Hospital do Servidor Estadual moderniza suas instalações

Reforma do complexo médico recebeu investimento de R$ 188,5 milhões do Executivo paulista; até o final de junho, todos os novos serviços devem entrar em funcionamento

Na semana passada, o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), ligado ao Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), concluiu um conjunto de edificações e reformas para ampliar a qualidade dos serviços prestados. Iniciadas em 2013 e financiadas pelo Estado, as obras custaram R$ 188,5 milhões e objetivam modernizar e aumentar as instalações do centro médico de 70 mil metros quadrados, inaugurado em 1961 na zona sul da capital paulista.

“O envelhecimento da população brasileira é uma realidade. Hoje, os 920 leitos do HSPE atendem 1,3 milhão de funcionários públicos ativos e inativos vinculados ao Iamspe; desses, 400 mil têm 60 anos ou mais”, informa o superintendente da instituição, Latif Abrão Junior. De olho nessa questão, ele destaca o investimento no Centro do Idoso, um dos novos edifícios do complexo, com espaços reservados para reabilitação, hidroterapia, fisiatria, fisioterapia, neurologia e urologia.

Centro do Idoso

Com quatro andares, o conjunto do Centro do Idoso recebeu verba de R$ 2,5 milhões da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) e abriga também salas de treinamento, consultórios, piscina aquecida, pista de caminhada externa com 200 metros e, ainda, auditório com 400 lugares e entrada independente. Esse espaço coletivo tem duas funções: receber congressos e seminários e possibilitar atividades lúdicas aos pacientes.

A reforma do HSPE integra o Programa de Modernização do Iamspe (PMI), instituído em 2008 com a proposta de oferecer mais conforto e segurança em acessos, consultas e internações para pacientes, familiares e equipes médicas e funcionais.

O PMI propõe também poupar recursos por meio da adoção de tecnologias atuais, eficientes e sustentáveis, como as empregadas nos sistemas e equipamentos do novo Prédio de Utilidades. O edifício abriga gerador de energia, caldeiras, central de ar-condicionado, gás, rede de água quente e gelada, quadros elétricos e central de incêndio.

Qualidade

Nos 15 andares do bloco C, foram reformados 318 leitos. Dedicado a internações, o espaço comporta as unidades de terapia intensiva (UTI) e semi-intensiva, e a revitalização incluiu dispositivos de acessibilidade, como sinalização, piso antiderrapante e corrimão. Os apartamentos também foram remodelados. Cada um recebeu dois leitos e tem banheiro adaptado com barras, inclusive no boxe do chuveiro e próximo ao vaso sanitário.

As obras no bloco C foram completadas com uma área de isolamento exclusiva, formada por quatro leitos e mais dez salas para procedimentos médicos do centro cirúrgico. Todas têm projeto de iluminação capaz de aproveitar a luz natural e proporcionar conforto térmico e luminoso. Outra inovação é o sistema de ar-condicionado, que pode criar uma barreira de proteção e isolar o paciente durante o atendimento.

No momento, estão em funcionamento o pronto-socorro (PS), o Centro de Diagnósticos por Imagem, o Prédio de Utilidades e a Ala de Quimioterapia. Segundo o gestor do HSPE, o conjunto de obras foi concluído e a expectativa é pôr em operação as demais instalações e serviços do projeto de modernização até o final deste semestre.

Pioneirismo

Vinculado à Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão, o HSPE é a base do atendimento de alta complexidade oferecido aos servidores pelo Iamspe. O hospital foi o primeiro do Estado a ter banco de leite, enfermaria de cuidados paliativos e de geriatria. Sua residência médica é uma das mais procuradas por estudantes de medicina de todo o Brasil.

Além do HSPE, o Iamspe dispõe de rede de atendimento com mais de cem hospitais e ainda serviços laboratoriais e de imagem em 170 municípios paulistas e 17 postos de atendimento próprios no interior do Estado, os chamados Centros de Atendimento Médico Ambulatorial (Ceamas).

A rede de cobertura de saúde oferecida pelo Iamspe aos servidores públicos estaduais estatutários ativos e inativos tem duas fontes de receita: cerca de 80% dos recursos derivam de um desconto de 2% sobre o salário ou aposentadoria nominal dos usuários. Os 20% restantes são desembolsados pelo tesouro paulista, também responsável por financiar investimentos semelhantes às obras recém-concluídas.

Serviço

Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE/Iamspe)
Av. Ibirapuera, 981 – São Paulo (SP)
Central de Atendimento – Telefone (11) 5583-7001
PABX – Telefone (11) 4573-8000

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 10/01/2017. (PDF)

Curso de informática gratuito da Poli-USP está com inscrição aberta

Aluno de baixa renda da RMSP interessado em participar deve fazer inscrição gratuita até 3 de fevereiro; iniciativa do Laboratório de Sustentabilidade da Escola Politécnica oferece 30 vagas e a formação de 360 horas será ministrada ao longo deste ano

Oferecer neste ano formação presencial em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para jovens de baixa renda, provenientes da rede pública de ensino, na faixa etária de 16 a 20 anos. Essa é uma das ações pioneiras do Programa Paideia, iniciativa do Laboratório de Sustentabilidade (Lassu) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Gratuito e com 360 horas de atividades e 30 vagas disponíveis, o curso de extensão universitária é direcionado para aluno residente na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) que já concluiu o ensino médio ou esteja cursando a partir do segundo ano.

A inscrição e o conjunto de regras para seleção no curso estão disponíveis on-line, no site do Programa Paideia (ver serviço), cujo espaço físico e conjunto de instalações foram inaugurados em 22 de novembro, na Cidade Universitária da USP, na capital.

“A meta é aumentar a empregabilidade desses jovens e incentivar empresas de todo o País a participar de uma ação social sustentável e de baixo custo”, explica a professora Tereza Carvalho, docente do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Poli-USP e coordenadora do Lassu.

Qualificação

A seleção dos interessados compreende prova escrita, com questões básicas de português e matemática e duas entrevistas, uma com o candidato e a outra com seus familiares. As aulas para os aprovados começam em março e seguirão até o fim do ano, com três horas diárias de atividades nas tardes de segunda a sexta-feira. Assim, os alunos poderão cursar o ensino médio em outro período.

O curso do Programa Paideia será ministrado por nove professores vinculados ao Lassu e quer formar profissionais com visão abrangente, humanística, empreendedora e multidisciplinar, “capazes de atuar na área de informática e de programação em nível básico e, assim, preencher uma lacuna hoje existente no mercado de trabalho”, explica Walter Goya, mestre em engenharia de computação pela Poli e um dos docentes do Paideia.

Inovação

Segundo o professor Goya, duas estratégias foram consideradas na concepção do curso, que no final dará direito a diploma de curso de difusão científica expedido pela USP. A primeira delas consiste em reforçar e fortalecer a questão de cidadania dos alunos participantes, inclusive com acompanhamento pelo Lassu no primeiro ano depois do fim da formação. A segunda diz respeito à elaboração do conteúdo programático, que foi montado com a intenção de mesclar conhecimentos de três áreas (trilhas) aplicadas simultaneamente ao longo das atividades didáticas.

Na parte de Programação, são incluídas disciplinas como Lógica, Fundamentos de Linguagens e Desenvolvimento Web, entre outras. Na área Computação e Conectividade, são abarcados temas como Princípios e Infraestrutura de Tecnologias de Informação, Redes, Montagem e Configuração de Computadores; e em Sustentabilidade e Inovação Empresarial, as noções transmitidas abordam Ética, Cidadania, Matemática Financeira, Novos Modelos de Negócios, Desenvolvimento de Projetos e Empreendedorismo e Projetos Socioambientais, entre outros assuntos.

Ação social

“O Paideia e os demais programas do Lassu, como o Eco-Eletro, dirigido à capacitação de recicladores de material, busca apoio da iniciativa privada para pôr em prática ações sustentáveis e com apelo de responsabilidade social”, destaca a professora Tereza. No Paideia, por exemplo, a empresa Recicladora Urbana financiou R$ 130 mil por meio do Programa Parceiros da Poli; e esse recurso foi usado na construção das novas instalações e compra do mobiliário e de parte dos equipamentos do local.

Batizado de Espaço Paideia de Inovação e Inclusão Social, o conjunto, recém-inaugurado no segundo andar do prédio do Centro de Estudos em Regulação e Qualidade de Energia (Enerq), na Poli-USP, dispõe de três ambientes: Sala de Aula e Experimentação, onde ocorrerão as atividades do curso de formação; uma Sala de Cocriação, destinada à discussão e troca de ideias para estimular o uso de diferentes métodos de projeto colaborativo (por exemplo, design thinking); e o Acervo Técnico.

No espaço do Acervo Técnico, os alunos do curso e visitantes podem conhecer a exposição permanente de equipamentos de informática e de telecomunicações obsoletos, denominada Do computador de mesa ao computador de bolso. Esses itens vêm sendo reunidos desde 2009 pelo Centro de Reúso e Descarte de Equipamentos de Informática (Cedir) da USP e incluem computadores pessoais dos anos 1980, gravadores, filmadoras, câmeras fotográficas, videogames, notebooks e celulares, entre outros.

Parcerias

“O apoio de pessoas físicas e jurídicas é essencial para o sucesso de projetos de inclusão social”, explica a professora Tereza. Segundo ela, com mil reais mensais (ou R$ 12 mil anuais), uma empresa consegue colaborar com o Paideia na Modalidade Mentor do Saber. Nela, o patrocinador tem direito a inserir seu logotipo em material de divulgação da USP, camisetas e uniformes dos alunos participantes, usar o Selo Cobre do programa em material de divulgação e ainda recrutar um dos dez melhores alunos da turma do curso para integrar seu quadro funcional.

Serviço

Laboratório de Sustentabilidade (Lassu-USP)
Programa Paideia (para inscrição no curso e mais informações)
Telefone (11) 3091-1092

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 06/01/2017. (PDF)

Ipem e Procon fiscalizam bancas do Mercado Municipal de São Paulo

Ação conjunta visa a resguardar os direitos do consumidor neste período do ano, em que ocorre grande movimento no comércio

Fiscalização realizada na manhã de ontem, 13, no Mercado Municipal, na região central de São Paulo, reuniu equipes do Instituto de Pesos e Medidas do Estado (Ipem-SP) e da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP). Batizada de Operação Mercadão, a blitz conjunta dos órgãos da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado teve por objetivo resguardar os direitos do consumidor no período natalino, época do ano que registra um grande movimento no comércio.

Segundo o supervisor de planejamento de fiscalização do Procon-SP, Bruno Stroebel, a inspeção nas bancas de frutas e alimentos verificou a aplicação das regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC) – Lei federal nº 8.078/1990. Houve a constatação, por exemplo, de falta de informação clara sobre preços, formas e meios de pagamento, ausência de dados sobre validade e procedência dos produtos, mercadorias fora do prazo de validade e falta de exemplar do CDC na loja, entre outros problemas.

No total, foram verificadas 55 bancas; dessas, 16 foram autuadas. As lojas notificadas agora serão averiguadas em âmbito interno no Procon e seus donos poderão receber autos de infração. As multas variam de acordo com o porte do estabelecimento e a gravidade de cada irregularidade, partindo de R$ 600 e chegando a R$ 9 milhões.

Referência

“O trabalho do Ipem foi dividido em duas frentes: atestar a conformidade das balanças usadas para pesar alimentos vendidos a granel; e conferir a adequação dos chamados produtos pré-medidos, ou seja, aqueles embalados sem a presença do consumidor”, informa o diretor-técnico de fiscalização, João Carlos Barbosa de Lima. Nas duas ações, a conferência de equipamentos utiliza pesos “acreditados”, isto é, pesos cujos valores correspondem de fato à realidade e são usados para efeito de comparação.

Os fiscais do Ipem visitaram 71 estabelecimentos e 3 deles estavam irregulares; das 157 balanças verificadas, 3 foram reprovadas e outras 3 apreendidas. Entre os produtos pré-medidos, das 8 lojas inspecionadas, 5 foram autuadas por inconformidades. Dono de banca autuado responde a processo administrativo. Caso seja condenado, a multa varia de acordo com o porte do estabelecimento e a gravidade da infração, partindo de R$ 100 e chegando até a R$ 1,5 milhão.

Orientação

Barbosa de Lima recomenda ao consumidor observar se o visor da balança está zerado antes da pesagem, além de verificar se esse visor oferece condição satisfatória de leitura. Também é necessário conferir se há o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e se ele está dentro da validade, que é anual. Se houver dúvida na pesagem dos alimentos, é recomendável repetir o procedimento em outra balança do estabelecimento.

“Antes de sair de fábrica, todo lote com balanças novas é inspecionado pelo Ipem. Depois da venda, essa verificação passa a ser anual e também é obrigatória quando ocorre algum conserto ou substituição de peça”, esclarece o diretor-técnico. Ele relata ter recolhido no Mercadão uma balança falsificada que até ostentava o selo do Inmetro pintado na carcaça.

Segundo o diretor-técnico, esse tipo de equipamento “pirata” entra no País clandestinamente e costuma ser vendido em sites de comércio eletrônico. “Prejudica o fabricante, por ter o seu produto confundido com o falsificado; lesa o fisco, por sonegar impostos; e prejudica o consumidor”, alerta. Ele explica que quem vende balança “pirata” fica sujeito à mesma multa imposta ao lojista, além de receber outras sanções.

Surpresa por ver o trabalho de fiscalização enquanto fazia suas compras, Ivone Eloy, de 73 anos, classificou como “essencial” esse tipo de atuação do Ipem. A aposentada foi comprar ameixas e damascos no Mercadão e quis saber por que o Ipem autuou a banca onde ela estava comprando. Soube, então, que as bandejas com postas de bacalhau à venda não descontavam no preço o peso da embalagem, o que configura irregularidade.

Serviço

Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP)
Telefone 0800 013 05 22
E-mail ouvidoria@ipem.sp.gov.br

Código de Defesa do Consumidor (CDC)


Ceia de Natal do paulistano subiu 10,31% em 2016

O Procon-SP divulgou, nesta segunda- feira, dia 12, em seu site (ver serviço), pesquisa comparativa com os preços de 199 alimentos da ceia de Natal realizada em dez supermercados da capital. Segundo Cristina Martinussi, da Diretoria de Estudos e Pesquisas do Procon, o objetivo é oferecer ao comprador referência média dos valores cobrados no comércio, ou seja, dar ao consumidor uma noção dos preços antes de ele ir às compras.

A coleta de preços foi realizada entre os dias 28 e 30 de novembro, e as visitas contemplaram mercados das regiões norte (2), sul (2), leste (2), oeste (2) e central (2) da capital. A lista com os nomes e os endereços dos estabelecimentos é apresentada no final do arquivo PDF da pesquisa.

Na comparação com 2015, os valores cobrados neste ano subiram em média 10,31%, considerando os preços de 128 itens pesquisados nesses dois anos. A inflação apurada no período, pelo Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo (IPC-SP), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foi de 7,62%.

Pesquisar sempre

A pesquisa compara preços de azeites, bombons, carnes congeladas, cereais, conservas, farofas prontas, frutas em calda e panetones. A maior diferença de preço, 136,40%, foi encontrada na embalagem de 500 mililitros de azeite de oliva extravirgem reserva da marca Gallo. Custava R$ 23,90 em uma loja e R$ 56,50 em outra. Entre os panetones, outro produto de grande saída, o da marca Village, sabor banana com canela, de 500 gramas, custava R$ 14,90 em um supermercado e R$ 26,69 no outro – diferença de 79,13%.

“Para poupar, a dica é pesquisar bastante no comércio e em sites, antes de comprar”, orienta Cristina. Segundo ela, os preços atuais nas lojas consultadas no levantamento podem variar, por causa de descontos e promoções, além do fato de, muitas vezes, filiais de uma mesma rede varejista cobrarem preços diferentes.

Para quem mora no interior do Estado, a recomendação é aguardar até quinta-feira, 15, quando as oito regionais do Procon seguirão publicando no site pesquisas de preços feitas em supermercados locais. A metodologia adotada e a lista de produtos comparados são similares às da capital.

Serviço

Fundação Procon
Pesquisa de preços de produtos da ceia de Natal
Recomendações para as compras da ceia

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 14/12/2016. (PDF)