Unicamp abre 400 vagas em curso noturno de pedagogia

A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) mantém abertas até o dia 20 de junho inscrições para o processo seletivo do curso de Pedagogia noturno. A formação superior é direcionada para professores em exercício na educação infantil e primeiras séries do ensino fundamental da rede municipal dos municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC).

Somente serão aceitas inscrições pela internet, na página da Comvest. São oferecidas 400 vagas para o curso com duração de três anos. Pode se inscrever o candidato que tenha concluído o magistério e que comprove atuar como professor na educação infantil ou nas quatro primeiras séries do ensino fundamental nos municípios da RMC.

Na ficha de inscrição, o interessado deverá indicar a cidade pela qual concorre às vagas, já que a classificação será feita com base em dois grupos diferentes de municípios, sendo 240 vagas para os inscritos no Pólo Campinas: Amparo, Artur Nogueira, Campinas, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte-Mor, Paulínia, Pedreira, Santo Antônio de Posse, Valinhos e Vinhedo; e 160 para os candidatos do Pólo Americana: Americana, Nova Odessa, Piracicaba, Santa Bárbara e Sumaré.

Após a inscrição online, o interessado deverá pagar a taxa de R$ 50 no Banespa. Os locais de provas serão divulgados no dia 28 de junho na Unicamp (saguão do Ciclo Básico II) e na internet. O exame será no dia 3 de julho, em Campinas. A lista de aprovados será divulgada dia 21 de julho e a matrícula será feita no dia 26 do mesmo mês.

A avaliação terá 12 questões discursivas divididas em conhecimentos pedagógicos (quatro questões) e específicos da docência de português (2), matemática (1), ciências (1), história (1), geografia (1), arte (1) e educação física (1). O programa exigido e o edital do processo constam da página da Comvest.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 31/05/2005. (PDF)

Fapesp lança livro com os indicadores de ciência, tecnologia e inovação em SP

Publicação abrange período de 1998 a 2003 e analisa impacto da pesquisa em áreas da saúde, ensino superior e tecnologia da informação

A sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp) foi palco do lançamento do livro Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo – 2004. A publicação traz análises de 40 pesquisadores de instituições de ensino paulistas e de pareceristas externos sobre a qualidade dos trabalhos científicos realizados entre 1998 e 2003 no Estado. A terceira edição dá continuidade aos volumes anteriores, de 1998 e 2001. Dividida em dois livros, conta com 12 capítulos e 220 ilustrações.

A série é inspirada no modelo das principais publicações internacionais de referência, tal qual os relatórios da National Science Foundation (NSF), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

As novidades são temas como Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e redes digitais. As estatísticas explicitadas revelam dados do crescimento do volume de domínios do Estado na internet. De 1992 a 2002, São Paulo teve, em média, 250 domínios “.com.br” e “.org.br” registrados para cada mil estabelecimentos. Os demais Estados brasileiros tiveram apenas 140.

Subsídio

Os números mostram também crescimento de 54% da produção científica nacional, porcentual superior ao aumento médio da produção mundial (9%). Nesse período, a taxa de desenvolvimento da produção paulista foi de 63%, superior à brasileira, passando a representar, em 2002, 54% da produção nacional. Sobre o comércio exterior nota-se que, entre 1998 e 2002, a participação dos produtos de alta tecnologia nas exportações do Estado situou-se entre 25% e 30%, enquanto a do Brasil ficou entre 15% e 20%.

Segundo a coordenadora-executiva do projeto, Regina Gusmão, os autores foram orientados a contextualizar as séries estatísticas, principalmente, do ponto de vista socioeconômico. O objetivo é oferecer subsídios para as ações dos gestores e formuladores de políticas de ciência, tecnologia e inovação no nível estadual e federal.

Novas tendências para antigos desafios

O livro Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo – 2004 traz a biografia do antigo diretor-presidente da Fapesp, Francisco Romeu Landi, falecido há um ano. A obra está inserida nas atividades regulares da Fapesp que, desde 2001, constituiu um núcleo direcionado à produção regular de análises da ciência e tecnologia nacional. Analisa insumos, produtos e indicadores de impacto.

Na categoria insumos, observa os investimentos público e privado em pesquisa, os recursos humanos disponíveis e analisa o panorama do ensino superior. Na seção produtos, o livro verifica a produção científica, tecnológica e o comércio de itens de alta tecnologia e empresas inovadoras.

Por fim, os indicadores observam o impacto socioeconômico e cultural da ciência e tecnologia em setores da saúde, tecnologia da informação e percepção pública da ciência. Segundo Regina, os capítulos indicam novas tendências que remetem ao enfrentamento de velhos desafios para a consolidação do sistema nacional de ciência e tecnologia, isto é, enfrentar o contraste existente entre o avanço da capacidade de produção e a relativa estagnação da capacidade de geração de inovações tecnológicas do País. E também o limitado desempenho do setor empresarial em atividades de pesquisa e desenvolvimento.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página III do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 31/05/2005. (PDF)

IPT cria primeiro laboratório anti-vírus da América Latina

Contrato de parceria assinado entre o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a subsidiária brasileira da multinacional sul-coreana Hauri definiu a criação do primeiro laboratório de antivírus da América Latina. O centro será instalado na sede do IPT, na capital, e vai adequar as aplicações de segurança da empresa estrangeira às necessidades do mercado nacional.

Na opinião de Cláudio Luiz Marte, diretor da divisão de informática e telecomunicações do instituto, a combinação de competência tecnológica com o uso de ferramentas ajustadas possibilitarão prevenir e combater crimes digitais (cibercrimes).

“O planejamento estruturado permite desativar qualquer vírus, por mais destrutivo que seja. Esta parceria vai organizar soluções de caráter multidisciplinar e oferecer suporte para setores governamentais e financeiros”, afirmou o pesquisador do IPT, Antonio Rigo, na solenidade de inauguração do laboratório.

Crime cibernético

O vice-presidente internacional da Hauri, o brasileiro Paulo Tonetto, acredita que para aumentar a segurança e a eficiência dos dispositivos de proteção será preciso investir em soluções conjuntas e na conscientização internacional dos perigos do crime cibernético.

“Este é um problema social e não deve ser combatido somente por empresas interessadas em criar vacinas e vendê-las como solução. O laboratório brasileiro iniciará suas atividades no dia 5 de julho e será hospedeiro e co-gestor no desenvolvimento de produtos”, esclareceu Tonetto.

O pesquisador lembrou que tecnologia é uma ferramenta capaz de potencializar a habilidade humana. “A parceria IPT-Hauri pode equilibrar forças, criar mecanismos de defesa e resistir ao avanço do crime digital. O aplicativo oferecido é capaz de estancar a ação do vírus e recuperar no disco rígido as informações danificadas pelo invasor”, acrescentou.


1,3 mil vírus ativos: ameaça mundial de infestação de redes

A Hauri afirma que foram criados até hoje 85 mil vírus de computador no mundo, 34 mil deles até 1995. Cerca de 1,3 mil estão ativos e representam ameaça mundial de infestação de redes. No Brasil, o número de ataques a servidores e sites chega a 2 mil por mês, quase 10% do volume médio registrado mensalmente em 2004 no resto do mundo – prova do estágio avançado dos criminosos virtuais (hackers) brasileiros.

No ano passado, segundo análises de mercado publicadas na mídia, as invasões em todo o planeta chegaram a 400 mil, crescimento de 36% em relação a 2003. Os países latino-americanos representam menos de 5% do faturamento mundial de soluções antivírus e revelam a necessidade de proteção e investimento no ambiente virtual brasileiro.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 26/05/2005. (PDF)