Vestibular Fatec tem 13 mil vagas

São 67 opções de graduação tecnológica em todo o Estado; inscrição custa R$ 70 e deve ser feita pela internet até o dia 7 de novembro

O Vestibular para o primeiro semestre de 2014 das Fatecs (Faculdades de Tecnologias Estaduais) segue aberto até às 15 horas do dia 7 de novembro. A inscrição custa R$ 70 e deve ser feita pela internet, no site do processo seletivo (ver abaixo o link). São oferecidas 13.105 vagas, distribuídas em 59 unidades com 67 cursos gratuitos de graduação tecnológica.

Disponível no site, com cópia gratuita, o Manual do Candidato informa o cronograma do Vestibular e dá todas orientações sobre o processo seletivo. Em comparação com o concurso realizado no mesmo período de 2012, houve acréscimo de 790 vagas. Para concorrer, o candidato precisa ter concluído ou estar cursando o ensino médio ou equivalente. Ainda pela internet deve responder um questionário on-line com informações socioeconômicas. A taxa de inscrição pode ser paga em qualquer agência bancária.

Na inscrição, depois de indicar a primeira alternativa de curso, o candidato pode repeti-la como segunda opção, devendo ser em outro período na mesma Fatec, ou ainda, em qualquer outra Faculdade Tecnológica estadual diferente da primeira opção. Também é possível fazer um conjunto de disciplinas prioritárias de uma formação em qualquer outra Fatec e período. Esta informação é apresentada ao interessado quando ele seleciona sua segunda opção de curso.

Candidato com deficiência, ou que necessite de condições especiais para fazer a prova, precisa informar qual é sua necessidade na ficha de inscrição eletrônica e também apresentar laudo médico confirmatório. Quem pediu isenção ou redução da taxa de inscrição deverá conferir o resultado da solicitação no site do Vestibular no dia 30 de outubro – e depois desta data, efetuar a inscrição.

Inclusão social

O Sistema de Pontuação Acrescida dá bônus de 3% para estudante afrodescendente e de 10% para aluno proveniente da rede pública de ensino. Se o candidato estiver nas duas situações, terá direito a 13% de bônus. Para ter direito ao benefício, o candidato afrodescendente precisa fazer a autodeclaração no ato da inscrição.

Assim, o candidato também deve informar, no momento da inscrição, se é egresso do ensino público. A comprovação de que cursou integralmente o ensino médio na rede pública (federal, estadual ou municipal) será exigida no ato da matrícula por meio da apresentação do histórico escolar ou da declaração escolar, contendo o detalhamento das séries cursadas e o nome da escola.

É indispensável que o candidato verifique se realmente tem direito à pontuação acrescida, pois a matrícula não poderá ser realizada e a vaga será perdida caso as informações não atendam às condições estabelecidas em sua totalidade.

Novidades

As futuras Fatecs de Cotia, São Carlos e Sebrae (instalada no bairro dos Campos Elíseos, no centro de São Paulo) já foram incorporadas no processo seletivo de 2014. Oferecem, respectivamente, 160, 40 e 70 vagas. Do total de 67 cursos de graduação tecnológica disponíveis, dois são inéditos e serão ministrados na capital.

O primeiro deles, Gestão de Negócios e Inovação, na Fatec Sebrae, tem suas 70 vagas divididas pela metade nos períodos da manhã e da noite. O segundo, Refrigeração, Ventilação e Ar Condicionado, na Fatec Itaquera, tem 80 vagas, também divididas em 40 para o período da manhã e mais 40 para a noite.

Em 2014, oito Fatecs ampliaram o número de cursos oferecidos. Em Bauru, a novidade é Automação Industrial, com 40 vagas matutinas. Em Botucatu, a nova graduação tecnológica é Análise e Desenvolvimento de Sistemas, com 40 vagas de manhã. Em Catanduva, o curso criado foi Gestão da Tecnologia da Informação (40 vagas noturnas); em Itapetininga, a nova opção é Gestão da Produção Industrial, com 40 vagas à noite.

Completando a lista, em Itu, a novidade é o curso de Eventos, com 40 vagas vespertinas; em Lins, a nova graduação tecnológica é Gestão da Produção Industrial, com 40 vagas para o período da manhã; em São Bernardo do Campo, as novas formações são Análise e Desenvolvimento de Sistemas (40 vagas noturnas) e Gestão de Recursos Humanos (40 vagas matutinas). Por fim, em Taubaté, a novidade é Análise e Desenvolvimento de Sistemas (40 vagas noturnas).


Quase 300 mil alunos

Autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, o Centro Paula Souza administra as Fatecs e as Escolas Técnicas (Etecs) paulistas. Coordena também as classes descentralizadas, unidades presentes em 276 municípios paulistas que funcionam com um ou mais cursos técnicos, sob a supervisão de uma Etec.

Atualmente, nas Fatecs, o número de universitários frequentando cursos de graduação tecnológica ultrapassa 64 mil. Nas Etecs, são 216 mil estudantes matriculados nos ensinos médio, técnico integrado ao médio e no ensino técnico – e as formações oferecidas atendem os setores industrial, agropecuário e de serviços.

Serviço

Inscrição no Vestibular 2014
Informações: tel. (11) 3471-4103 (capital e Grande São Paulo) e 0800-596 9696 (demais localidades)

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 15/10/2013. (PDF)

Mais energia para mover o Estado

Com o Plano Paulista de Energia, Governo busca desenvolvimento econômico sustentável, ampliando a matriz energética renovável

O Governo estadual lançou o Plano Paulista de Energia (PPE). A iniciativa estabelece políticas públicas para o desenvolvimento sustentável, visando a aumentar a participação de fontes renováveis na matriz energética do Estado. O documento pode ser lido ou copiado do site da Secretaria Estadual da Energia (ver endereço em Serviço).

Atualmente, o uso de energia renovável corresponde a 12,5% no mundo; no Brasil, 45,5%; e no Estado de São Paulo chega a 55,1%. Com o PPE, o objetivo é saltar para 69% até 2020 – meta que está alinhada com a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC).

As propostas do PPE são organizadas nos eixos temáticos eletricidade, biocombustíveis, eficiência energética e gás natural. E levaram em conta as características de São Paulo em sua elaboração. O Estado, que responde por mais da metade da produção nacional da cana-de-açúcar, pretende expandir o aproveitamento da bioenergia gerada a partir do bagaço e da palha do insumo e ainda do biogás de vinhaça.

De acordo com o PPE, até o ano de 2020 São Paulo pode ampliar o potencial instalado de bioeletricidade de cana dos atuais 4,8 mil megawatts (MW) para 13 mil MW. Depende, porém, de investimentos de R$ 28 bilhões, provenientes da iniciativa privada. As apostas são o uso da geração eólica e da fotovoltaica para aumentar a matriz renovável no Estado.

O PPE também propõe criar a disciplina de Eficiência Energética e Uso Racional da Energia Elétrica na rede pública de ensino e estimular a construção civil eficiente, por meio da introdução de requisitos de eficiência nos códigos de obra. Sugere ainda o gás natural como alternativa para combustíveis poluentes hoje usados em processos industriais.

Estudos e levantamentos

As ações da Secretaria Estadual de Energia seguem as diretrizes do PPE. Para isso, a pasta produziu o Atlas Eólico do Estado de São Paulo e o estudo Levantamento do Potencial da Energia Solar Paulista, dentro do Programa Paulista de Biogás e do Programa Paulista de Biocombustíveis.

Coordenado pela pasta da Energia, o PPE recebeu orientações do Conselho Estadual de Política Energética (Cepe), e de mais 70 entidades, como universidades, secretarias de Estado, institutos de pesquisa e associações de classe.

Energia renovável hoje
Mundo 12,5%
Brasil 45,5%
São Paulo 55,1%

Serviço

Plano Paulista de Energia (PPE)

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 24/07/2013. (PDF)

Fim das pendências no campo

Mais de 4 mil produtores rurais poderão quitar em até seis anos seus débitos de financiamentos; renegociação começa no próximo mês

Promulgada no dia 5, a Lei nº 15.062 vai estimular 4,2 mil agricultores a renegociarem financiamentos e empréstimos pendentes com o Estado. A medida permitirá a quitação total à vista ou a amortização do débito em até seis anos, com redução dos juros entre 75% e 100%. Os valores em atraso são relativos a dívidas contraídas entre 1989 e 2010 no Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento.

O valor médio devido é de R$ 3 mil. No total, o Estado de São Paulo tem a receber R$ 64 milhões. A maioria dos inadimplentes é formada de agricultores familiares e pequenos produtores rurais, muitos da região do Pontal do Paranapanema. As causas dos débitos são diversas – incluem frustração de safra, períodos de alta inflação e de instabilidade na moeda. Dos 4,2 mil que terão a chance de regularizar sua situação, 2,2 mil são assentados. Hoje, as linhas de financiamento do Feap atendem quase 10 mil produtores em todo o Estado.

Quem quiser aproveitar a nova legislação deverá aguardar até o final de agosto. Nesse período serão definidas e promulgadas as normas complementares da Lei nº 15.062. A partir daí, o inadimplente terá prazo de 180 dias para comparecer à agência do Banco do Brasil onde tem o débito para fazer a renegociação. Quem não for perderá o benefício, pois a dívida não prescreve.

Fernando Aluízio Penteado, secretário-executivo do Feap, explica que a intenção da nova legislação é trazer de volta esse empreendedor para o mundo formal, com vantagens para ambas as partes: Estado e inadimplentes. “A Lei nº 15.062 é uma reivindicação antiga do setor e vai permitir ao Feap reaver pelo menos parte dos valores, que poderão ser utilizados em novos financiamentos e ações, beneficiando mais produtores”, destaca o dirigente.

Vantagens

Quem quitar a dívida à vista poderá restituir apenas o capital tomado na época do empréstimo, acrescido somente da correção monetária sem os juros contratuais e os da inadimplência.

Quem preferir parcelar, deverá pagar no mínimo 10% do crédito original acrescido da correção monetária. Quanto menor o prazo do parcelamento, maior será o desconto. O parcelamento do restante da dívida em dois anos dará desconto de 95%; em três, 90%; em quatro, 85%; em cinco, 80% e, em seis, redução de 75%.

Depois de ter o crédito regularizado, o produtor passa a ter novamente acesso aos financiamentos do Feap, com juros de 3% ao ano. Outro viés da nova medida foi incluir o perdão das dívidas dos sindicatos de trabalhadores rurais decorrentes de débitos oriundos do fornecimento oneroso de sementes para produtores, feitos no passado, em que essas entidades atuaram como avalistas de seus representados e passaram a responder como devedores solidários, tendo bens penhorados e dificultando a continuação das atividades.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/07/2013. (PDF)