A mais nova Etec, no município de Caieiras

A cidade de Caieiras, Região Metropolitana de São Paulo, ganhou sua Escola Técnica Estadual (Etec). A unidade recém-criada funcionava como classe descentralizada desde o segundo semestre de 2013, oferecendo cursos técnicos de informática para internet e de segurança do trabalho.

A Etec Caieiras (a 216ª do Estado) surgiu a partir de parceria entre prefeitura e Estado. O órgão municipal fez a reforma e a adaptação do prédio que abriga a unidade. O Centro Paula Souza desenvolveu os projetos de adequação do imóvel e pedagógico dos cursos, contratou professores e bancou a compra de mobiliário e de equipamentos. A Escola Técnica Estadual fica na Vila Helena, Rua Ermênio de Oliveira Penteado, s/nº. O telefone para contato é (11) 4449-3115.

Vestibulinho

Para o segundo semestre, a Etec Caieiras oferece 80 vagas no período noturno: 40 para cada um dos dois cursos que já eram oferecidos. As inscrições para o processo seletivo vão até o dia 7, com taxa de R$ 25 e devem ser feitas on-line, no site do Vestibulinho (ver serviço).

A página traz o manual do candidato, com cópia (download) gratuita, além de detalhar a relação de cursos de ensino técnico presencial e semipresencial. Também informa sobre a prova, que será aplicada em 8 de junho, às 13h30, os locais dos exames e as datas de divulgação das convocações dos aprovados. A primeira delas será no dia 4 de julho.

Serviço

Vestibulinho Etecs

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 06/05/2014. (PDF)

Agarrou a oportunidade

Jovem Cidadão já preparou 170 mil estudantes para o mercado profissional; Camila foi um deles e conta a sua experiência

Criado em abril de 2000, o programa Jovem Cidadão – Meu Primeiro Trabalho já abriu as portas do mercado de trabalho para 170 mil estudantes. Destinado a alunos do ensino médio da rede pública estadual, com idades entre 16 e 21 anos, visa a oferecer estágios e prevenir o desemprego nessa faixa etária da população.

Coordenado pela Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), o Jovem Cidadão tem cadastradas atualmente 25 mil empresas e 4 mil jovens estagiando. Atende 53 municípios paulistas: os 39 da Região Metropolitana de São Paulo e 14 municípios abrangidos pelas Diretorias Regionais de Ensino da Secretaria Estadual da Educação nas regiões de Campinas, Piracicaba, São José dos Campos e Santos.

A inscrição é gratuita e deve ser feita pelo site do programa (ver serviço), exceto para alunos matriculados no primeiro ano, que devem procurar um dos 26 postos de atendimento do Jovem Cidadão, cuja lista de endereços e telefones está disponível no site do Jovem Cidadão. No balcão de atendimento, o interessado deve informar data de nascimento e apresentar seu Registro de Aluno (RA).

Ela não perdeu a esperança

Quando tinha 15 anos, a então estudante Camila Sá conheceu o Programa Jovem Cidadão a partir de relatos de amigos que tinham participado, todos com experiências satisfatórias. Hoje, aos 24 anos, é profissional da área de recursos humanos da filial brasileira Faber Castell, multinacional fabricante de material escolar.

Ela conta que, na época, precisava começar a trabalhar e, então, procurou o posto de atendimento do programa no Poupatempo Santo Amaro, zona sul da capital, e preencheu uma ficha. Cinco meses depois foi chamada para participar de um processo seletivo, mas não foi aprovada.

Entretanto, não perdeu a esperança – e cinco meses mais tarde conseguiu a tão sonhada vaga de estágio na área administrativa da Faber Castell, atendendo clientes internos. Passados seis meses, o estágio foi renovado, mas em outra área, a da recepção. Após um ano, foi admitida como funcionária na empresa, de onde diz não pretender sair tão cedo. Ao longo desses oito anos, Camila estudou e se graduou em marketing e agradece ao Jovem Cidadão, que sempre recomenda e indica para contatos pessoais e seu círculo social.

Apelo social

A convocação dos inscritos é feita a partir de um ranking. A lista de nomes é montada de modo automático pelo sistema, a partir das respostas de um questionário on-line de perfil socioeconômico, de preenchimento obrigatório pelo estudante no processo de inscrição.

Quem tem renda inferior tem prioridade para ser chamado, mas todos os inscritos serão convocados. O site do Jovem Cidadão também cadastra empresas e, para cada vaga oferecida, seleciona e convoca três estudantes da escola pública mais próxima, de acordo com o ranking socioeconômico.

Simone Nascimento, supervisora do programa, explica que não é necessário informar nenhuma referência profissional no cadastro. “A ideia é proporcionar uma experiência de emprego inicial para quem nunca trabalhou. E, claro, preparar o estudante para o mercado de trabalho.”

Outro viés da iniciativa, observa Simone, é incentivar a frequência escolar. Só pode participar quem vai à aula regularmente. A verificação da presença é bimestral, por meio do acompanhamento de estágio feito pela escola.

Estágio garantido

Segundo a supervisora do programa Jovem Cidadão, Kaique Bruno da Silva e Bárbara Tavares são exemplos que deram certo. Kaique tem 16 anos, nasceu e mora no bairro de Ermelino Matarazzo, na zona leste da capital paulista. Estudante do terceiro ano do ensino médio, há sete meses ele atua como estagiário de recursos humanos no Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), no centro, das 13 às 17 horas. “Tenho aprendido bastante e pretendo seguir na área depois de fazer faculdade de Gestão de Recursos Humanos.”

Também estagiária no DAEE, Bárbara tem 16 anos e mora no bairro Cidade Patriarca, na zona leste. Ela recebe e despacha documentos na auditoria do órgão estadual desde novembro e pensa em cursar faculdade de Publicidade depois de terminar o ensino médio.

Regras do estágio

O jovem é contratado por seis meses e a permanência pode ser prorrogada por igual período, conforme a Lei de Estágio, sem configurar, contudo, vínculo empregatício. De acordo com as regras do programa, o empregador deve pagar, no mínimo, R$ 3,13 por hora trabalhada e fornecer vale-transporte. Por dia, o limite de horas no trabalho varia de quatro a seis horas, de segunda a sexta-feira.

Entretanto, algumas empresas também oferecem outros benefícios. A Sert, responsável pela ação, fornece bolsa-auxílio mensal de R$ 65 para cada participante, além de prover seguros de vida e contra acidentes.

Serviço

Inscrição e informações
Site
E-mail coordenacao@jovemcidadao.sp.gov.br

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 06/05/2014. (PDF)

Em nome da ciência

Programa Pipe da Fapesp financia até R$ 1,2 milhão para empresa paulista de base tecnológica, com produto ou serviço inovador

Termina no dia 28 o prazo para empreendedores interessados em apresentar propostas para o segundo ciclo de análises de 2014 do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp). A iniciativa, criada em 1997, tem por objetivo apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico de pequenas empresas sediadas em território paulista.

A Fapesp investiu mais de R$ 270 milhões em 1,2 mil auxílios para o desenvolvimento da inovação em produtos, processos e serviços, em todas as áreas do conhecimento. A maioria deles está concentrada na capital e nas cidades de Campinas, São Carlos, Ribeirão Preto e São José dos Campos.

O programa Pipe atende a negócios de pequeno porte, com até 250 empregados, com unidade de pesquisa e de desenvolvimento sediadas no Estado de São Paulo. Também está disponível para empresa não constituída formalmente, porém deve estar registrada antes da celebração do Termo de Outorga.

A Fapesp dispõe de R$ 15 milhões em caixa para financiar os projetos Pipe e divulgará no dia 29 de agosto a relação de aprovados. As informações completas sobre inscrição e regulamento estão disponíveis no site do programa (ver link em serviço).

O teto máximo para cada pedido é de até R$ 1,2 milhão e as solicitações devem ser desenvolvidas em duas etapas: a primeira, de demonstração da viabilidade tecnológica de um produto ou processo, deve ter duração máxima de nove meses e demandar recursos de até R$ 200 mil.

A outra etapa, de desenvolvimento do produto ou processo inovador, tem duração máxima de dois anos e pode consumir até R$ 1 milhão. Entretanto, se o proponente já tiver realizado atividades tecnológicas que demonstrem a viabilidade do projeto, poderá submetê-la diretamente na segunda fase.

Todos os solicitantes receberão pareceres técnicos de avaliadores que poderão ser úteis para o aperfeiçoamento da proposta, mesmo em caso de não aprovação, quando o proponente poderá reformular o pedido e reapresentar nova solicitação, na próxima etapa de classificação. Neste ano, haverá mais duas temporadas para envio de propostas, com os prazos definidos para os dias 21 de julho e 13 de outubro.

Inovação na agricultura

A Promip conseguiu seu primeiro apoio no Pipe em 2007. Criada em 2006 pelo pesquisador Marcelo Poletti com ex-colegas da pós-graduação em entomologia (ramo da zoologia que estuda os insetos) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba, a empresa desenvolveu, com o apoio da Fapesp, uma “inovação de ruptura”: a produção de ácaros predadores para combate a pragas na agricultura.

Inicialmente sediada na incubadora de empresas da Esalq, a Promip instalou em 2009 sua biofábrica em uma estação experimental no município de Engenheiro Coelho, distante 170 quilômetros da capital. Hoje, com faturamento anual de R$ 3 milhões, a empresa comercializa 40 milhões de ácaros utilizados no tratamento de 2,5 mil hectares de culturas marcadas pelo uso de agrotóxicos – tomate, morango e alface.

Desde dezembro, quando obteve a aprovação de um segundo projeto no Pipe, desta vez diretamente na fase 2 do programa, a Promip se prepara para produzir e integrar agentes polinizadores (abelhas sem ferrão) ao controle biológico de pragas, com a meta de ampliar de 30% a 40% a produtividade de lavouras alvos de pragas.

Serviço

Propostas para o segundo ciclo de análises de 2014
Programa Pipe Fapesp

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 05/04/2014. (PDF)