Mais energia para São Paulo

Desenvolve SP tem linha de financiamento exclusiva para as 645 prefeituras do Estado investirem em iluminação

Criada em maio de 2013, a linha de financiamento Iluminação Pública, da Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) tem por objetivo auxiliar as prefeituras do Estado a se prepararem para assumir a gestão da rede de iluminação municipal em 2014. O empréstimo, com juros subsidiados, vai apoiar as administrações municipais a cumprir a Resolução nº 414 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A legislação federal determina que, a partir de 1º janeiro, a iluminação pública, hoje um serviço de responsabilidade das distribuidoras de energia elétrica, deve passar para as prefeituras. Assim, os municípios terão de elaborar projetos, instalar, expandir, operar e realizar a manutenção das instalações. Nesse sentido, a Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista reservou R$ 100 milhões para financiar esses projetos.

Por ter finalidade social – de gerar emprego e renda no Estado –, a Agência Paulista oferece empréstimos para empresas e prefeituras paulistas em condições mais vantajosas do que as oferecidas pelos bancos comerciais.

Na linha Iluminação Pública, as taxas de juros são de 8% ao ano com valores corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), instituição ligada à Universidade de São Paulo (USP). O parcelamento pode ser em até 72 meses, com um ano de carência, e não há limite do montante a ser financiado.

A nova linha pode financiar projetos que contemplem a instalação, ampliação ou adequação do sistema de iluminação da cidade, com o objetivo de garantir a gestão da rede pela prefeitura, sem riscos de desabastecimento ou problemas para a população. Entre os itens que podem ser financiados estão equipamentos, instalação de central telefônica de atendimento (call center), veículos, capacitação e treinamento, entre outros.

Regras

Antes da liberação do financiamento, o pedido de projeto será enviado para aprovação da Secretaria Estadual de Energia. O representante da prefeitura ou empresa pública municipal interessada pode fazer a solicitação do financiamento de duas maneiras – a primeira e mais rápida é por meio do simulador de empréstimos do site da Desenvolve SP.

O sistema permite calcular, até mesmo sem cadastro, o valor das prestações e as condições de pagamento. Caso aceite as condições do financiamento, a administração municipal interessada deverá enviar a documentação obrigatória e poderá acompanhar, on-line, o andamento do pedido. Todo o processo on-line é seguro. A outra opção é requerer o financiamento diretamente na sede da Desenvolve SP, na Rua da Consolação, 371, no centro da capital.

Parceira dos municípios

Desde a criação da Desenvolve SP, em 2009, ela já financiou mais de R$ 1 bilhão, sendo R$ 130 milhões só para os municípios paulistas. Além da linha de Iluminação Pública, há outros nove tipos de empréstimos que podem ser solicitados pelas prefeituras, com juros a partir de zero, subsidiados pelo Governo paulista.

Incluem a Linha Economia Verde, que financia projetos ecologicamente sustentáveis, a Acessibilidade Urbana, com juro zero, também subsidiado pelo Governo estadual, para ações destinadas a mobilidade em prédios públicos e instalações locais, e a Via SP, que atende às obras de pavimentação de ruas e estradas.

Em todas, a liberação do crédito para os municípios se dá apenas após a comprovação da saúde financeira e a capacidade de endividamento das prefeituras e da aprovação da Secretaria do Tesouro Nacional, usando como garantia as cotas do ICMS ou do Fundo de Participação dos Municípios.

Serviço

Desenvolve SP
Simulador de financiamento
Resolução nº 414 da Aneel

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 06/09/2013. (PDF)

Mais financiamento para inovação

Qualquer empresa paulista com projeto inovador pode agora recorrer à Desenvolve SP para ter acesso a recursos da Finep, a Financiadora de Estudos e Projetos, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A Agência de Desenvolvimento Paulista, instituição financeira do Estado, acabou de assinar seu credenciamento no Programa Inovacred, da agência federal. A proposta do programa é descentralizar a operação de crédito, com planos de financiar R$ 1,2 bilhão para 2 mil empresas.

São Paulo responde por mais da metade da produção científica brasileira, e o Estado detém o maior número de empresas inovadoras instaladas do território nacional. O valor inicial do repasse federal do Inovacred será de R$ 80 milhões. O acordo prevê financiamento de pequenos e médios negócios em investimentos para a introdução de novos produtos, processos, serviços, marketing ou inovação organizacional, bem como o aperfeiçoamento dos já existentes.

Regras

A taxa de juros será de 5% ao ano e o prazo de pagamento pode chegar a 96 meses, incluindo 24 meses de carência. A previsão é que a linha comece a funcionar no final de agosto. Além da Desenvolve SP, estão credenciadas outras cinco instituições pelo Finep para oferecer o Inovacred: BRDE (região Sul), Badesul (RS), Badesc (SC), AgeRio (RJ) e Banrisul (RS). Seguem em negociação BDMG (MG), Desenbahia (BA) e Basa (região Norte).

O Inovacred atenderá empresas classificadas em três categorias: as de porte I, com receita operacional bruta anual de até R$ 3,6 milhões; as de porte II, até R$ 16 milhões; e as de porte III, até R$ 90 milhões. Do total de recursos, 70% serão para os negócios classificados como I e II. O valor que poderá ser financiado para cada projeto também foi dividido pelo tamanho das empresas. As do tipo I e II podem captar entre R$ 150 mil e R$ 2 milhões, e as de porte III, até R$ 10 milhões.

Poderão ser financiados pelo Inovacred diversos tipos de recursos. A lista inclui: equipes participantes do projeto; equipamentos e instrumentos (nacionais e importados); matérias-primas e material de consumo; compra de tecnologia; patenteamento e licenciamento; compra de participação no capital de empresas inovadoras; treinamento no país e no exterior; softwares customizados e a concepção e desenvolvimento deles.

Serviço

Desenvolve SP

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 30/07/2013. (PDF)

Fim das pendências no campo

Mais de 4 mil produtores rurais poderão quitar em até seis anos seus débitos de financiamentos; renegociação começa no próximo mês

Promulgada no dia 5, a Lei nº 15.062 vai estimular 4,2 mil agricultores a renegociarem financiamentos e empréstimos pendentes com o Estado. A medida permitirá a quitação total à vista ou a amortização do débito em até seis anos, com redução dos juros entre 75% e 100%. Os valores em atraso são relativos a dívidas contraídas entre 1989 e 2010 no Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento.

O valor médio devido é de R$ 3 mil. No total, o Estado de São Paulo tem a receber R$ 64 milhões. A maioria dos inadimplentes é formada de agricultores familiares e pequenos produtores rurais, muitos da região do Pontal do Paranapanema. As causas dos débitos são diversas – incluem frustração de safra, períodos de alta inflação e de instabilidade na moeda. Dos 4,2 mil que terão a chance de regularizar sua situação, 2,2 mil são assentados. Hoje, as linhas de financiamento do Feap atendem quase 10 mil produtores em todo o Estado.

Quem quiser aproveitar a nova legislação deverá aguardar até o final de agosto. Nesse período serão definidas e promulgadas as normas complementares da Lei nº 15.062. A partir daí, o inadimplente terá prazo de 180 dias para comparecer à agência do Banco do Brasil onde tem o débito para fazer a renegociação. Quem não for perderá o benefício, pois a dívida não prescreve.

Fernando Aluízio Penteado, secretário-executivo do Feap, explica que a intenção da nova legislação é trazer de volta esse empreendedor para o mundo formal, com vantagens para ambas as partes: Estado e inadimplentes. “A Lei nº 15.062 é uma reivindicação antiga do setor e vai permitir ao Feap reaver pelo menos parte dos valores, que poderão ser utilizados em novos financiamentos e ações, beneficiando mais produtores”, destaca o dirigente.

Vantagens

Quem quitar a dívida à vista poderá restituir apenas o capital tomado na época do empréstimo, acrescido somente da correção monetária sem os juros contratuais e os da inadimplência.

Quem preferir parcelar, deverá pagar no mínimo 10% do crédito original acrescido da correção monetária. Quanto menor o prazo do parcelamento, maior será o desconto. O parcelamento do restante da dívida em dois anos dará desconto de 95%; em três, 90%; em quatro, 85%; em cinco, 80% e, em seis, redução de 75%.

Depois de ter o crédito regularizado, o produtor passa a ter novamente acesso aos financiamentos do Feap, com juros de 3% ao ano. Outro viés da nova medida foi incluir o perdão das dívidas dos sindicatos de trabalhadores rurais decorrentes de débitos oriundos do fornecimento oneroso de sementes para produtores, feitos no passado, em que essas entidades atuaram como avalistas de seus representados e passaram a responder como devedores solidários, tendo bens penhorados e dificultando a continuação das atividades.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/07/2013. (PDF)