Inauguradas Etecs no interior e na Grande São Paulo

Parceria do Centro Paula Souza com as prefeituras de Arujá e Mairiporã possibilitou a instalação de escolas técnicas nas cidades que já possuíam classes descentralizadas

Na semana passada, o Centro Paula Souza, órgão da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, inaugurou novas instalações em Presidente Prudente.

As obras tiveram investimento de R$ 12,7 milhões e foram executadas na Escola Técnica Estadual (Etec) Professor Dr. Antônio Eufrásio de Toledo. Incluem um prédio novo para o estabelecimento de ensino e um bloco para o programa Via Rápida Emprego, também coordenado pela pasta.

O novo edifício tem três laboratórios (um de desenho técnico e dois de audiovisual), cinco salas de aula, dois espaços para instalação de equipamentos de informática, sanitários com acessibilidade, quadra poliesportiva coberta e um elevador.

O bloco do Via Rápida abriga três salas de aula, dois laboratórios (multiúso e informática), três salas de apoio administrativo, seis sanitários, sendo dois deles com acessibilidade. Paisagismo e estacionamento estão entre os serviços executados na área externa. A previsão é que a unidade ofereça, inicialmente, 60 vagas para o curso de qualificação profissional de cozinheiro.

Integrada ao Centro Paula Souza em 1994, a escola tem 853 alunos. Desses, 120 estão matriculados no ensino médio e 733 distribuídos em dez cursos técnicos: açúcar e álcool; administração; administração, modalidade semipresencial; agroindústria; agrimensura; agropecuária; agropecuária integrado ao ensino médio; florestas; informática; e meio ambiente.

Benefícios

As pessoas cadastradas no curso do Via Rápida Emprego – assim como todos os atendidos pelo programa – terão direito a bolsa-auxílio de R$ 210, subsídio transporte de R$ 150 e auxílio-alimentação no valor de R$ 100, desde que não recebam seguro-desemprego e nenhum benefício da Previdência Social (auxílio-doença, aposentadoria, etc.)

Visando a ampliar a oferta de cursos que possibilitem a qualificação e o reposicionamento dos trabalhadores no mercado de trabalho, outros dois municípios – Campinas e São Bernardo do Campo – também dispõem de postos fixos do Via Rápida Emprego; o de Santos segue em construção. O investimento nas obras dessas unidades supera R$ 11,3 milhões.


Etecs Mairiporã e Arujá

No dia 10, foi inaugurada a Etec de Mairiporã, cidade da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). A prefeitura local construiu o prédio, distribuído em dois blocos. O primeiro deles, o acadêmico, comporta seis salas de aula, quatro laboratórios (de segurança do trabalho, de ciências e dois de informática), biblioteca e quatro sanitários, sendo dois com acessibilidade.

No outro bloco, estão seis salas administrativas e pedagógicas e sete sanitários e demais ambientes. O conjunto de obras da unidade foi pago com repasse estadual de R$ 2,750 milhões e investimento de mais R$ 420 mil em mobiliário e equipamentos.

A Etec iniciou atividades no primeiro semestre de 2010 como classe descentralizada. Atende 208 alunos matriculados em dois cursos técnicos (de administração e de segurança do trabalho). Para 2015, estão previstos mais dois: contabilidade e segurança do trabalho integrado ao ensino médio.

No dia 12, a cidade de Arujá, também na RMSP, ganhou a sua Etec, batizada de Professora Luzia Maria Machado. Na parceria para a instalação da unidade, o Estado investiu R$ 223 mil em mobiliário e equipamentos, e o município bancou a reforma e a adequação do prédio, com dois blocos.

O edifício acadêmico abriga seis salas de aula, dois laboratórios de informática, biblioteca, salas administrativas e pedagógicas, cozinha, almoxarifado, sanitários com acessibilidade e elevador. No outro bloco, há um auditório com capacidade para 80 pessoas, espaço para laboratório de química, cantina e sanitários com acessibilidade. O conjunto também oferece quadra poliesportiva e vestiários.

Funcionando como classe descentralizada desde o segundo semestre de 2010, a Etec Arujá tem 272 alunos matriculados nos cursos técnicos de administração e de logística. No segundo semestre, será adicionada a formação técnica em recursos humanos, com 40 vagas noturnas.

Serviço

Via Rápida Emprego

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 15/05/2014. (PDF)

A mais nova Etec, no município de Caieiras

A cidade de Caieiras, Região Metropolitana de São Paulo, ganhou sua Escola Técnica Estadual (Etec). A unidade recém-criada funcionava como classe descentralizada desde o segundo semestre de 2013, oferecendo cursos técnicos de informática para internet e de segurança do trabalho.

A Etec Caieiras (a 216ª do Estado) surgiu a partir de parceria entre prefeitura e Estado. O órgão municipal fez a reforma e a adaptação do prédio que abriga a unidade. O Centro Paula Souza desenvolveu os projetos de adequação do imóvel e pedagógico dos cursos, contratou professores e bancou a compra de mobiliário e de equipamentos. A Escola Técnica Estadual fica na Vila Helena, Rua Ermênio de Oliveira Penteado, s/nº. O telefone para contato é (11) 4449-3115.

Vestibulinho

Para o segundo semestre, a Etec Caieiras oferece 80 vagas no período noturno: 40 para cada um dos dois cursos que já eram oferecidos. As inscrições para o processo seletivo vão até o dia 7, com taxa de R$ 25 e devem ser feitas on-line, no site do Vestibulinho (ver serviço).

A página traz o manual do candidato, com cópia (download) gratuita, além de detalhar a relação de cursos de ensino técnico presencial e semipresencial. Também informa sobre a prova, que será aplicada em 8 de junho, às 13h30, os locais dos exames e as datas de divulgação das convocações dos aprovados. A primeira delas será no dia 4 de julho.

Serviço

Vestibulinho Etecs

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 06/05/2014. (PDF)

Agarrou a oportunidade

Jovem Cidadão já preparou 170 mil estudantes para o mercado profissional; Camila foi um deles e conta a sua experiência

Criado em abril de 2000, o programa Jovem Cidadão – Meu Primeiro Trabalho já abriu as portas do mercado de trabalho para 170 mil estudantes. Destinado a alunos do ensino médio da rede pública estadual, com idades entre 16 e 21 anos, visa a oferecer estágios e prevenir o desemprego nessa faixa etária da população.

Coordenado pela Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), o Jovem Cidadão tem cadastradas atualmente 25 mil empresas e 4 mil jovens estagiando. Atende 53 municípios paulistas: os 39 da Região Metropolitana de São Paulo e 14 municípios abrangidos pelas Diretorias Regionais de Ensino da Secretaria Estadual da Educação nas regiões de Campinas, Piracicaba, São José dos Campos e Santos.

A inscrição é gratuita e deve ser feita pelo site do programa (ver serviço), exceto para alunos matriculados no primeiro ano, que devem procurar um dos 26 postos de atendimento do Jovem Cidadão, cuja lista de endereços e telefones está disponível no site do Jovem Cidadão. No balcão de atendimento, o interessado deve informar data de nascimento e apresentar seu Registro de Aluno (RA).

Ela não perdeu a esperança

Quando tinha 15 anos, a então estudante Camila Sá conheceu o Programa Jovem Cidadão a partir de relatos de amigos que tinham participado, todos com experiências satisfatórias. Hoje, aos 24 anos, é profissional da área de recursos humanos da filial brasileira Faber Castell, multinacional fabricante de material escolar.

Ela conta que, na época, precisava começar a trabalhar e, então, procurou o posto de atendimento do programa no Poupatempo Santo Amaro, zona sul da capital, e preencheu uma ficha. Cinco meses depois foi chamada para participar de um processo seletivo, mas não foi aprovada.

Entretanto, não perdeu a esperança – e cinco meses mais tarde conseguiu a tão sonhada vaga de estágio na área administrativa da Faber Castell, atendendo clientes internos. Passados seis meses, o estágio foi renovado, mas em outra área, a da recepção. Após um ano, foi admitida como funcionária na empresa, de onde diz não pretender sair tão cedo. Ao longo desses oito anos, Camila estudou e se graduou em marketing e agradece ao Jovem Cidadão, que sempre recomenda e indica para contatos pessoais e seu círculo social.

Apelo social

A convocação dos inscritos é feita a partir de um ranking. A lista de nomes é montada de modo automático pelo sistema, a partir das respostas de um questionário on-line de perfil socioeconômico, de preenchimento obrigatório pelo estudante no processo de inscrição.

Quem tem renda inferior tem prioridade para ser chamado, mas todos os inscritos serão convocados. O site do Jovem Cidadão também cadastra empresas e, para cada vaga oferecida, seleciona e convoca três estudantes da escola pública mais próxima, de acordo com o ranking socioeconômico.

Simone Nascimento, supervisora do programa, explica que não é necessário informar nenhuma referência profissional no cadastro. “A ideia é proporcionar uma experiência de emprego inicial para quem nunca trabalhou. E, claro, preparar o estudante para o mercado de trabalho.”

Outro viés da iniciativa, observa Simone, é incentivar a frequência escolar. Só pode participar quem vai à aula regularmente. A verificação da presença é bimestral, por meio do acompanhamento de estágio feito pela escola.

Estágio garantido

Segundo a supervisora do programa Jovem Cidadão, Kaique Bruno da Silva e Bárbara Tavares são exemplos que deram certo. Kaique tem 16 anos, nasceu e mora no bairro de Ermelino Matarazzo, na zona leste da capital paulista. Estudante do terceiro ano do ensino médio, há sete meses ele atua como estagiário de recursos humanos no Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), no centro, das 13 às 17 horas. “Tenho aprendido bastante e pretendo seguir na área depois de fazer faculdade de Gestão de Recursos Humanos.”

Também estagiária no DAEE, Bárbara tem 16 anos e mora no bairro Cidade Patriarca, na zona leste. Ela recebe e despacha documentos na auditoria do órgão estadual desde novembro e pensa em cursar faculdade de Publicidade depois de terminar o ensino médio.

Regras do estágio

O jovem é contratado por seis meses e a permanência pode ser prorrogada por igual período, conforme a Lei de Estágio, sem configurar, contudo, vínculo empregatício. De acordo com as regras do programa, o empregador deve pagar, no mínimo, R$ 3,13 por hora trabalhada e fornecer vale-transporte. Por dia, o limite de horas no trabalho varia de quatro a seis horas, de segunda a sexta-feira.

Entretanto, algumas empresas também oferecem outros benefícios. A Sert, responsável pela ação, fornece bolsa-auxílio mensal de R$ 65 para cada participante, além de prover seguros de vida e contra acidentes.

Serviço

Inscrição e informações
Site
E-mail coordenacao@jovemcidadao.sp.gov.br

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 06/05/2014. (PDF)