Programa Jovens Empreendedores realiza primeira videoconferência

A Secretaria da Educação (SEE) realizou, em parceria com o Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a primeira videoconferência do Programa Formação de Jovens Empreendedores. O encontro online capacitará, até o final do ano, mais de 800 professores e 26,1 mil alunos do ensino médio da rede estadual.

A soma de esforços da secretaria e do Sebrae objetiva estimular jovens e professores para empreender. A iniciativa tem o apoio do Programa Escola da Família, da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp) e da Coordenadoria de Ensino da Região Metropolitana de São Paulo (Cogsp).

A videoconferência reuniu 28 Diretorias de Ensino da Capital, que participarão do projeto. Os responsáveis estiveram presentes e esclareceram dúvidas sobre a efetivação do programa.

A capacitação será realizada em 29 escolas, escolhidas pelas diretorias de ensino da cada região, de acordo com as prioridades levantadas para a realização das aulas. Serão organizadas turmas de 30 professores que, depois de concluído o curso, escolherão os estabelecimentos de ensino no qual receberão o aprendizado nos finais de semana no Programa Escola da Família. Os alunos, que poderão ser beneficiados pelo Programa de Formação de Jovens Empreendedores, devem ter mais de 14 anos e estar cursando o ensino médio em escola da rede pública estadual, municipal ou particular.

O curso ministrado pelo Sebrae terá 29 educadores que darão 64 horas/aula para os professores. A entidade certificará os qualificados. A Secretaria da Educação cederá aos jovens materiais para o treinamento e a certificação. Outras informações estão disponíveis no site da pasta, no link do Programa Escola da Família.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 15/03/2005. (PDF)

Africanos vêm ao Brasil para conhecer programas educacionais de São Paulo

O Comitê Parlamentar de Educação da África do Sul visitou a Secretaria da Educação do Estado (SEE) pela terceira vez para conhecer os serviços da área prestados à população. A delegação estrangeira, formada por comissão multipartidária de 12 parlamentares, primeiramente desembarcou em Brasília e tomou conhecimento de iniciativas federais, realizadas pelo Ministério da Educação (MEC), como o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) e as secretarias de Educação a Distância, Educação Básica e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.

Na capital, o chefe da delegação, B. J. Tolo, ficou impressionado ao saber que todos os professores do quadro efetivo da secretaria têm licenciatura plena e formação acadêmica. Comentou que, na África do Sul, muitos trabalhadores têm baixa escolaridade e que 42% dos adultos são analfabetos. “Aumentar o nível educacional é fundamental para melhorar as condições socioeconômicas do povo. A intenção é propor e encontrar soluções, como São Paulo fez, para garantir o acesso dos menos favorecidos ao aprendizado.”, destacou.

Huguette Faria, da Coordenadoria de Ensino e Normas Pedagógicas (Cenp) da SEE, ressaltou que o Estado investe periodicamente na formação dos professores e na capacitação de docentes e assistentes técnicopedagógicos das diretorias de ensino. E apresentou diversos programas da rede estadual: o Bolsa Mestrado, Escola da Família e Educação de Jovens e Adultos.

Os sul-africanos visitaram os estúdios do Programa Rede do Saber que, coincidentemente, transmitia videoconferência sobre o tema Ensinando por meio das diferenças: educando para a igualdade, com membros da comunidade negra brasileira. A delegação participou se apresentando e elogiando a iniciativa de promover, entre os docentes, debate sobre a igualdade das etnias.

Conheça o Projeto bolsa mestrado

O Projeto bolsa mestrado integra o Programa de Formação continuada de educadores e oferece chance para os profissionais da educação da rede pública complementar sua formação acadêmica com cursos de pós-graduação (mestrado) stricto sensu. A iniciativa atendeu 808 professores e a perspectiva para o primeiro semestre é de que 890 novos profissionais passem a participar.

Para cursar o mestrado, o interessado pode escolher entre afastamento de 16 horas semanais sem desconto no pagamento ou auxílio financeiro de R$ 720 mensais. Para conseguir o benefício é preciso firmar compromisso de permanecer no magistério estadual, após a conclusão do curso, por no mínimo dois anos.

Além das bolsas concedidas para que os docentes estudem o mestrado em cursos reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), na área inerente à disciplina do cargo exercido ou na área da educação, o programa levou, no ano passado, 30 professores para Salamanca, na Espanha, para um curso de um mês.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página IV do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 15/03/2005. (PDF)

Unesp expõe importantes documentos da história político-social da mulher no País

Cartazes da década de 70 mostram a luta feminina brasileira e integram o acervo permanente do Centro de Documentação e Memória da universidade

Frases como O trabalho da mulher em casa, mesmo parecendo que nada produz, garante a força de trabalho dos homens e Política com cara e jeito de mulher são exemplos de palavras de ordem presentes em cartazes relativos ao Encontro de Mulheres Trabalhadoras Rurais e ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. A Universidade Estadual Paulista (Unesp) coloca materiais como esses à disposição do público.

Os cartazes fazem parte do acervo permanente do Centro de Documentação e Memória da Unesp (Cedem), na capital. Dezenas de registros que expõem a condição da mulher, não apenas como coadjuvantes, mas como protagonistas da história recente, estão reunidas no local. A visitação e a consulta são gratuitas. Os textos são acessíveis também pela internet.

A coleção de documentos dos anos 70 privilegia movimentos sociais e retrata as mulheres agrupadas em torno de vários eventos, como o Dia de Protesto contra a Mortalidade Materna, o Fórum de Legalização do Aborto, o Movimento de Solidariedade da Mulher Portuguesa à Mulher Brasileira e o Congresso da Mulher Metalúrgica.

Anos de repressão

A participação política das mulheres no Brasil pode ser contada, ainda, a partir dos periódicos (revistas, jornais e boletins) que integram o acervo. “São relatórios de comitês políticos e outros papéis nos quais elas relatam os anos da repressão sob o seu ponto de vista”, informa a coordenadora do Cedem, Anna Maria Martinez Corrêa, que também é historiadora.

Assim é possível saber como as mulheres se organizavam no exílio em campanhas para combater a repressão e a tortura, saindo corajosamente em defesa da democracia e da anistia, como exibe um cartaz guardado no centro com os dizeres: Saia da sombra, diga conosco liberdade.

Rogério Mascia Silveira
Da Agência Imprensa Oficial

Reportagem publicada originalmente na página I do Poder Executivo I e II do Diário Oficial do Estado de SP do dia 11/03/2005. (PDF)