Unicamp abre inscrições para casos de sucesso

Prêmio de Empreendedor do Ano celebra iniciativas dos negócios tecnológicos surgidos no âmbito da Universidade Estadual de Campinas; inscrições on-line seguem até o dia 24

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mantém abertas, até o dia 24, as inscrições de casos de sucesso (cases) para suas empresas-filhas que concorrerem ao título de Empreendedor do Ano. Podem participar da competição negócios ligados ao ecossistema de inovação da Unicamp de todos os segmentos econômicos, portes e com diferentes tempos de criação.

Neste ano, participam da disputa do prêmio três categorias de cases: inovação, impacto social e maior crescimento (scale-up), podendo uma empresa se inscrever em mais de uma categoria e ser premiada em mais de uma modalidade. O melhor caso de sucesso será proclamado Empreendedor do Ano, considerando quesitos quanto ao papel de liderança, criatividade, agilidade e capacidade de resolução de problemas. A consulta ao regulamento e a inscrição gratuita estão disponíveis no site do Unicamp Ventures (ver serviço).

Surgido no ano de 2006, no 1º Encontro de Empreendedores da Unicamp, evento organizado pela Agência de Inovação Inova Unicamp, o Unicamp Ventures é uma rede de relacionamentos e de colaboração formada por empreendedores ligados à universidade, incluindo alunos, ex-alunos, docentes, funcionários, incubados e graduados da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp). Sua proposta é fomentar o surgimento de novos negócios inspirados no conhecimento científico e tecnológico produzidos no âmbito da universidade.

Inovação

De acordo com o professor Newton Frateschi, diretor-executivo da Inova Unicamp, as chamadas empresas-filhas, público-alvo do concurso, são aquelas criadas por alunos, ex-estudantes ou profissionais com vínculo empregatício com a Unicamp. “O universo delas abrange também as incubadas ou graduadas pela Incamp e mais os negócios cuja atividade principal incluam tecnologias licenciadas pela Unicamp”, informa Frateschi.

Segundo o professor, as empresas-filhas são um elo fundamental no ecossistema de inovação e de empreendedorismo formado ao redor da Unicamp. “Além de fortalecerem a pesquisa e o desenvolvimento do setor industrial, as empresas de base tecnológica (startups) são hoje destino de muitos recursos humanos qualificados formados pela universidade”, destaca. Na avaliação do professor, a atuação delas promove a transferência do conhecimento proveniente do meio acadêmico para a sociedade e geram empregos e renda.

Comissão julgadora

Os cases serão avaliados pelo Comitê de Organização do Encontro Unicamp Ventures, grupo composto por conselheiros do Unicamp Ventures e membros da Inova Unicamp. No dia 9 de outubro, os representantes das empresas-filhas pré-classificadas para o prêmio serão informados da participação na etapa final do concurso e deverão preparar apresentações (pitches) de seus casos de sucesso.

Os pitches finalistas serão apresentados no Unicamp Ventures. Neste ano, o evento será realizado durante o 4º InovaCampinas, o maior encontro anual de tecnologia da Região Metropolitana de Campinas (RMC), que será no dia 25 de outubro no Expo D. Pedro, em Campinas. Nele será anunciado o nome do Empreendedor do Ano vinculado à Unicamp. “Toda empresa-filha da universidade deve participar do Unicamp Ventures”, ressalta Frateschi, que também é docente do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW-Unicamp).

Segundo ele, ao inscrever o case, o empreendedor tem chance de apresentar seu negócio em evento de porte nacional, de obter Unicamp abre inscrições para casos de sucesso reconhecimento no ecossistema da RMC, ampliar sua rede de contatos e fechar parcerias e contratos. Se a empresa-filha ainda não estiver associada ao Unicamp Ventures, basta entrar no site do grupo e se inscrever” (ver serviço).

Empreendedores

A Inova Unicamp tem hoje cadastradas 514 empresas-filhas da Unicamp. Dessas, 434 estão ativas no mercado, empregam 22 mil funcionários e faturam, juntas, mais de R$ 3 bilhões anuais, total equivalente a uma vez e meia o orçamento anual da Unicamp. Cerca de 91% delas estão sediadas no território paulista. Campinas concentra 57% das empresas-filhas da Unicamp, seguida pela capital (17%) e demais cidades da RMC (7%).

Dados do ano passado da Inova Unicamp revelam que 43% das empresas-filhas da Unicamp receberam algum tipo de investimento. Entre os fomentadores, o Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp) responde por 28,3%; a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), por 19,2%; e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por 13,9%. Investidores privados nacionais colaboraram com 13,9%; investidores-anjos, com 10,1%; e aportadores internacionais, com 4,2%.

Serviço

Unicamp Ventures (regulamento e inscrição de cases)
Agência de Inovação Inova Unicamp
Cadastro de empresas-filhas da Unicamp
4º Inova Campinas

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 19/09/2017. (PDF)

Desafio Inova Paula Souza está com inscrições abertas

Pode participar da disputa grupo de até cinco integrantes e, no mínimo, um aluno, ex-aluno, funcionário ou professor de Etecs ou Fatecs; inscrição on-line de projeto vai até o dia 15

Prosseguem as inscrições para o 5º Desafio Inova Paula Souza de Ideias e Negócios. Neste ano, a competição de projetos acadêmicos do Centro Paula Souza (CPS) foi dividida em 12 categorias e serão premiados os dois melhores de cada uma delas. Os vencedores terão direito a apresentar seus trabalhos em solenidade exclusiva na capital, em data ainda a ser confirmada, e os campeões também estarão aptos a representar o CPS em outros eventos.

Pode concorrer no Desafio equipe formada por até cinco integrantes, devendo pelo menos um deles ser aluno, ex-aluno, professor ou funcionário de qualquer uma das 221 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) ou das 68 Faculdades de Tecnologia Estaduais (Fatecs) administradas pelo CPS no território paulista. O regulamento da competição está disponível no site da Agência de Inovação Inova Paula Souza, bem como a inscrição on-line, no mesmo endereço, até 15 de setembro (ver serviço).

Inovação

De acordo com o professor Rui Dezani, da Fatec São José do Rio Preto, e coordenador de empreendedorismo e startup da Agência de Inovação Inova Paula Souza, promotora do Desafio, nos últimos quatro anos o concurso produziu mais de 5,5 mil trabalhos e abrangeu cerca de 15 mil participantes.

“São projetos de novos negócios, soluções dirigidas para atender gargalos em processos de empresas estabelecidas ou, ainda, ideias para inovar no setor público. Em comum, todas tiveram sua viabilidade econômica, relevância e sustentabilidade avaliadas pelas comissões julgadoras”, explica Dezani, docente responsável pela disciplina de Gestão da Qualidade nos cursos de Agronegócio e Informática para Negócios da Fatec São José do Rio Preto.

Segundo ele, para auxiliar as Etecs e Fatecs no trabalho de coordenar, orientar e treinar seu pessoal para a edição 2017 do evento, a Agência dispõe de um grupo de 43 professores do CPS, chamados de agentes regionais de inovação. “Todas as escolas devem procurá-los”, orienta.

Criatividade

O Desafio, opina Dezani, estimula a criatividade, o empreendedorismo, fortalece o espírito de equipe e aproxima os estudantes do CPS da sociedade, ao possibilitar a todos uma perspectiva de resposta quanto a um problema real da sociedade. “São muitas as possibilidades de temas, inclusive o júri considera como quesito de avaliação a questão da proteção à propriedade intelectual incorporada nos trabalhos”, explica.

As categorias em disputa são: Agronegócio e Pecuária; Alimentos e Produção Alimentar; Economia, Gestão e Negócios; Educação; Gestão Pública e Sociedade; Informação, Tecnologias e Comunicação; Infraestrutura; Produção Cultural e Design; Produção e Processo Industrial; Recursos Naturais e Meio Ambiente; Saúde, Ambiente e Segurança; Turismo, Hospitalidade e Lazer.

Regras, aprendizado

O Desafio exige do participante aprender a usar ferramentas como a plataforma de Modelo de Negócio Canvas. Essa metodologia possibilita o desenvolvimento de todo o modelo do projeto. “O uso é bastante simples, contudo, se for preciso aprofundar estudos, o CPS oferece curso livre e gratuito a distância, de 8 horas, inclusive com certificado de conclusão”, explica o professor (ver link em serviço). Outra obrigação prevista no regulamento é produzir e publicar no YouTube um vídeo sobre o trabalho com até 3 minutos de duração.

“Encontrar soluções na prática e sob medida é uma das estratégias para ser bem-sucedido no Desafio”, observa o docente. Porém, explica: “Elas deverão ser adequadas e satisfatórias”, pois a banca avaliadora será integrada por equipes multidisciplinares. Além de docentes do CPS, participarão empresários, consultores, especialistas em empreendedorismo, docentes da rede pública, de outras instituições de ensino e profissionais de outras áreas em atuação no mercado.

Serviço

Agência Inova Paula Souza (inscrição e regulamento)
Cursos livres e gratuitos do CPS

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/09/2017. (PDF)

Vigilância eletrônica da Poli-USP monitora a Cidade Universitária

Até 2022, Projeto Smart Campus pretende abarcar todo o câmpus da zona oeste da capital; tecnologia pioneira ajuda a prevenir acidentes, monitorar atitudes suspeitas e deslocar rapidamente equipes de socorro

O Smart Campus, projeto executado pelo Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), tem por meta seguir até 2022 instalando câmeras e sensores nas ruas e estacionamentos da Cidade Universitária, localizada na zona oeste da capital. Coordenada pelo pesquisador Sérgio Takeo Kofuji, a ação da Pró-Reitoria de Pesquisa na área de cidades inteligentes, pioneira no País, teve início em 2015, e propõe oferecer um ambiente mais seguro e assistivo.

Baseado em inteligência artificial, o Smart Campus usa do chamado aprendizado de máquina (Deep Learning) para reconhecer pessoas, veículos e diversos tipos de objetos, possibilitando, assim, identificar situações de risco e atitudes suspeitas. Segundo o professor Kofuji, físico e doutor em engenharia elétrica da Poli-USP, o sistema permite detalhar, por exemplo, o rosto de um indivíduo em uma multidão, informando, inclusive, as cores de suas roupas, se o mesmo carrega celular, mochila nas costas, etc.

O projeto da Poli-USP é realizado em parceria com a multinacional Huawei. Todo ano, a empresa chinesa aporta R$ 2 milhões e esse recurso é direcionado para comprar equipamentos e financiar a formação de profissionais. Em contrapartida, o grupo investidor terá direito a receber royalties de eventuais patentes de projetos decorrentes surgidos no âmbito do Smart Campus até o fim do contrato firmado com a universidade, previsto para 2022.

Privacidade

O Smart Campus visa a aumentar, gradativamente, a vigilância e a sensação de segurança para uma população flutuante estimada em mais de 50 mil pessoas, de modo menos ostensivo e invasivo. Assim, lança mão da tecnologia para proteger a comunidade acadêmica e mais, ciclistas, corredores e moradores da região, além de outros grupos presentes cotidianamente nas imediações e vias do entorno da Cidade Universitária.

“Uma das apostas será diminuir acidentes com os pedestres, pois os locais com mais ocorrências passam a ser monitorados, assim como a velocidade dos veículos”, observa Kofuji, destacando o fato de a privacidade ser um dos pilares fundamentais do projeto. “Toda a concepção do Smart Campus foi elaborada em conjunto com a Faculdade de Direito da USP, de modo a não expor ninguém e respeitar à risca direitos humanos e individuais”, ressalta.

“Por outro lado, o sistema foi projetado de modo a permitir ajudar um paciente com doença crônica, como, por exemplo, uma pessoa com asma. Basta ela solicitar a ajuda formalmente”, informa. “Assim, quando o mesmo é identificado pelo sistema, de acordo com o modo como caminha, é possível solicitar auxílio rapidamente caso seja identificada qualquer alteração no padrão de seus passos nas imagens”, destaca Kofuji.

Conectividade

De acordo com o cientista da computação Anderson Alves da Silva, pós-doutorando também comprometido com o projeto, a Internet das Coisas (conexão integrada de dispositivos) e a inviolabilidade dos dados coletados são outras duas questões-chave presentes no Smart Campus. Além das câmeras, o sistema de informática é alimentado por diversos conjuntos de sensores de temperatura, altura, peso e iluminação, entre outros.

“Todos os pontos do Smart Campus são interconectados e a inviolabilidade dessas ligações é uma preocupação permanente. Assim, para proteger as informações e conexões da rede contra hackers e invasores, usamos chaves digitais de criptografia e todos os dados são armazenados na nuvem de computação da USP”, explica Silva.

Cidades inteligentes

De acordo com o professor Silva, a maioria dos sensores está instalada em áreas externas do câmpus, mas alguns deles também ficam em ambientes internos do Living Lab. “Trabalhamos nesse Laboratório da Poli-USP onde iniciamos o projeto piloto do Smart Campus”, revela. Ao seu lado, o pesquisador Stelvio Ignácio Barboza destacou uma apresentação recente do projeto, realizada no dia 12 de julho.

Nessa oportunidade, informou Barboza, foi assinado acordo de intenções entre a diretoria da Poli-USP com a Prefeitura de Joinville (SC), para a realização de pesquisas na área de cidades inteligentes. Outro destaque nessa área é o campo permanente de provas mantido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em Xerém (RJ). “Esse centro mantém intercâmbio permanente de troca de informações sobre pesquisas com cidades inteligentes com a Poli-USP”, conclui o pesquisador.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 31/08/2017. (PDF)