Novo sistema de agendamento do HC dobra número de consultas

Apenas dez dias após a mudança no sistema de agendamento telefônico de consultas, a Secretaria da Saúde contabilizou 3,4 mil pedidos nos ambulatórios atendidos pelo SUS. Em média, foram marcadas 340 consultas/dia, o dobro da média anterior. No modelo de agendamento anterior, o usuário ligava para o HC de São Paulo e marcava diretamente com os especialistas.

Com a alteração, o serviço foi estendido para mais 13 ambulatórios que atendem pelo SUS. Desse modo, os casos de média complexidade passaram a ser encaminhados para os ambulatórios, por não exigirem atendimento especializado de um hospital de nível terciário como o HC.

As ocorrências mais graves continuam sendo conduzidas para o HC, que recebeu em dez dias úteis 700 pacientes encaminhados pelos ambulatórios estaduais. O tempo médio de espera para o atendimento no HC tem sido de uma semana e os agendados aguardam no máximo 30 dias pela consulta nos ambulatórios estaduais. Antes, a fila para consulta no HC demorava até três meses.

O secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, avalia como positiva a marcação de 3,4 mil novas consultas em dez dias. “O HC é o maior complexo hospitalar da América Latina e precisava retornar à sua vocação, que é a de atender os casos de maior complexidade”, analisa.

Outra novidade foi a ampliação da oferta de atendimento nos ambulatórios de especialidades, que oferecem, agora, até 30 mil agendamentos por mês. O número de atendentes da central telefônica do HC aumentou de 7 para 12 e o horário, antes das 7 às 12 horas, foi estendido até as 17 horas, de segunda a sexta-feira.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 25/08/2005. (PDF)

Comida caseira artesanal passa a ter selo de qualidade em SP

A produção artesanal de alimentos de origem vegetal (geleias, bombons, biscoitos, pães, massas e bolos) passou a ser regulamentada por decisão do Centro de Vigilância Sanitária (CVS), órgão vinculado à Secretaria da Saúde. A Portaria CVS 5/2005 estabelece as normas para a elaboração e a comercialização desses produtos.

A finalidade é atender pequenos produtores, que passarão a ser certificados, e também consumidores, que terão a garantia de qualidade nos itens que adquirirem. O primeiro passo para quem quiser a certificação é participar do curso de Boas Práticas de Fabricação. O centro começará a emitir os diplomas em outubro.

O currículo do treinamento abrangerá noções de microbiologia, controle de doenças transmitidas por alimentos, manipulação de gêneros alimentícios, controle de pragas, saúde do trabalhador e legislação sanitária.

O CVS firmou parceria com o sistema Senai/Sebrae para que os interessados possam se capacitar em escolas do Senai. O curso tem 20 horas e será ministrado em uma semana. Está sendo oferecido pelas unidades do Senai na Barra Funda e nas cidades de Campinas e Marília. A proposta é expandir a ação, nos próximos meses, para todo o Estado.

Licença de funcionamento

O certificado do curso é uma das exigências para a emissão da licença de funcionamento pela Vigilância Sanitária. Não há cobrança de taxas para a concessão do documento, conforme determina a portaria do CVS. Podem recebê-la pessoas físicas ou jurídicas. Os interessados devem procurar o posto local do CVS.

“A portaria é um avanço social. Contribuirá para profissionalizar e retirar milhares de pequenos produtores da clandestinidade. Ampliará, também, a qualidade e a diversidade dos produtos oferecidos à população”, afirma o diretor de alimentos da Vigilância Sanitária, William Latorre.


Produtos sob controle

  • alimentos congelados;
  • amidos e féculas;
  • balas;
  • bombons e similares;
  • biscoitos e bolachas;
  • cafés;
  • cereais e derivados;
  • chás e erva-mate;
  • chocolate;
  • coco e derivados;
  • derivados de soja e de tomate;
  • doces;
  • especiarias;
  • temperos, condimentos preparados e colorífico, produtos para tempero à base de sal;
  • farinhas;
  • frutas e vegetais (dessecadas);
  • frutas em conservas;
  • gelados comestíveis;
  • geleias e massas;
  • pães;
  • pastas e patês vegetais;
  • misturas para o preparo de alimentos;
  • produtos de confeitaria;
  • salgadinhos;
  • sementes oleaginosas;
  • sobremesas;
  • sopas; e
  • vegetais em conserva.

Serviço

Centro de Vigilância Sanitária (CVS)
Tel. (11) 3065-4600

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 16/08/2005. (PDF)

Hospital do Câncer de Barretos ganha sala de aula especial

A Secretaria Estadual da Educação inaugurou, na semana passada, sala de aula especial no Hospital do Câncer de Barretos, exclusiva para alunos internados no hospital e impossibilitados de ir à escola por causa do tratamento. A instalação tem capacidade para 30 alunos, entre 7 e 14 anos, e dispõe de computadores, vídeo e biblioteca.

A sala especial foi desenvolvida em parceria entre a secretaria, o hospital e as Faculdades Integradas Soares Oliveira (Fiso). A professora Maria Júlia da Costa Valle ministrará as aulas e recebeu capacitação pedagógica especial da Diretoria de Ensino de Barretos. Também fez treinamento especial oferecido pela equipe técnica da unidade hospitalar. Será auxiliada pela aluna Lílian Calixto, universitária do quarto ano de pedagogia da Fiso.

A classe no centro de saúde é vinculada à EE Professor Benedito Pereira. As aulas são dirigidas para alunos do ensino fundamental e médio e seguem determinação legal de evitar a interrupção do estudo para alunos internados em hospital e impossibilitados de frequentar as aulas. A principal proposta da classe hospitalar é incentivar a leitura. A Secretaria da Educação mantém 24 salas desse tipo no Estado.

O Hospital do Câncer de Barretos é uma opção para a população carente da região e 98% dos pacientes são encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em média, o centro realiza 1,8 mil atendimentos por dia. No ano passado, a unidade de saúde contabilizou 313,3 mil atendimentos, de pessoas provenientes de mais de mil cidades de 24 Estados brasileiros.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/08/2005. (PDF)