequação e construção de distritos industriais e de centros agropecuários de distribuição e de abastecimento.

Facilidade

“A Desenvolve SP tem atualmente R$ 1 bilhão em caixa. Desde 2009, repassou mais de R$ 2,4 bilhões a 1,6 mil projetos de 270 cidades paulistas”, informa o gerente. Para facilitar ainda mais o acesso aos seus serviços, a agência lançou na primeira quinzena de junho a versão de seu site (ver serviço), que oferece interatividade total.

“Agora, para fazer a simulação de um empréstimo, basta informar no campo do formulário eletrônico o valor pretendido, o prazo total de pagamento em número de meses e o período de carência desejado, isto é, o prazo, também em meses, para começar a quitar a dívida”, comenta.

Outro destaque é o recém-criado crédito digital: financiamento de capital de giro com aprovação em até dois dias úteis e taxas a partir de 1,18% ao mês e três anos para pagar. “Se preferir, o interessado pode ir pessoalmente à sede da Desenvolve SP, na capital, para ser atendido”, explica o gerente (ver serviço).

Planta industrial

“O apoio da agência paulista foi fundamental para a construção da fábrica, cuja capacidade de operação foi dimensionada para atender ao crescimento nos próximos anos”, revela o representante da FibraResist, Mario Welber.

Segundo ele, o projeto de empresa, idealizado pelo químico industrial José Sivaldo de Souza, começou com o desenvolvimento de um biodispersante. Esse agente químico permitiu separar as fibras da palha da cana e a produção a frio da pasta celulósica, sem gases poluentes e em circuito fechado.

A empresa tem 51 funcionários trabalhando em três turnos e capacidade para produzir até 72 mil toneladas de pasta celulósica por ano. A produção é vendida para a indústria papeleira e para a fabricação de papel-cartão, papel-jornal, embalagens e papéis para a linha higiênica.

“Essa tecnologia é sustentável e abriu novo nicho para a palha da cana. Antes, uma das poucas opções rentáveis para a matéria-prima era queimá-la para gerar eletricidade, isto é, quando ela não era descartada indevidamente no meio ambiente”, analisa. “Agora, o próximo passo será aproveitá-la para produzir fórmica, tijolo e embalagens”, anuncia Welber.

Largada

Em 2010, depois de estudar e lecionar por muitos anos, a química pós-doutorada Eloísa Kronka incubou sua empresa de tecnologia (startup), a Al Sukkar, no Supera Parque Tecnológico de Ribeirão Preto – iniciativa conjunta do câmpus local da Universidade de São Paulo (USP), prefeitura e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.

A proposta, conta a empreendedora, foi aproveitar sua experiência laboratorial para criar, controlar e monitorar processos fermentativos industriais. O primeiro produto foi uma linha de antibióticos com plantas medicinais brasileiras.

Essa solução, ao contrário dos agrotóxicos comumente usados, é 25% mais barata, não deixa resíduos no solo nem na água e tem eficiência superior no combate às contaminações causadas por micro-organismos, fator de perda de produtividade em processos das usinas, como, por exemplo, na fermentação alcoólica.

Outro diferencial, indica Eloísa, é oferecer uma solução sob demanda para cada usina a partir da análise laboratorial. Os micro-organismos ativos nos processos variam de acordo com a região e pelo fato de a produção de etanol apresentar cerca de 9 a 15 tipos de bactérias diferentes.

“O aporte obtido na Desenvolve SP foi fundamental para investir na produção e inserir a Al Sukkar no mercado”, revela. “Hoje, além de mim, trabalham na empresa seis funcionários. Para prospectar clientes, cito como exemplo um dos mais antigos. Ele utilizou a nossa solução e obteve uma economia de R$ 2 milhões”, conta, orgulhosa.

Serviço

Desenvolve SP
Atendimento presencial ao empreendedor: de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas
Rua da Consolação, 371 – Centro – São Paulo (SP)
Telefone (11) 3123-0464

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 30/06/2017. (PDF)