Empresas recorrem ao Prumo para melhorar processos e produtos

Unidades móveis do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) põem à disposição laboratórios e engenheiros para dar apoio ao setor industrial na busca por soluções de problemas

Empregar experiência fabril e conhecimento para melhorar processos e produtos de negócios, cooperativas e Arranjos Produtivos Locais (APLs) do Estado de São Paulo. Essa é a missão do Projeto Unidades Móveis (Prumo) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), iniciativa idealizada em 1998 pelo engenheiro metalurgista Vicente Mazzarella, especialista do IPT que segue trabalhando no projeto.

O Prumo entrou em operação no ano seguinte e de lá para cá atendeu 5 mil empreendimentos, sendo um dos cinco serviços de apoio à indústria oferecidos pelo IPT por meio do seu Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa (NT-MPE). O trabalho especializado começou com o setor de polímeros (plásticos e borrachas) e hoje contempla também fabricantes de cerâmicas, couros e calçados e tratamento de superfícies.

Pode contratar o Prumo empresa paulista com faturamento anual de até R$ 90 milhões. O serviço dispõe de oito unidades móveis (vans) equipadas com laboratórios. Comandadas por equipes formadas por engenheiros e técnicos, as unidades têm ferramental especializado para fazer ensaios na área industrial das empresas.

Diagnóstico

Em média, os atendimentos são concluídos em 15 dias. Depois do contato com o Prumo por meio de um de seus canais de comunicação (ver serviço), um dos sete engenheiros do projeto vai à sede da empresa identificar e diagnosticar gargalos na produção, assim como questões com matérias-primas e processos. Em até sete dias, o engenheiro retorna à empresa para concluir o trabalho acompanhado de um dos seis técnicos do projeto.

O preço de cada serviço prestado varia de acordo com sua especificidade. Em média, custa R$ 800 e o montante pode ser parcelado. Do total do atendimento, 10% dos custos são bancados pelo contratante e os 90% restantes pelo IPT, por meio do programa de apoio tecnológico às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.

Injeção

“A proposta comum a todos os atendimentos é aumentar a produtividade e a qualidade de produtos e dos serviços prestados, assim como prevenir prejuízos e retrabalhos”, observa a pesquisadora Mari Katayama, diretora do NT-MPE. Ela informa que o site do IPT traz diversos casos de sucesso de atendimentos realizados pelo Prumo e os demais programas do Núcleo, como adequação de produtos para exportação e mercado interno, gestão de processos e adoção de iniciativas sustentáveis e ambientalmente corretas (ver lista completa no boxe).

A mais recente novidade do Prumo foi o curso de injeção de plástico organizado e ministrado pelo IPT no dia 22 de novembro. Com jornada de oito horas, foi direcionado para proprietários ou funcionários de empresas e custou R$ 800.

A inscrição na capacitação deu direito a cada um dos 12 participantes de receber atendimento especializado do projeto em sua empresa. O próximo curso está previsto para março; eventuais interessados devem entrar em contato com os canais de comunicação do projeto (ver serviço).

Melhora

Em abril de 2014, a Naturilex, empresa de Carapicuíba, seguiu a recomendação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e contratou o serviço de Qualificação de Produtos para o Mercado Interno (Qualimint) do IPT. Na época, contam seus gestores, Reinaldo José, administrador, e Rômulo Caixeta, economista, a proposta era melhorar a qualidade das linhas de chás (mate e verde) comercializadas pela empresa.

Eles contam que “o atendimento do IPT superou expectativas e favoreceu a decisão de substituir a produção terceirizada pela fabricação interna”. Assim, a empresa do segmento de bebidas prontas, criada em 2010, investiu em maquinário e em pessoal para expandir sua linha de produção e de produtos. Hoje, fabrica 300 mil litros mensais de chás e parte da produção é vendida para as lojas da rede Rei do Mate.

Recomendação

“O crescimento do negócio trouxe novos desafios”, conta Marcelo Ardessore, encarregado de produção e manutenção. “Dessa vez, o serviço contratado no IPT foi o Prumo, com a missão de solucionar duas questões”, revelou. O primeiro problema era com o envase das garrafas de PET usadas pela Naturilex; o outro, com os rótulos, que rasgavam durante a montagem dos fardos para transporte e armazenamento.

“O problema da tampa era compressão excessiva no processo do sopro da garrafa”, revelou Marcelo. “Seria impossível saber disso sem ferramental adequado e orientação especializada.” O outro gargalo, relacionado às embalagens, foi corrigido com a substituição do rótulo de PVC pelo feito com o mesmo material usado nas garrafas, o chamado rótulo de PET, a partir de recomendação do IPT.


Outros serviços tecnológicos oferecidos pelo IPT

  • Qualificação de Produtos para o Mercado Interno (Qualimint): Tecnologia para empresas que desejam ampliar a qualidade de seus produtos. Atendimentos têm piso de R$ 25 mil
  • Apoio Tecnológico à Exportação (Progex): Direcionado para quem deseja exportar e necessita adaptar seus produtos para competir com os importados ou atender às exigências de compradores locais. Atendimentos têm valor médio de R$ 28 mil
  • Gestão do Processo Produtivo (Gespro): Dirigido ao aperfeiçoamento do controle de estoque, cumprimento de prazos e controle de qualidade dos produtos. Os atendimentos têm valor médio de R$ 17 mil.
  • Produção Mais Limpa (Prolimp): Atende a empresas com produção destinada a atividades sustentáveis, que procuram optar por processos produtivos mais limpos, focando na redução de suas emissões gasosas e líquidas, da quantidade de rejeitos, além de realizar consumo racional de matérias-primas e oferecer a destinação correta a seus resíduos e atenção ao ciclo de vida de seus produtos. Os atendimentos têm valor médio de R$ 25 mil.

Serviço

Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
E-mail ntmpe@ipt.br
Telefone (11) 3767-4204

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 05/12/2015. (PDF)

Ribeirão Preto ganha Parque Tecnológico

Localizado no campus da USP, empreendimento tem Centro de Negócios e Incubadora, com 32 empresas instaladas

O Supera Parque Tecnológico de Ribeirão Preto, parceria da USP local, prefeitura, Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde (Fipase) e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI), foi inaugurado na semana passada. O empreendimento tem por finalidade atrair empresas da região para o desenvolvimento de novos produtos e serviços nas áreas de saúde, biotecnologia, tecnologia da informação e da comunicação e bioenergia, entre outros.

Com aproximadamente 300 mil metros quadrados de área, o Parque foi instalado no campus da USP Ribeirão Preto, numa área total de 5 milhões de metros quadrados, no bairro Monte Alegre. O investimento, da ordem de R$ 15 milhões, recebeu R$ 11,6 milhões do Governo paulista.

Atualmente, o Parque gera 120 empregos diretos, divididos entre a unidade gestora e as empresas incubadas. A expectativa é de ampliação no futuro. “A ideia é incentivar a criação de novas empresas em Ribeirão Preto e atrair outras para que se instalem na cidade”, informa Eduardo Cicconi, gerente do Parque. Ele também deve atender, prioritariamente, a negócios que invistam em pesquisa e desenvolvimento, capazes de oferecer produtos e processos inovadores em diversas áreas.

Segundo Eduardo, a inauguração do espaço consolida ações do passado. Além de dar continuidade ao trabalho iniciado pela Fipase em 2001, que culminou com a criação da Incubadora de empresas, em junho de 2003, e originou a força-tarefa que criou dois Arranjos Produtivos Locais (APLs): o da Saúde e o da Indústria do Software, ambos de acordo com a vocação da região.

Para as empresas

O Parque Tecnológico foi planejado em três fases: na primeira, já inaugurada, foram construídos dois prédios. Eles abrigam a Incubadora de Empresas, a Fipase e os Centros de Negócios e de Tecnologia.

Para a segunda etapa estão previstas as instalações da Supera Aceleradora e do Núcleo Administrativo, onde serão implantados os serviços de restaurante e bancos. Na terceira etapa, será realizada a urbanização dos lotes para a instalação definitiva de empresas de grande porte e daquelas antes incubadas.

Os projetos futuros incluem a criação de dois centros – um empresarial e o outro tecnológico de biotecnologia. Essas iniciativas estão em fase de captação de recursos. O grupo gestor do Parque também está em busca de parcerias para instalação de laboratórios de pesquisa e de desenvolvimento de natureza empresarial, uma Faculdade Estadual de Tecnologia (Fatec), um laboratório da Fundação para o Remédio Popular (Furp) e uma unidade da Embrapa.

Tecnologia e inovação

No Parque, o Centro de Negócios já está em funcionamento. Trata-se de um espaço concebido para a instalação de empresas já constituídas e que tenham sido graduadas na Incubadora. O pré-requisito para o ingresso na Incubadora é que sejam de base tecnológica, inovadoras e tenham plano de pesquisa conjunta com a USP.

O Centro de Negócios oferece 11 vagas, das quais duas estão ocupadas e outras cinco em processo de seleção. A ideia é repetir na USP o modelo de negócios de tecnologia do Vale do Silício, dos Estados Unidos, onde empresas do setor foram impulsionadas a partir de projetos surgidos na comunidade acadêmica do entorno.

A Incubadora atende hoje a 32 empresas: nove em pré-residência, 20 em residência e três associadas. O serviço à Incubada inclui, além da cessão do espaço físico, apoio administrativo para a elaboração de projetos e para o registro de propriedade intelectual, capacitação e consultoria e estrutura para apresentação de ações para investidores. De acordo com a evolução do negócio, o espaço físico pode ser compartilhado (pré-residência) ou exclusivo (residência).

No futuro, nem todas as empresas associadas farão uso da estrutura física da Incubadora. Terão, porém, os benefícios comuns às demais, como acesso à rede de contatos, incentivos à participação em feiras e congressos, consultoria nas áreas de marketing e de captação de recursos nas agências de fomento governamental para pesquisa científica, como Capes, Fapesp e CNPq.

A Fipase

Criada em 2001 por lei municipal, a Fipase atua no desenvolvimento da indústria de equipamentos e produtos de saúde em Ribeirão Preto. Também apoia os setores de tecnologia da informação, biotecnologia, química, fármacos e cosméticos. Mantida pela prefeitura local, é gestora da marca Supera, que dá nome à Incubadora de Empresas, ao Centro de Tecnologia e ao Parque Tecnológico.

Serviço

Parque Tecnológico de Ribeirão Preto
Outras informações – supera@fipase.org.br
Telefones (16) 3602-0072 e (16) 3966-2383

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 02/04/2014. (PDF)

Vagas no parque

Editais da Fipase abrem espaço para novos negócios na incubadora e para empresas sediadas em Ribeirão Preto e região se instalarem no Centro de Negócios

O Supera Parque Tecnológico de Ribeirão Preto (parceria da USP, prefeitura local e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação) está com inscrições abertas em dois processos seletivos.

O primeiro, o do Centro de Negócios, oferece oportunidade para empresa estabelecida na região de Ribeirão Preto se instalar em uma das salas do prédio do Parque Tecnológico. O outro, o da Incubadora, irá selecionar empreendedores em busca de apoio para criar, gerir e impulsionar novos negócios.

A ideia é iniciar projetos nas áreas de biotecnologia, medicina, veterinária, tecnologia da informação, e de materiais médicos, hospitalares, odontológicos e de instrumentação. Será também possível inscrever propostas em outros segmentos, desde que sejam inovadores.

Gerenciado pela Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde (Fipase), o Parque Tecnológico é uma autarquia municipal instalada em uma área de 400 mil metros quadrados pertencentes ao câmpus da USP. Seus dois edifícios: o da Incubadora e o do Centro de Negócios, têm 2,5 mil metros quadrados de área construída cada um e foram financiados pela secretaria.

Prazos e regras de seleção

Os editais de inscrições, com os regulamentos dos projetos, estão on-line no site da Fipase (ver serviço). Empresas aspirantes a uma vaga no Centro de Negócios têm prazo até o dia 14, sexta-feira, para enviar suas propostas. A seleção será feita na modalidade licitação tipo concorrência. Estão disponíveis nove salas para locação, com tamanhos que variam entre 42 metros quadrados e 170 metros quadrados.

Já o empreendedor disposto a integrar a incubadora tem até o próximo dia 21 para se inscrever. Os projetos serão avaliados em processo seletivo com três meses de duração. O processo inclui a capacitação do interessado em modelos de negócios e a apresentação de seu projeto para investidores e conselheiros da Incubadora. Sua aprovação será baseada na viabilidade técnica e econômica do projeto, conteúdo tecnológico e grau de inovação dos produtos e serviços frutos do empreendimento.

Vale do Silício paulista

Na etapa seguinte da Incubadora, a secretaria disponibilizou R$ 430 mil para que seja elaborado um projeto executivo, que vai oferecer lotes para que as empresas se instalem definitivamente no local.

A ideia é reproduzir na USP o modelo de negócios de tecnologia do Vale do Silício, nos Estados Unidos, onde as empresas do setor foram impulsionadas a partir de projetos surgidos na comunidade acadêmica do entorno.

Em Ribeirão Preto, a Incubadora foi criada em 2003 e já atende 31 empresas. Ela será integrada ao Supera Parque no próximo dia 26, data prevista para a inauguração oficial do Parque Tecnológico. Além dos dois edifícios, o complexo reunirá, no futuro, um laboratório de serviços tecnológicos e um centro de formação de mão de obra.

Serviços oferecidos

Dividido em três categorias – pré-residência, residência e associação – o apoio dado às empresas pela Incubadora inclui o espaço físico e, ainda, o suporte administrativo para elaboração de projetos e para registro de propriedade intelectual, além de capacitação e consultoria, e organização para apresentação de ações para investidores. De acordo com a evolução do negócio, o espaço físico pode ser compartilhado (pré-residência) ou exclusivo (residência).

No futuro, nem todas as empresas associadas à incubadora farão uso da estrutura física do Supera Incubadora. Mas elas terão os benefícios comuns às demais, como a rede de contatos, incentivos à participação em feiras e congressos e consultoria nas áreas de marketing e de captação de recursos nas agências de fomento governamental à pesquisa científica, como Capes, Fapesp e CNPq.

Fipase

Criada em 2001 por lei municipal, a Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde – Fipase atua no desenvolvimento da indústria de equipamentos e produtos de saúde em Ribeirão Preto. Ela também apoia os setores de tecnologia da informação, biotecnologia, química, fármacos e cosméticos. Mantida pela prefeitura local, é gestora da marca Supera que dá nome à Incubadora de Empresas, ao Centro de Tecnologia e ao Parque Tecnológico.

Serviço

Fipase, Parque Tecnológico e editais
Informações – supera@fipase.org.br
Telefones (16) 3602-0072 e (16) 3966-2383

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/03/2014. (PDF)