Vaga Certa: o site do emprego

Site cadastra oportunidades de emprego e de estágio; podem concorrer alunos e ex-alunos de Etecs, Fatecs e dos cursos do Via Rápida

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação lançou o site Vaga Certa. Gratuito e atuando em duas frentes, o serviço on-line pretende aproximar empregadores de profissionais em busca de oportunidades de trabalho.

O empresário pode cadastrar vagas, pesquisar e recrutar profissionais com diversos tipos de formação e qualificação. Formandos do programa Via Rápida Emprego, da secretaria, alunos ainda matriculados e ex-alunos nas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e Faculdades Estaduais de Tecnologia (Fatecs) também podem buscar oportunidades de emprego e de estágio.

O acesso ao site Vaga Certa é feito por meio de login e senha. Depois de registrado, o usuário pode atualizar os seus dados e pesquisar vagas. Quando surge uma oportunidade compatível com o perfil do profissional, o sistema envia, automaticamente, um e-mail para avisá-lo.

A expectativa da pasta de Desenvolvimento é ampliar as possibilidades de inserção no mercado profissional de um contingente de quase 300 mil alunos de Etecs e Fatecs.

Mais 17 carretas

O Via Rápida Emprego recebeu mais 17 unidades móveis. As carretas serão incorporadas à frota atual de dez veículos. Elas vão oferecer mais de 50 opções de cursos gratuitos de qualificação nas áreas de confecção industrial, imagem pessoal, panificação e açougue, hospitalidade, manutenção automotiva, manutenção de motos, produção alimentícia, refrigeração e climatização e soldagem.

A previsão da secretaria é de que essas carretas sejam entregues e entrem em operação em abril. O investimento do Governo estadual foi de R$ 31,6 milhões e a área interna de cada uma varia entre 40 e 80 metros quadrados. Todas são equipadas com sala de aula e laboratórios para simular práticas profissionais e podem atender até 20 alunos por turma.

Com duração de 80 a 100 horas, os cursos são ministrados em três períodos por professores do Centro Paula Souza. Para participar, basta se inscrever no site do Programa Via Rápido Emprego (ver serviço). As exigências incluem ter no mínimo 16 anos e residir em um dos municípios atendidos pelo programa. Os documentos necessários são RG e CPF.

O nível de escolaridade exigido é variado e todo participante recebe material didático, auxílio-alimentação de R$ 100 e subsídio transporte de R$ 150. Desempregado tem prioridade na seleção e direito à bolsa mensal de R$ 210. Lançado em 2011, o Via Rápida Emprego já atendeu 140 mil pessoas em 645 municípios paulistas.

Paula Souza

Vinculado à Secretaria de Desenvolvimento, o Centro Paula Souza mantém as Etecs, as Fatecs e as classes descentralizadas, que funcionam com um ou mais cursos técnicos em parceria com prefeituras ou empresas, sob a supervisão de uma Etec. As classes descentralizadas estão presentes em 306 municípios paulistas.

Atualmente, as Etecs atendem mais de 216 mil estudantes nos ensinos médio, técnico integrado ao médio e no ensino técnico, para os setores industrial, agropecuário e de serviços. Nas Fatecs, o número de alunos matriculados nos cursos de graduação tecnológica ultrapassa 64 mil.

Serviço

Site Vaga Certa
Site Via Rápida Emprego

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 29/03/2014. (PDF)

Via Rápida oferece cursos em Atibaia

Neste mês, a carreta de Hospitalidade do Programa Via Rápida Emprego ficará estacionada em Atibaia, onde serão oferecidos cursos gratuitos de capacitação profissional nas áreas de hotelaria e gastronomia. O veículo funciona como uma sala de aula móvel para 20 alunos, com dois laboratórios, que simulam um quarto de hotel, um restaurante e um balcão para  o preparo de drinques.

A unidade de aprendizado dispõe de aparelhos para aulas práticas dos cursos de bartender, camareira e garçom. Possui utensílios para o aprendizado dos participantes, como coqueteleiras e talheres para o curso que ensina técnicas de preparo e apresentação de bebidas; e roupas de cama e banho para o curso que prepara mão de obra para o setor hoteleiro.

O Programa, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI), aposta nas unidades móveis como ferramenta de formação e capacitação. O objetivo é reproduzir, em sala de aula, o ambiente que os formados encontrarão no dia a dia profissional. Com duração de cem horas, os cursos são ministrados por professores do Centro Paula Souza, fundação estadual também vinculada à secretaria.

Atualmente, o Via Rápido Emprego dispõe de unidades móveis voltadas para as áreas de Comandos Hidráulicos e Pneumáticos; Soldagem; Vestuário; Manutenção Automotiva; Hospitalidade; Metrologia. Há ainda mais duas novas carretas: de Automação Industrial e de Petróleo e Gás. As unidades de Panificação e de Imagem Pessoal foram cedidas ao Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp).

Durante o período letivo do curso, cada participante recebe material didático, auxílio-alimentação de R$ 100 e subsídio-transporte no valor de R$ 150. Desempregados ou profissionais sem seguro-desemprego ou benefício previdenciário têm direito a bolsa mensal de R$ 210.

Inscrições

As inscrições são gratuitas e realizadas exclusivamente pelo site do programa (ver serviço). Para participar é preciso ter idade mínima de 16 anos e residir em um dos municípios atendidos. Os documentos necessários são RG e CPF. O nível de escolaridade exigido pode variar conforme a opção de curso.

A seleção dos participantes é feita pela secretaria e considera critérios como idade, escolaridade e renda familiar dos inscritos. Quem está desempregado ou é arrimo de família tem prioridade. Se for aprovado, a comunicação é feita via e-mail e telegrama.

Serviço

Programa Via Rápida Emprego

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 08/02/2014. (PDF)

IPT desenvolve solução ambiental para areias utilizadas na fundição

Unidade Móvel de Regeneração atende às empresas com acesso rodoviário favorável e descarte médio mensal de 200 toneladas; operação pode durar de um a cinco dias

A equipe de pesquisadores da divisão de metalurgia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) apresentou, recentemente, a Unidade Móvel de Regeneração de Areias de Fundição. Trata-se de um sistema inovador: funciona sobre uma carreta de caminhão e permite reutilizar o material descartado por setores produtivos nos processos de fundição. Ou seja, indústria automobilística, de motores hidráulicos e elétricos.

O uso da unidade móvel possibilita a retirada anual de 2 milhões de toneladas de areia e o posterior descarte na natureza. A cada ano é jogada igual quantidade do produto contaminado em aterros sanitários. O Estado de São Paulo abriga 600 empresas de fundição, as quais respondem pela metade de todo o volume anual de areia empregado no País.

O coordenador da equipe do IPT, Cláudio Mariotto, conta que o equipamento foi projetado para atender às fundições de pequeno e médio portes, que disponham de acessos rodoviários favoráveis e tenham descarte médio mensal de 200 toneladas de areia.

Uma vez por mês, o caminhão pode visitar os clientes, em operações que duram de um a cinco dias. Para requerer sua utilização, a fundição precisa fornecer gás liquefeito de petróleo (GLP), que aquece o forno, óleo diesel, que aciona o gerador, ar comprimido de acionamento e transporte, e água de refrigeração.

O custo estimado é um quinto do exigido para a armazenagem em aterros sanitários, dependendo do tratamento necessário. A capacidade mínima de operação do equipamento é de 1,5 tonelada de areia/hora. Assim, processa 36 toneladas em um dia. No limite máximo, opera com 4,5 toneladas por hora e regenera 108 toneladas por dia.

Molde

Mariotto afirma que, entre os processos industriais, a fundição é o mais recomendado para a produção de peças que exijam precisão e complexidade nas formas internas e externas. Por isso, é muito requerida pela indústria de autopeças na fabricação de componentes com design sofisticado, como pistões, comandos de válvulas, virabrequins, cabeçotes e discos de freio.

“A areia é utilizada para construir moldes, os quais são preenchidos com metal quente. Obtida a peça, podem ser facilmente destruídos,” explica Mariotto.

A produção de uma tonelada de peças de boa qualidade exige de oito a dez toneladas de areia. Após a retirada do molde, é preciso mais areia nova e limpa, para eliminação dos resíduos (resina) da produção. “O material descartado é o que será regenerado na usina móvel de reciclagem”, informa o coordenador.

Parceiros

Os principais elementos contaminantes da areia são os metais pesados (chumbo e cobre) e também o fenol, produto químico encontrado em resinas orgânicas. O tratamento pode ser térmico ou mecânico.

No primeiro caso, os agentes contaminantes são eliminados por calcinação e, no outro, por atrição (desgaste de atrito) grão a grão. A limpeza obtida é total ou parcial, de acordo com o tratamento empregado. A calcinação elimina a totalidade das substâncias contidas, enquanto o tratamento mecânico suprime entre 50% e 70% dos materiais que contagiam a areia.

A regeneração permite, na maioria dos casos, reutilização de 90% a 98% da areia, que retorna para os fornos. A medida reduz em até 10% o volume mensal de novas compras do material. Mariotto ressalta que a economia gerada com a usina móvel e a eliminação de riscos de enquadramento em leis ambientais compensam amplamente os custos com o processo. Seu sistema é projetado para trabalhar com todos os tipos de areia.

Para o presidente da Associação Brasileira de Fundição (Abifa), Luiz Carlos Koch, a unidade móvel diminui pontos negativos do processo industrial. “Ela é eficiente, porém o desafio é permitir que pequenas empresas consigam arcar com os custos da reciclagem sem inviabilizar o negócio. Contudo, o setor não se exime de suas responsabilidades sobre o destino final dos resíduos”, explica.

Os parceiros do IPT no projeto são a Metalúrgica Ipê (Mipel), a Lepe Indústria e Comércio e a Fagor Fundição Brasileira. Tem o apoio da Abifa e recebeu recursos de órgãos de fomento à pesquisa ligados ao Ministério da Ciência e Tecnologia, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia. O evento de lançamento foi patrocinado pelas empresas Cavo Serviços de Meio Ambiente, Comgás e Máquinas Furlan.

Serviço

Divisão de Metalurgia do IPT – tel. (11) 3767-4474

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 11/03/2005. (PDF)