O mapa da mina

Conectado às principais redes sociais, novo portal reúne informações sobre o Turismo no Estado, o destino preferido de visitantes no País

Quem está pensando em fazer turismo já tem um ponto de apoio antes de iniciar a viagem: é o site Turismo em São Paulo, da Secretaria Estadual do Turismo, lançado na semana passada. Cria do pela agência de publicidade Propeg, o novo portal foi construído para fortalecer a atividade no território paulista e centralizar o universo de informações a respeito dos 645 municípios paulistas.

Gerenciado pela empresa Tur.SP, o site tem seu conteúdo dividido em quatro grandes seções: Visitantes, Negócios, Imprensa e Trade. Nele, o usuário acessa campos de busca detalhados com mapas e ícones, e planeja seu destino por tema, cidade, circuito e data. Todas as funções do portal são conectadas às principais redes sociais: Facebook, Twitter, YouTube e Flickr.

Quatro seções

A seção Visitantes do portal revela a história do Estado e traz dados do turismo em São Paulo. Informa também sobre dicas de destinos, roteiros, hospedagens e a relação de estâncias turísticas (veja boxe) e projetos turísticos em execução. A lista inclui Passaporte São Paulo, Rota Passos dos Jesuítas, Roda SP, Turismo do Saber e Melhor Idade.

A área de Imprensa reúne notícias do turismo e links para diversas atividades ligadas ao tema. A seção Trade destaca a evolução do turismo em São Paulo de 2003 a 2010. Divulga também o contato do órgão responsável pelo turismo em cada uma das cidades paulistas com endereço, telefone, e-mail e site institucional.

A seção Negócios traz o calendário de eventos já programados até o final de 2011 nas áreas de esportes, exposições, shows, folclore, gastronomia, religioso, rodeio. Apresenta, ainda, as diretrizes da Fundação São Paulo Convention & Visitors Bureau e entidades associadas. O objetivo é apoiar a melhoria dos serviços e o atendimento aos visitantes da capital.

Presente à cerimônia de lançamento do portal, o cacique Ary Tucunduva, da aldeia tupi-guarani de Suzano, aproveitou para convidar os participantes para visitar a reserva ecológica do município. “Turismo ajuda a preservar o meio ambiente, gera empregos e recursos muito importantes para a comunidade”, explicou, vestido a caráter.

Banco de imagens

Outro destaque do portal é o link para o Banco de Imagens do Estado de São Paulo. O acesso é gratuito mediante cadastro e traz informações e imagens com crédito e alta resolução dos principais circuitos turísticos do Estado.

O Banco de Imagens reúne três mil fotos captadas por uma equipe de 20 profissionais. Os arquivos registram cenas e paisagens de 300 municípios paulistas. O serviço foi idealizado pela Federação de Convention & Visitors Bureaux do Estado em parceria com a Embratur e a Secretaria Estadual do Turismo. E, futuramente, serão acrescentadas mais imagens.


Cultura e lazer

As estâncias turísticas são cidades com tradições culturais, patrimônios históricos, artesanatos, paisagens, centros de lazer e serviços de gastronomia. São elas: Aparecida, Avaré, Bananal, Barra Bonita, Batatais, Eldorado, Embu das Artes, Holambra, Ibitinga, Ibiúna, Igaraçu do Tietê, Ilha Solteira, Itu, Joanópolis, Paraguaçu Paulista, Paranapanema, Pereira Barreto, Piraju, Presidente Epitácio, Ribeirão Pires, Salesópolis, Salto, Santa Fé do Sul, São José do Barreiro, São Luiz do Paraitinga, São Pedro, São Roque, Tremembé e Tupã.

Outras atrações são estâncias hidrominerais, municípios com águas terapêuticas, bicarbonadas, radioativas, banhos de imersão e tratamentos medicinais. Também oferecem esportes radicais e parques ecológicos. São elas: Águas da Prata, Águas de Lindoia, Águas de Santa Bárbara, Águas de São Pedro, Amparo, Ibirá, Lindoia, Monte Alegre do Sul, Poá, Serra Negra e Socorro.

Já os destaques das estâncias climáticas são os atrativos naturais, como clima ameno, montanhas, cachoeiras, áreas verdes e esportes radicais: Analândia, Atibaia, Bragança Paulista, Caconde, Campos do Jordão, Campos Novos Paulista, Cunha, Morungaba, Nuporanga, Santa Rita do Passa Quatro, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí.

As estâncias balneárias oferecem praias, trechos preservados de Mata Atlântica e programas para quem quer desfrutar de céu azul, sol, cultura e esportes de aventura como protagonistas. São elas: Bertioga, Cananeia, Caraguatatuba, Guarujá, Iguape, Ilha Comprida, Ilhabela, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Sebastião, São Vicente e Ubatuba. (Fonte: Associação das Prefeituras de Cidades Estâncias do Estado de São Paulo – Aprecesp)


SP: principal destino do País

O Estado de São Paulo é responsável por 31% do PIB nacional e responde por 43,8% do faturamento com turismo no Brasil. É o primeiro destino turístico do País e o mais importante polo econômico da América Latina.

O território paulista tem 622 quilômetros de praias, 138 mil hectares de Mata Atlântica (18% das áreas remanescentes brasileiras estão no Estado), 40 rotas de passeios estabelecidas e 67 municípios classificados como estância turística. Tem ainda 300 cidades com potencial para a atividade.

A capital centraliza 80% das grandes feiras, eventos e convenções do Brasil. Na lista nacional das dez cidades mais visitadas, cinco são paulistas: São Paulo, Praia Grande, Ubatuba, Caraguatatuba e Santos.

Em 2008, o Estado recebeu 29% dos turistas domésticos brasileiros e emitiu 41,3% dos turistas em relação às demais unidades da federação. Em média, o turista que visitou São Paulo naquele ano gastou R$ 1.245. Dos turistas que passaram por São Paulo, 55% ficaram na casa de amigos e parentes e 28% pagaram pela hospedagem.

Cerca de 50% se deslocaram em carro próprio, 19,9% utilizaram ônibus de linha regular, e outros 14,9% recorreram ao transporte aéreo. Quase metade desses turistas (46,4%) é proveniente de outros Estados da região Sudeste.

Serviço

Turismo em São Paulo
Banco de Imagens do Estado de São Paulo

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 30/09/2011. (PDF)

Fé e contemplação

Peregrinação, e turismo fazem parte da rota no litoral paulista e repetem passos históricos do padre José de Anchieta

A Secretaria Estadual do Turismo lançou, em Peruíbe, a primeira etapa do projeto Caminha São Paulo: A Rota Passos dos Jesuítas – Anchieta. Passando por 13 cidades do litoral paulista, a via pedestre de peregrinação e contemplação começa no Entre posto de Pesca em Peruíbe e vai até Ubatuba, totalizando 360 quilômetros.

O objetivo da rota é promover o turismo monumental e religioso, além de resgatar o caminho histórico trilhado pelos jesuítas na costa brasileira, no século 16, quando vieram catequizar os índios. Este é o primeiro roteiro de um total de oito que a pasta do Turismo pretende lançar nos próximos anos.

A expectativa com A Rota Passos dos Jesuítas – Anchieta é aumentar a visitação no litoral, sobretudo na baixa temporada. Nos próximos três anos serão lançados mais três caminhos relacionados com as caminhadas de padres, como Manoel da Nóbrega e José de Anchieta. E mais quatro resgatando as andanças dos bandeirantes como Borba Gato e Fernão Dias Pais, pelo interior paulista. A ideia é homenagear personalidades que contribuíram para o desbravamento de São Paulo.

Certificado on-line

O site www.caminhasaopaulo.com.br informa a localização dos totens e abre espaço para o turista escrever relatos, publicar fotos e compartilhar suas experiências nas redes sociais, por meio do envio de fotos e mensagens de texto (SMS). A ideia é permitir ao caminhante registrar suas andanças e comparar tempos depois e, ainda, liberar o acesso às informações para amigos e familiares.

O percurso escolhido não precisa ser completado todo de uma vez. O cartão eletrônico tem validade de um ano e permite programar o itinerário. Quando é registrada a passagem do viajante em um dos 12 totens, o site gera de modo automático um certificado on-line para ser impresso no portal O Jesuit Magna – a prova de que ele cumpriu o trecho.

Inspiração europeia

Na inauguração da primeira etapa da rota, o ator Nuno Leal Maia interpretou o jesuíta José de Anchieta, em ato teatral que percorreu um trecho do caminho durante a inauguração. Também comparecerem ao lançamento os atores Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli.

A inspiração para criar a rota turística paulista foi o Caminho de Compostela, via europeia de peregrinação, cujo itinerário mais famoso começa no vilarejo francês de Saint Jean Pied de Port, na região da Aquitânia, e segue por 800 quilômetros no sentido leste. O destino final é a catedral de Santiago de Compostela, na Espanha.

Peregrinos

Moradores de Peruíbe, Paulo Silva e sua filha Michele há oito anos percorreram o Caminho de Santiago. E agora estão entusiasmados com a possibilidade de repetir a experiência de peregrinação na cidade onde moram. Pretendem caminhar até a praia de Barra do Una, em São Sebastião.

Disposição semelhante tem José Palma, coordenador técnico do Projeto Caminha São Paulo e responsável pela rota Passos dos Jesuítas – Anchieta. Também é idealizador do Caminho do Sol, trilha ecoturística paulista de 240 quilômetros que começa na cidade de Santana de Parnaíba e termina em Águas de São Pedro. Ele pretende completar em sete dias os 140 quilômetros iniciais de Peruíbe até Bertioga.

“Vou dormir nas pousadas e hotéis cadastrados na Secretaria do Turismo. As refeições serão feitas nos bares e restaurantes participantes”, informa. “Pretendo mostrar aos comerciantes quem é o peregrino e como recebê-lo de modo adequado. Afinal, ele é o turista do presente e do amanhã. Muitas vezes, quando chega ao balcão da hospedagem está exausto da jornada física e precisa de um bom acolhimento, de um abraço ou mesmo de um copo de água, e não de um formulário para preencher”, ressalta.

Ana Luzia Caro veio da capital com o único propósito de percorrer o trecho inicial dos Passos dos Jesuítas. Trouxe consigo a amiga Maria Helena. Veterana, Ana já completou sete vezes o Caminho do Sol e três vezes o de Santiago de Compostela. “Sou peregrina e também já acolhi peregrinos na minha casa. Digo, sem errar, que as amizades feitas nas caminhadas são as melhores que fiz na vida”, conclui.


Como participar

Gratuito, o Caminho do Sol pode ser iniciado em qualquer uma das 13 cidades, mas sempre deve ir do litoral sul para o norte. Há várias opções de caminho e todas permitem ao turista conhecer os pontos históricos da região. A rota é identificada por placas e avisos, que garantem ao visitante um passeio ou peregrinação com segurança e precisão.

Para participar, basta inscrever-se pela internet, no site www.caminhasaopaulo.com.br. No portal, o caminhante recebe um código de barras para ser trocado por um smart card em um dos Postos de Emissão do Cartão do Caminhante (Pece). O resgate deve ser feito com a apresentação do RG ou documento de identificação com foto.

Os postos serão instalados nas secretarias municipais e unidades de informação turística das cidades participantes. O cartão (smart card) servirá como identificação para que o caminhante ganhe descontos em pousadas e restaurantes. Também contém um chip que, ao ser e encostado em qualquer leitor dos 22 totens eletrônicos espalhados pela rota oficial, registra a passagem na página pessoal do usuário no site.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 22/09/2011. (PDF)

Novos rumos na inclusão digital

Encontro Regional do Acessa SP premia experiências bem-sucedidas do programa, presente em 535 municípios paulistas

Os monitores Elizângela de Souza, Junior Eduardo e Muriel Brefori venceram o II Prêmio Acessa SP, realizado ontem no Memorial da América Latina, na capital. O trio apresentou os projetos de inclusão digital mais bem sucedidos e inovadores do ano de 2011. Foram 53 trabalhos inscritos e os 12 finalistas receberam como prêmio uma câmera fotográfica digital. Os três primeiros também levaram notebooks.

Além disso, Elizângela também conquistou o prêmio Grande Destaque. A conquista valeu um datashow para o posto do Acessa SP de Marabá Paulista, por ensinar aos professores como usar em classe o recurso tecnológico. “Um professor, antes leigo em informática, agora adota o recurso na alfabetização no ensino fundamental”, conta orgulhosa.

Junior Eduardo, de São Lourenço da Serra, é bicampeão. Desta vez, disseminou o Google Docs e ensinou ao usuário a usar o pacote de programas gratuitos e guardar os arquivos criados no ambiente virtual. “Percebi a dificuldade das pessoas em trabalhar com arquivos incompatíveis. E a solução também dispensa pen-drive e mídias de armazenamento”.

Monitor de Pirangi, Muriel Brefori conquistou o prêmio na categoria Projetistas. Seu projeto, Conhecendo Minha História, alfabetiza e ensina informática para idosos. A experiência foi narrada em postagens do blog que leva o mesmo nome e revela cenas das vida dos participantes. “Dedico a vitória aos alunos, eles é que venceram”.

Aprendizado colaborativo

A seleção dos projetos ficou a cargo de júri de especialistas em políticas públicas, internet e projetos comunitários. Os critérios foram inovação, criatividade, relevância e parcerias. “Nesta edição, sobressaíram a diversidade de temas e a valorização da cidadania de todos os envolvidos”, conta Gilmar Gimenes, da Prodesp.

Drica Guzzi, da Escola do Futuro da USP, destacou a oportunidade do monitor explorar a potencialidade da internet para construir uma sociedade diferente. A instituição dá suporte técnico, capacita monitores e os ajuda a elaborar projetos.

Cada posto foi pensado a partir da realidade da cidade e das necessidades da população. A ideia é cada vez mais oferecer, com rapidez e qualidade, o que as pessoas precisam. Segundo Daniela Matielo, da Escola do Futuro da USP, a meta é aproveitar novas tecnologias. E incentivar o monitor a elaborar projeto de acordo com a necessidade da comunidade, compartilhando os conteúdos em outros postos.

André Sobreiro, jornalista da Escola do Futuro responsável pelo acompanhamento das redes sociais do Acessa SP, destaca que a receptividade às redes sociais aumentou em relação à primeira edição. Seu trabalho tem sido monitorar as postagens e auxiliar na produção de foto, vídeo e texto. “É uma cobertura colaborativa. Dou o suporte necessário, mas são eles que produzem o conteúdo”.​

Encontro Regional

A premiação integrou o 4º Encontro Regional, realizado nos dias 5 e 6 de julho. Teve a participação dos responsáveis pelo Acessa SP e de 80 monitores vindos de mais de 50 cidades. Os participantes trocaram ideias e experiências e debateram caminhos para melhorar a infraestrutura do programa e da rede de postos, ampliar a autonomia do usuário e capacitar monitores.

Akira Shigemori, gestor do Acessa SP, anunciou que até o fim do ano 300 novas máquinas substituirão PCs do programa com mais de quatro anos de uso. Comentou também a proposta de desenvolvimento de novos projetos sugeridos por monitores, usuários e trabalhos voluntários. “A meta é oferecer o que o usuário precisa, aprimorar o atendimento e manter a ocupação de 60% nos telecentros”, salientou.

Como fazer projeto viável nos postos? Possíveis respostas foram mostradas em oficinas de mapeamento social, parcerias e registros dos projetos. Na identificação, o monitor foi orientado a explorar o potencial do entorno do posto e a realidade da região.

Em São João da Boa Vista, a monitora do Acessa SP estreitou laços com o Projeto Girassol, iniciativa local de apoio à criança deficiente. Antes a maioria dos atendidos não distinguia televisor de computador. Ela contou que agora sabem a diferença e aprenderam a escrever o nome utilizando o teclado.

Em Jacupiranga, em projeto parecido, a ação conjunta é com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Os dois casos ilustram possibilidades de parceria, que servem para divulgar o Acessa SP e contribuir com apoio voluntário e financeiro.

A orientação do gestor do Acessa SP é divulgar cada trabalho no Portal da Rede, para que os demais o conheçam. Para pôr em prática técnicas de comunicação, os monitores fotografaram as instalações do Memorial da América Latina. Depois, analisaram as imagens para perceber se elas eram o melhor retrato do local. Na oportunidade, foi ensinado como postar imagem, texto, vídeo.

Os monitores ouviram o depoimento do colega de São Luis do Paraitinga sobre a atuação do posto após a trágica enchente em janeiro de 2010. Destacaram que o posto teve papel fundamental no contato com parentes e na emissão de segunda via de documentos. Foram informados pelo parceiro comunidade LibreOffice sobre os diferenciais do software livre em contraponto com que os requer pagamento de licença de uso e pelo Sebrae a respeito das vantagens de se tornar empreendedor individual.

Claudeci Martins e Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 07/07/2011. (PDF)