São Paulo ganha mais um núcleo de apoio às exportações

Direcionado para a capital e Região Metropolitana de São Paulo e desenvolvido em parceria com a Apex-Brasil e ESPM, projeto prevê capacitar 260 empresas até abril de 2018

Ontem, 7, o Palácio dos Bandeirantes foi palco do lançamento, na capital, do Núcleo do Estado de São Paulo do Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex). A ação visa a estimular a competitividade e qualifica, gratuitamente, empresa paulista que já atua como exportadora ou tenha potencial exportador.

O mais recente núcleo do Peiex é uma ação da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe SP), vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Criado pela Apex Brasil em 2009, o Peiex propõe uma metodologia de diagnóstico e preparação para o comércio exterior. O projeto atendeu 16,2 mil empresas de 14 Estados brasileiros. O núcleo lançado ontem é o sexto do Estado e prevê atender, até abril de 2018, cerca de 260 empresas sediadas na capital e nas 38 cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).

O primeiro núcleo paulista do Peiex foi criado em 2011, a partir de parceria da Apex com a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC. Em 2013, foram criados o segundo e o terceiro, em parceria da Apex com a Fundação Vanzolini e direcionado às regiões metropolitanas de Campinas e Ribeirão Preto, sendo a iniciativa novamente ampliada, nos dois anos seguintes, no Vale do Paraíba e na região de São José do Rio Preto. No total, os cinco primeiros núcleos conduziram 1,35 mil atendimentos a empresas com potencial exportador.

Inscrição

Antes mesmo do lançamento do novo núcleo do Peiex no Estado, 70 empresas da RMSP haviam feito inscrição para participar. Na seleção dos projetos, a Investe SP privilegia negócios de pequeno e médio portes que tenham potencial para exportar. Eventuais interessados deverão pedir informações pelo e-mail spexport@investesp.org.br.

Cada empresa aprovada na seleção passa a ser atendida por um coordenador-geral de núcleo da Investe SP e outro da ESPM, um monitor extensionista, seis técnicos extensionistas e dois estagiários.

“Para quem for aprovado, as únicas contrapartidas exigidas são participar de entrevistas com equipes da Investe SP e permitir a verificação de todas as áreas de sua companhia”, explica a coordenadora do Peiex na Investe SP, Silvana Gomes.

Internacionalização

Esse monitoramento, explica Silvana, visa a eliminar “gargalos” na produção e fortalecer a empresa antes do ingresso no comércio exterior, além de motivar o quadro de colaboradores da empresa nesse processo de internacionalização de marcas e produtos.

O foco principal do Peiex é fortalecer a gestão da empresa. E, ainda, orientar em diversos serviços, como adequação de produtos às legislações locais, e em questões como embalagens, logística, pagamentos e tributação, entre outros temas relacionados.

“Exportar traz receitas, porém, é investimento de longo prazo – e não deve ser descontinuado, depois de iniciado”, ensina Silvana. Ela tem 23 anos de experiência profissional na área de comércio exterior e atuou, ao longo de sua carreira, com exportações de empresas e de entidades setoriais industriais brasileiras.

Oportunidade

Na exposição seguinte, o gerente de competitividade da Apex Brasil, Cristiano Braga, anunciou redução no volume de operações do comércio internacional, decorrente da crise econômica mundial. Segundo ele, no ano passado as exportações nacionais totalizaram US$ 191,1 bilhões, valor que poderia ser maior. “Entre o ano 2000 e 2015, o Brasil respondeu em média por apenas 1% do comércio global”, observou.

O dado novo, informou o gerente, foi a desvalorização do real ante o dólar. A mudança no perfil do câmbio deu novo ânimo à indústria brasileira para concorrer no mercado internacional. Entre as oportunidades de negócios para a indústria nacional, ele citou países latino-americanos, cuja economia cresceu nos últimos anos, motivando melhora no padrão de consumo de suas populações.

Serviço

Investe SP
E-mail spexport@investesp.org.br
Apex Brasil

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 08/06/2016. (PDF)

Missão empresarial na Colômbia e no Peru recebe inscrições até dia 31

Investe SP vai selecionar 40 empresas e 15 startups, com prioridade para negócios paulistas de pequeno e médio portes; embaixadas brasileiras e câmaras de comércio locais apoiam o evento

Termina na quinta-feira, 31, o prazo de inscrições para empresas e startups paulistas interessadas em participar de missão empresarial de quatro dias – dois em Bogotá (Colômbia) e dois em Lima (Peru) – a ser realizada de 13 a 17 de junho. Pioneira no Estado, a ação tem como principal objetivo abrir mercados para serviços e produtos industrializados nacionais.

Há ainda interesse em estimular a internacionalização dos negócios brasileiros, especialmente os de pequeno e médio portes com vocação para atender compradores colombianos e peruanos, além de facilitar e fortalecer redes de relacionamentos (networking) e intercâmbio de tecnologias.

A missão empresarial dispõe de 40 vagas para empresas e 15 para startups – negócio de base tecnológica recém-criado ou em fase de desenvolvimento – e de pesquisa de mercados, de quaisquer setores produtivos. A missão tem o apoio das embaixadas brasileiras nos dois países e de câmaras de comércio locais. O evento será objeto de divulgação local, a ser feita por empresa especializada em rodadas de negócios internacionais.

Eventos

A programação inclui encontros com compradores locais, distribuidores, revendedores, representantes comerciais e redes de varejo, selecionados previamente. Para participar da seleção, a inscrição é gratuita e deve ser feita mediante preenchimento de formulário no site da Investe SP (ver serviço).

O passo seguinte é aguardar a aprovação, cuja avaliação inclui identificação e perspectivas de negócios e catálogo de produtos e serviços e site em espanhol. Até 12 de abril os selecionados serão informados por e-mail enviado pela Investe São Paulo (ver abaixo).

Esforços

A expedição comercial é uma realização do Programa Paulista de Apoio às Exportações (SP Export), iniciativa conjunta da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo) – ligada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O SP Export integra o Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE), convênio do Governo paulista com o federal assinado no fim de 2015. Além das missões comerciais, o programa inclui apoio à vinda de potenciais compradores e exportadores estrangeiros e promove seminários de capacitação. Também oferece atendimento gratuito por meio do Projeto Extensão Industrial Exportadora (Peiex), da Apex-Brasil, e do Poupatempo do Exportador, iniciativa itinerante que leva serviços e informações de diversas instituições distintas às principais regiões metropolitanas do Estado.

Parceiros

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, em 2015 o Brasil vendeu US$ 2 bilhões para a Colômbia e o Peru. Desse total, 50% foram exportações paulistas. “São números significativos para a balança comercial nacional”, avalia o gerente de exportações da Investe SP, Ricardo Santana. Ele aponta grande oportunidade de ampliação de negócios com Colômbia e Peru, pois os países vizinhos têm perfis parecidos como compradores – e importam do Brasil principalmente alimentos processados, itens ligados ao agronegócio, máquinas industriais, equipamentos médicos, de laboratório e de construção civil.

No dia 5 de maio, será realizada na sede da Investe SP, na capital, reunião de trabalho com participantes da missão e empresários interessados em saber mais sobre o mercado latino-americano, o processo de internacionalização de empresas e as estratégias para ser bem-sucedido no comércio internacional.

“Nesse modelo de missão comercial, são sempre escolhidos dois países e consideradas questões como deslocamentos, afinidades comerciais e oportunidades”, observa o gerente da Investe SP. Ele informa que, para o segundo semestre, está prevista nova missão com destino ao continente africano. “Ainda não há definição dos dois países escolhidos, mas os candidatos são Angola, Moçambique e África do Sul.”


Regras e custos

Cada empresa selecionada deverá se comprometer a participar de toda a agenda no país de interesse. Haverá aplicação de multa no valor de R$ 3,5 mil, caso o representante da empresa não compareça em parte da programação. É preciso, também, fornecer informações sobre o seu negócio, como produtos e serviços. Esses dados serão acrescentados nos catálogos e comunicações eletrônicas relativas à missão internacional.

Outra obrigação é organizar e pagar o envio de amostras e viagem do representante, incluindo o pacote terrestre (passagem, hospedagem, transporte, alimentação e outras despesas). Não haverá organização de grupo de viagem, portanto, os empresários serão responsáveis por todos os gastos.

No dia 11 de março, a Investe SP estimou os custos das passagens aéreas São Paulo-Bogotá / Bogotá-Lima / Lima-São Paulo em US$ 600. O pacote terrestre foi orçado em US$ 2 mil. Ou seja, o custo total previsto para cada participante é de US$ 2,6 mil.

Serviço

Inscrições e informações sobre a missão empresarial
Investe SP
E-mail investesp@investesp.org.br
Telefone (11) 3100-0309

Apex Brasil

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 29/03/2016. (PDF)

São Paulo lança programa de apoio às exportações

Evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, na capital, apresenta ações dos Governos estadual e federal para fortalecer o comércio externo brasileiro

Com o objetivo de conquistar novos mercados para produtos e serviços brasileiros, os Governos estadual e federal lançaram ações conjuntas de fortalecimento ao comércio exterior. Foram apresentados, em solenidade realizada na terça-feira (6), no Palácio dos Bandeirantes, na capital, o Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE) e o Programa Paulista de Apoio às Exportações (SP Export).

As duas ações governamentais têm a mesma finalidade: aproveitar o câmbio favorável e aumentar as vendas externas, incentivar e disseminar a cultura exportadora no empresariado paulista e ajudar o empreendedor a encontrar novos compradores estrangeiros.

A prioridade inicial das duas iniciativas é atender 4 mil empresas de setores com potencial exportador, como alimentos, farmacêutico, equipamentos médico-hospitalares, materiais de construção, moda, máquinas e equipamentos, serviços de engenharia e tecnologia da informação.

As estratégias a serem adotadas para ampliar a competitividade incluem adequar o produto nacional às exigências externas, em aspectos ambientais, sanitários, de saúde e tecnológicos, entre outros. Por isso, será necessário aproximar o empreendedor de órgãos de especificação de requisitos, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e de certificação, como o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Esforços

O PNCE integra o Plano Nacional de Exportações, instituído em junho pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Sua direção definiu São Paulo como o segundo Estado do País a receber um comitê gestor local da iniciativa, que terá como atribuição monitorar o desempenho do Plano em território paulista.

O SP Export é uma ação integrada ao PNCE, sob responsabilidade da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe SP), organização social vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado. O programa prevê realizar 10 mil capacitações até 2017 em empresas que já exportam ou têm potencial para vender seus produtos para compradores estrangeiros.

Parceria

Juan Quirós, presidente da Investe SP, comenta que, em novembro, estará definido o cronograma de seminários que devem ocorrer em diversas regiões do Estado em 2016. Essa atividade do SP Export será executada em parceria com associações comerciais, entidades setoriais, prefeituras e diversas instituições.

Outra medida prevista é a criação de uma plataforma on-line com conteúdo informativo para ajudar o empreendedor a internacionalizar seus produtos e serviços. Essa ferramenta também irá promover missões internacionais com empresários paulistas e organizar a participação em feiras e eventos estrangeiros, além de trazer compradores internacionais para conhecer o mercado do Estado.

O SP Export atuará em parceria com diversos órgãos setoriais – Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Correios, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal.

Produtos

Na abertura da solenidade, modelos desfilaram usando roupas e calçados das mais recentes coleções de moda praia e verão. As peças de vestuário brasileiras, em especial os têxteis paulistas, já caíram no gosto de consumidores estrangeiros e são exportados para vários países.

Depois da exposição das autoridades federais e estaduais, o público pôde conhecer no Salão dos Pratos alguns produtos paulistas que são produzidos para exportação. A lista inclui itens alimentícios, para panificação, por exemplo. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Getúlio Netto, foi ao evento representando 77 empresas brasileiras, 42 delas instaladas no Estado de São Paulo.

“No ano passado, faturamos US$ 300 milhões com exportações para 133 países de todos os continentes. Ações como as adotadas hoje são fundamentais para gerar mais negócios, emprego e renda no País”, observou.

Apoio

No estande vizinho, da Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos, Ingredientes e Acessórios para Alimentos (Abiepan), o público conheceu produtos do setor integrado por 70 empresas, 35 delas sediadas no Estado e responsáveis por US$ 17 milhões originados de exportações em 2014.

O destaque eram as pré-misturas para panificação e de confeitaria artísticas produzidas pela Arcolor, empresa com 320 funcionários localizada no bairro São Mateus, zona leste da capital. Seu representante, Scott Laporte, comemorou o maior apoio governamental à exportação. Para ele, “é essencial preparar o empreendedor que ainda não exporta para enxergar o novo nicho como atividade permanente e, ao mesmo tempo, zelar pela imagem do produto nacional que vem sendo consolidada desde 2005 pela Abiepan”.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 08/10/2015. (PDF)