Sobre: Rogerio Mascia Silveira

Brazilian journalist

Telecurso TEC: prazo de inscrições para a prova vai até dia 21

Disponível on-line, ficha de inscrição para a modalidade aberta deve ser preenchida à mão e enviada pelo correio com cópias do RG, do CPF e do certificado de conclusão da etapa anterior

Termina no dia 21 de outubro o prazo para inscrição gratuita no exame presencial da modalidade aberta do Telecurso TEC do Centro Paula Souza (CPS). O interessado em fazer a prova para obter o certificado de conclusão dos módulos I, II ou III deverá remeter pelo correio a ficha de inscrição, disponível on-line, preenchida e acompanhada da documentação obrigatória. A avaliação será aplicada no dia 9 de dezembro, sábado, às 9 horas, nas 38 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) polos do programa (ver Serviço).

Criado em 2008, a partir de parceria do CPS com a Fundação Roberto Marinho, o Telecurso TEC tem a proposta de ampliar o acesso à educação profissional e à empregabilidade dos participantes. Atualmente, oferece três cursos técnicos na área de gestão: Comércio e Secretariado, ambos com 800 horas de atividades, e Administração, com mil horas. As três formações são reconhecidas pelo Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE/SP), têm duração de um ano e meio e seu conteúdo é dividido em três módulos semestrais. O primeiro deles, chamado de Básico, é comum aos três cursos.

Flexibilidade

“A proposta é possibilitar ao estudante a obtenção de mais dois diplomas gratuitos depois da conquista do primeiro. Basta ele continuar estudando, de acordo com seu ritmo e disponibilidade de tempo”, sublinham Lídia Ramos, Juçara Montenegro e César Freitas, coordenadores do Telecurso TEC do Grupo de Estudo de Educação a Distância (GEEaD). “Quando o estudante é aprovado em um módulo, seu certificado ou diploma é encaminhado pelo GEEaD para a Etec polo onde ele fez as provas em até três meses. E deve também ser retirado lá”, informam.

Continuar estudando foi a decisão tomada por Denis Almeida, de 23 anos, morador de Guarulhos. Ele já se inscreveu para fazer a prova presencial em dezembro e assim tentar concluir a formação técnica em Comércio, a terceira no Telecurso TEC. Em 2009, quando cursava o penúltimo ano do ensino médio, foi orientado pela direção da Escola Estadual Juvenal Ramos Barbosa a assistir, no ano seguinte, as aulas presenciais ministradas aos sábados pela professora Rosimeire Francisco, do CPS, orientadora do Telecurso TEC no estabelecimento de ensino.

Realidade

“Muitas atividades exigiam consultas nas empresas da cidade. Assim, todos da turma acabavam sabendo como funcionam as organizações, a realidade de cada uma e a situação do mercado de trabalho”, conta Denis. Atualmente ele busca nova colocação profissional. Seu último emprego foi no Aeroporto Internacional de Cumbica e ele vê o ensino a distância oferecido pelo governo do Estado como uma grande oportunidade para quem não pode pagar faculdade. “Somente lamento este ser o último curso disponível para mim, deveria haver mais opções”, comenta.

“Estudar por conta própria exige disciplina e disposição, mas o material didático digital, oferecido no formato PDF, ajuda muito, assim como o ótimo suporte oferecido pelo CPS. Tiro muitas dúvidas pela fanpage do Facebook do Telecurso TEC e não costumo deixar nenhuma delas pendente”, relata. Para quem vai prestar a prova pela primeira vez, ele diz que é bom procurar lembrar-se dos enunciados apresentados nas lições. “São sempre revisitados”, revela.

Documentos

Para a prova presencial do Módulo I, o envelope com a ficha de inscrição deve seguir para o GEEaD incluindo cópia autenticada do RG, CPF e mais cópia simples do certificado de conclusão do ensino fundamental ou médio. Para o Módulo II, são exigidos os mesmos documentos autenticados anteriores e cópia simples do certificado de conclusão do Módulo I, dispensando, porém, o certificado de conclusão do ensino médio; para o Módulo III, é preciso RG e CPF autenticados e mais cópia simples do certificado de conclusão do Módulo II.

Constituído por livros e vídeos, o material didático dos cursos fica disponível no site do CPS, no canal do GEEaD no YouTube e também na fanpage do Facebook, bem como muitas questões aplicadas de exames anteriores. Para aprovação e progressão para as etapas seguintes dos cursos, é preciso acertar no mínimo 16 dos 30 testes de múltipla escolha das provas presenciais (ver serviço).

Além da modalidade aberta, na qual o aluno estuda 100% por conta própria, o Telecurso TEC apresenta mais duas opções: on-line e semipresencial. Para participar delas, entretanto, é necessária aprovação no Vestibulinho, o processo seletivo semestral adotado nas Etecs (ver serviço). Na modalidade on-line, o estudante recebe orientação de um professor tutor e na semipresencial tem direito também a aulas semanais em uma Etec polo. Nas duas modalidades, o participante tem auxílio do Ambiente Virtual de Aprendizagem, plataforma de ensino a distância utilizada pelo GEEaD.

Serviço

Telecurso TEC Informações e material didático
Facebook
Canal do GEEaD no YouTube
Vestibulinho Etecs
Ficha de inscrição para prova e lista de Etecs polo
Regulamento

Remessa de documentos com a ficha de inscrição
GEEaD – Centro Paula Souza
A/C Secretaria Acadêmica
Ref: Modalidade Aberta – Telecurso TEC
Praça Cel. Fernando Prestes, 74
Bom Retiro – CEP 01124-060 – São Paulo (SP)

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 18/10/2017. (PDF)

Pitch Gov.SP 2.0: inscrição on-line termina no dia 15

Programa de inovação para empresas de tecnologia apresenta 42 desafios em oito áreas governamentais; os 16 finalistas poderão testar suas soluções mediante convênio com o Executivo paulista

Seguem abertas, até o dia 15, as inscrições para empresas de tecnologia (startups) interessadas em concorrer no Pitch Gov.SP 2.0. Promovido pela Secretaria de Governo do Estado, esse programa visa a encontrar soluções tecnológicas para questões de relevância pública nas áreas de educação, estatística e análise de dados, finanças públicas, habitação, saneamento e energia, saúde, transparência e transportes.

“A proposta é possibilitar às startups testar em grande escala e impacto seus projetos e permitir ao Estado avaliar soluções inovadoras para desafios reais”, explica Eduardo Azevedo, assessor técnico da Subsecretaria Estadual de Parcerias e Inovação, vinculada à pasta de Governo e responsável pelo Pitch Gov.SP.

O programa é uma iniciativa pioneira do gênero na América Latina para incentivar o empreendedorismo e estimular a melhora na qualidade dos serviços oferecidos à população. Foi instituído por meio do Decreto nº 61.492/2015 e teve sua redação alterada pelo Decreto nº 62.711/2017. É ação realizada em parceria com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP) e com a Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodesp).

A primeira edição, realizada em 2015, propôs 35 desafios e recebeu 304 projetos. Desses, 15 foram selecionados para apresentação (pitches) e 11 originaram convênios entre as empresas classificadas com o Estado, nas áreas de saúde, educação e facilidades ao cidadão. A lista desses trabalhos, a inscrição, gratuita, e o regulamento para a etapa atual estão disponíveis no site do programa (ver serviço).

Produtividade

Segundo o diretor-executivo da ABStartups Rafael Ribeiro, o Pitch Gov.SP foi inspirado em uma iniciativa anterior promovida por sua companhia, o Pitch Corporate, cuja proposta era aproximar startups de grandes empresas. “A administração paulista a adaptou trazendo benefícios para toda a sociedade”, explica Ribeiro.

Entre esses ganhos, ele relaciona a aproximação de governos, empresas e academia, o fortalecimento do ecossistema de inovação no País, a diminuição de custos e o aumento de produtividade. Como exemplo de sucesso, Ribeiro cita o aplicativo para celular ClassApp. Essa solução foi um dos projetos finalistas do primeiro Pitch Gov.SP e segue em avaliação em nove Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) do Centro Paula Souza.

Mobilidade

O ClassApp é uma plataforma de comunicação privada projetada para integrar todo ambiente escolar, incluindo a direção, pais e alunos, de modo a proporcionar agilidade e engajamento. Foi testado com 10 mil usuários e permite agendar compromissos e trocar mensagens em tempo real. De acordo com Vahid Sherafat, “é um sistema de uso simples, porém, sem dispensar seriedade, privacidade, gestão e segurança”, sublinha o cofundador da startup criada em dezembro de 2014, sediada em Limeira e batizada com o mesmo nome do app.

A ferramenta informa imediatamente, por exemplo, aos pais de um estudante, quando uma aula é cancelada ou, ainda, se uma nova tarefa foi passada. De modo similar ao popular mensageiro WhatsApp, informa ao emissor de uma mensagem se o receptor a recebeu e leu. É um recurso nativo de lembretes, pois notifica quem deixa de conferir avisos já despachados.

“Antes do Pitch Gov.SP, tínhamos dez funcionários e atendíamos 30 escolas (totalizando 20 mil alunos). Agora, temos 35 colaboradores e atendemos 350 unidades de ensino com 200 mil estudantes”, informa Sherafat. Na sua avaliação, a disputa abriu à startup novas perspectivas – e em 18 meses ele e sua equipe decidiram recriar completamente o software original, para atender a contento à nova escala. “Hoje nossa solução está mais madura e consolidada”, completa.

Inovação

Segundo Azevedo, o sucesso da primeira edição da competição motivou outros órgãos estaduais, como a Ouvidoria do Governo paulista e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a sugerir desafios. Como resultado, a maioria dos temas propostos no Pitch Gov.SP 2.0 é inédita. Outra novidade foi a criação de um canal de comunicação entre o Estado e as startups, por meio de editais publicados no site do Pitch Gov.SP.

“O público-alvo são empresas brasileiras abertas há, no máximo, sete anos”, explica Azevedo. De acordo com ele, para negócios na área de saúde ainda em formação e necessitados de apoio científico e tecnológico há outra opção, o Programa Pipe – Pitch Gov, com inscrição aberta também no site do Pitch Gov.SP, porém, com prazo até o dia 4 de dezembro.

Realizada em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp), essa novidade une a estrutura de testes em escala do Pitch Gov.SP com o financiamento a fundo perdido do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da Fapesp.

Regulamento

Formada por representantes do Governo, investidores e especialistas de mercado, a comissão julgadora irá selecionar 16 projetos para apresentação no dia 9 de novembro, no Palácio dos Bandeirantes, na capital. Nessa avaliação serão considerados critérios como a maturidade da empresa, seu modelo de negócios, equipe e a compatibilidade com o desafio proposto.

As soluções das finalistas poderão ser experimentadas de acordo com a escolha dos órgãos do Estado participantes, por meio da formalização de plano de trabalho e de convênio, sem repasses financeiros. Assim, as startups terão a chance de usar a estrutura governamental para testar as suas soluções. Se o Governo tiver interesse em manter as parcerias, será estudada a contratação dos projetos selecionados caso a caso.

Excursão

No mês de dezembro, em data ainda a ser definida, o Sebrae-SP promoverá, com a Subsecretaria de Parcerias e Inovação, workshop com as 16 startups selecionadas na competição para auxiliar na elaboração do plano de trabalho delas. Além disso, o órgão de apoio às micro e pequenas empresas levará as três startups com melhor resultado nas apresentações para participar da South by Southwest, conferência internacional de mídia, tecnologia, cultura e inovação. O evento será realizado em Austin (Estados Unidos), de 9 a 18 de março, com passagem, acomodação e entrada gratuitas.

Serviço

Pitch Gov.SP 2.0

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 10/10/2017. (PDF)

Jogo da USP São Carlos é selecionado para a SBGames 2017

Criado por estudantes, o Stack é um dos 90 jogos escolhidos para apresentação, em novembro, no maior simpósio científico do segmento na América Latina

O Stack, jogo desenvolvido por alunos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), é um dos títulos seleciona dos para exposição no 16º Simpósio Brasileiro de Games e Entretenimento Digital (SBGames).

Considerada por seus organizadores como o maior e principal evento acadêmico da América Latina na área de jogos e entretenimento digital, a competição anual será disputada, neste ano, em Curitiba (PR), de 2 a 4 de novembro, no câmpus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (ver serviço).

Promovida pela Sociedade Brasileira de Computação, a SBGames investe nos jogos eletrônicos como objeto de investigação científica e fonte de novos produtos e serviços, isto é, como fator de geração de emprego e renda no País. Nas suas últimas edições, o simpósio recebeu, em média, mil participantes formados por estudantes, pesquisadores, desenvolvedores e empresários de diversas regiões brasileiras e de países como Argentina, Peru, Estados Unidos, Portugal e Inglaterra, entre outros.

Foram inscritos 274 jogos para a edição 2017 da SBGames, e 90 deles foram selecionados: 80 digitais e 10 analógicos. Na primeira categoria, a Profissional, há 55 títulos (40 para computador, 13 para celular (mobile) e 2 de tabuleiro – boardgames).

Entre os 55 títulos, 7 são em realidade virtual e 6 os chamados jogos sérios (serious games), modalidade onde a proposta é utilizar o design e elementos de interatividade para transmitir conteúdo educacional ou de treinamento. Na outra categoria em disputa, Jogos de Estudantes, foram classificados 35 títulos, entre eles o Stack: 24 para computadores (PCs), 8 boardgames e 3 para mobile. Desses, dois são em realidade virtual e quatro, serious games.

Baixar e jogar

Criado com o auxílio da plataforma de desenvolvimento Unity, o Stack é gratuito e está disponível para cópia (download) em site próprio nas versões estáveis de 32 e 64 bits para computadores com sistemas operacionais Windows, Linux ou Mac OS X (ver serviço). É recomendado para jogadores de todas as idades, exigindo apenas teclado e mouse.

O projeto do jogo foi elaborado pela estudante Anayã Gimenes Ferreira, do 6º ano do curso de Ciências da Computação do ICMC-USP, com seus colegas de graduação Rafael Gallo e Gil Barbosa Reis. O trio integra o Fellowship of the Game (FoG), grupo de extensão universitária criado em 2007 por alunos da USP São Carlos. Com 40 componentes, essa comunidade discente está sempre aberta à inclusão de novos participantes e aceita estudantes de todos os cursos da USP. As regras de seleção e o cronograma ficam disponíveis no site e também na fanpage do FoG no Facebook (ver serviço).

Inovação

O Stack foi lançado durante a Semana de Computação do ICMC, a 20ª Semcomp, realizada de 11 a 18 de agosto, no instituto. Seu desenvolvimento contou pontos para os estudantes como trabalho extracurricular no currículo acadêmico e exigiu deles três meses de dedicação, sendo a maioria desse tempo gasto fora do horário letivo, inclusive durante as madrugadas e finais de semana.

De acordo com Anayã, uma das estratégias da equipe foi procurar sempre trabalhar junto nos laboratórios do ICMC-USP. “Estar ao lado dos colegas ajuda a comunicação, dá vez e voz a todos e acelera as correções e a obtenção de resultados”, explica a estudante, fã declarada de franquias consagradas da Nintendo, como Zelda e Super Mário, e também apreciadora de títulos independentes, os chamados indies.

Inspiração

O Stack tem como ponto de partida Tetris, um quebra-cabeças (puzzle) clássico oferecido em diversas plataformas de videogames, no qual o jogador precisa ter raciocínio lógico para encaixar rapidamente as peças que caem sem parar em uma superfície bidimensional. “A inovação principal do Stack é incorporar a tridimensionalidade, para tornar o jogo ainda mais desafiador”, revela Anayã, responsável por desenhar os cenários e os menus, sendo a programação do jogo incumbência de Rafael com trilha sonora de Gil.

“Por outro lado, para facilitar o encaixe das peças, incluímos no design os tijolinhos de construção usados no brinquedo Lego, uma referência espacial conhecida pela maioria dos jogadores”, compara Anayã. Outras novidades são os conceitos de tempo e de estratégia acrescentados: o jogador pode analisar sem pressa qual movimento da peça seguinte é o mais indicado, permitindo assim vislumbrar cenários futuros do tabuleiro antes de fazer os empilhamentos. “Diferentemente de Tetris, em Stack as peças não caem freneticamente”, afirma a estudante.

Serviço

Jogo Stack em versões para Windows, Linux e Mac
SBGames 2017

Fellowship of the Game (FoG – ICMC-USP):
Site
Facebook
– E-mail fog@icmc.usp.br

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 06/10/2017. (PDF)