Exportar: opção para gerar emprego e renda no Estado

Seminário SP Export orientou representantes de empresas da Região Metropolitana de Sorocaba com potencial para atender ao mercado externo; essa é a segunda edição do evento

Capacitar o empreendedor para conquistar novos mercados para os produtos e serviços brasileiros. Com esse mote, a Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo) realizou, na sexta-feira, 8, no âmbito do Programa Paulista de Apoio às Exportações (SP Export), o 2º Seminário SP Export.

Com essa iniciativa, a agência, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação objetiva gerar empregos e renda no Estado, a partir da ampliação do volume e do valor agregado das exportações paulistas. Uma das oportunidades atuais, segundo os organizadores do seminário, é o câmbio favorável, cuja desvalorização recente da moeda brasileira diminuiu em até 50% o preço (em dólar) dos produtos nacionais, tornando-os mais competitivos.

O primeiro SP Export foi realizado em Campinas, em dezembro; o encontro da última semana ocorreu no Parque Tecnológico de Sorocaba. O público-alvo foram representantes de empresas de todos os portes dos 26 municípios da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), que, segundo informações da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A. (Emplasa), respondeu, em 2012, por 3,46% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista e por 1,11% do PIB nacional.

Desafios

O 2º SP Export mesclou duas ações paralelas. A primeira abrangeu ciclo de palestras, das 9 às 17 horas, com especialistas em exportação, iniciado após a solenidade de abertura realizada com autoridades locais, estaduais e federais. A segunda atividade foi o conjunto de atendimentos prestados pelo Poupatempo do Exportador.

A especialista em promoção de exportações da Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP), Silvana Gomes, abordou em sua palestra os desafios mais comuns para quem pretende começar a exportar. Orientou sobre como escolher o país de destino; adequar os produtos à legislação estrangeira; elaborar plano de negócios específico; percorrer o caminho para obter isenção de impostos no Brasil; e como adotar seguros, mecanismos jurídicos e garantias internacionais de pagamento, entre outros assuntos.

“Exportar é uma boa oportunidade para ampliar receitas, mas é um investimento de longo prazo. O empreendedor não pode perder de vista esse aspecto”, ressaltou Silvana. Ela recomenda ao empresário seguir as quatro principais etapas da internacionalização dos negócios: planejamento; execução; avaliação e inovação; e incorporação de melhorias.

Vantagens

Funcionárias da Intec Elétrica, Heloíse Machado, auxiliar de engenharia, e Daniele Silva, auxiliar administrativa, fizeram diversas anotações durante a palestra ministrada por Silvana. O objetivo, explicaram, era transmitir as informações apuradas para seus chefes na Intec Elétrica, empresa sorocabana criada em 2011 que irá, em breve, prestar serviços e deslocar profissionais para Angola, no continente africano.

A estudante de comércio exterior Jéssica Lima demonstrou o mesmo interesse. Auxiliar contábil em uma empresa de escrituração fiscal de Sorocaba, ela soube do seminário por meio de sua professora orientadora. “O evento foi completo, uma oportunidade única para obter conhecimento específico em exportações”, explicou.

O Poupatempo da Exportação é uma iniciativa itinerante do Governo paulista, que reúne, no mesmo local, diversos serviços com atendimento exclusivo para empresários dispostos a exportar.

Em Sorocaba, foi oferecida a assessoria técnica de três especialistas (dois engenheiros e uma cientista da computação) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), além de uma equipe completa da Desenvolve SP cujas linhas de financiamento com juros subsidiados representam condições de pagamento mais vantajosas em comparação com as oferecidas pelos bancos – ambas iniciativas da secretaria.

Incentivo

Interessada em financiar R$ 5 milhões para comprar um maquinário a ser feito sob medida, a empresária Maria da Paz Civitella, de Jumirim, cidade de 3,5 mil habitantes distante 70 quilômetros de Sorocaba, foi buscar informações no estande da Desenvolve SP. Sua microempresa, a Pablo Civitella M.E., é um negócio familiar (criado em 1991), com seis funcionários, gerido em parceria com o marido e o filho.

A empresa produz, segundo ela, um doce típico brasileiro de ampla aceitação entre os consumidores. Trata-se da Goiabinha Fiori (flor em italiano), alimento industrializado a partir de uma receita caseira transmitida por várias gerações da família. Feita à base de goiaba e farinha de trigo, “é uma delícia que nunca encalha nas prateleiras”, diz, orgulhosa, Maria da Paz. “Há oito anos um grupo alemão quis comprar toda nossa produção, mas não conseguimos atender às exigências previstas. Esse evento está sendo um grande incentivo”, observou.

Serviço

Investe SP
E-mail investesp@investesp.org.br
Telefone (11) 3100-0309

Apex Brasil

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 12/04/2016. (PDF)

Missão empresarial na Colômbia e no Peru recebe inscrições até dia 31

Investe SP vai selecionar 40 empresas e 15 startups, com prioridade para negócios paulistas de pequeno e médio portes; embaixadas brasileiras e câmaras de comércio locais apoiam o evento

Termina na quinta-feira, 31, o prazo de inscrições para empresas e startups paulistas interessadas em participar de missão empresarial de quatro dias – dois em Bogotá (Colômbia) e dois em Lima (Peru) – a ser realizada de 13 a 17 de junho. Pioneira no Estado, a ação tem como principal objetivo abrir mercados para serviços e produtos industrializados nacionais.

Há ainda interesse em estimular a internacionalização dos negócios brasileiros, especialmente os de pequeno e médio portes com vocação para atender compradores colombianos e peruanos, além de facilitar e fortalecer redes de relacionamentos (networking) e intercâmbio de tecnologias.

A missão empresarial dispõe de 40 vagas para empresas e 15 para startups – negócio de base tecnológica recém-criado ou em fase de desenvolvimento – e de pesquisa de mercados, de quaisquer setores produtivos. A missão tem o apoio das embaixadas brasileiras nos dois países e de câmaras de comércio locais. O evento será objeto de divulgação local, a ser feita por empresa especializada em rodadas de negócios internacionais.

Eventos

A programação inclui encontros com compradores locais, distribuidores, revendedores, representantes comerciais e redes de varejo, selecionados previamente. Para participar da seleção, a inscrição é gratuita e deve ser feita mediante preenchimento de formulário no site da Investe SP (ver serviço).

O passo seguinte é aguardar a aprovação, cuja avaliação inclui identificação e perspectivas de negócios e catálogo de produtos e serviços e site em espanhol. Até 12 de abril os selecionados serão informados por e-mail enviado pela Investe São Paulo (ver abaixo).

Esforços

A expedição comercial é uma realização do Programa Paulista de Apoio às Exportações (SP Export), iniciativa conjunta da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo) – ligada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O SP Export integra o Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE), convênio do Governo paulista com o federal assinado no fim de 2015. Além das missões comerciais, o programa inclui apoio à vinda de potenciais compradores e exportadores estrangeiros e promove seminários de capacitação. Também oferece atendimento gratuito por meio do Projeto Extensão Industrial Exportadora (Peiex), da Apex-Brasil, e do Poupatempo do Exportador, iniciativa itinerante que leva serviços e informações de diversas instituições distintas às principais regiões metropolitanas do Estado.

Parceiros

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, em 2015 o Brasil vendeu US$ 2 bilhões para a Colômbia e o Peru. Desse total, 50% foram exportações paulistas. “São números significativos para a balança comercial nacional”, avalia o gerente de exportações da Investe SP, Ricardo Santana. Ele aponta grande oportunidade de ampliação de negócios com Colômbia e Peru, pois os países vizinhos têm perfis parecidos como compradores – e importam do Brasil principalmente alimentos processados, itens ligados ao agronegócio, máquinas industriais, equipamentos médicos, de laboratório e de construção civil.

No dia 5 de maio, será realizada na sede da Investe SP, na capital, reunião de trabalho com participantes da missão e empresários interessados em saber mais sobre o mercado latino-americano, o processo de internacionalização de empresas e as estratégias para ser bem-sucedido no comércio internacional.

“Nesse modelo de missão comercial, são sempre escolhidos dois países e consideradas questões como deslocamentos, afinidades comerciais e oportunidades”, observa o gerente da Investe SP. Ele informa que, para o segundo semestre, está prevista nova missão com destino ao continente africano. “Ainda não há definição dos dois países escolhidos, mas os candidatos são Angola, Moçambique e África do Sul.”


Regras e custos

Cada empresa selecionada deverá se comprometer a participar de toda a agenda no país de interesse. Haverá aplicação de multa no valor de R$ 3,5 mil, caso o representante da empresa não compareça em parte da programação. É preciso, também, fornecer informações sobre o seu negócio, como produtos e serviços. Esses dados serão acrescentados nos catálogos e comunicações eletrônicas relativas à missão internacional.

Outra obrigação é organizar e pagar o envio de amostras e viagem do representante, incluindo o pacote terrestre (passagem, hospedagem, transporte, alimentação e outras despesas). Não haverá organização de grupo de viagem, portanto, os empresários serão responsáveis por todos os gastos.

No dia 11 de março, a Investe SP estimou os custos das passagens aéreas São Paulo-Bogotá / Bogotá-Lima / Lima-São Paulo em US$ 600. O pacote terrestre foi orçado em US$ 2 mil. Ou seja, o custo total previsto para cada participante é de US$ 2,6 mil.

Serviço

Inscrições e informações sobre a missão empresarial
Investe SP
E-mail investesp@investesp.org.br
Telefone (11) 3100-0309

Apex Brasil

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página II do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 29/03/2016. (PDF)

São Paulo lança programa de apoio às exportações

Evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, na capital, apresenta ações dos Governos estadual e federal para fortalecer o comércio externo brasileiro

Com o objetivo de conquistar novos mercados para produtos e serviços brasileiros, os Governos estadual e federal lançaram ações conjuntas de fortalecimento ao comércio exterior. Foram apresentados, em solenidade realizada na terça-feira (6), no Palácio dos Bandeirantes, na capital, o Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE) e o Programa Paulista de Apoio às Exportações (SP Export).

As duas ações governamentais têm a mesma finalidade: aproveitar o câmbio favorável e aumentar as vendas externas, incentivar e disseminar a cultura exportadora no empresariado paulista e ajudar o empreendedor a encontrar novos compradores estrangeiros.

A prioridade inicial das duas iniciativas é atender 4 mil empresas de setores com potencial exportador, como alimentos, farmacêutico, equipamentos médico-hospitalares, materiais de construção, moda, máquinas e equipamentos, serviços de engenharia e tecnologia da informação.

As estratégias a serem adotadas para ampliar a competitividade incluem adequar o produto nacional às exigências externas, em aspectos ambientais, sanitários, de saúde e tecnológicos, entre outros. Por isso, será necessário aproximar o empreendedor de órgãos de especificação de requisitos, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e de certificação, como o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Esforços

O PNCE integra o Plano Nacional de Exportações, instituído em junho pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Sua direção definiu São Paulo como o segundo Estado do País a receber um comitê gestor local da iniciativa, que terá como atribuição monitorar o desempenho do Plano em território paulista.

O SP Export é uma ação integrada ao PNCE, sob responsabilidade da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe SP), organização social vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado. O programa prevê realizar 10 mil capacitações até 2017 em empresas que já exportam ou têm potencial para vender seus produtos para compradores estrangeiros.

Parceria

Juan Quirós, presidente da Investe SP, comenta que, em novembro, estará definido o cronograma de seminários que devem ocorrer em diversas regiões do Estado em 2016. Essa atividade do SP Export será executada em parceria com associações comerciais, entidades setoriais, prefeituras e diversas instituições.

Outra medida prevista é a criação de uma plataforma on-line com conteúdo informativo para ajudar o empreendedor a internacionalizar seus produtos e serviços. Essa ferramenta também irá promover missões internacionais com empresários paulistas e organizar a participação em feiras e eventos estrangeiros, além de trazer compradores internacionais para conhecer o mercado do Estado.

O SP Export atuará em parceria com diversos órgãos setoriais – Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Correios, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal.

Produtos

Na abertura da solenidade, modelos desfilaram usando roupas e calçados das mais recentes coleções de moda praia e verão. As peças de vestuário brasileiras, em especial os têxteis paulistas, já caíram no gosto de consumidores estrangeiros e são exportados para vários países.

Depois da exposição das autoridades federais e estaduais, o público pôde conhecer no Salão dos Pratos alguns produtos paulistas que são produzidos para exportação. A lista inclui itens alimentícios, para panificação, por exemplo. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Getúlio Netto, foi ao evento representando 77 empresas brasileiras, 42 delas instaladas no Estado de São Paulo.

“No ano passado, faturamos US$ 300 milhões com exportações para 133 países de todos os continentes. Ações como as adotadas hoje são fundamentais para gerar mais negócios, emprego e renda no País”, observou.

Apoio

No estande vizinho, da Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos, Ingredientes e Acessórios para Alimentos (Abiepan), o público conheceu produtos do setor integrado por 70 empresas, 35 delas sediadas no Estado e responsáveis por US$ 17 milhões originados de exportações em 2014.

O destaque eram as pré-misturas para panificação e de confeitaria artísticas produzidas pela Arcolor, empresa com 320 funcionários localizada no bairro São Mateus, zona leste da capital. Seu representante, Scott Laporte, comemorou o maior apoio governamental à exportação. Para ele, “é essencial preparar o empreendedor que ainda não exporta para enxergar o novo nicho como atividade permanente e, ao mesmo tempo, zelar pela imagem do produto nacional que vem sendo consolidada desde 2005 pela Abiepan”.

Rogério Mascia Silveira
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 08/10/2015. (PDF)