Localizado no campus da USP, empreendimento tem Centro de Negócios e Incubadora, com 32 empresas instaladas
O Supera Parque Tecnológico de Ribeirão Preto, parceria da USP local, prefeitura, Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde (Fipase) e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI), foi inaugurado na semana passada. O empreendimento tem por finalidade atrair empresas da região para o desenvolvimento de novos produtos e serviços nas áreas de saúde, biotecnologia, tecnologia da informação e da comunicação e bioenergia, entre outros.
Com aproximadamente 300 mil metros quadrados de área, o Parque foi instalado no campus da USP Ribeirão Preto, numa área total de 5 milhões de metros quadrados, no bairro Monte Alegre. O investimento, da ordem de R$ 15 milhões, recebeu R$ 11,6 milhões do Governo paulista.
Atualmente, o Parque gera 120 empregos diretos, divididos entre a unidade gestora e as empresas incubadas. A expectativa é de ampliação no futuro. “A ideia é incentivar a criação de novas empresas em Ribeirão Preto e atrair outras para que se instalem na cidade”, informa Eduardo Cicconi, gerente do Parque. Ele também deve atender, prioritariamente, a negócios que invistam em pesquisa e desenvolvimento, capazes de oferecer produtos e processos inovadores em diversas áreas.
Segundo Eduardo, a inauguração do espaço consolida ações do passado. Além de dar continuidade ao trabalho iniciado pela Fipase em 2001, que culminou com a criação da Incubadora de empresas, em junho de 2003, e originou a força-tarefa que criou dois Arranjos Produtivos Locais (APLs): o da Saúde e o da Indústria do Software, ambos de acordo com a vocação da região.
Para as empresas
O Parque Tecnológico foi planejado em três fases: na primeira, já inaugurada, foram construídos dois prédios. Eles abrigam a Incubadora de Empresas, a Fipase e os Centros de Negócios e de Tecnologia.
Para a segunda etapa estão previstas as instalações da Supera Aceleradora e do Núcleo Administrativo, onde serão implantados os serviços de restaurante e bancos. Na terceira etapa, será realizada a urbanização dos lotes para a instalação definitiva de empresas de grande porte e daquelas antes incubadas.
Os projetos futuros incluem a criação de dois centros – um empresarial e o outro tecnológico de biotecnologia. Essas iniciativas estão em fase de captação de recursos. O grupo gestor do Parque também está em busca de parcerias para instalação de laboratórios de pesquisa e de desenvolvimento de natureza empresarial, uma Faculdade Estadual de Tecnologia (Fatec), um laboratório da Fundação para o Remédio Popular (Furp) e uma unidade da Embrapa.
Tecnologia e inovação
No Parque, o Centro de Negócios já está em funcionamento. Trata-se de um espaço concebido para a instalação de empresas já constituídas e que tenham sido graduadas na Incubadora. O pré-requisito para o ingresso na Incubadora é que sejam de base tecnológica, inovadoras e tenham plano de pesquisa conjunta com a USP.
O Centro de Negócios oferece 11 vagas, das quais duas estão ocupadas e outras cinco em processo de seleção. A ideia é repetir na USP o modelo de negócios de tecnologia do Vale do Silício, dos Estados Unidos, onde empresas do setor foram impulsionadas a partir de projetos surgidos na comunidade acadêmica do entorno.
A Incubadora atende hoje a 32 empresas: nove em pré-residência, 20 em residência e três associadas. O serviço à Incubada inclui, além da cessão do espaço físico, apoio administrativo para a elaboração de projetos e para o registro de propriedade intelectual, capacitação e consultoria e estrutura para apresentação de ações para investidores. De acordo com a evolução do negócio, o espaço físico pode ser compartilhado (pré-residência) ou exclusivo (residência).
No futuro, nem todas as empresas associadas farão uso da estrutura física da Incubadora. Terão, porém, os benefícios comuns às demais, como acesso à rede de contatos, incentivos à participação em feiras e congressos, consultoria nas áreas de marketing e de captação de recursos nas agências de fomento governamental para pesquisa científica, como Capes, Fapesp e CNPq.
A Fipase
Criada em 2001 por lei municipal, a Fipase atua no desenvolvimento da indústria de equipamentos e produtos de saúde em Ribeirão Preto. Também apoia os setores de tecnologia da informação, biotecnologia, química, fármacos e cosméticos. Mantida pela prefeitura local, é gestora da marca Supera, que dá nome à Incubadora de Empresas, ao Centro de Tecnologia e ao Parque Tecnológico.
Serviço
Parque Tecnológico de Ribeirão Preto
Outras informações – supera@fipase.org.br
Telefones (16) 3602-0072 e (16) 3966-2383
Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial
Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 02/04/2014. (PDF)