Uma mãozinha para acertar com o Leão

Escolas Técnicas da capital ajudam a preencher o IR; contribuinte deve ligar para a unidade de ensino e agendar horário

Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) da capital irão ajudar a população no preenchimento da declaração do Imposto de Renda (IRPF) de 2014, ano-base 2013. Em algumas das 9 unidades, haverá também ações ligadas à saúde, recreação infantil, ajuda para verificação de documentos, entre outras atividades.

O atendimento ao contribuinte será oferecido por alunos e professores das Etecs. A recomendação ao interessado no serviço gratuito é entrar em contato com a escola por telefone, para agendar dia e horário e informar sobre os documentos que deverá levar no dia combinado. As escolas participantes são as seguintes:

Etec da Zona Leste: O atendimento será nos dias 22, 23, 24 e 25, das 8 às 11h30. É preciso levar um quilo de alimento não perecível. Mais informações pelo telefone (11) 2045-4017, com o professor Cláudio. Avenida Águia de Haia, 2.633 – Cidade A. E. Carvalho.

Etec de Sapopemba: A atividade inclui ação social com outros serviços e recreação infantil no sábado, dia 12, das 10 às 15 horas. Informações pelos telefones (11) 2019-1519 e 2019-1533. Rua Benjamin de Tudela, 155 – Fazenda da Juta.

Etec Doutora Maria Augusta Saraiva: O serviço será no dia 12, das 9 às 18 horas. Contato pelos telefones (11) 3105-7250 e 3324-0740. Rua Guaianases, 1.385 – Campos Elísios.

Etec Vila Formosa: O atendimento deve ser agendado pelos telefones (11) 2211-6485 e 2916-9467, com Ademar. Rua Bactória, 38 – Vila Formosa.

Etec Itaquera: O atendimento será hoje e no dia 16, das 19h30 às 22 horas. Informações pelos telefones (11) 2521-8188 e 2254-7627. Rua Virgínia Ferni, 400 – Itaquera.

Etec José Rocha Mendes: O auxílio será no dia 12, das 9 às 15 horas, com agendamento pelo telefone (11) 2063-4454. Rua Américo Vespucci, 1.241 – Vila Prudente.

Etec Profa. Dra. Doroti Quiomi Kanashiro Toyohara: O serviço será no dia 12, das 9 às 12 horas e das 13 às 17 horas. É obrigatório doar um quilo de qualquer alimento não perecível. Agendar pelos telefones (11) 3972-0339 e 3972-0199. Rua Ambrósia do México, s/nº – Pirituba.

Etec Jardim Ângela: Também no dia 12, das 10 às 15 horas, a ação social incluirá serviços relacionados à documentação eleitoral, regularidade do CPF, entre outros. Informações pelos telefones (11) 5833-0943 e 5833-0861. Estrada da Baronesa, 1.695 – Jardim Ângela.

Etec Guaianases: O atendimento será no dia 12, das 8 às 12 horas. Quem quiser pode doar um quilo ou um pacote de alimento não perecível. Informações pelos telefones (11) 2551-9484 e 2552-0140. Rua Feliciano de Mendonça, 290 – Guaianases.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 09/04/2014. (PDF)

Vaga Certa: o site do emprego

Site cadastra oportunidades de emprego e de estágio; podem concorrer alunos e ex-alunos de Etecs, Fatecs e dos cursos do Via Rápida

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação lançou o site Vaga Certa. Gratuito e atuando em duas frentes, o serviço on-line pretende aproximar empregadores de profissionais em busca de oportunidades de trabalho.

O empresário pode cadastrar vagas, pesquisar e recrutar profissionais com diversos tipos de formação e qualificação. Formandos do programa Via Rápida Emprego, da secretaria, alunos ainda matriculados e ex-alunos nas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e Faculdades Estaduais de Tecnologia (Fatecs) também podem buscar oportunidades de emprego e de estágio.

O acesso ao site Vaga Certa é feito por meio de login e senha. Depois de registrado, o usuário pode atualizar os seus dados e pesquisar vagas. Quando surge uma oportunidade compatível com o perfil do profissional, o sistema envia, automaticamente, um e-mail para avisá-lo.

A expectativa da pasta de Desenvolvimento é ampliar as possibilidades de inserção no mercado profissional de um contingente de quase 300 mil alunos de Etecs e Fatecs.

Mais 17 carretas

O Via Rápida Emprego recebeu mais 17 unidades móveis. As carretas serão incorporadas à frota atual de dez veículos. Elas vão oferecer mais de 50 opções de cursos gratuitos de qualificação nas áreas de confecção industrial, imagem pessoal, panificação e açougue, hospitalidade, manutenção automotiva, manutenção de motos, produção alimentícia, refrigeração e climatização e soldagem.

A previsão da secretaria é de que essas carretas sejam entregues e entrem em operação em abril. O investimento do Governo estadual foi de R$ 31,6 milhões e a área interna de cada uma varia entre 40 e 80 metros quadrados. Todas são equipadas com sala de aula e laboratórios para simular práticas profissionais e podem atender até 20 alunos por turma.

Com duração de 80 a 100 horas, os cursos são ministrados em três períodos por professores do Centro Paula Souza. Para participar, basta se inscrever no site do Programa Via Rápido Emprego (ver serviço). As exigências incluem ter no mínimo 16 anos e residir em um dos municípios atendidos pelo programa. Os documentos necessários são RG e CPF.

O nível de escolaridade exigido é variado e todo participante recebe material didático, auxílio-alimentação de R$ 100 e subsídio transporte de R$ 150. Desempregado tem prioridade na seleção e direito à bolsa mensal de R$ 210. Lançado em 2011, o Via Rápida Emprego já atendeu 140 mil pessoas em 645 municípios paulistas.

Paula Souza

Vinculado à Secretaria de Desenvolvimento, o Centro Paula Souza mantém as Etecs, as Fatecs e as classes descentralizadas, que funcionam com um ou mais cursos técnicos em parceria com prefeituras ou empresas, sob a supervisão de uma Etec. As classes descentralizadas estão presentes em 306 municípios paulistas.

Atualmente, as Etecs atendem mais de 216 mil estudantes nos ensinos médio, técnico integrado ao médio e no ensino técnico, para os setores industrial, agropecuário e de serviços. Nas Fatecs, o número de alunos matriculados nos cursos de graduação tecnológica ultrapassa 64 mil.

Serviço

Site Vaga Certa
Site Via Rápida Emprego

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 29/03/2014. (PDF)

Soluções inovadoras e inteligentes – Ainda dá tempo de visitar a 12ª Febrace

Com entrada franca, feira na Poli-USP acaba hoje, às 19 horas; em exposição, 331 trabalhos científicos de alunos do ensino básico, médio e técnico de todo o País

Hoje é o último dia para conferir no estacionamento da Escola Politécnica (Poli) da USP, as invenções e novidades da 12ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior do gênero da América Latina. O evento, que começou no dia 18, é organizado pelo Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP (LSI-Poli).

Nesta edição, a Febrace apresenta 331 projetos de estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de todo o País. Os trabalhos – apresentados anteriormente em feiras afiliadas realizadas em território nacional – foram selecionados entre 1,8 mil inscritos e concorrem a 200 prêmios em sete categorias: Ciências Exatas e da Terra; Biológicas; Saúde; Agrárias; Sociais Aplicadas; Humanas; e Engenharia.

Amanhã e sábado a comissão julgadora da Febrace anunciará os nomes dos vencedores. Os trabalhos mais bem avaliados ganharão troféus e medalhas; e seus autores serão contemplados com bolsas de estudo e oportunidades para estágios. Além disso, concorrerão a uma das nove vagas reservadas para o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), que neste ano ocorrerá de 11 a 16 de maio, em Los Angeles, nos Estados Unidos. O País já tem 34 premiações nessa feira.

O ninho da ciência

Segundo a professora Roseli de Deus Lopes, da Poli-USP, coordenadora da Febrace, a feira abre espaço para o surgimento de talentos para a ciência nacional, provenientes de todas as regiões brasileiras. Ao longo dos três dias do evento, os alunos apresentam seus projetos para os visitantes e se aproximam de colegas e professores de outras localidades, ampliando assim a rede de contatos profissionais.

Aprendem também sobre como obter recursos nos principais órgãos de fomento à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico disponíveis, como Capes, CNPq e Fapesp. “Iniciação científica é fundamental para formar novos quadros para as universidades. Ela também colabora para o surgimento de novos negócios, a partir de soluções inovadoras criadas em salas de aula e laboratórios escolares”, observa Roseli.

Etecs paulistas: presente!

Dos 331 projetos em exposição na Febrace, 27 foram desenvolvidos por alunos de 13 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs). Os trabalhos classificados são de Etecs das cidades de Franca (6), Itanhaém (1), Jacareí (1), Limeira (4), Monte Mor (1), Osasco (1), Piedade (2), Ribeirão Pires (3), Santa Bárbara D’Oeste (1), São Paulo (4) e Suzano (3).

As Etecs são mantidas pelo Centro Paula Souza, entidade vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. Atualmente, há 214 delas distribuídas em 157 municípios paulistas.

Nem fogo nem água

A estudante Natyeli Silva, do curso técnico de Curtimento, da Etec Professor Carmelino Corrêa Júnior, de Franca, desenvolveu um novo modelo de botas para uso do Corpo de Bombeiros. Quatro vezes mais barato que o calçado convencional, tem solado e revestimento de couros especiais, pois impedem que o material incendeie se exposto a chamas. Além disso, também repele a água, mantendo seco os pés do agente em ocorrências com incêndios e ambientes alagados.

A ideia do Equipamento de Proteção Individual (EPI) foi da professora Joana D’Arc de Souza, da disciplina de Couros e Peles. Docente do único curso técnico de Curtimento disponível no Estado de São Paulo, ela conta que a ideia surgiu depois que um policial, pai de uma amiga, teve um pé de coturno incinerado por uma brasa em uma situação de combate ao fogo. A docente, então, apresentou a ideia para Natyeli, que, em um ano, conseguiu produzir alguns pares ao custo de R$ 60, cada um.

De acordo com a estudante e sua orientadora, as propriedades do couro ignificado (anti-inflamável) e hidrofugado (impermeabilidade) foram comprovadas em estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Natyeli é filha de uma coladeira e de um pespontador, ambos operários do polo calçadista de Franca. Ela se dedicou ao trabalho com mais um desafio incluído no projeto: retirar do processo de fabricação do couro dois elementos poluentes, o isopor e as aparas do tipo wet-blue. “O próximo passo será desenvolver, até o final do curso, uma roupa antichama”, disse a estudante, orgulhosa.

Tijolo ecológico

Em Ribeirão Pires, a dupla Fabrício Luciano e Willians Zaguini, do curso técnico em Química, dedicou dois semestres no desenvolvimento do seu projeto na Etec local. Objetivo: criar uma mistura para produzir tijolos à base de materiais baratos, recicláveis e comumente descartados. O estudo foi orientado pelo professor Carlos Barreiro e a dupla desenvolveu, de modo artesanal, um protótipo utilizando jornal e gesso, com preço de custo unitário de R$ 0,06, valor bem inferior aos R$ 0,25 cobrados por um similar convencional.

Fabrício submeteu o produto a testes físicos de resistência, rigidez e de compactação. Ele conta que seu “tijolo ecológico” está em conformidade com as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT – NBR). Segundo ele, já é possível usá-lo com cimento em construções internas. O próximo passo é fazer novas avaliações com exposição do material a fenômenos naturais (sol, chuva, umidade, etc.). Depois, o produto será encaminhado para testes no IPT e, finalmente, patenteado.

Cartografia descomplicada

Na Etec Monte Mor, o professor Roney Caum propôs um desafio à sua classe do ensino médio: identificar os nomes dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal em um mapa do Brasil sem os nomes das unidades territoriais. Ninguém conseguiu acertar 100%. Um tempo depois, o docente repetiu a experiência, acrescentando dicas curtas sobre cada uma das unidades da Federação – e o total de respostas correta aumentou.

Desafiados pela proposta do educador, os estudantes Éverton dos Anjos e Letícia Montezel se dispuseram a produzir uma ferramenta pedagógica para ajudar a combater essa defasagem no ensino de Geografia. A proposta incluía auxiliar, de modo lúdico, o aluno a identificar os Estados brasileiros e a localizar, a partir de coordenadas cartográficas, onde se encontram atualmente no mapa do País.

Batizada de Geografia Divertida, a iniciativa exigiu um ano e meio de trabalho – e incluiu a criação de 27 fichas com 12 dicas, a partir da coleta de dados de fontes confiáveis na internet sobre os 26 Estados e o Distrito Federal. O passo seguinte foi elaborar questionários e um jogo, com tabuleiro inspirado no tradicional War, para executar o projeto. A experiência foi, então, feita com 240 alunos do ensino fundamental II da cidade com resultados satisfatórios – e, novamente, na segunda etapa, os acertos também foram maiores.

Para Éverton e Letícia, a experiência comprovou a necessidade de serem repensados os modelos pedagógicos tradicionais – e adaptá-los para a geração atual de estudantes, que recebem grande volume de informações, de diferentes fontes e em menor tempo, sem conseguir reter muitos conteúdos.

A propriedade intelectual da ferramenta desenvolvida foi cedida à Etec. Os estudantes esperam que colegas de turmas seguintes aprimorem ainda mais a ferramenta. “O segredo é induzir cada participante a aprender mais para vencer as partidas”, observam.

Sabor prolongado

Encontrar uma opção saudável de lanche rápido para substituir refeições calóricas e pobres em nutrientes adotadas por grande parte da população. Com essa proposta em mente, as estudantes de Química Mariana Barnett e Larissa Careca, da Etec Getúlio Vargas, da capital, desenvolveram uma emulsão comestível (biofilme) capaz de retardar a oxidação e a degradação natural de pedaços de banana e de maçã.

O trabalho com o produto orgânico foi orientado pelo professor Fernando dos Santos e testado com sucesso em familiares das garotas. “Ninguém passou mal depois que comeu”, disseram, brincando. Produzido com fécula de mandioca e cera de abelha, o biofilme não altera o aspecto e o paladar das frutas, fontes naturais de minerais e vitaminas.

A ideia é permitir, por exemplo, que um estudante ou uma criança leve na mochila ou lancheira as frutas embaladas pelo biofilme em um pote plástico para comer na hora do intervalo escolar. Assim, deixariam de comprar um salgado, hambúrguer ou pão de queijo na cantina escolar.

De acordo com as adolescentes, um pedaço de fruta revestido pelo filme e armazenado em um pote na geladeira tem suas características nutricionais inalteradas por sete dias. Fora do refrigerador, dura até quatro dias. “Pesquisamos a fundo os ingredientes possíveis para produzir a emulsão e descobrimos que não existe no mercado nenhum produto com as características do nosso protótipo”, revelam confiantes.

Peça pelo número

Permitir a um idoso, criança ou pessoa com deficiência comandar por voz, com segurança e sem contato físico, um elevador. Essa foi a missão proposta e executada pelo trio de estudantes Carlos Teixeira, Matheus Schimidt e Mark Schall, do curso de Eletroeletrônica da Etec Professora Doutora Quiomi Kanashiro Toyohara, de Pirituba, zona oeste da capital.

Com a supervisão dos professores Iverson Machado e Saulo Yokoo, o grupo criou um protótipo de elevador completo. O equipamento possui sistema de computação embarcado e autônomo, contendo hardware (chips, placas, microcontroladores e circuitos) e software (programas de computação para controlar o dispositivo) exclusivos e desenvolvidos sob medida.

O protótipo do elevador tem recursos de captura e de processamento da voz do usuário – depois do comando dado no microfone, o som é convertido instantaneamente em sinais digitais e dá instruções para subir ou descer. Se preferir, o usuário pode acionar os comandos por botões no painel, que possui também um sensor para detectar a presença de pessoas ou objetos e tem suas operações sinalizadas por lâmpadas de LED piscantes.

Testado com sucesso, seus criadores pretendem patentear a invenção. Eles explicam que o conceito do sistema pode ser reaproveitado em outras aplicações em uma casa totalmente inteligente e automatizada. Com algumas alterações, permitiria, por exemplo, substituir interruptores de luz, chuveiros, portões e eletrodomésticos.

Serviço

A Febrace está montada em uma tenda no estacionamento da Escola Politécnica da USP – Av. Prof. Luciano Gualberto, travessa 3, nº 380 – Butantã. A entrada é franca.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente nas páginas II e III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 20/03/2014. (PDF)