Dedicação e empatia fazem a diferença no Poupatempo Itaquera

No posto campeão em atendimentos presenciais no ano passado, as mulheres colaboram para manter a aprovação do público em 97,8% dos serviços prestados

Nesta semana de comemoração do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a data foi ainda mais especial no Poupatempo Itaquera. Localizado na zona leste da capital, piso superior da estação de Metrô de mesmo nome, o posto é o campeão de atendimentos presenciais de 2015 – média diária de 13 mil –, graças ao empenho e à dedicação das mulheres, responsáveis pela maioria dos atendimentos.

A coordenadora de atendimento de Itaquera, Zulene Chagas, é uma das lideranças femininas do posto. Com o radiocomunicador em mãos, nunca para em sua mesa, desloca-se o tempo inteiro para atender às demandas pontuais que surgem a todo instante. Ela conta que, neste ano, a celebração da data incluiu um mural com fotos de trabalhadoras representando todas as seções do posto, além de prestação de serviço para a população sob coordenação da Diretoria de Serviços ao Cidadão da Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodesp).

A maciça presença feminina é um dos principais diferenciais da unidade. Dos 885 funcionários, 648 são mulheres, porcentual de 73,2%, que excede a média feminina dos outros 66 postos do Poupatempo no Estado, atualmente de 63,7%.

As principais características delas, observa Zulene, funcionária de Itaquera desde 2004, são a dedicação e a empatia. “Esse é o nosso segredo para melhor interagir com o público em diversas etapas do atendimento. No ano passado, tivemos 98,7% de conceito ‘‘Ótimo’’, na avaliação desse quesito pelo público”, ressalta.

Preparo

Outra questão é o fato de, atualmente, na maioria dos processos de seleção de pessoal do Poupatempo as candidatas representarem dois terços dos aspirantes. “Elas estudam mais e se preparam melhor e, quando são anunciadas as listas de convocados, costumam repetir a proporção de duas mulheres aprovadas para cada homem”, destaca.

A empatia, capacidade de se colocar na pele do outro citada por Zulene, foi percebida imediatamente por Joelma Oliveira, de 39 anos, moradora do bairro vizinho A.E. Carvalho. Mãe de Guilherme, de 10 anos, que tem paralisia cerebral severa, ela foi apelidada carinhosamente de ‘Filha do Poupatempo’. “Tudo começou quando ele estava com 8 meses. Eu precisava tirar o RG e o CPF dele para dar entrada no INSS de pedido de auxílio. Mas eu não tinha nenhum dinheiro”, conta Joelma.

Por coincidência, o bebê começou a chorar alto e chamou a atenção de Zulene. Comovida pela necessidade, falou da possibilidade (legal) de atendimento gratuito para alguns serviços, como a expedição de documentos mediante declaração de pobreza. De âmbito nacional, esse benefício está previsto na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) nº 8.742/1993.

Satisfeita com a dedicação, Joelma passou a retornar toda semana para mostrar o desenvolvimento do Guilherme. “Fiz muitas amigas, a Zulene foi a primeira. Só deixei de vir aqui em algumas semanas de 2012, quando ele ficou três meses e meio na UTI.”

Mãozinha

A aposentada Luiza Lima, 77 anos, foi ao Poupatempo registrar queixa contra uma operadora de telefonia. Depois de uma cirurgia no braço esquerdo (há cinco anos), ela perdeu a firmeza na mão para escrever. Assim, para formalizar sua reclamação na Fundação Procon-SP, recorreu ao Escreve Cartas, serviço gratuito realizado por voluntários para auxiliar o público a redigir correspondências e a fazer currículos, entre outras possibilidades.

“A disposição dos atendentes é exemplar”, revelou a pernambucana que há 74 anos mora em São Paulo. Do outro lado do balcão, a administradora de empresas Fernanda de Deus, 37 anos, agradeceu o elogio. Moradora da Vila Formosa, desde maio de 2012 dedica suas manhãs de terça-feira para a atividade voluntária, “serviço que faço de coração”.

Entre as muitas histórias vividas por Fernanda, a mais especial ocorreu no Natal de 2012. Um mês antes, redigiu uma carta ao Papai-noel, a pedido de uma mãe notadamente carente, acompanhada de seus filhos, um garoto de 4 anos, que sonhava com uma bola, e da menina, de 7, que queria uma boneca Barbie.

“Todo ano, encaminhamos essas cartas aos Correios e o órgão busca voluntários para atendê-las. Entretanto, esse pedido em especial me comoveu. Anotei, em sigilo, o endereço da família. Comprei os presentes e programei para que chegassem na casa das crianças na semana do Natal”, contou Fernanda, orgulhosa.

Túnel do tempo

A estudante Talita Silva, 18 anos, de Vila Guilhermina, é a mais nova funcionária da unidade. Em janeiro, deixou um currículo no posto e foi selecionada para trabalhar como atendente multitarefa. Ingressou no Poupatempo em fevereiro e segue em treinamento, passando por todas as dependências da unidade. “Estou aprendendo muito, o apoio entre os profissionais é muito grande”, diz a garota, que pretende prestar vestibular em julho.

No corredor ao lado, Flordelina Laranjeira atende ao público na cabine 13 do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD). Desde 2008 no local, ela trabalhou em todos os serviços prestados pelo instituto.

A experiência adquirida a tornou referência para os colegas em diversos assuntos; e seu carisma também contagia o público, sempre orientado por ela sobre a importância de o cidadão ter e preservar seus documentos em ordem. “É uma questão de cidadania. Sem RG, não é possível conseguir trabalho, casar ou fazer qualquer coisa na vida.”


Orientações para o cidadão

Para acelerar o atendimento nas unidades do Poupatempo, o cidadão deve sempre pré-agendar, por telefone, no site ou pelo Aplicativo SP Serviços (no celular). “Em Itaquera, quem recorre a esse expediente não costuma gastar, em média, mais do que 40 minutos para ser atendido”, orienta Zulene.

Serviço

Pré-agendamentos

  • Poupatempo
  • Aplicativo SP Serviços (para celulares)
    Android
    iPhone e iPad
  • Disque Poupatempo 0800 772 36 33 (grátis para telefone fixo)
    0 + código da operadora + (11) 2930-3650 (ligação de celular, com cobrança da operadora). Atendimento de segunda a sexta-feira, das 7 às 20 horas; e, aos sábados, das 6h30 às 15 horas

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 11/03/2016. (PDF)

As supermulheres do Estado

Foi-se o tempo em que o serviço público era território dos homens. Aos poucos, as mulheres foram chegando e tomando conta do espaço – com competência

O Estado de São Paulo tem 372 mil servidoras públicas na ativa. Elas estão em todas as áreas e ocupam todos os cargos. No universo público, não há mais espaço exclusivo para homens.

Na Polícia Militar de São Paulo, por exemplo, elas ocupam altos cargos hierárquicos – coronéis e tenentes-coronéis. Neste ano, três mulheres passaram a comandar, pela primeira vez, três instituições consideradas território masculino: o DHPP, o Instituto de Criminalística e o Metrô de São Paulo. Na área acadêmica, a professora Marilza Vieira Cunha Rudge assumiu a vice-diretoria da Unesp, fato que ocorre pela primeira vez.

O tempo de permanência nos postos de trabalho, também, é outra característica do universo feminino. Algumas servidoras estão no cargo há 40 anos, como Ana Lúcia Negrão Fernandes, professora de Matemática, na Escola Estadual Horácio Soares, em Ourinhos.

No campo do entretenimento, Inezita Barroso esbanja vitalidade aos 88 anos e comanda há 33, o Viola, minha Viola, que vai ao ar pela TV Cultura.

“A parte mais difícil é conciliar todos os papéis femininos. Trabalhar fora e cuidar de todos os “cês” da nossa vida (casa, crianças, cônjuge, comentários) é tarefa para leoa. Mas existe o cê de consciência, que é maior”. O depoimento de Laura Molina Meletti, pesquisadora científica do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), revela ainda a preocupação das mulheres em conciliar carreira com família. Elas têm dado conta do recado.

Justiça

Quando se trata de Direitos Humanos, três mulheres (Elaine Cavalcante, Juliana Armede e Cristiane Pereira) arregaçam as mangas e não medem esforços para ajudar os mais necessitados. Principalmente quando o assunto é violência doméstica. Apesar da Lei Maria da Penha, a violência doméstica ainda é um dos graves problemas que atingem a mulher.

O Mapa da Violência 2012, do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, informa que entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país cerca de 92 mil mulheres, mais de 43 mil só na última década.

Elaine Cavalcante é juíza de Direito e atua no combate à onda cíclica da violência. Ela está na Vara do Foro Central de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, na capital paulista. Muito atuante, ela coordena o projeto Dialogando para a Paz e integra a Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp) ao lado das desembargadoras Angélica Almeida e Maria Tereza do Amaral e da juíza Maria Domitila Prado Manssur Domingos.

Quando se transformou em primeira juíza titular na 2ª Vara Criminal de Jundiaí, Elaine foi manchete de jornais. “Naquela época, uma mulher assumir um cargo de juíza titular era um fato novo e daí a curiosidade dos leitores”. Ela garante que nunca sofreu discriminação. “Hoje as mulheres conquistaram seu espaço na magistratura paulista, e pela primeira vez têm uma desembargadora na Comissão de Concurso de Ingresso à Carreira da Magistratura. Então, temos que comemorar essas vitórias”.

Cristiane Pereira é coordenadora do Centro de Referência de Apoio às Vítimas (Cravi), programa da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania. O Cravi completa 15 anos de existência em julho e trabalha com vítimas diretas e indiretas da violência.

A advogada atua no Cravi desde 2011. Com mestrado em Filosofia do Direito pela PUC-SP, sempre atuou em projetos de inclusão social. “Atuar dentro de uma instituição como o Cravi é uma missão. Ajudamos as vítimas diretas e indiretas da violência. Infelizmente, 70% das pessoas que procuram o nosso atendimento são mulheres, no papel de mães ou esposas. Elas chegam aqui aos pedaços, clamando por Justiça.”

Juliana Felicidade Armede é coordenadora dos programas estaduais de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Combate ao Trabalho Escravo. “O Estado de São Paulo tem uma legislação pioneira no combate ao trabalho escravo e no enfrentamento ao tráfico de pessoas, mas existe um Brasil desconhecido, onde falta infraestrutura social e de Direitos Humanos. É nesse contexto que a sociedade deve atuar”. Juliana questiona também o papel da mulher na perpetuação da opressão.

Quebrando paradigmas

Cláudia Virgília conquistou uma vaga sonhada por muitos homens. Aos 41 anos, ela é subcomandante do 50º Batalhão de Polícia do Interior, sediado em Itu. Nascida em uma família de militares, a major Cláudia pertence à primeira turma de mulheres que ingressaram na Academia do Barro Branco. “Entramos em 1989. Éramos 12 garotas num universo de 160 homens”. A jornada árdua de estudos e treinamento não intimidou a oficial e as colegas. “Hoje, temos o orgulho de sermos chamadas de pioneiras”, recorda.

A oficial foi a primeira mulher a trabalhar na 2ª Companhia de Choque, na zona norte, e na Companhia de Força Tática. Formada em psicologia, é casada, tem um filho e ainda encontra tempo para atuar numa ONG que luta em defesa dos animais.

A voz tranquila e a figura aparentemente frágil escondem o verdadeiro perfil de Débora Santos de Oliveira. Quem a vê dificilmente imagina que ali está uma oficial do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Aos 31 anos, a primeiro-tenente PM comanda o 3º Grupamento de Bombeiros – Posto de Itaquera. Com histórico semelhante ao da major Cláudia (é filha do sargento PM Delcídio, bombeiro aposentado), Débora tem 60 profissionais sob suas ordens. “A sensibilidade da mulher é um dos fatores de sucesso em todas as profissões. Não é diferente no Corpo de Bombeiros”.


Histórias de mulheres de valor

Dividindo seu tempo entre as atividades profissionais e as responsabilidades de casa, elas buscam a realização (que muitos homens não conseguem)

A trajetória profissional da psicóloga Cândida Rocha Schwenck confunde-se com a evolução dos serviços prestados pelo Poupatempo. Em abril de abril de 1998, ingressou no serviço público estadual e passou por treinamento no posto Sé, o posto pioneiro do programa, inaugurado em outubro de 1997. E foi trabalhar, como assistente de atendimento, na agência Luz, desde a sua abertura.

Em 15 anos dedicados ao Poupatempo, a hoje executiva passou por várias funções: coordenadora geral (Agência Luz) e coordenadora de atendimento (Sé). Depois, gerenciou os postos de São Bernardo do Campo e de Itaquera. Atualmente comanda as unidades Sé (750 funcionários) e Luz (200 servidores), curiosamente, onde iniciou a carreira.

Cândida diz gostar de treinar e de comandar equipes, em especial, de trabalhar com pessoas de perfis diversificados – característica presente no trabalho do Poupatempo. Hoje, com 42 anos, casada, mãe de gêmeas, com duas especializações no currículo, ela tem uma vida dedicada à família, à formação acadêmica e, em especial, a aperfeiçoar o atendimento ao cidadão. Uma tarefa desafiadora e bem-sucedida, visto que, em 2012, pesquisas revelaram 95% de satisfação com o serviço do Poupatempo.


Quando Luciana Quintanilha entrou para os quadros da Polícia Civil, há 28 anos, o universo da instituição também era dominado por homens. “Eu cursava biologia na PUC Campinas e prestei concurso para a Polícia Civil para ajudar meu pai nas despesas com a universidade”. Há quase três décadas atua na área, hoje como perita criminal e especialista em documentoscopia. “É um universo fascinante no qual não existe rotina”. Entre macroscópios, ela é especialista em detectar documentos e dinheiro falsos. Fluente em inglês, já visitou diversos países e participou de inúmeros congressos (inclusive conheceu o Federal Reserve nos Estados Unidos). E trata de dividir suas conquistas: ensina documentoscopia e inglês na Acadepol.


Tudo nos trilhos

Em maio de 2012, Alexandra Leonello Granado assumiu a diretoria de assuntos corporativos do Metrô paulistano. Em 45 anos de existência da companhia, a administradora, antes advogada da empresa, foi a primeira mulher a assumir um cargo de diretoria no Metrô.

A executiva comenta que as áreas de transportes e de engenharia, trabalhos típicos do Metrô, tradicionalmente despertam maior interesse do maior público masculino – 70% do corpo funcional do Metrô ainda é formado por homens. Entretanto, o perfil do quadro vem se modificando. Ela própria é um exemplo: comanda 604 funcionários, divididos entre os setores jurídico, compras e contratações, infraestrutura, serviço interno e recursos humanos.

Com 41 anos, casada e mãe de dois meninos, Alexandra diz que sempre foi bem recebida pelos colegas homens e que essa junção – homens e mulheres –traz muitos benefícios para as empresas.

É grata ao marido, “que divide a educação das crianças comigo”, e como dica para quem ingressa no mercado de trabalho, sugere desprendimento.“Independente mente do sexo, concluir uma faculdade já não é suficiente. A preparação tem de ser constante, pois os espaços se abrem para quem se dedica com afinco”.


Café e simpatia

Ivanete da Silva Melo esbanja alegria pelas salas da Secretaria Estadual do Trabalho e Relações do Emprego (Sert). Copeira há dez anos, a sergipana de Estância cuida dos colegas com o mesmo carinho que dedica à família, principalmente aos dois netos. Bem falante, conta com orgulho sua nova conquista: “Vou utilizar a linha de crédito do Banco do Povo Paulista para reformar minha casa no Itaim Paulista”.

Para Ivanete não há mau tempo. “As mulheres não devem temer nada, a não ser a falta de vontade. Com fé em Deus, consegui criar meus quatro filhos, construí uma casa, trabalho onde gosto. Até dou entrevistas para TVs e jornais, pareço uma celebridade,” brinca.


Aposentadoria é uma palavra que não existe no dicionário de Maria Rosa Baraldi nem de Etelvina Moreira de Souza, ambas de 65 anos. Maria Rosa, há 18 anos, é analista sociocultural da Secretaria Estadual de Esportes e coordena o Espaço Salutaris, uma academia para os funcionários da pasta. “Viajamos pelo interior para dar cursos e conhecemos pessoas maravilhosas que mudaram suas vidas, a partir daí.”


Já a história de Etelvina Moreira de Souza confunde-se com a história da Universidade de São Paulo. “Meus pais eram portugueses e tinham uma pequena chácara, onde está localizado hoje o Hospital Universitário no campus da USP”.

Aos 16 anos, ela deixou o lugar e foi morar na zona leste. Depois, o destino se encarregou de levá-la de volta à USP. E, há 27 anos, é conhecida como a Dona Etelvinha, a zelosa funcionária da Faculdade de Saúde Pública, onde cuida do laboratório, serviço de zeladoria e ainda tem tempo para estudar. “Meu conselho para as mais jovens? Estudem. A vida é um aprendizado e cada segundo deve ser aproveitado”.


Mudando rumos

Elaine de Carvalho é testemunha da história. Funcionária do TJSP, ela atua como agente de fiscalização judiciária há 27 anos. “Além de prestarmos serviços de atendimento ao cidadão que procura o TJ, nós damos assistência no controle das salas durante os julgamentos”. Ela assistiu aos principais casos que tiveram grande clamor público como os julgamentos de Suzanne Von Richtofen, o de Lindenberg e dos Nardoni.

Tecnóloga em contabilidade, Elaine mudou radicalmente de profissão ao ver a oportunidade da estabilidade de um emprego numa carreira pública. “Para as mulheres, a área de segurança ainda representa alguns obstáculos, principalmente das pessoas que não pertencem ao setor. Geralmente, eles associam segurança com homens sarados em ternos escuros”. Elaine chefiou durante cinco anos o departamento de fiscalização judiciária do Fórum Criminal da Barra Funda. “Era como matar um leão por dia, mas valeu cada segundo”.


Aos 33 anos, Marinalva Cruz, supervisora do Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência (Padef), acredita na capacidade do ser humano em mudar sua própria história. “Independentemente das limitações, todos têm direito à educação e ao trabalho. Não é diferente aqui, quando lidamos com pessoas com deficiência”. Os resultados comprovam. De 1995 a 2012, 65 mil pessoas com deficiência procuraram o Padef. Mais de 12,7 mil conseguiram a tão almejada vaga de trabalho.

A supervisora do Padef, formada em Recursos Humanos, acredita que a real inserção das pessoas com deficiência, só ocorrerá com a mudança cultural e empresarial. “Temos pessoas deficientes com excelente qualificação acadêmica e profissional. Eles só precisam de oportunidade”.

Maria Lúcia Zanelli e Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente nas páginas I e IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 07/03/2013. (PDF)