Começa hoje a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia

Com entrada gratuita, a 14ª edição da Febrace realiza-se na USP até sexta-feira; público vai conhecer projetos inovadores de alunos do ensino fundamental, médio e técnico de todo o País

A 14ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) ocorre de hoje (15) a sexta-feira (18) em uma tenda montada no estacionamento da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), na capital. Durante o evento serão apresentados 341 projetos de alunos do ensino fundamental, médio e técnico de escolas públicas e particulares de todo o Brasil.

O público poderá conhecer trabalhos inspirados em metodologias e conhecimentos científicos e de engenharia. Fruto do trabalho de 752 estudantes e de 476 professores-orientadores, os projetos foram selecionados entre 2,2 mil apresentados por 125 escolas afiliadas da Febrace e outros submetidos diretamente pelos alunos.

Inovação

Com viés de iniciação científica, os projetos abordam diversas áreas do saber e apresentam soluções inovadoras para desafios reais e atuais da sociedade. A lista inclui o controle do mosquito Aedes aegypti, tecnologias para reduzir acidentes por embriaguez ao volante e criar meios para prevenir problemas como o de crianças esquecidas em automóveis por seus pais ou responsáveis.

“O mais importante não são os resultados, como chegar a um protótipo ou produto, por exemplo, mas todo o processo, as diversas etapas de investigação, reflexão, construção e observação necessárias para a execução dos trabalhos”, destaca a coordenadora da Febrace, professora Roseli de Deus Lopes, docente da Escola Politécnica da USP.

“A proposta desse encontro anual é favorecer o surgimento de novos talentos para a pesquisa brasileira, por meio de desenvolvimento de projetos criativos e inovadores, com vistas a promover a iniciação científica no ensino médio, antes do ingresso na universidade”, explica Roseli. “Queremos também estimular os professores, aproximar as escolas das universidades e criar interações entre todas essas comunidades”, esclarece Roseli.

Competição

Na mostra, os trabalhos serão avaliados por pesquisadores e especialistas de diversas áreas. O público visitante também poderá eleger o mais popular, postando seu voto no site da Febrace (ver serviço). Os melhores trabalhos darão direito a troféus, medalhas, bolsas e estágios para seus autores – são cerca de 200 prêmios. Além disso, os projetos campeões desta edição da Febrace concorrerão a uma das nove vagas para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), que será realizada em maio, na cidade de Phoenix, Arizona (Estados Unidos).

Promovida anualmente pela Poli-USP, por meio do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI), a Febrace é a maior feira brasileira pré-universitária de ciências e engenharia em abrangência e visibilidade. Além do apelo científico, fortalece também a inovação e o empreendedorismo desde o ensino básico, despertando novas vocações e reforçando a adoção de práticas pedagógicas inovadoras nas escolas.

Essa edição da Febrace tem apoio institucional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis – MCTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O evento tem patrocínio da Intel do Brasil, Petrobras, Samsung, Instituto Votorantim e Odebrecht.

Serviço

14ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace)
Estacionamento da Escola Politécnica – das 14 às 19 horas
Av. Professor Luciano Gualberto, 3 Travessa 3
Cidade Universitária – Butantã – capital – SP
Entrada franca

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 15/03/2016. (PDF)

Editora da Unesp doa livros para a Secretaria da Cultura

A Fundação Editora da Unesp doou 250 livros acadêmicos para o Programa São Paulo: Um Estado de Leitores, da Secretaria da Cultura. A iniciativa visa a facilitar o acesso da população aos livros, por meio do apoio e instalação de bibliotecas escolares e salas de leitura comunitárias nos 645 municípios paulistas, reduzir custos e incentivar a produção de obras de qualidade.

Segundo o professor José Castilho Marques Neto, diretor-presidente da Editora da Unesp, a entidade tem apoiado o programa desde a sua fundação, em 2003. Afirmou que a intenção é doar mais exemplares e realizar cursos de apoio por intermédio da Universidade do Livro.

Em solenidade realizada na sede da Secretaria da Cultura, na capital, compareceram o secretário da Cultura, João Batista de Andrade; o empresário José Mindlin, presidente do Conselho Paulista de Leitura; representantes da Fundação Volkswagen e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que auxiliam no desenvolvimento do programa.

Para o coordenador do programa, José Luiz Goldfarb, a intenção, agora, é revitalizar as salas de leituras existentes, renovar acervos e computadores e estender o serviço para localidades distantes e carentes.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 14/07/2005. (PDF)

Fapesp lança livro com os indicadores de ciência, tecnologia e inovação em SP

Publicação abrange período de 1998 a 2003 e analisa impacto da pesquisa em áreas da saúde, ensino superior e tecnologia da informação

A sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp) foi palco do lançamento do livro Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo – 2004. A publicação traz análises de 40 pesquisadores de instituições de ensino paulistas e de pareceristas externos sobre a qualidade dos trabalhos científicos realizados entre 1998 e 2003 no Estado. A terceira edição dá continuidade aos volumes anteriores, de 1998 e 2001. Dividida em dois livros, conta com 12 capítulos e 220 ilustrações.

A série é inspirada no modelo das principais publicações internacionais de referência, tal qual os relatórios da National Science Foundation (NSF), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

As novidades são temas como Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e redes digitais. As estatísticas explicitadas revelam dados do crescimento do volume de domínios do Estado na internet. De 1992 a 2002, São Paulo teve, em média, 250 domínios “.com.br” e “.org.br” registrados para cada mil estabelecimentos. Os demais Estados brasileiros tiveram apenas 140.

Subsídio

Os números mostram também crescimento de 54% da produção científica nacional, porcentual superior ao aumento médio da produção mundial (9%). Nesse período, a taxa de desenvolvimento da produção paulista foi de 63%, superior à brasileira, passando a representar, em 2002, 54% da produção nacional. Sobre o comércio exterior nota-se que, entre 1998 e 2002, a participação dos produtos de alta tecnologia nas exportações do Estado situou-se entre 25% e 30%, enquanto a do Brasil ficou entre 15% e 20%.

Segundo a coordenadora-executiva do projeto, Regina Gusmão, os autores foram orientados a contextualizar as séries estatísticas, principalmente, do ponto de vista socioeconômico. O objetivo é oferecer subsídios para as ações dos gestores e formuladores de políticas de ciência, tecnologia e inovação no nível estadual e federal.

Novas tendências para antigos desafios

O livro Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo – 2004 traz a biografia do antigo diretor-presidente da Fapesp, Francisco Romeu Landi, falecido há um ano. A obra está inserida nas atividades regulares da Fapesp que, desde 2001, constituiu um núcleo direcionado à produção regular de análises da ciência e tecnologia nacional. Analisa insumos, produtos e indicadores de impacto.

Na categoria insumos, observa os investimentos público e privado em pesquisa, os recursos humanos disponíveis e analisa o panorama do ensino superior. Na seção produtos, o livro verifica a produção científica, tecnológica e o comércio de itens de alta tecnologia e empresas inovadoras.

Por fim, os indicadores observam o impacto socioeconômico e cultural da ciência e tecnologia em setores da saúde, tecnologia da informação e percepção pública da ciência. Segundo Regina, os capítulos indicam novas tendências que remetem ao enfrentamento de velhos desafios para a consolidação do sistema nacional de ciência e tecnologia, isto é, enfrentar o contraste existente entre o avanço da capacidade de produção e a relativa estagnação da capacidade de geração de inovações tecnológicas do País. E também o limitado desempenho do setor empresarial em atividades de pesquisa e desenvolvimento.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 31/05/2005. (PDF)