Cresce acesso de jovens de 18 a 21 anos ao ensino médio no Estado

Pesquisa realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) revelou expansão de 40,4% para 73,7% no acesso de jovens com idades entre 18 e 21 anos ao ensino médio em São Paulo. O período avaliado foi de 1993 a 2003 e utilizou dados do Censo Escolar e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os anos de 2003 e 2005, o ingresso ampliou ainda mais, por causa da instalação dos cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJAs), com o supletivo do ensino médio. Em 1995, o Estado tinha 30 mil estudantes matriculados nesse curso. Esse ano, alcançou 481 mil inscritos – aumento de 1.500%. Atualmente, cerca de 90% de pessoas com idade entre 18 e 21 anos frequentam ou já concluíram o ensino médio estadual, e no Brasil a média é de 54,6%.

Interessados em retornar às aulas podem ligar para o telefone gratuito 0800 770 00 12, das 8 às 17 horas, ou procurar a escola estadual mais perto de sua residência.

Inclusão social

Um dos destaques, segundo a Fundação Seade, é o crescimento da presença de adolescentes com menor renda na escola. Essa participação evoluiu 185% entre 1993 e 2003.

“Um incentivo a mais para o estudante é a complementação mensal de R$ 60 oferecida pelo Programa Ação Jovem”, lembrou o secretário estadual da Educação, Gabriel Chalita. São Paulo tem 1,8 milhão de jovens matriculados no ensino médio, mas houve ampliação de 44% em relação a 1995, quando eram 1,25 milhão.

“Estamos fazendo grande esforço, com qualidade, para as pessoas conquistarem seus diplomas e se qualificarem melhor”, afirmou o governador de São Paulo.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 11/08/2005. (PDF)

Hospital Universitário informa resultado de exame via internet

A partir de agosto, o Hospital Universitário (HU) da USP irá informar o resultado de exames médicos de sangue, fezes e urina pelo seu site. O paciente terá acesso aos dados por meio de cadastro e senha, fornecidos quando da coleta do material. Esse serviço amplia para a rede pública de saúde benefício comum em laboratórios particulares de análises clínicas.

A novidade visa a trazer mais conforto e possibilita ao paciente utilizar os resultados em hospitais públicos e particulares, sem a necessidade de pagar novamente pelo serviço. Segundo o diretor-técnico de informação do HU, Carlos Eduardo Marcello, o acesso pela internet permite a consulta e impressão dos resultados. “Reúne os documentos num arquivo médico particular, que são relevantes para a análise clínica do histórico pessoal”, explica.

Marcello explica que o exame pertence ao paciente, mas em grande parte dos hospitais públicos o resultado é afixado no prontuário médico. “Estimulamos as pessoas a retirarem e guardarem suas radiografias e tomografias”, explica. O hospital realiza, mensalmente, 80 mil exames, entre numéricos (sangue, fezes e urina) e com imagens (radiografias e tomografias).

Esta é a terceira fase de um projeto do HU para a facilitar a apresentação dos resultados de exames bioquímicos. Em sua primeira etapa, os médicos do Posto de Saúde Escola Butantã tiveram acesso ao sistema, podendo verificar as informações. Mais tarde, surgiu a possibilidade de estudo dos casos em qualquer lugar, com a liberação do acesso aos exames em computadores fora do hospital.

Serviço

Hospítal Universitário (HU)
Avenida Prof. Lineu Prestes, 2.565 – Cidade Universitária – CEP 05508-000
São Paulo (SP) – tel. (11) 3091-9200

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 30/07/2005. (PDF)

Maleta especial aprimora atividade de perícia criminal no Estado de São Paulo

Polícia Científica projeta e adquire 250 conjuntos especiais que auxiliarão peritos a encontrar vestígios e indícios em investigações

Com o objetivo de aperfeiçoar a produção de provas e oferecer perícias mais rápidas, eficientes e precisas, o Instituto de Criminalística (IC), vinculado à Polícia Científica (PC), projetou e adquiriu 250 maletas especiais. O equipamento deverá facilitar o trabalho de investigação dos peritos nas cenas de crime. Tem 20 itens, alguns importados dos Estados Unidos e Canadá, com utilização das mais novas tecnologias existentes no mercado. As 250 maletas serão distribuídas para 102 unidades da PC no interior e 20 na capital.

Em média, serão enviados dois kits por unidade do Estado. Foram compradas, também, 220 maletas para os profissionais do Instituto Médico Legal (IML), com bisturis, tesouras, serrotes e facas especiais. No total, a PC investiu R$ 500 mil nessas aquisições. Em breve, o IC oferecerá treinamento para que haja padronização das perícias e os profissionais aprendam a utilizar toda a potencialidade dos novos equipamentos.

Quebra-cabeça

A maleta especial é uma novidade de uso exclusivo da PC e auxilia o perito a encontrar vestígios e indícios que possam se transformar em provas consistentes nos inquéritos policiais, como pegadas, fiapos de roupa, fios de cabelo e manchas de sangue. Em cada unidade há o chamado kit seco, com pó, nas cores preta e branca, para ser aplicado em superfícies claras e escuras.

Os itens mais sofisticados são a lanterna ultravioleta, para verificar elementos invisíveis a olho nu, a fita adesiva especial, que ao ser afixada preserva o vestígio sem prejudicar a prova, e o pó magnético. Este último é constituído de micropartículas de limalha de ferro – material que revela marcas e impressões digitais depois de espalhado e retirado de uma área. É recomendado para descobrir adulterações em placas e chassis de automóvel.

Por ser padronizada, a maleta possibilita ao perito checar rapidamente se todos os equipamentos estão presentes e em condições ideais de uso. Outra vantagem é que aumenta o poder de barganha da PC quando for necessário comprar estoques de matérias-primas das maletas para repor as utilizadas.

Segundo o superintendente da PC, Celso Perioli, uma pessoa envolvida em ato criminoso sempre deixa evidências na cena, que precisam ser preservadas. “Desvendar um crime é como montar um quebra-cabeça sem ter nenhuma imagem ou referência. A metodologia empregada é científica e permite ao profissional descrever, com o máximo de fidelidade, como foi a ocorrência”, explica.

Futuros projetos

As perícias expedidas pela PC complementam o trabalho do Poder Judiciário e dos demais órgãos policiais. A cada ano, são emitidos 500 mil laudos. A proposta de modernização dos serviços inclui, ainda, a compra de 13 novos veículos para remoção de cadáveres. Em breve, serão projetadas novas maletas especiais, com o chamado kit líquido.

O desafio é produzir a prova técnica, para elucidar crimes e concluir inquéritos, a partir da análise científica de vestígios deixados nos locais de crimes. É um trabalho essencial em delitos contra o patrimônio (furtos, roubos, danos, estelionato); pessoa (homicídios, lesões corporais), de natureza sexual, adulterações (chassis de veículos, numerações de armas, documentos, papel-moeda); incêndios, explosões, desabamentos, acidentes de trabalho; violações ambientais, de informática; fiscais; contábeis e exames de balística, química, física, bioquímica e DNA, entre outras especialidades.

Quando o laudo pericial é realizado em condições ideais, torna-se muitas vezes conclusivo e aponta com exatidão data, hora, local e como o crime foi praticado, além de identificar vítima, acusado e terceiros. É indispensável até mesmo em investigações com réus confessos.

Muitas perícias realizadas têm caráter multidisciplinar. Assim, o IC dispõe de profissionais com diferentes formações acadêmicas: biólogos, engenheiros, físicos, dentistas, jornalistas, contadores, médicos e farmacêuticos.

A intenção do IC é construir no futuro bancos de dados com registros de armas em circulação, sequências de DNA, materiais perigosos e substâncias que possam ter conotações ilícitas, como compostos químicos utilizados no refino da cocaína. A catalogação trará mais agilidade aos serviços da Polícia Técnica, já que, na eventualidade de realização de crime com autoria desconhecida, a simples verificação do projétil ou substância ilícita trará pistas para a investigação.


Preservação da cena do crime

A preservação da cena do crime, fundamental para o trabalho dos peritos, é regulamentada pela Resolução nº 382/99, da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Assim, a diretriz para os policiais militares que atendem as ocorrências é de sempre manter isolados o local do crime e a área imediata. Além disso, o policial deve permanecer no local e impedir o acesso de qualquer pessoa, mesmo familiares da vítima.

Por fim, precisa acionar o Instituto de Criminalística (IC) por rádio ou telefone e informar a natureza da ocorrência e endereço, indicando se o local é aberto ou fechado. O IC recomenda à população preservar eventuais cenas de crime: não mexer em nada, como telefone, bolsos, pertences, janelas, mobiliário e ainda não comer, fumar, beber ou utilizar sanitário ou lavatório no local.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 20/07/2005. (PDF)